TEXTO PRINCIPAL
“Sabendo que o homem não é justificado pelas obras da lei, mas pela fé em Jesus Cristo, temos também crido em Jesus Cristo, para sermos justificados pela fé de Cristo [...].” (Gl 2.16).
“Sabendo que o homem não é justificado pelas obras da lei, mas pela fé em Jesus Cristo, temos também crido em Jesus Cristo, para sermos justificados pela fé de Cristo [...].” (Gl 2.16).
RESUMO DA LIÇÃO
A Carta aos Gálatas é uma exposição da salvação pela fé em contraste com a salvação pelas obras.
LEITURA DA SEMANA
SEGUNDA — Comissionado por Cristo.
¹ Paulo, apóstolo (não da parte dos homens, nem por homem algum, mas por Jesus Cristo, e por Deus Pai, que o ressuscitou dentre os mortos),
Gálatas 1.1
⁶ Maravilho-me de que tão depressa passásseis daquele que vos chamou à graça de Cristo para outro evangelho;
⁷ O qual não é outro, mas há alguns que vos inquietam e querem transtornar o evangelho de Cristo.
Gálatas 1.6,7
QUARTA — Paulo defende a fé que antes perseguia.
²³ Mas somente tinham ouvido dizer: Aquele que já nos perseguiu anuncia agora a fé que antes destruía.
Gálatas 1.23
QUINTA — Os fariseus queriam a circuncisão dos
gentios.
⁵ Alguns, porém, da seita dos fariseus, que tinham crido, se levantaram, dizendo que era mister circuncidá-los e mandar-lhes que guardassem a lei de Moisés.
Atos 15.5
SEXTA — Estou crucificado com Cristo.
²⁰ Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a pela fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim.
Gálatas 2.20
SÁBADO — Os apóstolos de Jerusalém não
recomendaram a circuncisão.
²⁹ Que vos abstenhais das coisas sacrificadas aos ídolos, e do sangue, e da carne sufocada, e da fornicação, das quais coisas bem fazeis se vos guardardes. Bem vos vá.
Atos 15.29
OBJETIVOS
ENTENDER o panorama geral da Carta aos Gálatas;
COMPREENDER o contexto histórico em que a Carta foi escrita;
REFLETIR a respeito dos ensinos da Carta aos Gálatas para os nossos dias.
INTERAÇÃO
Prezado(a) professor(a), é com grande alegria e com a graça de Deus que damos início a um novo trimestre. Neste período, estudaremos treze lições a respeito da Carta aos Gálatas, escrita pelo apóstolo Paulo, com o objetivo de alertar aqueles crentes acerca do perigo que estavam correndo por acrescentar à mensagem do Evangelho a prática da Lei de Moisés. O comentarista da lição é o Pr. Alexandre Coelho, Gerente de Publicações da Casa Publicadora das Assembleias de Deus (CPAD). Bacharel em Letras, Teologia e Direito. É autor de vários livros publicados pela CPAD, palestrante das Conferências de Escola Dominical e do CAPED. Atua como pastor na cidade do Rio de Janeiro, onde reside.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor(a), apresente o esboço da Carta, conforme esquema abaixo.
ESBOÇO
Introdução (1.1-10)
I. Pessoal: Paulo defende a sua autoridade como mensageiro da liberdade espiritual e da fé (1.11-2.21)
A. Isso lhe foi revelado por Cristo (1.11-24)
B. Foi reconhecido e confirmado por Tiago, Pedro e João (2.1-10)
C. Foi testado e posto à prova em conflito com Pedro (2.11-21)
II. Doutrinária: Paulo defende a sua mensagem, dada por Deus, de liberdade espiritual e fé (3.1-4.31)
A. O recebimento do Espírito e da nova vida se dá pela fé e não pelas obras (3.1-14)
B. A salvação se dá pela promessa, e não pela lei (3.15-18)
C. O propósito da lei de Deus é revelar o pecado e nos direcionar a Cristo (3.19-24)
D. Os que confiam em Cristo são filhos, e não escravos (3.25-4.7)
E. Os gálatas devem reconsiderar seus pontos de vista e seus atos (4.8-20)
F. Os que confiam na lei são escravos, e não filhos (4.21-31)
III. Prática: Paulo defende uma vida de liberdade espiritual e de fé (5.1-6.10)
A. A liberdade cristã diz respeito à salvação pela graça (5.1-12)
B. A liberdade cristã não deve se tornar uma desculpa para o pecado (5.13-26)
C. A liberdade cristã deve ser expressa por meio do amor e da lei de Cristo (6.1-10)
TEXTO BÍBLICO
Gálatas 1.1-5.
¹ Paulo, apóstolo (não da parte dos homens, nem por homem algum, mas por Jesus Cristo e por Deus Pai, que o ressuscitou dos mortos),
² e todos os irmãos que estão comigo, às igrejas da Galácia:
³ graça e paz, da parte de Deus Pai e da de nosso Senhor Jesus Cristo,
⁴ o qual se deu a si mesmo por nossos pecados, para nos livrar do presente século mau, segundo a vontade de Deus, nosso Pai,
⁵ ao qual glória para todo o sempre. Amém!
INTRODUÇÃO
I. A CARTA AOS GÁLATAS
O Evangelho de Cristo
se espalhou pelo Império Romano quando judeus e estrangeiros ouviram a sua
mensagem e receberam Jesus em seus corações. Essa divulgação se deu pelo
testemunho de irmãos judeus que fugiram de Jerusalém por conta da perseguição,
mas também se deu por conta do trabalho específico de obreiros como Barnabé e
Saulo, que foram enviados por Deus, e pela igreja, às nações gentias como
missionários. Essa fase inicial da igreja é apresentada no livro de Atos dos
Apóstolos. Mas a história da igreja não se resume aos relatos de Lucas, que
inspirado pelo Espírito Santo, registrou os acontecimentos relativos às
atividades missionárias. As cartas dos apóstolos também trazem informações que nos
mostram outros acontecimentos nesse período. Muitos gentios se tornaram cristãos, e
com o aumento deles entrando na igreja, crendo que a salvação prometida por
Cristo vinha pela fé, surgiu o que vamos chamar de “choque cultural”: um grupo
de judeus, que também tinha crido em Jesus, passou a ensinar que a Salvação
dependia também da guarda da Lei de Moisés. Jesus era judeu, e guardou a Lei,
sujeitando-se a ela. Portanto, todos os seus seguidores deveriam também passar
pelo mesmo rito. Esse grupo é denominado de judaizantes, e como veremos, deu
trabalho por onde passava, pois seu ensino, de forma praticamente imperceptível
aos gálatas, enfatizava o esforço humano como um auxiliar à graça de Deus.
2. O autor.
Paulo é o autor da Carta
aos Gálatas. Ele se identifica como tal logo no primeiro versículo, não dando
margem para que outra pessoa possa ser apresentada como responsável por essa
autoria. Como veremos no decorrer das lições, sua autoridade apostólica foi
questionada por um grupo de judeus. Por isso, colocar seu nome na carta que
escreveu foi uma forma de se identificar com seus leitores e, os detalhes
evidentes nela, mostram que Paulo conhecia os irmãos gálatas. Sobre a data da
composição desse documento, tem sido comentado que a sua escrita se deu entre
os anos 48 a 51 de nossa era.
3. O motivo da Carta.
A Carta aos
Gálatas foi escrita com o objetivo de alertar aqueles crentes acerca do perigo
que estavam correndo por acrescentar à mensagem do Evangelho a prática da Lei
de Moisés. Eles já haviam crido nas Boas-Novas, e não era necessário agregar às
suas vidas nenhum dos elementos da lei que Deus dera aos hebreus por ocasião da
sua saída do Egito. Isso pode estar claro para nós, leitores do século XXI, mas
para os crentes gálatas, não. Devemos nos lembrar de que no primeiro século
havia circulado pelas igrejas pessoas que introduziam doutrinas diferentes das
que eram ensinadas pelos apóstolos, e que por isso as igrejas precisavam ser
lembradas do verdadeiro Evangelho e de suas práticas. Deus usa o apóstolo Paulo, um homem de
formação intelectual farisaica, mas devidamente convertido a Jesus, para
orientar os leitores de que a Lei de Moisés havia sido dada por Deus aos
hebreus, e não aos gentios. Como veremos posteriormente, a própria igreja de
Jerusalém já havia traçado parâmetros para que o Evangelho fosse apresentado
entre os gentios, sem a necessidade da circuncisão (At 15.28,29 - 28 Na verdade pareceu bem ao Espírito Santo e a nós, não vos impor mais encargo algum, senão estas coisas necessárias: 29 Que vos abstenhais das coisas sacrificadas aos ídolos, e do sangue, e da carne sufocada, e da fornicação, das quais coisas bem fazeis se vos guardardes. Bem vos vá.). A partir
desse ponto, trataremos a palavra “circuncisão” como um sinônimo da guarda da
Lei de Moisés.
SUBSÍDIO I
Escola
Bíblica ︱3º Trimestre de 2025︱Vivendo o verdadeiro evangelho conforme a carta
de Paulo aos Gálatas︱Neweb ︱Compromisso com a Palavra
II. A SAUDAÇÃO PAULINA
Paulo inicia a Carta aos Gálatas com a sua identificação nominal.
Ele era conhecido pelos irmãos daquela região, e eles não teriam dúvida de quem
era o autor da carta. Ele também acrescenta um título ao seu nome: apóstolo.
Diferente de um título honorífico, ou que trouxesse a ideia de ser um obreiro
diferenciado, apóstolo era um “enviado”, alguém que havia sido escolhido para
levar uma mensagem. Era uma honra, mas igualmente uma grande responsabilidade,
ser portador das Boas-Novas. Ele completa com mais uma sentença:
“não da parte dos homens”. Esse aspecto é importante, pois ele não teria
escrito tais palavras se a sua autoridade apostólica não estivesse sendo
colocada em xeque por seus acusadores, os judaizantes. Era necessário que ele
mostrasse, o que ele faz, no texto mais à frente, que a sua chamada vinha de
Deus. Se ele não andou junto com os apóstolos de Jerusalém, que autoridade
teria para ser um apóstolo? Os judaizantes criam que se Paulo não fora enviado
por Jerusalém, então não teria autoridade para ensinar, doutrinar ou falar de
Jesus como quem foi comissionado para tais ações. É verdade que Paulo não andou
com os Doze por ocasião do ministério terreno de Jesus, mas da mesma forma que
os Doze, Paulo foi ensinado pelo próprio Jesus, como ele descreve (Gl 1.12 -12 Porque não o recebi, nem aprendi de homem algum, mas pela revelação de Jesus Cristo. ).
2. Da parte de Jesus e Deus Pai (v.1).
Após ter se apresentado como remetente da Carta, Paulo deixa claro a origem do
seu apostolado: Ele vinha da parte de Jesus, e de Deus Pai, que ressuscitou a
Jesus dentre os mortos. Em um único verso, ele destaca a atuação conjunta do
Pai e do Filho, e o milagre da ressurreição do Senhor. Foi o Jesus ressuscitado
que apareceu a Paulo quando ele se dirigia a Damasco, e sem essa ressurreição,
Paulo não teria sido salvo, não teria se tornado um discípulo e não teria sido
comissionado aos gentios. Ele havia recebido a mensagem do
Evangelho por revelação do Senhor Jesus, e isso nos mostra que as Boas-Novas
têm origem divina. Essas Boas-Novas estavam em risco, e Paulo percebeu que os
gálatas, mesmo sendo crentes, precisavam ser novamente ensinados acerca do
Evangelho. Essa Carta é uma defesa do verdadeiro Evangelho para os gálatas, que
já tinham experimentado a salvação, mas que estavam caindo da graça (Gl 5.4 -4 Separados estais de Cristo, vós os que vos justificais pela lei; da graça tendes caído.).
3. Os irmãos que estão comigo (v.2).
Paulo tem a humildade de dizer que não está fazendo a obra de Deus sozinho.
Mesmo não mencionando os nomes de seus companheiros de ministério, ele mostra
aos gálatas que fazemos melhor a obra de Deus quando temos comunhão uns com os
outros e podemos servir ao Senhor em um grupo de pessoas. Como um corpo,
podemos ser úteis com diversos talentos.
4. Os destinatários.
Os destinatários
dessa Carta eram os irmãos das “igrejas da Galácia” (Gl 1.2 - ² E todos os irmãos que estão comigo, às igrejas da Galácia:). Observe que esse
documento não era para uma única igreja, como foram as Cartas aos Romanos, aos
Coríntios e aos Efésios, cujos destinatários, como se entende, pertenciam a uma
igreja localizada em uma única região. Os gálatas pertenciam a um grupo de
igrejas.
SUBSÍDIO II
PROFESSOR(A), ao iniciar um novo trimestre, é fundamental ressaltar a importância e a atualidade do tema que será estudado. Isso não apenas demonstra a relevância da lição, mas também desperta o interesse dos jovens e incentiva sua participação ativa. Para isso, comece a aula solicitando que os alunos compartilhem suas expectativas em relação ao estudo da Carta aos Gálatas.
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Bíblica ︱3º Trimestre de 2025︱Vivendo o verdadeiro evangelho conforme a carta
de Paulo aos Gálatas︱Neweb ︱Compromisso com a Palavra
III. A MENSAGEM PARA OS
NOSSOS DIAS
A Carta
aos Gálatas defende a liberdade cristã. E que liberdade é essa? Liberdade de
uma vida de santidade, de comunhão com Deus e acesso livre a presença dEle. A
certeza de que não precisamos seguir as obras da Lei para sermos salvos, pois
somos salvos pela fé em Jesus. Os gálatas haviam recebido o Evangelho pela fé,
mas estavam sendo ensinados que a salvação dependia de uma série de
observâncias dos costumes judaicos, o que era uma afronta à graça de Deus.
2. Nossa salvação não depende de nossas obras.
Nenhuma prática que venhamos a fazer tem a capacidade de trazer a
Salvação ofertada por Deus em Jesus, ou o perdão dos pecados. A Carta aos
Gálatas é um alerta contra qualquer ensino ou pregação que tente complementar o
sacrifício de Jesus com obras feitas pelos homens. As obras, para o crente, são
úteis para que Deus possa ser glorificado pelos ímpios que, vendo as nossas
boas obras, percebam que elas são uma ação do Espírito em nós e que glorifiquem
a Deus (Mt 5.16 - ¹⁶ Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus.).
3. Os judaizantes.
Paulo desejava
mostrar, na Carta aos Gálatas, que o sacrifício de Jesus foi único, perfeito e
é suficiente para a nossa salvação. Isso foi necessário porque, havia o grupo
dos que “não andavam bem e diretamente conforme a verdade do evangelho” (Gl
2.14) e que desejavam impor os “costumes” dos judeus sobre os gentios. Costumes
esses que nem mesmo o apóstolo Pedro parecia observar.
CONCLUSÃO
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de Paulo aos Gálatas︱Neweb ︱Compromisso com a Palavra
HORA DA REVISÃO
O apóstolo Paulo.
2. Com que objetivo essa Carta foi
escrita?
A Carta aos Gálatas foi escrita com o
objetivo de alertar aqueles crentes acerca do perigo que estavam correndo por
acrescentar à mensagem do Evangelho a prática da Lei de Moisés.
3. Paulo fazia a obra de Deus sozinho?
Paulo tem a humildade de dizer que não está fazendo a obra de Deus sozinho.
4. Por quem Paulo foi comissionado como apóstolo?
Paulo deixa claro a origem do seu apostolado: Ele vinha da parte de Jesus, e de Deus Pai, que ressuscitou a Jesus dentre os mortos.
5. A Carta aos Gálatas defende a liberdade cristã. E que liberdade é essa?
Essa liberdade é a certeza de que somos salvos pela fé em Jesus.
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Pb. Rogério Faustino ︱Escola Bíblica ︱3º Trimestre de 2025︱ Compromisso com a Palavra
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