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LIÇÃO 02 - COMO VIVEREMOS NA BABILÔNIA

TEXTO PRINCIPAL
”Procurai a paz da cidade para onde vos fiz transportar; e orai por ela ao SENHOR, porque, na sua paz, vós tereis paz.” (Jr 29.7)
 
RESUMO DA LIÇÃO
O crente fiel pode habitar na Babilônia, mas a cultura da Babilônia não pode ter domínio sobre ele.
 
LEITURA SEMANAL
SEGUNDA – Rm 12.2 Não vos conformeis com este mundo.
² E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.
Romanos 12.2

TERÇA – Gn 11,1-9 A origem da Babilônia.
¹ E era toda a terra de uma mesma língua e de uma mesma fala.
² E aconteceu que, partindo eles do oriente, acharam um vale na terra de Sinar; e habitaram ali.
³ E disseram uns aos outros: Eia, façamos tijolos e queimemo-los bem. E foi-lhes o tijolo por pedra, e o betume por cal.
⁴ E disseram: Eia, edifiquemos nós uma cidade e uma torre cujo cume toque nos céus, e façamo-nos um nome, para que não sejamos espalhados sobre a face de toda a terra.
⁵ Então desceu o Senhor para ver a cidade e a torre que os filhos dos homens edificavam;
⁶ E o Senhor disse: Eis que o povo é um, e todos têm uma mesma língua; e isto é o que começam a fazer; e agora, não haverá restrição para tudo o que eles intentarem fazer.
⁷ Eia, desçamos e confundamos ali a sua língua, para que não entenda um a língua do outro.
⁸ Assim o Senhor os espalhou dali sobre a face de toda a terra; e cessaram de edificar a cidade.
⁹ Por isso se chamou o seu nome Babel, porquanto ali confundiu o Senhor a língua de toda a terra, e dali os espalhou o Senhor sobre a face de toda a terra.
Gênesis 11.1-9

OUARTA – 2Tm 1.12 Sabemos em quem temos crido.
¹² Por cuja causa padeço também isto, mas não me envergonho; porque eu sei em quem tenho crido, e estou certo de que é poderoso para guardar o meu depósito até àquele dia.
2 Timóteo 1.12

QUINTA – Jo 14.6 Jesus, a verdade absoluta.
⁶ Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.
João 14.6

SEXTA – Jr 29.5-7 Conselhos para a vida no exílio.
⁵ Edificai casas e habitai-as; e plantai jardins, e comei o seu fruto.
⁶ Tomai mulheres e gerai filhos e filhas, e tomai mulheres para vossos filhos, e dai vossas filhas a maridos, para que tenham filhos e filhas; e multiplicai-vos ali, e não vos diminuais.
⁷ E procurai a paz da cidade, para onde vos fiz transportar em cativeiro, e orai por ela ao Senhor; porque na sua paz vós tereis paz.
Jeremias 29.5-7

SABADO – Ez 33.10 Como viveremos?
¹⁰ Tu, pois, filho do homem, dize à casa de Israel: Assim falais vós, dizendo: Visto que as nossas transgressões e os nossos pecados estão sobre nós, e nós desfalecemos neles, como viveremos então?
Ezequiel 33.10
 
OBJETIVOS
APRESENTAR a chegada dos jovens hebreus na Babilônia;
CONHECER as características da imponente cidade:
IDENTIFICAR a cultura e o espírito da Babilônia
COMPREENDER como viver e testemunhar na Babilônia.

 
INTERAÇÃO
Prezado(a) professor(a), na primeira lição tivemos um panorama geral do livro de Daniel e a sua relevância para os dias em que vivemos. Nesta segunda lição, temos a oportunidade de nos aprofundar na imponente cidade da Babilônia, explorando suas características culturais e simbologia bíblica. Juntos, analisaremos como a experiência dos jovens hebreus, liderados por Daniel, oferece uma luz orientadora para os desafios que enfrentamos em nossa sociedade em constante transformação, dentro da qual devemos habitar e testemunhar.
 
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor(a), nesta lição será fundamental fazer uma pesquisa prévia para conhecer o contexto histórico e cultural da Babilônia. Isso será importante para os alunos serem ‘transportados’ para o contexto em que Daniel e seus amigos viveram. Colha informações sobre a cultura, a educação e a religião babilônica. Em sala de aula, mostre representações da antiga cidade, em forma de figuras e imagens aos seus alunos.
 
Características da Cidade:
Localização Geográfica: 
Babilônia estava localizada na Mesopotâmia, às margens dos rios Eufrates e Tigre. Sua localização estratégica a tornava um importante centro de comércio e transporte.

Impressionante Arquitetura: 
A cidade era conhecida por sua arquitetura impressionante, incluindo o famoso “Portão de lshtar” e os Jardins Suspensos da Babilônia, uma das Sete Maravilhas do Mundo Antigo.
 
Muralhas Massivas: 
Babilônia era cercada por muralhas maciças e fortificações que a protegiam de invasões e ataques.

Comércio: 
A Localização estratégica da cidade a tornava um importante centro de comércio na região, facilitando o intercâmbio de mercadorias entre o Oriente e o Ocidente.

Politeísmo: 
A religião na Babilônia era politeísta, com vários deuses e deusas adorados. O deus Marduque (ou BEL) era considerado o deus principal da cidade e do império.
 
Templos: 
A cidade possuía impressionantes templos dedicados aos deuses, como o Templo de Marduque (o Esagila), que era um dos maiores templos da antiguidade.
 
TEXTO BÍBLICO
Daniel 1.1-3
¹ No ano terceiro do reinado de Jeoaquim, rei de Judá, veio Nabucodonosor, rei de babilônia, a Jerusalém, e a sitiou,
² E o Senhor entregou nas suas mãos a Jeoaquim, rei de Judá, e uma parte dos utensílios da Casa de Deus, e ele os levou para a terra de Sinar, para a casa do seu deus, e pôs os utensílios na casa do tesouro do seu deus.
³ E disse o rei a Aspenaz, chefe dos seus eunucos, que trouxesse alguns dos filhos de Israel, e da linhagem real, e dos nobres.

 

INTRODUÇÃO


Ao chegarem a Babilônia, os jovens hebreus se depararam com um mundo novo e uma cultura completamente distinta de sua terra natal, A civilização babilônica, desenvolvida na região da Mesopotâmia, destacava-se em diversas áreas, ficando famosa por ter estabelecido a primeira legislação escrita, conhecida como “Código de Hamurabi”.(O Código de Hamurabi foi o primeiro código de leis da história e vigorou na Mesopotâmia, quando Hamurabi governou o primeiro império babilônico, entre 1792 e 1750 a.C. Esse código se baseava na Lei do Talião, que punia um criminoso de forma semelhante ao crime cometido, ou seja, “olho por olho, dente por dente”.) No entanto, era dominada pelo paganismo e pela imoralidade, por isso é um símbolo bíblico de um sistema reprovável diante de Deus. Dentro desse ambiente, repleto de desafios culturais e morais, como Daniel e seus amigos deveriam viver? A presente lição nos permitirá compreender que a maneira como eles encaravam a cidade, mantendo-se fiéis aos princípios que aprenderam em Judá, desempenhou um papel fundamental na construção de um testemunho sólido ao longo de sua jornada no exílio.
 

I – A CHEGADA DE DANIEL E SEUS AMIGOS NA BABILÔNIA


1- Deportados para uma terra estranha. 
Os judeus foram deportados para o exílio babilônio em três levas (605, 597 e 586 a.C). No primeiro grupo estavam alguns israelitas de origem nobre. Usando uma estratégia comum na antiguidade, o objetivo de Nabucodonosor era treiná-los para ocuparem posições importantes e servirem ao reino dos conquistadores. Dentre os requisitos, esses rapazes deveriam ser “sem nenhum defeito, de boa aparência, sábios, instruídos, versados no conhecimento e que fossem competentes para servirem no palácio real” (Dn 1.4). Em outras palavras, eles haviam de ser fisicamente saudáveis, esteticamente bonitos e intelectualmente inteligentes, e também dotados de cultura geral e de sabedoria prática para a vida no palácio. Que lista de qualidades!
 
2- Jovem Daniel e seus companheiros. 
Daniel fazia parte desse grupo, juntamente com Hananias, Misael e Azarias. Daniel descendia de uma família da aristocracia, talvez até mesmo pertencesse à linhagem real de Judá. Nessa época, tinha provavelmente entre quatorze e dezoito anos de idade. Você pode imaginar o que se passava na cabeça desses jovens? Eles estavam cheios de virtudes e sonhos, com grandes expectativas sobre o futuro em Jerusalém, e agora foram arrancados abruptamente da comodidade do lar. De uma hora para outra suas vidas mudaram de percurso. Ainda que fossem piedosos e tementes a Deus, tiveram de enfrentar o sofrimento e a vergonha de serem levados como escravos de um rei ambicioso e cruel. A terra natal havia sido devastada, os muros derrubados, o Templo destruído, amigos e familiares assassinados por ocasião da invasão (2 Cr 36.6-20; Lm 5). Todavia, não deixaram se abater pelas circunstâncias da sua vida, pois sabiam que tudo decorria da benevolência de Deus.

Hananias, um dos príncipes de Judá,  seu nome significa “Jeová tem sido gracioso” ou “Jeová foi misericordioso”.
Misael significa "Quem é igual a Deus?"
Azarias significa “Jeová tem ajudado”.

3- O sofrimento do justo. 
A história de Daniel e seus amigos nos faz recordar que os justos podem passar por provações. O sofrimento é uma parte comum da experiência humana e não poupa aqueles que temem ao Senhor (Ec 9.2 - ² Tudo sucede igualmente a todos; o mesmo sucede ao justo e ao ímpio, ao bom e ao puro, como ao impuro; assim ao que sacrifica como ao que não sacrifica; assim ao bom como ao pecador; ao que jura como ao que teme o juramento.), No Novo Testamento, Paulo e Tiago expressam essa verdade (Rm 5.3,4 - ³ E não somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações; sabendo que a tribulação produz a paciência, ⁴ E a paciência a experiência, e a experiência a esperança.: Tg 1.2,3 - ² Meus irmãos, tende grande gozo quando cairdes em várias tentações; ³ Sabendo que a prova da vossa fé opera a paciência.). Foi com fundamento nesse tipo de entendimento que Daniel e seus amigos não ousaram reclamar de Deus. Não buscaram vingança ou retaliação, mas procuraram ser canal de bênção onde se encontravam. Embora novos, tinham a mente madura o suficiente para não adotarem uma postura de amargura e vitimismo.
 
SUBSÍDIO 1
“A cultura da Babilônia, como a nossa, era opressivamente orientada a imagens. A estética dominante da cultura babilônica foi vista na construção de uma espetacular estátua de ouro que Nabucodonosor fez de si mesmo. imagens esculpidas em ouro, prata, bronze, ferro, madeira, pedra e pinturas brilhantemente coloridas poderiam ser achadas em todo canto e recanto, orientando e governando a vida do grande império. Também como a nossa, a cultura deles encontrava consolo no misticismo, com videntes, mágicos, astrólogos, conjuradores e toda sorte de adivinhadores. Contudo, tal “sabedoria” não pôde evitar que Nabucodonosor ficasse louco e pastasse como um boi (Daniel 4,28-33). A cultura da Babilônia acentuava a beleza, a excedência, a inovação, a vaidade e a intemperança. Facilmente poderia ter seduzido um jovem religioso que caísse em seu regaço de luxúria. Contudo, Daniel criou uma contracultura consistente, que transcendeu a opulência babilônica.” (PALMER, Michael (ed.) Panorama do Pensamento Cristão. Rio de Janeiro CPAD, 2001, p.404)

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II- A IMPONENTE BABILÔNIA


1- A capital imponente. 
Babilônia, localizada às margens do rio Eufrates, era uma cidade-estado rica e servia como um importante centro comercial entre o Oriente e o Ocidente. Os jovens possivelmente ficaram admirados com a sua grandiosidade, a maior da época, distante cerca de 1500 quilômetros de Jerusalém. Era uma metrópole impressionante, conhecida por sua suntuosa arquitetura. A cidade era cercada por uma forte e extensa muralha com milhares de torres. A sua cultura, como a atual, era orientada a imagens e a estética. A cidade se fazia conhecer por seus luxuosos palácios reais e obras de arte, pátios e jardins, dentre os quais os jardins suspensos, assim reconhecidos como uma das sete maravilhas do Mundo Antigo. Era fácil alguém ser seduzido por seu luxo e opulência, como ocorre com a mídia hodierna.
 
2- A ostentação da cidade. 
Toda a exuberância das obras arquitetônicas era uma forma de representar o poder do império, Nabucodonosor queria ostentar sua força e riqueza por meio de coisas materiais e de suas realizações, relembrando a fundação original da cidade (Gn 11.1-9). Os descendentes de Noé pretendiam construir uma cidade com uma torre tão alta que alcançaria o céu, usando tijolos e betume, uma espécie de piche. Além de não terem consultado ao Senhor, o propósito era a fama e a falsa sensação de segurança sem Deus. Os homens usaram toda inteligência que possuíam e a engenharia da época para construir um edifício simplesmente para a sua própria glória. Deus, porém, não se agradou do empreendimento e, por isso, confundiu as línguas e os espalhou pela terra, dando à cidade o nome de Babel.
 
3- Uma cultura pagã. 
Os babilônios atribuíam grande importância a sua religião. Acreditavam que os deuses governavam todos os aspectos da vida, desde os assuntos cotidianos até os eventos cósmicos. Marduque ( Divindade babilônica chamada de Bel, a quem Babilônia reverenciava como o deus principal.), o seu principal deus, era considerado o patrono da Babilônia. Uma das principais portas da cidade era dedicada a lshtar (Ishtar, que dá nome ao mais vistoso portão da magnífica cidade de Babilônia.), a deusa da fertilidade, do amor e da guerra, Havia um templo dedicado ao seu culto. A Bíblia apresenta Babilônia por meio de suas características de idolatria e prostituição espiritual. (Na 3.4 - ⁴ Por causa da multidão dos pecados da meretriz mui graciosa, da mestra das feitiçarias, que vendeu as nações com as suas fornicações, e as famílias pelas suas feitiçarias. Is 23.15 - ¹⁵ Naquele dia Tiro será posta em esquecimento por setenta anos, conforme os dias de um rei; porém no fim de setenta anos Tiro cantará como uma prostituta., Jr 2.20 - ²⁰ Quando eu já há muito quebrava o teu jugo, e rompia as tuas ataduras, dizias tu: Nunca mais transgredirei; contudo em todo o outeiro alto e debaixo de toda a árvore verde te andas encurvando e prostituindo-te.). A atmosfera da cidade era impregnada pelo paganismo e politeísmo.
 
SUBSÍDIO 2
A cultura da Babilônia, como a nossa, era opressivamente orientada a imagens. A estética dominante da cultura babilônica foi vista na construção de uma espetacular estátua de ouro que Nabucodonosor fez de si mesmo, imagens esculpidas em ouro, prata, bronze, ferro, madeira, pedra e pinturas brilhantemente coloridas poderiam ser achadas em todo canto e recanto, orientando e governando a vida do grande império. Também como a nossa, a cultura deles encontrava consolo no misticismo, com videntes, mágicos, astrólogos, conjuradores e toda sorte de adivinhadores. PALMER, Michael (ed,). Panorama do Pensamento Cristão. Rio de Janeiro: CPAD, 2oo7, p. 4o4,)

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III- A CULTURA E O ESPÍRITO DA BABILÔNIA


1- Símbolo de oposição aos valores divinos. 
Biblicamente, Babilônia é tanto um lugar geográfico, quanto a representação de um sistema reprovável diante de Deus e seus valores espirituais e morais (Ap 14.8 - ⁸ E outro anjo seguiu, dizendo: Caiu, caiu Babilônia, aquela grande cidade, que a todas as nações deu a beber do vinho da ira da sua fornicação., 17.1,2 - ¹ E veio um dos sete anjos que tinham as sete taças, e falou comigo, dizendo-me: Vem, mostrar-te-ei a condenação da grande prostituta que está assentada sobre muitas águas; ² Com a qual fornicaram os reis da terra; e os que habitam na terra se embebedaram com o vinho da sua fornicação., 18.2,3 - ² E clamou fortemente com grande voz, dizendo: Caiu, caiu a grande Babilônia, e se tornou morada de demônios, e coito de todo espírito imundo, e coito de toda ave imunda e odiável. ³ Porque todas as nações beberam do vinho da ira da sua fornicação, e os reis da terra fornicaram com ela; e os mercadores da terra se enriqueceram com a abundância de suas delícias.). Ainda hoje, o espírito e a cultura da Babilônia permeiam a sociedade, simbolizando rebelião e ideologias mundanas que confrontam a verdade divina. Ela é uma metáfora para a idolatria, paganismo e toda falsidade religiosa, bem como símbolo da degeneração moral, inversão de valores, depravação e materialismo presentes nos sistemas político, cultural, midiático e econômico.
 
2- A relativização da verdade. 
A principal característica da cultura da Babilônia, com todos os seus reflexos, e a destruição da noção de uma verdade absoluta. Essa foi uma das táticas de Nabucodonosor, conforme sua religiosidade e visão de mundo. John Lennox, na obra Contra a Correnteza (CPAD), cita o fato de o monarca ter levado os utensílios do Templo em Jerusalém para a casa do tesouro das suas divindades na Babilônia (Dn 1.2 - ² E o Senhor entregou nas suas mãos a Jeoiaquim, rei de Judá, e uma parte dos utensílios da casa de Deus, e ele os levou para a terra de Sinar, para a casa do seu deus, e pôs os utensílios na casa do tesouro do seu deus.). Para os hebreus os objetos de ouro possuíam enorme valor espiritual feitos por adesão que amavam a Deus, representavam uma relação do povo com o Senhor, e apontavam para a sua santidade e glória. Contudo, ao serem transportados para a Babilônia, tais utensílios passaram a representar somente uma conquista de guerra, da mesma forma que qualquer outro artefato, Os símbolos projetados para indicar o único e verdadeiro Deus, o Criador do céu e da terra, foram postos no mesmo nÍvel.de símbolos de culto de outros deuses. Assim como Nabucodonosor estava rebaixando os valores e referenciais divinos absolutos, a sociedade pós-moderna tem transformado os tesouros espirituais em coisas sem valor divino, dentro do mercado religioso.
 
3- A religião que conduz à imortalidade. 
As falsas religiões, ao perverterem a verdade, são capazes de destruir valores, conduzindo seus adeptos ou seguidores a um estilo de vida depravado. Essa verdade levou o apóstolo Pedro a advertir os cristãos sobre os perigos dos falsos ensinamentos baseados em heresias de perdição, pois levam a imoralidade e a outros desvios de conduta (2 Pe 2.13,14 - ¹³ Recebendo o galardão da injustiça; pois que tais homens têm prazer nos deleites quotidianos; nódoas são eles e máculas, deleitando-se em seus enganos, quando se banqueteiam convosco; ¹⁴ Tendo os olhos cheios de adultério, e não cessando de pecar, engodando as almas inconstantes, tendo o coração exercitado na avareza, filhos de maldição;). Atualmente, é possível perceber a volta do paganismo em novas roupagens, mais modernas e “descoladas “, ganhando espaço em filmes, séries, desenhos e jogos. É preciso cuidado com o conteúdo que você consome, pois as nuances desses falsos deuses antigos continuam presentes no mundo de hoje!
 
SUBSÍDIOS 3
A cultura de hoje não é só pós cristã, mas está também se tornando rapidamente pós-moderna, o que significa que é resistente não somente às reivindicações das verdades cristãs, mas a qualquer reivindicação da verdade. O pós-modernismo rejeita qualquer noção de verdade universal, abrange e reduz todas as ideias a construções sociais formadas por classe, Gênero e etnia […] (COLSON, Charles & PEARCEY, Nancy, E agora, como viveremos? Rio de Janeiro: CPAD, 2000, p 41,42,)

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IV – VIVENDO E TESTEMUNHANDO NA BABILÔNIA


1- Uma cidade para se testemunhar. 
Por qual razão Daniel e seus amigos adotaram uma postura de serviço e responsabilidade dentro de uma cidade estrangeira? Porque eles viveram dentro da Babilônia, mas não deixaram a Babilônia viver dentro deles! Aqueles moços conheciam as admoestações do Senhor por meio de Jeremias, sobre como os judeus deveriam viver na terra para onde seriam transportados (Jr 29.5-7 - ⁵ Edificai casas e habitai-as; e plantai jardins, e comei o seu fruto. ⁶ Tomai mulheres e gerai filhos e filhas, e tomai mulheres para vossos filhos, e dai vossas filhas a maridos, para que tenham filhos e filhas; e multiplicai-vos ali, e não vos diminuais. ⁷ E procurai a paz da cidade, para onde vos fiz transportar em cativeiro, e orai por ela ao Senhor; porque na sua paz vós tereis paz.). Eles deveriam constituir família, multiplicarem-se e buscar a paz e a prosperidade da cidade. Deus estava dizendo que enquanto estivessem exilados teriam uma vida normal e produtiva. Foram instruídos a dar bom testemunho e a contribuírem para o bem de toda a sociedade, não somente do seu próprio povo.
 
2- Testemunhando no mundo. 
Enquanto lugar geográfico, Babilônia é uma cidade que representa a vida do cristão na sociedade. Vivemos em um mundo caído, dominado pelo pecado. Ainda assim, somos chamados a ter uma presença santa, fiel e abençoadora, A igreja eleita do Senhor também está na Babilônia (1Pe 5.13 - ¹³ A vossa co-eleita em babilônia vos saúda, e meu filho Marcos.), sem se deixar ser dominada por ela. Afinal, embora o discípulo de Cristo tenha a cidadania celestial (Fp 3.2 - ² Guardai-vos dos cães, guardai-vos dos maus obreiros, guardai-vos da circuncisão;), vivemos como forasteiros nesta terra (1 Pe 2.11 - ¹¹ Amados, peço-vos, como a peregrinos e forasteiros, que vos abstenhais das concupiscências carnais, que combatem contra a alma;). Faz parte da responsabilidade do cristão zelar pelo desenvolvimento social, como sal da terra e Luz do mundo (Mt 5.13), e mordomos de Deus (Gn 1.26), pois Cristo é soberano sobre toda a criação (Cl.1.15-19: 1Co 1.26).
 

CONCLUSÃO


Os jovens hebreus tinham conhecimento da maneira como deveriam se portar no exílio. Em vez de buscar rebelião e vingança contra os captores, eles deveriam viver normalmente na cidade, buscando a sua paz e prosperidade. Como aqueles jovens, vivemos exilados em um mundo, que embora tenha sido criado por Deus, está sujeito aos efeitos do pecado. Assim como Daniel e seus amigos, somos chamados a viver neste mundo, dando testemunho do nosso compromisso com princípios sólidos, mesmo quando confrontados com dilemas morais e pressões externas.
 

HORA DA REVISÃO


1- Como era a cidade da Babilônia nos tempos de Daniel?
A cidade era cercada por uma forte e extensa muralha em milhares de torres. Também se fazia conhecer por seus luxuosos palácios reais e obras de arte, pátios e jardins, dentre os quais os jardins suspensos, assim reconhecidos como umas das sete maravilhas do mundo antigo.

2- Qual a origem bíblica da Babilônia?
A Torre de Babel. (Gn 11.1-9)

3- Biblicamente, quais as duas formas de definir a Babilônia?
Babilônia é tanto um lugar geográfico quanto a representação de um sistema reprovável diante de Deus e seus valores espirituais e morais.

4- Qual o nome da divindade que era considerada patrono da cidade da Babilônia.
Marduque

5- Quais admoestações Deus deu a Jeremias sobre como os judeus deveriam viver na terra para onde seriam transportados?
Eles deveriam constituir família, multiplicarem-se e buscar a paz e prosperidade da cidade (Jr 29.5-7).

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Pb. Rogério Faustino
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