TEXTO ÁUREO
“Por isso, nenhuma carne será justificada diante dele pelas obras da lei, porque pela lei vem o conhecimento do pecado.” (Rm 3.20)
VERDADE PRÁTICA
O pecado de Adão arruinou toda a humanidade. Contudo, Jesus Cristo pode regenerar eficazmente o pecador.
LEITURA DIÁRIA
Segunda – 1 Jo 3.4
Pecado é transgredir a Lei de Deus.
Qualquer que comete pecado, também comete iniqüidade; porque o pecado é iniqüidade.
1 João 3:4
Terça – Rm 5.12 O
pecado de Adão passou a toda raça humana.
Portanto, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram.
Romanos 5:12
Quarta – 2 Co 5.17
Em Cristo, o pecador torna-se uma nova pessoa.
Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.
2 Coríntios 5:17
Quinta – 1 Pe 1.15 A
santidade é um princípio ético e moral da fé cristã.
Mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver;
1 Pedro 1:15
Sexta – Hb 13.4 A
prostituição não pode macular a sexualidade do cristão.
Venerado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula; porém, aos que se dão à prostituição, e aos adúlteros, Deus os julgará.
Hebreus 13:4
Sábado – 1 Co 6.19 O corpo do cristão é morada do Espírito Santo.
Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos?
1 Coríntios 6:19
LEITURA BÍBLICA EM
CLASSE
Romanos 3.9-20
9 – Pois quê? Somos
nós mais excelentes? De maneira nenhuma! Pois já dantes demonstramos que, tanto
judeus como gregos, todos estão debaixo do pecado,
10 – como está escrito: Não há um justo, nem um sequer
11 – Não há ninguém
que entenda; não há ninguém que busque a Deus.
12 – Todos se
extraviaram e juntamente se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem, não há nem
um só.
13 – A sua garganta
é um sepulcro aberto; com a língua tratam enganosamente; peçonha de áspides está
debaixo de seus lábios;
14 – cuja boca está
cheia de maldição e amargura.
15 – Os seus pés são
ligeiros para derramar sangue.
16 – Em seus
caminhos há destruição e miséria;
17 – e não
conheceram o caminho da paz.
18 – Não há temor de
Deus diante de seus olhos.
19 – Ora, nós
sabemos que tudo o que a lei diz aos que estão debaixo da lei o diz, para que
toda boca esteja fechada e todo o mundo seja condenável diante de Deus.
20 – Por isso, nenhuma carne será justificada diante dele pelas obras da lei, porque pela lei vem o conhecimento do pecado.
Hinos Sugeridos, clique para ouvir:
Tentado, não cedas, ceder é pecar,
Melhor e mais nobre, será triunfar,
Coragem, ó crente, domina o teu mal.
Deus pode livrar-te de queda fatal.
Em Jesus tens a palma
Da vitória, minh’alma;
E também doce calma
Pelo sangue da cruz!
Evita o pecado, procura agradar
A Deus, a quem deves no corpo exaltar;
Não manches teus lábios com impura voz;
Defende tua alma do vicio atroz.
Sê manso e benigno, qual morto até.
Na rocha eterna, firma tua fé;
Veraz é teu dito: de Deus é teu ser?
T’espera a coroa, tu podes vencer.
Autor ou Tradutor: P.L.M Paulo Leivas Macalão
No céu não entra pecado
Fadiga, tristeza, nem dor;
Não há coração quebrantado,
Pois todos são cheios de amor,
As nuvens da vida terrestre
Não podem a glória ofuscar
Do reino de gozo celeste,
Que Deus quis pra mim preparar!
Irei eu p’ra linda cidade,
Jesus me dará um lugar,
Co’os crentes de todas Idades,
A Deus hei de sempre louvar.
Do céu tenho muitas saudades,
Das glórias que lá hei de ver;
Oh! Que gozo vou ter,
Quando eu vir meu Senhor,
Rodeado de grande esplendor!
Pagar não é necessário
A casa, que lá hei de ter;
E meu eternal vestuário,
No céu, nunca vai se romper.
Jamais viverei em pobreza,
Aflito no meu santo lar,
Ali há bastante riqueza,
Da qual podarei desfrutar.
No céu o luto é banido,
Enterros não hão de passar;
Sepulcros jamais são erguidos,
Lá mortos não vou encontrar.
Os velhos serão transformados;
Mudados nós vamos ficar.
Quais astros por Deus espalhados
No céu, para sempre brilhar.
Autor ou Tradutor: I.A.F Ingrid Anderson Franson
Manso e suave, é Cristo chamando:
Chama por ti e por mim.
Eis que Ele às portas espera velando:
Vela por ti e por mim,
Vem já! vem já! alma cansada, vem já!
Manso e suave, Jesus convidando,
Chama: – “Vem, pecador, vem!”
Com paciência, Ele está esperando,
Hoje, por ti e por mim.
Oh! não desprezes a quem, convidando,
Chama por ti e por mim.
Correm os dias, as horas se passam,
Passam por ti e por mim.
Transes de morte, por fim, vão chegando,
Tanto por ti e por mim.
Oh! quanto amor que Jesus nos tem dado!
Tudo por ti e por mim!
Seu sangue foi sobre a Cruz derramado,
Sim, foi por ti e por mim.
Autor ou Tradutor: B.S Bruno Skolimowsky
PLANO DE AULA
1- INTRODUÇÃO
A doutrina bíblica
do pecado, por natureza, faz oposição às principais ideologias modernas que
buscam enaltecer o homem, destacando sua suposta bondade intrínseca. Quando a
doutrina bíblica do pecado é deturpada, então, tudo o mais no campo moral
também o é. Talvez essa seja a raiz de fenômenos éticos tão distantes do
cristianismo bíblico, que podem ser encontrados em movimentos que se dizem
cristãos, tais como: “igreja gay”; “casamentos abertos”; “prática sexual entre
solteiros” etc.
2- APRESENTAÇÃO DA
LIÇÃO
A) Objetivos da
Lição:
I) Expor o ensino
bíblico da natureza pecaminosa;
II) Pontuar
teologias modernas que derivam da deturpação da doutrina bíblica do pecado;
III) Mostrar as consequências da normalização do pecado.
B) Motivação:
Quando assistimos pessoas influentes dizendo que a Bíblia deve ser atualizada diante dos desafios de gênero, saiba que estamos diante de cristãos que deixaram de lado a visão bíblica do pecado. Nesse senti- do, não há disposição para sustentar uma verdade bíblica tão intragável para o mundo moderno: o homem é por natureza pecador e, por isso, deve se arrepender de seus pecados. Então, se enfraquecemos a doutrina bíblica do pecado, passamos a aceitar tudo o que a Bíblia diz que é pecado.
C) Sugestão de Método:
Pergunte aos alunos se eles já ouviram falar de pecado social, teologia
da libertação e liberalismo teológico. Ouça as res- postas e, em seguida, diga
que essas três expressões são consequências do processo de deturpação da
doutrina bíblica do pecado. Em seguida, inicie a exposição do primeiro tópico.
3- CONCLUSÃO DA
LIÇÃO
A) Aplicação:
Esta
lição exorta os alunos a não perderem de vista a doutrina bíblica do pecado.
Devemos estar cientes de que a sociedade atual tem dificuldades de aceitar essa
visão bíblica, mas ao mesmo tempo devemos estar encorajados a demonstrar que essa
doutrina bíblica pode ser provada de maneira concreta em cada esquina onde uma
pessoa é assaltada, assassinada e violada sexualmente.
4- SUBSIDIO AO
PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão.
Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entre- vistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 94, p.37, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais:
Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na
preparação de sua aula:
1) O texto “A Sombra
do Pecado”, localizado depois do primeiro tópico, aprofunda a reflexão a
respeito da natureza do pecado;
2) O texto “Questões ambientais e sociais como extensão do pecado”, ao final do segundo tópico, traz uma ampliação a respeito das ênfases que derivam da deturpação da doutrina bíblica do pecado, adequando um eficaz entendimento do lugar social na doutrina bíblica do pecado.
INTRODUÇÃO
A Queda no Éden ( A Queda do Éden ou Queda do Homem é o episódio registrado no texto bíblico que mostra o pecado de Adão e Eva. Trata-se de um evento histórico do começo da humanidade.) transmitiu à humanidade a inclinação do coração humano ao erro. Por isso, a regeneração ( Ser gerado de Deus (1 Pedro 1:3), ser vivificado por Ele (Efésios 2:1-5), ser de novo gerado da semente incorruptível por Sua Palavra (1 Pedro 1:23). É a mesma ação do novo nascimento.) é o único meio possível de desfazer as consequências do pecado em que a natureza humana só pode ser transformada pela obra de Cristo (Tt 3.5,6). Não obstante, por influência de teologias modernas, a Doutrina do Pecado ( Hamartiologia, doutrina bíblica é a disciplina que apresenta um estudo sistemático a respeito do pecado em todos os seus aspectos e nesse estudo além de entendermos que a origem do pecado remota antes do pecado de desobediência do homem no jardim do Éden, mostra o pecado do homem quando esse desobedeceu as ordens de Deus de não comer do fruto proibido fazendo com que toda a descendência humana herdasse o estado pecaminoso, o pecado original de nossos primeiros pais.) vem sendo deturpada e enfraquecida. Esse processo abriu as portas para a normalização do pecado em muitos lugares denominados cristãos. Nesta lição, vamos estudar o perigo dessas teologias para a ortodoxia cristã ( Ortodoxia é uma palavra de origem grega. Vem de orthós, reto e doxa, opinião. Daí surge a ortodoxia como “crença correta”. Crença correta é aquela que está conforme a verdade, ou seja, no caso em questão, crença correta nas verdades da Bíblia sagrada.)
Palavra-Chave: PECADO
I – O ENSINO BÍBLICO
DA NATUREZA PECAMINOSA
1- Definição de Pecado.
Dentre os termos para “pecado”, destacamos o substantivo hebraico chatá, cuja raiz significa “errar o alvo” (Gn 4.7); e o seu correspondente grego hamartia, que possui conotação de “erro moral” (2 Pe 2.13,14). Assim, a Bíblia define “pecado” como a transgressão da Lei de Deus (1 Jo 3.4). A palavra abrange não apenas errar o alvo, mas deliberadamente acertar o alvo errado. Trata-se de rebelião e desobediência contra Deus e a sua Palavra (1 Sm 15.22,23). Além disso, o pecado afasta o homem de Deus, fazendo-o pecar contra o próximo (1 Jo 1.6,7) e por se omitir em fazer o bem (Tg 4.17). Portanto, pecado é a condição do homem não regenerado e só pode ser expelido por meio do Novo Nascimento ( É um ato divino na vida do ser humano que transforma a condição de um pecador em um ser perdoado. É o ato divino que faz com que o homem seja uma nova criatura, ato esse operado pelo Espírito Santo no arrependimento e confissão de pecado. (Jo 33-7). Essa reconciliação do homem com Deus só é possível em Cristo Jesus (2 Co 5.19).
2- A universalidade do Pecado.
O ser humano foi criado em estado de inocência, sem pecado, perfeito (Ec 7.29) e dotado de livre-arbítrio ( A Palavra livre arbítrio não está na bíblia, porém o conceito está inserido no texto sagrado e diz respeito a livre escolha do ser humano em decidir sobre suas escolhas. O livre arbítrio está relacionado a capacidade do homem decidir sem influência ou condições de escolha.) (Gn 2.16,17). Porém, o primeiro homem escolheu desobedecer a Deus e a sua Queda corrompeu toda a humanidade (Gn 3.9-19). O pecado de Adão foi transmitido a toda raça humana (Rm 5.12). Assim, a partir da Queda, todos os seres humanos nascem em pecado (S1 51.5). Portanto, o pecado não é passado adiante meramente pela força do mau exemplo, mas é um mal inerente à natureza humana (Rm 7.14-24). Em consequência disso, todo ser humano está debaixo da escravidão do pecado e da condenação da morte (Rm 3.23; 6.23). Apesar de corrompida pelo pecado, a natureza humana pode ser eficazmente regenerada pela fé em Cristo (Rm 3.24; 2 Co 5.17).
3- Corrupção Total.
É o estado de corrupção mental, moral e espiritual da natureza humana (Rm 3.10-18). Nesse aspecto, a inclinação para fazer o errado é resultado do pecado (Gn 6.5; Rm 5.19). Por causa da Queda, todas as áreas de nosso ser foram corrompidas. Essa corrupção impede o homem de tomar a iniciativa no processo de regeneração ( Regeneração na bíblia é aplicado ao mesmo ato de nascer de novo, ser gerado novamente. No grego, palingenesia, nascer de novo pelo ato divino e operado pelo Espírito Santo. (Rm 8.7,8). Ele só pode ser liberto do pecado após o convencimento do Espírito (Jo 16.8). Sem essa ajuda divina ninguém pode ser transformado (Tt 3.5), ou seja, o livre-arbítrio precisa ser divinamente restaurado (Rm 2.4). Somente por meio da graça o homem recebe capacidade para crer, arrepender-se e ser salvo (Rm 3.24,25). Dessa forma, a libertação do pecado não provém de nenhum esforço humano, mas é gratuita e divinamente ofertada (6.23; Ef 2.8,9).
SINOPSE I
O pecado é a transgressão da Lei d Deus. Por ele, o ser humano foi totalmente corrompido.
AUXÍLIO TEOLÓGICO
A SOMBRA DO PECADO
“Compreender o pecado nos ajuda : conhecimento de Deus, porém o pecado distorce até mesmo nosso conhecimento do próprio-eu. Mas se a luz iluminação divina consegue penetrar essas trevas, e não somente as trevas, mas também a própria luz, então poderão ser melhor analisadas. Percebe-a importância prática do estudo do pecado na sua gravidade. O pecado é contra Deus. Afeta a totalidade da criação, inclusive a humanidade. Até mesmo o menor dos pecados pode provocar juízo eterno. E o remédio para o pecado é nada menos que a morte de Cristo na cruz” (HORTON, Stanley M (ed Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 201 p.263).
II – AS TEOLOGIAS
MODERNAS
1- Teologia do pecado social.
A tese do pecado social ( Essa tese explica que o pecado é resultado das condições sociais opressoras onde o ser está inserido. Inverter as condições do pecado original e atribuir primeiro a solução desse pecado pra se obter o perdão do pecado original retira todo significado do sacrifício de Cristo na cruz do calvário para remissão do pecado.) remonta aos concílios católicos de Medellin (1968, Colômbia) e Puebla (1979, México). Essa tese defende que o pecado é algo que se constrói por meio de estruturas opressoras, tais como, a pobreza, a injustiça e a desigualdade. Dessa maneira, a redenção do pecado não se restringe ao aspecto espiritual, sendo preciso tratar as questões sociais. O pecado deixa de ser tratado no nível da moral e passa a ser considerado no nível econômico e social. A mudança de ênfase do pecado original ( Diz respeito a natureza pecaminosa herdada por nossos pais Adão e Eva. (natureza humana) para o pecado social (estrutural) enfraquece a responsabilidade moral do pecador. Então, deixa-se de enfatizar a causa para explorar os sintomas (Mt 23.27,28). A partir daí, resolver as questões da ordem social é visto como solução para o problema do pecado. Naturalmente, essa é uma deturpação do ensino bíblico a respeito do pecado.
2- Teologia da libertação.
A teologia da libertação (Teologia da Libertação é um movimento teológico que originou na América Latina na década de 1960 e 1970, e que busca combinar a fé cristã com a luta por justiça social, a libertação dos oprimidos e a transformação da sociedade. Entre as principais preocupações da Teologia da Libertação estão a luta contra a pobreza, a exclusão social, a opressão, o imperialismo e a desigualdade econômica e social. Devemos sim nos preocupar com a situação social das pessoas, porém não podemos estabelecer como condição pra salvação as ações sociais que venhamos a fazer. O único meio pra salvação é em Cristo Jesus. O grande perigo da Teologia da Libertação é que ela se concentra tanto na libertação social que negligencia a necessidade de salvação espiritual.) tem afinidade com as ideias socialistas de Karl Marx. Essa teoria busca “libertar” o oprimido das estruturas opressoras da sociedade. Ela nasce na década de 1970 com Gustavo Gutiérrez (Peru) e Leonardo Boff (Brasil). Para eles, o estudo teológico não deve estar centrado em doutrinas bíblicas para libertar 0 homem do pecado, mas na indignação social para libertar 0 homem da injustiça social, econômica e cultural. Desse impulso surgem as teologias de cunho emancipatório de gênero (transexualidade-(Transexual é uma pessoa que não se identifica com o sexo biológico com o qual nasceu, ou seja, é alguém que não se sente adequado ao gênero que recebeu no nascimento.)), de sexualidade (homossexualidade-(Homossexualidade é uma característica atribuída aos seres vivos que se sentem atraídos seja fisicamente, esteticamente ou emocionalmente por um outro ser vivo que possua o mesmo sexo biológico e o mesmo gênero que o seu.)) e de raça. Uma de suas vertentes é a Teologia da Missão Integral (TMI). O grande impacto dessas influências é que a fé cristã é reduzida a militância política socialista e marxista. As pautas sociais e progressistas são disfarçadas pela roupagem de Evangelho, postas acima dos valores morais do Reino de Deus. Então, transforma-se o Evangelho em inconformismo (Comportamento de repulsão aos preceitos e valores estabelecidos num tempo ou lugar), criticismo (Racionalismo que procura determinar os limites da razão humana) e assistencialismo (Doutrina ou prática política que defende a assistência aos mais carenciados da sociedade) (1 Co 15.19; Fp 3.18-20).
3- Liberalismo teológico.
Após a Reforma Protestante (1517), floresce o liberalismo teológico (O liberalismo teológico é um movimento que surgiu a partir do iluminismo e do racionalismo, nega toda a essência da Palavra de Deus, nega a infalibilidade da Bíblia, nega a inerrância da Bíblia, nega a suficiência da Palavra de Deus.), onde a razão é colocada acima da revelação divina. Como resultado disso, a inspiração, inerrância e infalibilidade das Escrituras são questionadas; os milagres e o sobrenatural são considerados mitológicos; as doutrinas da fé são reinterpretadas e ressignificadas. Troca-se a mensagem da salvação de arrependimento, confissão de pecados e mudança de caráter por uma visão progressista que enfatiza a transformação social pelo paradigma do marxismo (Marxismo é um sistema ideológico que critica radicalmente o capitalismo e proclama a emancipação da humanidade numa sociedade sem classes e igualitária.). Assim, o pecado é relativizado, o ecumenismo religioso é propagado e toda experiência espiritual é considerada válida. O ideário da teologia liberal é de oposição às antigas doutrinas bíblicas que se fundamentam na revelação das Escrituras (2 Tm 4.3).
SINOPSE II
A teologia do pecado social, da libertação e o liberalismo teológico derivam da deturpação da doutrina bíblica do pecado.
III – A NORMALIZAÇÃO
DO PECADO
1- Crise ética e moral.
Em termos gerais, os valores que regulam a conduta de uma pessoa denominam-se ética (Ética é a área da filosofia dedicada às ações e ao comportamento humano.) (1 Pe 1.15) e a prática dessa conduta recebe o nome de moral (A moral é um conjunto de regras, costumes e formas de pensar de um grupo social, que define o que devemos ou não devemos fazer em sociedade.). Nessa concepção, a obediência aos princípios bíblicos reflete o caráter de um cristão (Rm 12.2). Porém, o conceito deturpado e relativizado do pecado resulta em desvio e falha de caráter (2 Tm 3.5). Desse modo, a sociedade deixa de ser eticamente sólida e se torna moralmente desajustada (Hc 1.4). Dessa crise de integridade irrompe ações incompatíveis com a fé bíblica (Rm 2.21,22). Temas progressistas violam a ética e a moral bíblicas e passam a ser normalizados, tais como: a imoralidade sexual, o aborto e o uso de drogas ilícitas (1 Sm 2.6; Rm 1.27; 1 Co 6.15,19).
2- Imoralidade sexual.
A deturpação da doutrina do pecado favorece o avanço da imoralidade sexual (Rm 1.24). Em defesa da liberdade de decisão sobre o corpo, banaliza-se o sexo pré-conjugal (sexo antes casamento), extraconjugal (sexo fora do casamento), normaliza-se a homossexualidade (Rm 1.26,27) e a doutrina da castidade é vista como opressora (Rm 6.12). Nesse aspecto, o afrouxamento da moral, o ensino da ideologia de gênero e a erotização da infância promovem luxúria e licenciosidade. O pecado é tolerado, a família é desconstruída e a doutrina da santidade é negligenciada (Hb 13.4).
3- A dessacralização da vida.
As Escrituras ensinam que a vida humana é sagrada porque tem origem divina (Gn 1.27). Por conseguinte, a vida é inviolável e deve ser valorizada (2 Pe 1.3). O corpo humano deve ser cuidado, alimentado e preservado (Ef 5.29). Não obstante, a vulgarização do pecado fomenta ideologias que desprezam a sacralidade e a dignidade humana. Propala-se a autonomia incondicional sobre o próprio corpo sem as devidas limitações éticas e morais. O slogan “meu corpo, minhas regras” reivindica o pseudodireito de a pessoa usar drogas, prostituir-se, abortar, cometer o suicídio e a eutanásia. Assim, o corpo que é templo do Espírito Santo é profanado (1 Co 6.19). A criatura, de modo proposital, afronta a vontade do Criador (Rm 1.25).
SINOPSE III
Quando se normaliza o pecado sobra uma crise ética e moral, bem como a dessacralização da vida.
AUXÍLIO TEOLÓGICO
QUESTÕES AMBIENTAIS
E SOCIAIS COMO EXTENSÃO DO PECADO
“A compreensão da natureza do pecado deve renovar a nossa sensibilidade diante das questões do meio ambiente e levar-nos a retomar a comissão original de cuidar do mundo de Deus, o qual não devemos deixar nas mãos daqueles que preferem adorar a criação ao invés de ao Criador. Questões como justiça social e necessidade humana devem ser advogadas pela Igreja como testemunho da veracidade do amor, em contraste à mentira que é o pecado. Mesmo assim, semelhante testemunho deve apontar sempre para o Deus da justiça e do amor, que enviou o seu Filho a morrer por nós. Somente a salvação, e não a legislação ou um evangelho social que desconsidera a cruz […], pode curar o problema e seus sintomas” (HORTON, Stanley M (ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, p.298).
CONCLUSÃO
A relativização do
pecado que o restringe à solução de pautas sociais em prejuízo da moral e, por
sua vez, o exclusivismo moral em detrimento de causas sociais, igualmente, não
retratam a fé cristã. Apesar de a Igreja não ser apolítica e nem insensível às
desigualdades sociais, o mal primário a ser combatido é o pecado inerente à
natureza humana. Uma vez regenerado pela fé em Cristo, o crente repudia as
injustiças contra o seu próximo (Rm 1.18; 1 Co 13.6). A Igreja atuante é aquela
que ainda milita na terra contra a carne, o mundo, o Diabo, o pecado e a morte
(Ef 6.12).
REVISANDO O CONTEÚDO
1- Segundo a lição, como a Bíblia define o “pecado”?
R. A Bíblia define “pecado” como a
transgressão da Lei de Deus (1 Jo 3.4).
2- O que é Corrupção Total?
R. É o estado de corrupção mental, moral e espiritual da natureza humana
(Rm 3.10-18).
3- O que enfraquece a responsabilidade moral do pecador?
R. A mudança de ênfase do pecado original
(natureza humana) para o pecado social (estrutural) enfraquece a
responsabilidade moral do pecador.
4- O que reflete o caráter do cristão?
R. A obediência aos princípios bíblicos reflete o caráter
de um cristão (Rm 12.2).
5- Por que a vida humana é sagrada?
R. As Escrituras ensinam que a vida humana é sagrada porque
tem origem divina (Gn 1-27).
Pb. Rogério Faustino
Neweb
Compromisso com a Palavra
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