TEXTO ÁUREO
“E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na
comunhão, e no partir do pão, e nas orações.” (At 2.42).
VERDADE PRÁTICA
A Igreja de Jerusalém, como igreja-mãe, tornou-se
exemplo para as demais. Um modelo a ser seguido por todas as igrejas verdadeiramente
bíblicas.
LEITURA DIÁRIA
Segunda — Esperando em oração.
¹² Então voltaram para Jerusalém, do monte chamado das Oliveiras, o qual está perto de Jerusalém, à distância do caminho de um sábado.
Atos 1.12
Terça — A necessidade da conversão
espiritual.³⁸ E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo;
Atos 2.38
Quarta — Os pilares da igreja cristã.⁴² E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações.
Atos 2.42
Quinta — Arrependimento, batismo e o dom do Espírito Santo.³⁸ E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo;
³⁹ Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos, e a todos os que estão longe, a tantos quantos Deus nosso Senhor chamar.
Atos 2.38,39
Sexta — A atualidade da promessa.
³⁹ Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos, e a todos os que estão longe, a tantos quantos Deus nosso Senhor chamar.
Sábado — Uma igreja reverente.
⁴³ E em toda a alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos.
Atos 2,43
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Atos 2.37-47.
³⁷ Ouvindo eles isto, compungiram-se em seu
coração e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos, varões
irmãos?
³⁸ E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um
de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para perdão dos pecados, e
recebereis o dom do Espírito Santo.
³⁹ Porque a promessa vos diz respeito a vós, a
vossos filhos e a todos os que estão longe: a tantos quantos Deus, nosso
Senhor, chamar.
⁴⁰ E com muitas outras palavras isto testificava
e os exortava, dizendo: Salvai-vos desta geração perversa.
⁴¹ De sorte que foram batizados os que de bom
grado receberam a sua palavra; e, naquele dia, agregaram-se quase três mil almas.
⁴² E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na
comunhão, e no partir do pão, e nas orações.
⁴³ Em cada alma havia temor, e muitas maravilhas
e sinais se faziam pelos apóstolos.
⁴⁴ Todos os que criam estavam juntos e tinham
tudo em comum.
⁴⁵ Vendiam suas propriedades e fazendas e
repartiam com todos, segundo cada um tinha necessidade.
⁴⁶ E, perseverando unânimes todos os dias no
templo e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de
coração,
⁴⁷ louvando a Deus e caindo na graça de todo o
povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de
salvar.
1 A Palavra de Deus é para mim
Um tesouro sem igual em valor!
Fala do amor de Deus, do amor que não tem fim;
Mais precioso do que ouro é este amor!
A Palavra de Deus é doce, mais que o mel,
O que a toma pela fé há de ser fiel,
Porque Deus nos concedeu o Emanuel,Rocha viva donde mana leite e mel.
2 Luz que guia pela senda da paz,
E alumia os que em trevas estão;
Lâmpada que nos faz ver os ardis de Satanás,
E que brilha mesmo na escuridão.
3 É um farol que sempre resplandeceu.
E que mostra o porto da salvação;
Quem na arca já entrou
e do mundo se esqueceu,
Chegará por certo à eternal mansão.
Autor ou Tradutor: E.C Emílio Conde
1 Em Jesus, vivendo cada dia,
Em Jesus eu tenho alegria!
Em Jesus, oh, doce harmonia!
Em Jesus, desfruto a paz de Deus!
2 Em Jesus, na rocha inabalável,
Em Jesus, no homem incomparável!
Em Jesus, no Deus tão adorável!
Em Jesus, o mal não temerei!
3 Em Jesus a graça é infinita,
Em Jesus, oh! bênção inaudita;
Em Jesus, minh'a!ma é bendita;
Em Jesus eu tenho salvação!
4 Em Jesus não temo o mal e a morte,
Em Jesus estou firmado e forte!
Em Jesus meu barco ruma ao norte;
Em Jesus eu sempre hei de vencer!
Autor ou Tradutor: P.L.M Paulo Leivas Macalão
1 Em fervente oração, vem o teu coração
Na presença de Deus derramar!
Mas só podes fruir o que estás a pedir,
Quando tudo deixares no Altar.
Quando tudo perante o Senhor estiver,
E todo o teu ser Ele controlar,
Só, então, hás de ver que o Senhor tem poder,
Quando tudo deixares no Altar.
2 Maravilhas de amor te fará o Senhor.
Atendendo à oração que aceitar.
Seu imenso poder, te virá socorrer,
Quando tudo deixares no Altar.
3 Se orares, porém, sem o teu coração
Ter a paz que o Senhor pode dar,
Foi por Deus não Sentir que tua alma se abriu,
Tudo, tudo, deixando no Altar.
Autor ou Tradutor: *** Autor desconhecido
PLANO DE AULA
1. INTRODUÇÃO
A Igreja de Jerusalém, que teve o seu início com a
descida do Espírito Santo durante o Pentecostes, estabeleceu-se como um exemplo
a ser seguido por todas as gerações de cristãos. Em Atos 2.37-47, encontramos
uma igreja com fundamentos sólidos, alicerçada na doutrina dos apóstolos e no
compromisso com a comunhão, oração e piedade. Para além disso, essa comunidade
praticava os símbolos cristãos fundamentais, como o batismo e a Ceia do Senhor,
manifestando sua fé de forma prática. O seu testemunho e modo de viver deixaram
uma marca significativa na sociedade à sua volta, tornando-a um modelo notável
de unidade, amor e poder espiritual.
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição:
I) Explicar os fundamentos
da Igreja de Jerusalém;
II) Reconhecer a importância do batismo e da Ceia do
Senhor como símbolos essenciais da fé cristã;
III) Aplicar os princípios da
Igreja de Jerusalém à vida da igreja atual, enfatizando a prática espiritual, o
acolhimento e a adoração.
B) Motivação:
A Igreja de Jerusalém não era apenas
uma comunidade de fé, mas um modelo de vida cristã que impactava sua geração.
Seus alicerces firmes na doutrina, sua fidelidade aos símbolos cristãos e seu
testemunho poderoso são inspirações para a igreja atual. Ao estudar essa lição,
reflita: sua igreja e sua vida cristã refletem esse modelo? O compromisso com a
Palavra, a comunhão e a prática da fé ainda são prioridades? Que esta reflexão
desperte um desejo genuíno de viver os princípios da igreja primitiva no
cotidiano da fé.
C) Sugestão de Método:
Para tornar a lição
significativa, o professor pode iniciar a aula com uma leitura dialogada de
Atos 2.37-47, incentivando os alunos a identificarem as características da
Igreja de Jerusalém. Em seguida, utilizar um quadro ou cartolina para listar os
três aspectos abordados ao longo da lição: sólidos alicerces, observância dos
símbolos cristãos e modelo a ser seguido. A classe pode discutir como esses
princípios se aplicam à igreja atual, relacionando-os com experiências
pessoais.
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação:
Assim como a Igreja de Jerusalém,
somos chamados a viver uma fé fundamentada na Palavra, na comunhão e na prática
dos ensinamentos de Cristo. Que reflitamos sobre como podemos aplicar esses
princípios em nossa igreja e vida pessoal!
4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão.
Vale a pena conhecer
essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à
Lições Bíblicas Adultos. Na edição 102, p.37, você encontrará um subsídio
especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais:
Ao final do tópico, você
encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula:
1) O texto “A
Doutrina dos Apóstolos [...] comunhão [...] o partir do pão (...) orações”,
localizado depois do primeiro tópico, aprofunda a respeito da prática de
piedade da igreja de Jerusalém;
2) No final do terceiro tópico, o texto “O
Progresso se Repete” aprofunda a respeito do crescimento da igreja no Primeiro
Século.
Por ser a Igreja-mãe, Jerusalém torna-se o modelo
para as demais igrejas que foram implantadas. É de Jerusalém que partem as
decisões que buscam, por exemplo, disciplinar e padronizar determinadas
práticas cristãs. A igreja de Jerusalém já nasce forte! Sendo de origem divina,
cheia do Espírito Santo e supervisionada pelos apóstolos, essa igreja é bem
alicerçada. Isso fica claro no ministério da Palavra, a quem os apóstolos se
devotaram inteiramente e ao exercício dos diversos dons que abundavam no seu
meio. É, portanto, uma igreja da Palavra e do Espírito. E mais — é uma igreja
onde a observância das ordenanças de Cristo é praticada na esfera do culto
cristão. Assim, a igreja cristã primitiva exibe marcas que se tornaram um
padrão para todas as igrejas em todas as épocas e lugares.
I. UMA IGREJA COM
SÓLIDOS ALICERCES
1. Uma igreja com fundamento doutrinário. A igreja
de Jerusalém era uma igreja bem doutrinada. Lucas diz que, antes de ascender
aos céus, Cristo deu “mandamentos, pelo Espírito Santo, aos apóstolos que
escolhera” (At 1.2). Uma igreja genuinamente cristã reflete a prática e os
ensinos dos apóstolos. É exatamente isso o que o livro de Atos diz da primeira
igreja: “E perseveravam na doutrina dos apóstolos” (At 2.42). Uma igreja só
pode ser considerada genuinamente cristã quando ela consegue ensinar e
doutrinar seus membros de tal forma que eles passem a refletir o caráter de
Cristo.
2. “Perseveravam na doutrina dos apóstolos” (At
2.42).
A expressão diz muito sobre o processo de discipulado da igreja de
Jerusalém. Era uma igreja bem doutrinada, e, portanto, bem discipulada. A
palavra “doutrina” traduz o termo grego didaché, que significa “ensinar” e
“instruir”. Tem a ver, portanto, com o discipulado cristão. O discípulo é
alguém que consegue reproduzir, isto é, levar adiante o que aprendeu de seu
Mestre. Os apóstolos aprenderam de Cristo; a igreja cristã primitiva aprendeu
dos apóstolos e agora vivia isso a fim de transmitir a outros o que aprendeu. A
tragédia da igreja acontece quando ela não consegue ser discipulada, nem
tampouco discipular.
3. Uma igreja relacional e piedosa.
A igreja de
Jerusalém perseverava na “comunhão” (At 2.42). A maioria dos intérpretes
entende que a palavra grega koinonia, traduzida aqui como “comunhão” é uma
referência às relações interpessoais dos primitivos cristãos. A primeira igreja
era, portanto, uma igreja relacional. Assim, perseverar na comunhão tem o
sentido de “se dedicar” à construção de bons relacionamentos. Tem a ver com o
modo de vida dos crentes. Sem o cultivo de relações interpessoais fortes, a
igreja cai em um mero ativismo. Há muita atividade, mas sem o calor humano que
caracteriza a verdadeira vida cristã. A mesma igreja que perseverava na
doutrina dos apóstolos e na comunhão era a mesma igreja que vivia em oração (At
2.42 - ⁴² E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações. ). A igreja de Jerusalém orava! Assim, Pedro e João foram ao templo na hora
nona de oração (At 3.1 - ¹ E Pedro e João subiam juntos ao templo à hora da oração, a nona. ); os apóstolos estabeleceram como prática dedicar-se à
oração (At 6.4 - ⁴ Mas nós perseveraremos na oração e no ministério da palavra.) e a Igreja reunida na casa de Maria, mãe de Marcos, se dedicava
à oração (At 12.5 - ⁵ Pedro, pois, era guardado na prisão; mas a igreja fazia contínua oração por ele a Deus.).
A igreja de Jerusalém tinha como característica a
perseverança na doutrina, comunhão e oração. Isso fazia dela uma igreja
piedosa.
“A DOUTRINA
DOS APÓSTOLOS [...] COMUNHÃO [...] O PARTIR DO PÃO [...] ORAÇÕES.
Hoje em dia,
muitas igrejas desejam seguir o modelo da igreja do Novo Testamento, esperando
vivenciar o mesmo poder, crescimento e eficácia que ela teve. Esta passagem nos
proporciona uma visão geral das características que permitiram que a igreja do
Novo Testamento vivenciasse o milagroso poder de Deus (v.43) e um crescimento
consistente (v.47). O que é admirável é que essas características eram bastante
simples e práticas. (1) A doutrina dos apóstolos (v.42a). Os primeiros cristãos
eram profundamente devotados à mensagem de Cristo. [...]; (2) Comunhão (gr.
koinōnia; v.42b). Os seguidores de Deus na igreja primitiva não somente eram
dedicados ao seu relacionamento básico e predominante com Deus, como também
estavam comprometidos em construir relacionamentos abertos, honestos e
espiritualmente encorajadores com o povo de Deus [...]; (3) O partir do pão
(vv.42c,46). Esta expressão poderia se referir, simplesmente, às refeições
feitas nas casas, uns dos outros [...] (ou) à refeição do amor ágape (veja 1Co
11.21, nota), ou à Ceia do Senhor (isto é, à comunhão) propriamente dita. [...]
(4) Oração (v.42d; cf. 1.14; 4.23-31). A oração era, claramente, uma grande prioridade
e uma parte vital da vida da igreja primitiva” (Bíblia de Estudo Pentecostal —
Edição Global. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, p.1932).
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Doutrina, comunhão e fé; a base para o crescimento da igreja em meio as
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II. UMA IGREJA
OBSERVADORA DOS SÍMBOLOS CRISTÃOS
1. O Batismo. Após o primeiro sermão do apóstolo
Pedro na igreja de Jerusalém, e como resposta a uma pergunta, ele disse ao
povo: “Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo
para perdão dos pecados” (At 2.38). Naquela época, a primeira igreja batizava
quem se convertia. Ela sabia que o batismo era uma das ordenanças de Jesus e
que ele era um dos principais símbolos da fé cristã (Mc 16.16 - ¹⁶ Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado. ). O batismo era
um dos primeiros passos da fé cristã, um rito de entrada para a nova vida em
Cristo. Mas para ser batizado, a pessoa precisava ter se arrependido dos seus
pecados e crido em Jesus. Era preciso ter consciência do sentido desse símbolo
de fé. Assim, o batismo era um testemunho público de que a pessoa havia se
convertido. Por meio dele, os cristãos de Jerusalém mostravam ao mundo que sua
vida agora era diferente, que eles tinham uma nova vida em Cristo.
2. A Ceia do Senhor.
A Ceia do Senhor é a outra
ordenança dada por Jesus e que foi observada pela igreja de Jerusalém. “E
perseveravam... no partir do pão” (At 2.42). A maioria dos estudiosos concorda
que esse texto é uma referência à prática da Ceia do Senhor entre os primeiros
cristãos. Donald Gee, um dos principais mestres do pentecostalismo britânico,
disse que, quando tomada corretamente, a Ceia leva a Igreja ao próprio coração
de sua fé; ao próprio centro do Evangelho; ao objeto supremo do amor de Deus.
Portanto, quão abençoado é esse “partir do pão”! Parece provável que os
primeiros cristãos, combinando essa ordenança simples com a “festa do amor” de
sua refeição comum, lembravam assim a morte do Senhor “todos os dias” (At
2.42-46).
Na igreja de Jerusalém, os símbolos essenciais da
fé cristã, o Batismo e a Ceia do Senhor, eram reverentemente observados.
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1. Uma igreja reverente e cheia de dons.
É dito da
igreja de Jerusalém: “Em cada alma havia temor” (At 2.43). A palavra grega
traduzida como “temor” é phóbos, que também significa “reverência, respeito
pelo sagrado”. Havia um forte sentimento da presença de Deus! Havia um clima da
presença do sagrado, do que é santo, o mesmo sentido que teve Moisés quando o
Senhor o mandou tirar os sapatos dos pés porque o lugar “é terra santa” (Êx
3.5). Precisamos aprender com a primeira igreja! Não podemos perder o respeito
pelo sagrado. Lucas destaca que “muitas maravilhas e sinais se faziam pelos
apóstolos” (At 2.43). “Sinais (gr. Téras) e maravilhas (gr. Sémeion)” são as
mesmas palavras usadas pelo apóstolo Paulo para se referir aos dons do Espírito
Santo que se manifestavam em suas ações missionárias (Rm 15.19 - ¹⁹ Pelo poder dos sinais e prodígios, e pela virtude do Espírito de Deus; de maneira que desde Jerusalém, e arredores, até ao Ilírico, tenho pregado o evangelho de Jesus Cristo.). Os dons espirituais
ornamentavam a igreja cristã primitiva.
2. Uma igreja acolhedora.
Dentre as muitas marcas
de uma igreja relevante, o acolhimento aparece como uma das suas principais.
Uma igreja, para se tornar relevante, necessariamente deve ser acolhedora. A
igreja de Jerusalém é um modelo de igreja acolhedora. Além de estarem juntos, o
texto bíblico diz que naquela igreja “todos os que criam estavam juntos e
tinham tudo em comum” (At 2.44). Não é fácil partilhar, muito menos acolher. A
nossa tendência é nos fechar em nosso mundo e deixar de fora quem achamos ser
inconveniente. Numa igreja acolhedora, os membros se sentem acolhidos e parte
do grupo.
3. Uma igreja adoradora.
A igreja de Jerusalém era
também uma igreja adoradora: “louvando a Deus” (At 2.47). “Louvando”, traduz o
verbo grego aineo. É o mesmo termo usado para se referir aos anjos e pastores
que louvavam a Deus por ocasião do nascimento de Jesus (Lc 2.13,20 - ¹³ E, no mesmo instante, apareceu com o anjo uma multidão dos exércitos celestiais, louvando a Deus, e dizendo: ²⁰ E voltaram os pastores, glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham ouvido e visto, como lhes havia sido dito. ); é usado
também para descrever o paralítico que louvava a Deus depois que foi curado
junto à Porta Formosa do Templo (At 3.8 - ⁸ E, saltando ele, pôs-se em pé, e andou, e entrou com eles no templo, andando, e saltando, e louvando a Deus. ). É, portanto, uma expressão de júbilo
e de gratidão. Louvar é muito mais que simplesmente “cantar”; é uma expressão
de rendição e total entrega! É o reconhecimento da grandeza de Deus e de seus
poderosos feitos.
Os princípios da Igreja de Jerusalém nos ensinam a
viver a dimensão espiritual, do acolhimento e da adoração.
AUXÍLIO
BÍBLICO—TEOLÓGICO
“O PROGRESSO
SE REPETE. [...] Os primeiros discípulos — a maioria composta por judeus —
continuavam a adorar diariamente no templo (46). Isto era natural.
Posteriormente, a perseguição aos judeus expulsou-os do Templo, e também das
sinagogas. Eles também partiam o pão em casa. O texto grego também poderia ser
traduzido como ‘de casa em casa’. Não havia edifícios para igrejas no início, e
a maioria das reuniões de adoração era conduzida nas casas. Louvando a Deus e
caindo na graça de todo o povo (47) é uma combinação desejada na igreja de
todos os tempos e lugares. O Senhor estava acrescentando diariamente novas
pessoas ao número de crentes. Esta era uma igreja em crescimento. A última
frase, aqueles que se haviam de salvar, é uma tradução completamente
injustificável. Não existe aqui nenhuma indicação de predeterminação ou
predestinação. O texto grego diz claramente: ‘todos os dias acrescentava o
Senhor à igreja aqueles que estavam sendo salvos.’ Isto simplesmente afirma que
aqueles ‘que estavam sendo salvos’ uniam-se ao crescente grupo de discípulos em
Jerusalém” (Comentário Bíblico Beacon — João e Atos. Volume 7. Rio de Janeiro:
CPAD, 2024, p.225).
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Bíblica ︱3º Trimestre de 2025︱Adultos︱A igreja em Jerusalém:
Doutrina, comunhão e fé; a base para o crescimento da igreja em meio as
perseguições ︱Neweb ︱Compromisso com a Palavra
Vimos, nesta lição, algumas características que
marcaram a primeira igreja. Frequentemente, nos referimos a ela como a “Igreja
Primitiva”. Vemos como sendo uma igreja ideal, modelo para todas as outras. De
fato, ela é a igreja-mãe. Isso, contudo, não significa dizer que a igreja de
Jerusalém não tivesse problemas. Pelo contrário, veremos em outras lições, que
havia alguns bem desafiadores. Nada, contudo, que tire o seu brilho e nos
impeça de nos espelharmos nela.
1. Qual a expressão bíblica que diz muito sobre o
processo de discipulado da igreja de Jerusalém?
A expressão é: “Perseveravam na doutrina dos
apóstolos” (At 2.42). Isso demonstra que a igreja de Jerusalém era bem
doutrinada e discipulada, refletindo os ensinamentos dos apóstolos.
2. O que significa a palavra grega koinonia,
mencionada no texto em referência à igreja de Jerusalém?
Koinonia significa “comunhão” e se refere às
relações interpessoais dos primeiros cristãos, destacando que a igreja era relacional
e dedicada à construção de bons relacionamentos.
3. Como o batismo era visto na igreja de Jerusalém?
O batismo era considerado uma ordenança de Jesus e
um dos principais símbolos da fé cristã. Ele representava um rito de entrada
para a nova vida em Cristo, sendo um testemunho público de conversão.
4. O que Donald Gee diz a respeito da Ceia do
Senhor?
Donald Gee afirmou que, quando tomada corretamente,
a Ceia leva a Igreja ao próprio coração de sua fé, ao centro do Evangelho e ao
objeto supremo do amor de Deus.
5. O que a igreja pode fazer para se tornar
relevante?
Uma igreja, para se tornar relevante,
necessariamente deve ser acolhedora.
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Pb. Rogério Faustino
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