TEXTO PRINCIPAL
“Assim como já vo-lo dissemos, agora de novo também vo-lo digo: se alguém vos anunciar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema.” (Gl 1.9).
“Assim como já vo-lo dissemos, agora de novo também vo-lo digo: se alguém vos anunciar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema.” (Gl 1.9).
RESUMO DA LIÇÃO
Nem toda mensagem aparentemente cristã é verdadeiramente vinda de Deus.
LEITURA DA SEMANA
SEGUNDA — A graça se manifestou a todos os homens.
¹¹ Porque a graça salvadora de Deus se há manifestado a todos os homens,
Tito 2.11
TERÇA — Debaixo da graça de Deus.
¹⁴ Porque o pecado não terá domínio sobre vós, pois não estais debaixo da lei, mas debaixo da graça.
Romanos 6.14
QUARTA — A falta de constância no Evangelho.
⁶ Maravilho-me de que tão depressa passásseis daquele que vos chamou à graça de Cristo para outro evangelho;
Gálatas 1.6
QUINTA — Morto para a Lei, vivo para Deus.
²⁰ Se, pois, estais mortos com Cristo quanto aos rudimentos do mundo, por que vos carregam ainda de ordenanças, como se vivêsseis no mundo, tais como:
Colossenses 2.20
SEXTA — O cuidado com os falsos mestres.
¹⁰ Mas principalmente aqueles que segundo a carne andam em concupiscências de imundícia, e desprezam as autoridades; atrevidos, obstinados, não receando blasfemar das dignidades;
2 Pedro 2.10
SÁBADO — “Cristo nos resgatou da maldição da lei”
¹³ Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós; porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro;
Gálatas 3.13
OBJETIVOS
MOSTRAR a surpresa de Paulo diante dos irmãos gálatas;
COMPREENDER o que é anátema;
REFLETIR a respeito do agradar a Deus e não aos homens.
MOSTRAR a surpresa de Paulo diante dos irmãos gálatas;
COMPREENDER o que é anátema;
REFLETIR a respeito do agradar a Deus e não aos homens.
INTERAÇÃO
Prezado(a) professor(a), nesta segunda lição, veremos que Paulo vai apontar aos seus leitores o caminho errado que eles estavam trilhando. Os gálatas estavam dando ouvidos a uma mensagem doutrinária errada e não tinham mais condições de discernir entre o que era certo aos olhos de Deus. Estavam sendo conduzidos à uma falsa doutrina que era contrária ao Evangelho e o que haviam aprendido. Paulo os exorta que ainda que um anjo viesse do céu com uma mensagem parecida, eles não deveriam aceitar. Aproveite a lição e mostre aos seus alunos que precisamos ter cuidado com ventos de doutrina que se aproximam de nossas congregações, tentando afastar os irmãos da verdadeira prática da Palavra de Deus.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor(a), escreva no quadro a seguinte expressão: “tão depressa”. Em seguida faça a seguinte pergunta: “Essa expressão tem alguma relação com a lição desse domingo?”. Incentive a participação dos alunos e ouça-os com atenção. Depois, explique que Paulo usou essa expressão para marcar a inconstância dos gálatas e o pouco tempo que levaram para ser convencidos de uma outra doutrina. Diga que, na atualidade, muitos crentes também são atraídos por novos ensinos, e que, com facilidade, se deixem levar por doutrinas que nada tem de respaldo nas Escrituras. Peça que citem algumas dessas doutrinas, como por exemplo, a doutrina da prosperidade. Mostre que o crente não deve ter pouca firmeza no que aprende. Ele precisa ser capaz de julgar uma doutrina como errada ou certa. Precisamos estar firmes no exercício da verdade.
TEXTO BÍBLICO
Gálatas 1.6-10.
⁶ Maravilho-me de que tão depressa passásseis daquele que vos chamou à graça de Cristo para outro evangelho,
⁷ o qual não é outro, mas há alguns que vos inquietam e querem transtornar o evangelho de Cristo.
⁸ Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema.
⁹ Assim como já vo-lo dissemos, agora de novo também vo-lo digo: se alguém vos anunciar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema.
¹⁰ Porque persuado eu agora a homens ou a Deus? Ou procuro agradar a homens? Se estivesse ainda agradando aos homens, não seria servo de Cristo.
INTRODUÇÃO
Após se apresentar como remetente da Carta aos
Gálatas, identificando-se como apóstolo da parte de Deus, e mencionando que
Jesus Cristo ressuscitou dentre os mortos, Paulo passa diretamente ao assunto
que pretende tratar com os irmãos: a incursão de ideias e práticas judaizantes
na comunidade dos santos, e as consequências dessas ideias na vida dos irmãos.
I. UM APÓSTOLO SURPRESO
O apóstolo Paulo
se declara surpreso com os irmãos gálatas. Os leitores dessa Carta eram pessoas
que já haviam aceitado a Jesus. Já conheciam o Evangelho e já haviam
experimentado o arrependimento e o perdão dos pecados, mas estavam trilhando
uma rota não planejada por Deus. Ele escreve “Maravilho-me de que tão depressa
passásseis daquele que vos chamou à graça de Cristo para outro evangelho” (Gl
1.6). O espanto de Paulo não foi advindo de milagres acontecendo naquelas
igrejas, ou de conversões de pagãos ou mesmo por pessoas estarem sendo cheias
do Espírito. O que deixou Paulo espantado foi não só o fato de os gálatas
atentarem para um Evangelho diferente do que ele havia pregado, mas também pelo
fato de que esse “novo evangelho” incentivava os gálatas a desconsiderarem a
graça e tentarem, por meio de obras, pagar uma dívida que eles jamais quitariam.
Paulo destaca a expressão “tão depressa” para marcar não só a inconstância dos
gálatas, mas também o pouco tempo que levaram para ser convencidos de uma outra
doutrina. Não deve nos espantar que entre o povo de Deus haja pessoas que sejam
atraídas por novos ensinos, e que com facilidade se deixem levar por doutrinas
que nada tem de respaldo nas Escrituras. A pouca firmeza no que tinham
aprendido e a incapacidade de julgarem uma doutrina como errada nos serve de
exemplo para que nos firmemos no exercício da verdade.
2. Da graça para a lei.
A surpresa de Paulo se dá
por causa da mudança que os gálatas fizeram, de passarem da graça de Deus para
a Lei de Moisés. Como isso se deu? Eles receberam um ensino em que, para que
pudessem realmente ser salvos, deveriam ser circuncidados e seguir a lei dada
aos hebreus por Deus. Bastou o apóstolo se afastar do convívio daqueles irmãos
que logo eles deram crédito a outra pregação diferente da que haviam recebido
originalmente. Como veremos, Paulo deixa implícito que a lei e a graça, em que
pese serem expressões que remontem a história de Israel e o plano da Salvação,
possuem atribuições diferentes.
3. Outro Evangelho.
A palavra “outro”, na língua
portuguesa, é um pronome indefinido utilizado de forma ampla, para designar algo
ou alguma coisa que seja da mesma natureza, que seja semelhante, ou que seja de
outra natureza. Para definir o exato significado, precisaremos saber o contexto
em que essa palavra está sendo usada. Na língua grega, a palavra “outro” tem
duas percepções distintas, advindas igualmente de duas palavras apontadas:
allós, que significa “outro da mesma espécie”, e heteros, “outro de outra
espécie”. Enquanto na primeira designação a opção apresentada é a de um objeto
ou ser da mesma espécie, com possíveis variações, tais como um tigre e um leão,
que mesmo sendo animais diferentes entre si, são felinos. Por sua vez, a
palavra heteros, “outro” de outra espécie, tais como um cão e um gato. São
seres criados, mas diferentes entre si por serem de espécies diferentes. Por
isso Paulo comenta: “[...] para outro evangelho, o qual não é outro” (Gl
1.6,7). É possível que hoje sintamos a
mesma surpresa com que o apóstolo se deparou ao saber da notícia da mudança
daqueles irmãos. Mas mesmo em nossos dias, é possível ver irmãos na fé sendo
convencidos por doutrinas que não foram ensinadas com a correta interpretação
dos textos bíblicos, dando ouvidos a instruções que buscam acrescentar à
Palavra o que ela não diz. Os gálatas tinham sido evangelizados e ensinados por
Paulo, e não perceberam que a mensagem dos judaizantes era um falso evangelho.
Eles não negaram, oficialmente, o sacrifício de Jesus, mas acrescentaram
argumentos que acharam guarida no pensamento daquelas igrejas. Era uma mensagem
aparentemente piedosa, mas que negava a eficácia do Evangelho. Por meio desse
ensino, a graça de Deus estava sendo questionada.
SUBSIDIO I
“Falsos
professores tinham vindo à Galácia para tentar persuadir os gálatas a rejeitar
o ensinamento de Paulo e aceitar ‘outro evangelho.’ A sua mensagem ensinava que
a salvação espiritual e um relacionamento correto com Deus envolviam não apenas
a fé em Cristo, mas também a integração com a fé dos judeus, por meio da
circuncisão (5.2; veja Rm 2.29, nota: Fp 3.2), da obediência à lei (3.5) e da
observância aos dias santos dos judeus (4.10). (1) A Bíblia afirma claramente
que há uma única mensagem verdadeira de salvação espiritual ‘o evangelho de
Cristo’ (v.7). Ele nos vem pela ‘revelação de Jesus Cristo’ (v.12) e pela
inspiração do Espírito Santo. Este evangelho (as ‘boas-novas’ é a verdadeira
mensagem a respeito de Jesus) é definido e revelado na Bíblia, a Palavra
escrita de Deus. (2) Quaisquer ensinamentos, crenças ou ideias que se originem
de pessoas, igrejas ou tradições e não estejam expressos ou implícitos da
Palavra de Deus não fazem parte da verdadeira mensagem e não podem ser
incluídos no evangelho de Cristo (v.11). Mesclar essas noções e filosofias
criadas pelo homem com a mensagem original de Jesus é ‘transtornar o evangelho
de Cristo’ (v.7).” (Bíblia de Estudo Pentecostal para Jovens. Rio de Janeiro:
CPAD, 2023, p.1624).
Escola
Bíblica ︱3º Trimestre de 2025︱Vivendo o verdadeiro
evangelho conforme a carta de Paulo aos Gálatas︱Neweb ︱Compromisso com a Palavra
II. O ANÁTEMA
Um falso ensino tem a
capacidade de deixar as pessoas alvoroçadas e inquietas. Paulo usa as palavras
“vos inquietam e querem transtornar” (v.7) como um indicativo de que, enquanto
seus leitores liam a Carta, provavelmente havia judaizantes entre eles. Um
outro detalhe é que a mensagem deles deixava os gálatas inquietos, em vez de
descansarem na graça de Deus, eles passaram a realizar obras da Lei, sendo eles
mesmos, gentios. Uma mensagem que alvoroça os crentes deve ser analisada com
bastante cautela.
2. Ainda que um anjo do céu.
Os anjos são
conhecidos na Palavra de Deus como mensageiros do Eterno para tratar de
assuntos referentes aos seres humanos. Eles apareceram, no Antigo Testamento, a
Abraão, a Josué, a Gideão, aos pais de Sansão e a Isaías. No Novo Testamento,
apareceram à Maria, ao pai de João Batista, a Pedro e a Cornélio entre outros.
A presença deles geralmente, nas Escrituras, é acompanhada de uma mensagem.
Paulo mesmo recebeu a visita de um anjo quando estava indo a Roma em um navio
que estava afundando (At 27.23 - ²³ Porque esta mesma noite o anjo de Deus, de quem eu sou, e a quem sirvo, esteve comigo,). Cornélio recebeu a visita de um anjo, cuja
mensagem foi: “As tuas orações e as tuas esmolas têm subido para memória diante
de Deus” (At 10.4). “Procure por Pedro” (At 10.5). O anjo não falou de Jesus ou
do Evangelho a Cornélio, mas lhe orientou a respeito de quem deveria chamar
para ouvir as Boas-Novas. Paulo deixa expresso que mesmo que um anjo,
identificando-se como sendo enviado por Deus, venha apresentar uma mensagem
diferente da sua, que seja considerado maldito. O apóstolo não teme usar esse
adjetivo, pois sabe que a pureza do Evangelho está em jogo naquelas igrejas.
3. Anátema.
A palavra “anátema” é oriunda do
hebraico herem, e pode ter dois sentidos: algo devotado a uma divindade, e ao
mesmo tempo excluído da utilização humana, como o relatado em Josué 6.17 - ¹⁷ Porém a cidade será anátema ao Senhor, ela e tudo quanto houver nela; somente a prostituta Raabe viverá; ela e todos os que com ela estiverem em casa; porquanto escondeu os mensageiros que enviamos.,
quando os despojos de Jericó deveriam ser separados para Deus, não podendo ser
usados pelos israelitas, ordem que não foi seguido por Acã. Esse anátema foi
tão sério que Acã e sua família pagaram o preço da ganância com a vida. Mas o
segundo sentido é mais radical, pois representa anathematizo, colocar debaixo
de uma maldição. Mesmo que um anjo viesse até eles e lhes ensinasse um outro
Evangelho, que fosse maldito e condenado.
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Bíblica ︱3º Trimestre de 2025︱Vivendo o verdadeiro
evangelho conforme a carta de Paulo aos Gálatas︱Neweb ︱Compromisso com a Palavra
III. AGRADAR AOS HOMENS
OU A DEUS
Como o assunto é muito
sério, Paulo repete a observação. Não poderia haver dúvidas sobre a força das
palavras paulinas, pois o assunto era grave. O apóstolo menciona uma segunda
vez essa mesma condenação no versículo 9. A repetição desses dizeres nos mostra
o quão sério é deturpar os ensinos da Palavra de Deus. O “evangelho” dos
judaizantes estava afastando os irmãos do verdadeiro e os encaminhando para uma
vida de legalismo, onde o homem acredita que pode ajudar Deus na salvação ou
pode ele mesmo ser o seu Salvador.
2. O que agrada aos homens.
Paulo não se preocupa
em falar palavras lisonjeiras para deixar seus leitores confortáveis diante do
que estavam fazendo. Ele não estava tratando a respeito de boas práticas ou de
um discurso protocolar, cabível em certas ocasiões mais formais. Ele estava
tratando a respeito da salvação da alma dos gálatas. Os judaizantes bajulavam
os gentios, e com palavras doces os desviavam dos caminhos do Senhor. As
palavras de Paulo poderiam soar como amargas, mas era o remédio que os gálatas
deveriam tomar.
3. O que agrada a Deus.
Como veremos, a preocupação
de Paulo é agradar ao Senhor, por isso escreve a Carta aos Gálatas. Se fosse
para agradar aos homens, ele poderia deixar a situação nas igrejas da Galácia
correr sem qualquer interferência. O tempo certamente iria mudar o cenário, ou
pioraria a situação. Mas ele entendeu que deveria ter uma participação ativa no
resgate dos gálatas. Paulo nem estava na Galácia, e poderia deixar o problema
de lado, mas resolveu tratar o assunto a fim de que os irmãos não se perdessem.
A obediência ao verdadeiro Evangelho agrada a Deus. Preservar as doutrinas bíblicas,
de Deus, que recebemos, estudar e estar atentos para discernir quando um falso
ensino tenta entrar na congregação, também agrada a Deus. Viver pela fé e não
pelas nossas próprias obras, também agrada a Deus. Algo que deve ser observado é que a deturpação
dos falsos mestres, e por sua vez, o que desagradava a Deus, é que, na prática,
os gálatas queriam “devolver” a Deus o favor, o presente que Ele lhes dera. Ele
lhes entregara a Salvação pela graça, e eles queriam retribuir o favor divino
por meio de uma vida que se baseava em obras humanas.
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Bíblica ︱3º Trimestre de 2025︱Vivendo o verdadeiro
evangelho conforme a carta de Paulo aos Gálatas︱Neweb ︱Compromisso com a Palavra
CONCLUSÃO
HORA DA REVISÃO
Foi não só o fato de os gálatas atentarem para um Evangelho diferente do que ele havia pregado, mas também pelo fato de que esse “novo evangelho” incentivava os gálatas a desconsiderarem a graça e tentarem, por meio de obras, pagar uma dívida que eles jamais quitariam.
2. Quais as diferenças existentes na palavra “outro” em grego?
Na língua grega, a palavra outro tem duas percepções distintas, advindas igualmente de duas palavras apontadas: allós que significa “outro da mesma espécie”, e heteros, “outro de outra espécie.”
3. Quais os dois sentidos da palavra “anátema”?
A palavra anátema é oriunda do hebraico herem, e pode ter dois sentidos: algo devotado a uma divindade, e ao mesmo tempo excluído da utilização humana.
4. Para onde o “evangelho” dos judaizantes estava conduzindo os gálatas?
O “evangelho” dos judaizantes estava afastando os irmãos do verdadeiro e os encaminhando para uma vida de legalismo.
5. Paulo escreve para agradar aos homens ou a Deus?
A preocupação de Paulo é agradar ao Senhor, por isso escreve a Carta aos Gálatas. Se fosse para agradar aos homens, ele poderia deixar a situação nas igrejas da Galácia correr sem qualquer interferência.
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evangelho conforme a carta de Paulo aos Gálatas︱Neweb ︱Compromisso com a Palavra
Pb. Rogério Faustino
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