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LIÇÃO 02 - SOMOS CRISTÃOS

TEXTO ÁUREO
“Pelo que julgo que não se deve perturbar aqueles, dentre os gentios, que se convertem a Deus.” (At 15.19)
 
VERDADE PRÁTICA
O Cristianismo é uma religião de relacionamento pessoal com o Cristo ressuscitado e não um conjunto de regras e ritos.
 
LEITURA DIÁRIA
Segunda - O Cristianismo Judaizante é remendo novo em vestidos velhos.
¹⁶ Ninguém deita remendo de pano novo em roupa velha, porque semelhante remendo rompe a roupa, e faz-se maior a rotura.
Mateus 9.16
Terça -  Ser cristão significa ser discípulo e seguidor de Cristo.
²⁶ E sucedeu que todo um ano se reuniram naquela igreja, e ensinaram muita gente; e em Antioquia foram os discípulos, pela primeira vez, chamados cristãos.
Atos 11.26
Quarta -  Os judaizantes condicionavam a salvação à observância da Lei de Moisés.
¹ Então alguns que tinham descido da Judéia ensinavam assim os irmãos: Se não vos circuncidardes conforme o uso de Moisés, não podeis salvar-vos.
⁵ Alguns, porém, da seita dos fariseus, que tinham crido, se levantaram, dizendo que era mister circuncidá-los e mandar-lhes que guardassem a lei de Moisés.
Atos 15.1,5
Quinta - O ser humano é justificado pela fé, sem as obras da Lei.
²⁸ Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé sem as obras da lei.
Romanos 3.28
Sexta -  Paulo chama essa doutrina judaizante de outro evangelho.
⁸ Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema.
⁹ Assim, como já vo-lo dissemos, agora de novo também vo-lo digo. Se alguém vos anunciar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema.
Gálatas 1.8,9

Sábado - O combate à tendência judaizante por uma autoridade de origem judaica.
⁵ Circuncidado ao oitavo dia, da linhagem de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus; segundo a lei, fui fariseu;
Filipenses 3.5
 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Gálatas 2.1-9,14
¹ Depois, passados catorze anos, subi outra vez a Jerusalém com Barnabé, levando também comigo Tito.
² E subi por uma revelação e lhes expus o evangelho que prego entre os gentios e particularmente aos que estavam em estima, para que de maneira alguma não corresse ou não tivesse corrido em vão.
³ Mas nem ainda Tito, que estava comigo, sendo grego, foi constrangido a circuncidar-se.
⁴ E isso por causa dos falsos irmãos que se tinham entremetido e secretamente entraram a espiar a nossa liberdade que temos em Cristo Jesus, para nos porem em servidão;
⁵ aos quais, nem ainda por uma hora, cedemos com sujeição, para que a verdade do evangelho permanecesse entre vós.
⁶ E, quanto àqueles que pareciam ser alguma coisa (quais tenham sido noutro tempo, não se me dá; Deus não aceita a aparência do homem), esses, digo, que pareciam ser alguma coisa, nada me comunicaram;
⁷ antes, pelo contrário, quando viram que o evangelho da incircuncisão me estava confiado, como a Pedro o da circuncisão
⁸ (porque aquele que operou eficazmente em Pedro para o apostolado da circuncisão, esse operou também em mim com eficácia para com os gentios),
⁹ e conhecendo Tiago, Cefas e João, que eram considerados como as colunas, a graça que se me havia dado, deram-nos as destras, em comunhão comigo e com Barnabé, para que nós fôssemos aos gentios e eles, à circuncisão;
¹⁴ Mas, quando vi que não andavam bem e direitamente conforme a verdade do evangelho, disse a Pedro na presença de todos: Se tu, sendo judeu, vives como os gentios e não como judeu, por que obrigas os gentios a viverem como judeus?
 
HINOS DA HARPA CRISTà

Paulo Leivas Macalão
1 A graça de Deus revelada
Em Cristo Jesus, meu Senhor,
Ao mundo perdido é dada
Por Deus d’infinito favor.

Graça, graça,
A mim basta a graça de Deus: Jesus;
Graça, graça,
A graça eu achei em Jesus.

2 A graça de Deus é mais doce,
Do que bens terrestres daqui;
Em gozo meu choro tornou-se
Correndo Sua graça pra mim.

3 Mais alta que nuvens celestes,
Mais funda que profundo mar,
A fonte da vida fizeste,
Na qual nos podemos fartar.

4 A graça de Deus hoje prova
Tu que vives na perdição,
Pois Ele te salva, renova,
Também limpa teu coração.


 F.V Frida Vingren
1 Que alegria, Jesus me salvou.
Por Sua graça, pois Ele levou
Os meus pecados, cravando-os na cruz,
Fazendo brilhar sobre mim a luz.

Salvo de graça por meu Jesus!
Salvo de graça, Já tenho a luz!
Demos-Lhe glória por grande vitória,
Que por mim ganhou o Senhor Jesus.

2 Sempre errante no mundo andei,
Longe de Deus, dos preceitos da lei,
Que me promete o gozo sem par,
Também liberdade aqui me dar.

3 Choro e prantos não podem valer,
Nem seus esforços, nem grande saber,
Para um perdido sedento de luz,
Se ele não crer no Senhor Jesus.

4 Tenho descanso do céu, gozo enfim,
Pois Jesus Cristo salvou-me a mim;
Quando eu entrar no Seu reino de luz.
Melhor vou louvar o Senhor Jesus.

Paulo Leivas Macalão
1 Ouves, como o Evangelho
Nos dá vera salvação.
E transforma o homem velho
Numa nova criação?
Bem algum em mim não via,
Mas somente corrupção,
E cansado da porfia
Em Jesus achei perdão.

2 Como a pomba que cansada
Foi na arca repousar,
A minh’alma fatigada
Em Jesus vai descansar;
Mas o corvo foi s’embora,
Sobre os mortos foi pousar,
Isto fazes tu agora?
Quererás ao mal voltar?

3 É Jesus a minha arca
Onde posso repousar,
E dali, do mal as marcas,
Nem eu posso avistar!
Oh! Quão doce a chamada
Que a mim me fez Jesus!
“Vem, ó alma tão cansada,
Vem das trevas para luz’.

4 Pecador que estás ouvindo
A mensagem do Senhor,
Tu na arca és bem-vindo,
No refúgio de amor,
Pois as águas do pecado
Breve te alcançarão,
Pela morte despertado,
Baterás na porta em vão!

PLANO DE AULA
1. INTRODUÇÃO
Nesta lição, veremos o processo de transição entre as ideias e práticas judaicas para a doutrina do Evangelho da graça. Os primeiros cristãos precisaram de sabedoria divina para lidar com essa mudança de perspectiva introduzida pelos ensinamentos de Cristo. Eles não deveríam confundir a Lei de Moisés com a graça. Por essa razão, os apóstolos foram desafiados a estabelecer os limites entre o Judaísmo e o Cristianismo, principalmente o apóstolo Paulo, a fim de que os novos cristãos judeus e gentios recebessem a orientação devida para o exercício da fé cristã.

2- APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos dada Lição:  
I) APONTAR a tendência judaizante predominante entre os primeiros cristãos;
II) ELENCAR as pressões sofridas pelos apóstolos por parte dos judaizantes que se opunham ao Evangelho da graça;
III) MOSTRAR de que forma a doutrina judaizante se faz presente entre os cristãos atualmente.
 
B) Motivação
Assim como no início da Igreja, os apóstolos tiveram de enfrentar ameaças à liberdade cristã, bem como distorções dos ensinamentos apostólicos. Na atualidade, os cristãos devem estar atentos às investidas contra a ortodoxia da fé cristã. Há a necessidade de se fazer uma profunda reflexão sobre a qualidade da pregação que predomina no meio evangélico em nossos dias e averiguar se, de fato, tais ensinamentos são fiéis à doutrina bíblica ou se são tentativas de desviar a fé dos indoutos.
 
C) Sugestão de Método:
A diversidade de interpretações do conceito de Evangelho é a marca dos dias atuais. Muitos querem pregar “outro evangelho” diferente daquele introduzido por Nosso Senhor Jesus e endossado pelo colégio apostólico. Aproveite a ocasião e inicie uma roda de conversa com seus alunos a respeito das verdades inegociáveis da fé cristã que não podem ser abandonadas, sem as quais, não podemos ser identificados como cristãos.
 
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação:
Em cada época a Igreja é ameaçada por tentativas diabólicas de desviá-la da verdadeira fé. Que a partir do estudo fiel das Sagradas Escrituras, possamos rejeitar os falsos ensinamentos e preservar a unidade doutrinária e a ortodoxia da fé cristã.
 
4 - SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão.
Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 100, p.37, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
 
B) Auxílios Especiais:
Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto “Outro Evangelho”, localizado depois do primeiro tópico, ressalta a natureza do Evangelho anunciado aos gálatas, isto é, um Evangelho sem misturas; 2) O texto “Seja Anátema”, ao final do segundo tópico, endossa que todo aquele que altera a mensagem original de Cristo e dos apóstolos está sob maldição.

INTRODUÇÃO

A Igreja herdou dos judeus muitas ideias e práticas no campo teológico e ético, visto que a jornada histórica da Igreja começou em Jerusalém no dia de Pentecostes numa comunidade judaica. E esses pontos de interseção levaram alguns a confundir a Lei de Moisés com a Graça. Nesta lição, veremos que Gálatas 2 é um relato de um dos debates que mostram o limite entre Judaísmo e Cristianismo, e os apóstolos, principalmente Paulo, tiveram muita dificuldade de mostrar isso aos judaizantes.
 
PALAVRA-CHAVE: Evangelho
 

I - PREVENINDO-SE CONTRA A TENDÊNCIA JUDAIZANTE

1. Subindo outra vez a Jerusalém (G1 2.1,2).
Catorze anos depois da sua conversão a Cristo, Paulo sobe pela segunda a vez a Jerusalém. Essa segunda visita foi por revelação (v.2; At 11.27-30 - ²⁷ E naqueles dias desceram profetas de Jerusalém para Antioquia. ²⁸ E, levantando-se um deles, por nome Ágabo, dava a entender pelo Espírito, que haveria uma grande fome em todo o mundo, e isso aconteceu no tempo de Cláudio César. ²⁹ E os discípulos determinaram mandar, cada um conforme o que pudesse, socorro aos irmãos que habitavam na Judéia. ³⁰ O que eles com efeito fizeram, enviando-o aos anciãos por mão de Barnabé e de Saulo.), não sendo uma convocação pelos apóstolos para prestação de contas. Não podemos confundir essa visita de Paulo com a sua ida ao Concilio de Jerusalém, registrado em Atos 15. Infere-se que a Epístola aos Gálatas foi escrita antes do referido concilio, pois não há menção dele na carta, visto que o Concilio tratou do mesmo assunto (At 15.5,6 - ⁵ Alguns, porém, da seita dos fariseus, que tinham crido, se levantaram, dizendo que era mister circuncidá-los e mandar-lhes que guardassem a lei de Moisés. ⁶ Congregaram-se, pois, os apóstolos e os anciãos para considerar este assunto. ). Somando os anos mencionados em Gálatas, podemos afirmar que essa visita aconteceu antes de sua Primeira Viagem Missionária.
 
2. Objetivo da reunião.
É bom lembrar que essa reunião não foi um concílio ( Reunião ou assembleia de ministros e autoridades eclesiásticas com objetivo de avaliar e deliberar assuntos que envolve as questões da igreja, tais como em relação a fé,  costumes e doutrinas.) um sínodo ( Semelhante ao  Concílio. O Concílio ocorre num âmbito mais elevado das autoridades eclesiasticas,  enquanto o sínodo se define mais local, regional.). É possível que essa segunda visita, por meio de revelação (v.2), tenha ligação com Ágabo (Foi um profeta do Novo Testamento, o qual, segundo uma tradição posterior, era um dos setenta discípulos (ver Luc. 10:1), e veio a ser um dos mártires cristãos. Juntamente com outros, ele veio da Judeia para Antioquia, estando Paulo e Barnabé ali. Ágabo anunciou um a fome que se aproximava, e que ocorreu no ano seguinte (44 D.C.). Tácito Anais xii.43; Suetônio Cláudio 18, Josefo, Ant. XX.ii.5, v.2. Essa predição fez a igreja de Antioquia reunir uma oferta de alívio para a igreja judaica (ver Atos 11:27,28). O “mundo inteiro” da profecia, naturalmente, significa o mundo daquela área, talvez confinada à Judéia.) , pois a missão de Paulo, pelo que parece, foi levar donativos para os irmãos pobres da Judeia (At 11.27-30). Aproveitando a ocasião, o apóstolo expôs o Evangelho que vinha pregando aos gentios há catorze anos (w.1,2). Ele tinha convicção de que recebeu esse Evangelho de Deus e estava consciente de que a sua subida a Jerusalém era em obediência a uma ordem divina.
 
3. Tito e a circuncisão (v.5).
Barnabé era judeu (At 4.36 - ³⁶ Então José, cognominado pelos apóstolos Barnabé(que, traduzido, é Filho da consolação), levita, natural de Chipre,) e seu nome aparece três vezes nesse capítulo (vv.1,9,13); sua presença na reunião em Jerusalém não seria um problema. Tito, no entanto, sendo grego, foi um risco que Paulo correu, mas não foi uma provocação introduzir um incircunciso no seio dos judeus. Os judaizantes queriam que Tito fosse circuncidado. Encontramos no Novo Testamento a compreensão e a tolerância de Paulo com os fracos na fé, a ponto de circuncidar Timóteo, mas ele era judeu, pois sua mãe era judia (At 16.3 - ³ Paulo quis que este fosse com ele; e tomando-o, o circuncidou, por causa dos judeus que estavam naqueles lugares; porque todos sabiam que seu pai era grego. ); no entanto, nessa reunião em Jerusalém, onde expôs o Evangelho que pregava aos gentios, ele não cedeu nem um pouco, “nem por uma hora” (v.5). Isso por duas razões: Tito era grego, e porque estava em jogo a verdade do Evangelho e o futuro do próprio Cristianismo.
 
SINOPSE I
A tendência judaizante era uma ameaça à Verdade do Evangelho e ao futuro do próprio Cristianismo.
 

AMPLIANDO O CONHECIMENTO

“A DEFESA DE PAULO 
À medida que os debates se acirravam entre gentios cristãos e os judaizantes, Paulo considerou necessário escrever às igrejas da Galácia. Os judaizantes tentavam enfraquecer a autoridade de Paulo e ensinavam um falso evangelho. Em reposta, Paulo defendeu sua autoridade como apóstolo e a verdade de sua mensagem.” Amplie mais o seu conhecimento, lendo a Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, editada pela CPAD, p.1633.

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II - A TENDÊNCIA JUDAIZANTE NO INÍCIO DA IGREJA

1. O espanto do apóstolo.
Tão logo Paulo retornou de sua viagem, ficou sabendo que os irmãos da Galácia estavam vivendo outro evangelho, e isso deixou o apóstolo estarrecido e atônito pela rapidez do desvio deles (Gl 1.6 - ⁶ Maravilho-me de que tão depressa passásseis daquele que vos chamou à graça de Cristo para outro evangelho;). O verbo grego metatithesthe, “deixar, abandonar, desertar, mudar de pensamento, virar a casaca”, que o apóstolo emprega nessa passagem, era usado na antiguidade quando alguém desertava do exército ou se rebelava contra ele. Isso significa também mudança de partido político, filosofia e religião. Em outras palavras, aqueles irmãos gálatas estavam abandonando a fé.
 
2. Quem eram os judaizantes (v.4)?
O termo judaizante vem do verbo grego ioudaizó, “viver como judeu, adotar costumes e ritos judaicos”, e aparece uma única vez no Novo Testamento (Gl 2.14 - ¹⁴ Mas, quando vi que não andavam bem e direitamente conforme a verdade do evangelho, disse a Pedro na presença de todos: Se tu, sendo judeu, vives como os gentios, e não como judeu, por que obrigas os gentios a viverem como judeus?). Eles eram os opositores de Paulo identificados também como “falsos irmãos” (v.4). São reconhecidos no capítulo anterior (Gl 1.7 - ⁷ O qual não é outro, mas há alguns que vos inquietam e querem transtornar o evangelho de Cristo.) como os que se apresentavam como enviados por Jerusalém, a igreja-mãe. Na verdade, esses homens saíram de Jerusalém por sua própria conta. Tiago negou formalmente as declarações deles, dizendo que não os havia enviado (At 15.24 - ²⁴ Porquanto ouvimos que alguns que saíram dentre nós vos perturbaram com palavras, e transtornaram as vossas almas, dizendo que deveis circuncidar-vos e guardar a lei, não lhes tendo nós dado mandamento,). Eram legalistas dentre os judeus, e por isso chamados de judaizantes. Esses judeus, convertidos ao Senhor Jesus, ensinavam que os gentios deveríam observar a Lei de Moisés como condição para salvação (At 15.1 - ¹ Então alguns que tinham descido da Judéia ensinavam assim os irmãos: Se não vos circuncidardes conforme o uso de Moisés, não podeis salvar-vos.).
 
3. O clima de tensão (vv. 3-5).
Não é necessário muito esforço para perceber o quanto Paulo e Barnabé foram pressionados pelos judaizantes diante dos demais apóstolos de Jerusalém. À luz do versículo 9, parece que somente João, Pedro e Tiago estavam presentes. Os outros apóstolos deviam estar em plena atividade missionária em outras regiões. Os judaizantes chamados de “falsos irmãos” conseguiram “furar o bloqueio” e entraram sem serem convidados à reunião (v.4). Eram inimigos da liberdade cristã, do Evangelho, de Paulo e do próprio Cristianismo. O pior de tudo é que essas pessoas estavam infiltradas na igreja, e conseguiam até entrar em reuniões apostólicas.
 
SINOPSE II
Os judaizantes eram inimigos da liberdade cristã, do Evangelho, de Paulo e do próprio Cristianismo.
 

AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO

OUTRO EVANGELHO 
“Em grego allos significa outro do mesmo tipo. Heteros significa outro de um tipo diferente. O evangelho que estes judaizantes tinham apresentado aos gálatas era um evangelho heteros: um evangelho essencialmente diferente do evangelho de Deus. Paulo disse que este evangelho: ‘Não há outro’. Por quê? Porque o evangelho é ‘Boa-Nova’. Qualquer mensagem que nos diga ‘se esforce mais’, mesmo se recebemos um livro de regras, não é absolutamente uma boa-nova. Não importa o quanto você e eu possamos tentar, jamais seremos bons o bastante para escaparmos das cadeias do ‘presente século mau’. Somente a graça de Deus, entrando na história, na pessoa de Jesus Cristo, e fazendo por nós o que jamais poderíamos fazer sozinhos, é verdadeiramente o evangelho, ‘Boas-Novas’” (RICHARDS, Lawrence O. Comentário Devocional da Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p. 843).

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III - A TENDÊNCIA JUDAIZANTE HOJE

1. O mesmo Evangelho (vv.7-9).
O Evangelho é um só, não há dois. O Evangelho de Pedro e o de Paulo, também chamado respectivamente de Evangelho da Circuncisão e da Incircuncisão, são meras formas de apresentação, pois o conteúdo é o mesmo. Ambos receberam uma incumbência da parte de Deus, mas com audiências diferentes. O compromisso de Paulo era com os gentios, ele foi constituído, por Deus, apóstolo e doutor dos gentios (1 Tm 2.7 - ⁷ Para o que (digo a verdade em Cristo, não minto) fui constituído pregador, e apóstolo, e doutor dos gentios na fé e na verdade.; 2 Tm 1.11 - ¹¹ Para o que fui constituído pregador, e apóstolo, e doutor dos gentios. ) para pregar aos não judeus (Rm 11.13 - ¹³ Porque convosco falo, gentios, que, enquanto for apóstolo dos gentios, exalto o meu ministério;); o de Pedro era com os judeus, mas a mensagem é a mesma.
 
2. O perigo da doutrina judaizante.
Os apóstolos viam em tudo isso dois problemas sérios: ameaça à liberdade cristã e o perigo de o Cristianismo se tornar uma mera seita judaica. Os cristãos judaizantes alteravam o cerne do Evangelho, pois colocavam a Lei como complemento da obra que Jesus efetuou no Calvário. Era, de fato, “outro evangelho”, por isso o apóstolo Paulo os amaldiçoou (Gl 1.8,9 - ⁸ Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema. ⁹ Assim, como já vo-lo dissemos, agora de novo também vo-lo digo. Se alguém vos anunciar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema.). Na verdade, quem tem o Espírito Santo vive pelo Espírito. Então, contra a tendência judaizante é preciso aprender a viver na dependência do Espírito e não da Lei, lutando contra os vícios da carne e buscando as virtudes do fruto do Espírito.
 
3. As práticas judaizantes atuais.
Elas são basicamente a guarda do sábado, a observância rigorosa do kashrut (termo hebraico para as leis dietéticas do judaísmo), a liturgia da sinagoga, o uso do shofar, “trompa”, geralmente feito de chifre de carneiro; o uso de talit, o manto ou xale usado para oração; e, o uso do kippar, o solidéu que os judeus religiosos usam sobre a cabeça. 
a) Os judeus. Os judeus messiânicos, principalmente em Israel, seguem a tradição judaica. Isso acontece simplesmente para preservar a identidade cultural deles e tem amparo neotestamentário: “É alguém chamado, estando circuncidado? Fique circuncidado” (1 Co 7.18a). Ou seja, na conversão a Cristo do judeu, ele não precisa mudar a sua tradição e cultura. 
b) Os não judeus. Da mesma forma: “É alguém chamado, estando incircuncidado? Não se circuncide” (1 Co 7.18b). Ou seja, ele não precisa se judaizar. É erro o não judeu adotar práticas judaicas na liturgia e no dia a dia para imitar o Judaísmo. Paulo conclui: “Cada um fique na vocação em que foi chamado” (1 Co 7.20).
 
SINOPSE III
Contra a tendência judaizante é preciso aprender a viver na dependência do Espírito e não da Lei.
 
 

AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO

SEJA ANÁTEMA
“A palavra ‘anátema’ (gr. anathema) significa que a pessoa caiu sob a maldição de Deus, está condenada à destruição e receberá o juízo de Deus, a punição eterna e a separação permanente de Deus: 1. Paulo expressa a atitude inspirada pelo Espírito Santo de ira justificada e juízo para aqueles que tentam distorcer o evangelho original de Cristo (v. 7) e modificam a verdade revelada na Palavra de Deus. Esta mesma atitude estava evidente em Jesus Cristo (Mt 23.13), Pedro (2 Pe 2), João (2 Jo 7-11) e Judas (Jd 3-4, 12-19) e será encontrada no coração de cada seguidor de Cristo que ama e defende a verdade de Cristo revelada na Palavra de Deus. Isto se deve ao fato de o povo fiel de Deus estar convencido de que a mensagem de Cristo é as boas- - novas de salvação, indispensáveis para um mundo que está espiritualmente perdido e separado de Deus devido aos seus caminhos pecaminosos e rebeldes (veja Rm 1.16; 10.14-15); 2. Entre os que estão condenados se incluem todos os que pregam um evangelho contrário à mensagem que Paulo pregava, que lhe fora revelada por Cristo (w. 11-12; veja o v. 6, nota). Qualquer pessoa que acrescente algo ou remova algo da mensagem original e fundamental de Cristo e dos apóstolos (isto é, aqueles que foram pessoalmente encarrega[1]dos por Jesus para estabelecer a sua mensagem na Igreja Primitiva) estará sob a maldição de Deus: ‘Deus tirará a sua parte da árvore da vida’ (Ap 22.18-19); 3. Deus ordena que todos os seguidores de Jesus defendam a fé (Jd 3, nota), que tenham uma atitude de amor quando em confronto com outras pessoas (2 Tm 2.26-26) e que se separem de professores, ministros e outras pessoas na igreja que neguem as verdades fundamentais ensinadas por Jesus e pelos apóstolos (w . 8-9; Rm 16.17-18; 2 Co 6.17; At 14.4)” (Bíblia de Estudo Pentecostal - Edição Global. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, pp. 2153-54).

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CONCLUSÃO

O resultado da reunião foi desfavorável aos judaizantes. Só o fato de os apóstolos, sendo judeus, concordarem com a explicação sobre a especificidade de cada grupo dada por Paulo, já apontava o engano desses legalistas sobre a obra salvífica em Cristo. Esse resultado serviu tanto aos gálatas como a todo o Cristianismo nesses mais de vinte séculos de história. Assim, a diferença entre os judeus messiânicos e os cristãos judaizantes atuais é que os judeus estão preservando uma cultura hereditária do seu povo e os judaizantes colocando “remendo novo em pano velho” (Mt 9.16).
 

REVISANDO O CONTEÚDO

1. De acordo com a lição, o que se infere da Epístola aos Gálatas?
Infere-se que a Epístola aos Gálatas foi escrita antes do referido concilio, pois não há menção dele na carta, visto que o Concilio tratou do mesmo assunto (At 15.5,6).

2. Por que Paulo não cedeu nem um pouco na circuncisão de Tito?
Por duas razões: Tito era grego, e porque estava em jogo a verdade do Evangelho e o futuro do próprio Cristianismo.

3. O que significa “judaizante”?
O termo judaizante vem do verbo grego ioudaizõ, “viver como judeu, adotar costumes e ritos judaicos”, e aparece uma única vez no Novo Testamento (Gl 2.14).

4. Quem eram os judaizantes e o que eles queriam dos gentios?
Eram legalistas dentre os judeus, e por isso chamados de judaizantes. Esses judeus, convertidos ao Senhor Jesus, ensinavam que os gentios deveriam observar a Lei de Moisés como condição para salvação (At 15.1).

5. Qual a diferença hoje entre judeus messiânicos e cristãos judaizantes?
Os judeus messiânicos, principalmente em Israel, seguem a tradição judaica. Ou seja, na conversão a Cristo do judeu, ele não precisa mudar a sua tradição e cultura. No caso do não judeu convertido ao cristianismo, ele não precisa se judaizar. É erro o não judeu adotar práticas judaicas na liturgia e no dia a dia para imitar 0 Judaísmo. Paulo conclui: “Cada um fique na vocação em que foi chamado” (1 Co 7.20).

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Pb. Rogério Faustino
Escola Bíblica ︱1º Trimestre de 2025︱
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