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LIÇÃO 03: O CÉU – O DESTINO DO CRISTÃO.

 
TEXTO ÁUREO

“Mas a nossa cidade está nos céus, donde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo.” (Fp 3.20)

VERDADE PRÁTICA

O crente deve viver a vida cristā com a mente voltada para o céu como sua legítima esperança.
 
LEITURA DIÁRIA

Segunda – Gn 1.1; Mt 3.2; Ap 21.10 A maravilhosa realidade bíblica do Céu.
¹ No princípio criou Deus o céu e a terra.
Genesis 1.1

² E dizendo: Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus.
Mateus 3.2

¹⁰ E levou-me em espírito a um grande e alto monte, e mostrou-me a grande cidade, a santa Jerusalém, que de Deus descia do céu.
Apocalipse 21.10

Terça – 1 Ts 4.17; cf. Ef 1.3,20; 2.6 Estaremos para sempre com o Senhor no Céu.
¹⁷ Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor.
1 Tessalonicenses 4.17

³ Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo;
²⁰ Que manifestou em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos, e pondo-o à sua direita nos céus,
Efésios 1.3,20

⁶ E nos ressuscitou juntamente com ele e nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus;
Efésios 2.6

Quarta – 1 Co 9.24; 2 Tm 4.8 Há um prêmio a ser alcançado: o Céu.
²⁴ Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só leva o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis.
1 Coríntios 9.24 

⁸ Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda.
2 Timóteo 4.8

Quinta – Hb 12,23; Gl 4.26; Fp 3.20 Céu: morada de Deus e pátria dos santos.
²³ À universal assembléia e igreja dos primogênitos, que estão inscritos nos céus, e a Deus, o juiz de todos, e aos espíritos dos justos aperfeiçoados;
Hebreus 12.23

²⁶ Mas a Jerusalém que é de cima é livre; a qual é mãe de todos nós.
Galatas 4.26

²⁰ Mas a nossa cidade está nos céus, de onde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo,
Filipenses 3.20

Sexta – Jo 14.3 A promessa de que estaremos.com Cristo no Céu.
³ E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também.
João 14.3

Sábado – 1 Co 15.26,54; Is 61.3; 65.19 Uma nova realidade experimentada no Céu.
²⁶ Ora, o último inimigo que há de ser aniquilado é a morte.
⁵⁴ E, quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da imortalidade, então cumprir-se-á a palavra que está escrita: Tragada foi a morte na vitória.
1 Corintios 15.26,54

³ A ordenar acerca dos tristes de Sião que se lhes dê glória em vez de cinza, óleo de gozo em vez de tristeza, vestes de louvor em vez de espírito angustiado; a fim de que se chamem árvores de justiça, plantações do Senhor, para que ele seja glorificado.
Isaias 61.3

¹⁹ E exultarei em Jerusalém, e me alegrarei no meu povo; e nunca mais se ouvirá nela voz de choro nem voz de clamor.
Isaias 65.19


Emílio Conde

Quão glorioso, cristão, é pensares
Na cidade que não tem igual,
Onde os muros são de puro jaspe.
E as ruas de ouro e cristal;
Pensa como será glorioso
Ver-se a triunfal multidão.
Que cantando, aguarda a chegada
Dos que vencem a tribulação.
 
Pensa como será glorioso
Ver o rio da vida e luz,
Cujas margens juncadas de lírios,
São a glória de nosso Jesus;
Haverá lá perpétua aurora,
Pois Deus mesmo a alumiará;
E o Cordeiro, com Sua esposa,
Noite e dia resplandecerá.
 
Pensa na celestial melodia
Que a terra encherá, de Beulá;
E das harpas a doce harmonia
Ao passar o Jordão se ouvirá.
Mesmo em dores que levam à morte,
Sê constante, não voltes atrás,
Tua herança, tua eterna sorte,
É Jesus, o Fiel, o Veraz.
 
Se é glorioso pensar nas grandezas,
Nos prazeres que acodem aqui,
Qual será desfrutar as riquezas
Que esperam os salvos, ali?
Os encantos do mundo não podem
Ofuscar essa glória dalém;
Não almejas viver, ó amigo,
Nessa formosa Jerusalém?

Otto Nelson

Quando a luta desta vida
 Trabalhosa se findar,
 O adeus a este mundo vamos dar;
 Para o céu então iremos,
 Com Jesus nos encontrar
 Na Jerusalém de Deus.
 
Oh! que gozo e alegria,
Quando o povo ali chegar,
Em Jerusalém! Em Jerusalém!
Sempre ali cantando hosanas,
Pois o Rei no trono está,
Na Jerusalém de Deus.

O caminho é extenso,
Mas Jesus vai me guiar,
Quando, pelas provações aqui passar;
Pois olhando nEle, eu sigo. 
Para brevemente estar,
Na Jerusalém de Deus.
 
Ao sairmos deste mundo,
Para a divina! mansão,
Gozaremos a perfeita salvação;
E Jesus contemplaremos
A estender-nos Sua mão,
Na Jerusalém de Deus.
 
Quando, unidos com os salvos,
Lá na pátria do Senhor,
Contemplarmos a Jesus, o Salvador, 
Sempre nos alegraremos
Onde há perfeito amor;
Na Jerusalém de Deus.

Paulo Leivas Macalão

Espera do céu, seu Senhor, o fiel
Aguarda orando, pois há de voltar
Na nuvem, em glória o Emanuel,
Com grande poder, a fim de o buscar.
 
Em glória virá o Filho de Deus,
Sempre orando Jesus esperai;
Se virdes a “estrela da alva” no céu,
Alerta estai!
 
2 Ó Pai amoroso, envia Jesus.
O crente fiel O espera do céu;
Ó manda-lhe logo a celeste luz,
Em que há de vir o Filho de Deus.
 
O santo Evangelho se há de cumprir
E breve nas nuvens veremos Jesus;
“Assim descerá como O vistes subir”
O que S’imolou por nós sobre a cruz!
 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Filipenses 3.13,14,20,21
¹³ Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja alcançado, mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam e avançando para as que estão diante de mim,
¹⁴ prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.
²0 Mas a nossa cidade está nos céus, donde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo,
²¹ que transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso, segundo o seu eficaz poder de sujeitar também a si todas as coisas.
 
Apocalipse 21.1-4
¹ E vi um novo céu e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe.
² E eu, João, vi a Santa Cidade, a nova Jerusalém, que de Deus descia do céu, adereçada como uma esposa ataviada para o seu marido.
³ E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles e será o seu Deus.
⁴ E Deus limpará de seus olhos toda lágrima, e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor, porque já as primeiras coisas são passadas.
 
PLANO DE AULA

1- INTRODUÇÃO

Nesta lição, estudaremos o céu na perspectiva bíblica como morada eterna reservada para os cristãos. Veremos a descrição do Céu segundo o livro do Apocalipse, bem como o fim da carreira cristã. Após uma vida de perseverança na fé, renúncia aos prazeres desse mundo e bom ânimo diante das tribulações, os cristãos desfrutarão do repouso eterno ao lado de Deus. Para tanto, arguimos acerca do que é exigido dos servos de Deus para que desfrutem da esperança celestial e o que as Escrituras Sagradas estabelecem como regra de fé e prática para a vida cristã enquanto se aguarda o Dia da Redenção.
 
2- APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO

A) Objetivos da Lição:
I) Distinguir o céu como morada final na vida eterna com Deus;
II) Apresentar o conceito de Céu conforme o Livro do Apocalipse;
III) Pontuar que o céu é o destino dos cristãos e o lugar de repouso após a árdua carreira da vida cristã neste mundo.

B) Motivação: 
O Livro do Apocalipse descreve maiores detalhes a respeito de como será o Céu. Nesse sentido, o Novo Céu é um lugar sem precedente, incomum, diferente de qualquer realidade conhecida pela mente humana. Fomente com seus alunos o diálogo sobre os elementos que descrevem o Céu, apresentados no Livro do Apocalipse e pergunte o que eles pensam sobre essa nova realidade. Reforce que a esperança do céu é uma questão de fé.

C) Sugestão de Método: 
O segundo tópico da lição destaca a descrição do Livro do Apocalipse a respeito do Céu.
Após o cumprimento do juízo divino, Deus prometeu criar um Novo Céu e uma Nova Terra, completamente diferentes dos primeiros. Nesse novo ambiente espiritual os cristãos desfrutarão da vida eterna ao lado de Deus. Pergunte aos alunos o que eles compreendem sobre o céu na conjuntura do estado intermediário da alma, após a morte neste tempo presente, e o céu que os cristãos experimentarão depois do juízo final, descrito em Apocalipse 21.1,2. Você pode apresentar essa explicação por meio de projeção digital.

3- CONCLUSÃO DA LIÇÃO

A) Aplicação: 
A Palavra de Deus aponta que a vida eterna na nova cidade celestial só estará disponível àqueles que amam e praticam a verdade. Ficarão de fora os pecadores e qualquer que ama e vive no pecado. Portanto, é a esperança do porvir que nos leva a perseverar na fé, a manter uma vida santa, bem como a nutrir o amor de Cristo em nossos corações.

4- SUBSÍDIO AO PROFESSOR

A) Revista Ensinador Cristão. 
Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 97, p.37, você encontrará um subsídio especial para esta lição.

B) Auxílios Especiais: 
Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula:
1) O texto “O Significado de Jerusalém para a Igreja Cris- tā”, localizado depois do primeiro tópico, destaca a compreensão de Jerusalém como a Cidade Celestial como destino dos cristãos fiéis;
2) O texto “O novo céu e a nova terra”, ao final do segundo tópico, amplia a reflexão a respeito da vida no Novo Céu e na Nova Terra preparada para os servos de Deus.
 
INTRODUÇÃO

Ao homem natural é impossível discernir as coisas espirituais, visto que elas só podem ser discernidas espiritualmente (1 Co 2.14). Por isso, a sabedoria humana apresenta diversas concepções enganosas a respeito do céu, a ponto de negar a sua existência. Contudo, ao cristão é garantido a gloriosa promessa de desfrutar do céu como sua morada na vida eterna com Deus (Jo 11.25,26; 14.2,3; At 1.11). Em vista disso, o nosso propósito é o de mostrar o céu como destino glorioso de todo cristão peregrino.
 
Palavra-Chave: Céu
 
I – CÉU: O ALVO DE TODO CRISTÃO

1- Definindo céu. 
A palavra hebraica shamayim, que significa céu, céus (Gn 1.1 - No princípio criou Deus o céu e a terra.), aparece 419 vezes no Antigo Testamento. O termo grego ouranos, céu (Mt 3.2 - E dizendo: Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus.; Ap 21.10 - E levou-me em espírito a um grande e alto monte, e mostrou-me a grande cidade, a santa Jerusalém, que de Deus descia do céu.), aparece 280 vezes no Novo Testamento com dois sentidos:
1) como firmamento, universo, atmosfera;
2) céus siderais e estrelados, região acima dos céus siderais, sede da ordem das coisas eternas e perfeitas onde Deus e criaturas celestes habitam.
Nas traduções da Bíblia em língua portuguesa, a palavra shamayim foi traduzida por “altura”; e ouranós, como “algo elevado”. Ambas as palavras são usadas para se referir a três locais distintos:
1) céu atmosférico (Dt 11.11,17 - Mas a terra que passais a possuir é terra de montes e de vales; da chuva dos céus beberá as águas; E a ira do Senhor se acenda contra vós, e feche ele os céus, e não haja água, e a terra não dê o seu fruto, e cedo pereçais da boa terra que o Senhor vos dá.); (o espaço visível aos nossos olhos)
2) universo ou firmamento dos céus (Gn 1.14 -  E disse Deus: Haja luminares na expansão dos céus, para haver separação entre o dia e a noite; e sejam eles para sinais e para tempos determinados e para dias e anos.;15.5 - Então o levou fora, e disse: Olha agora para os céus, e conta as estrelas, se as podes contar. E disse-lhe: Assim será a tua descendência.; Hb 1.10 - E: Tu, Senhor, no princípio fundaste a terra, E os céus são obra de tuas mãos. ); ( o universo ou o espaço)
3) morada de Deus (Is 63.15 - Atenta desde os céus, e olha desde a tua santa e gloriosa habitação. Onde estão o teu zelo e as tuas obras poderosas? A comoção das tuas entranhas, e das tuas misericórdias, detém-se para comigo?; Mt 7.11,21 -  Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas coisas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará bens aos que lhe pedirem?, Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. ; Ap 3.12 - A quem vencer, eu o farei coluna no templo do meu Deus, e dele nunca sairá; e escreverei sobre ele o nome do meu Deus, e o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém, que desce do céu, do meu Deus, e também o meu novo nome.). Dos três locais aplicados à palavra céu, o mais importante para o cristão é o terceiro, a morada de Deus.
 
2- O céu conforme o ensino de Paulo. 
O apóstolo Paulo foi arrebatado até o terceiro céu Conheço um homem em Cristo que há catorze anos (se no corpo, não sei, se fora do corpo, não sei; Deus o sabe) foi arrebatado ao terceiro céu. ³E sei que o tal homem (se no corpo, se fora do corpo, não sei; Deus o sabe) ⁴Foi arrebatado ao paraíso; e ouviu palavras inefáveis, que ao homem não é lícito falar. 2 Corintios 11.2,3,4. Esse céu a que Paulo se refere é a morada de Deus, lugar do tronode Deus. ). Não por acaso, esse céu está enfatizado nas cartas do apóstolo como lugar celestial, o lar dos salvos em Cristo Jesus, onde temos um destino assegurado: o de estar para sempre com o Senhor (1 Ts 4.17; cf. Ef 1.3,20; 2.6). Por isso, vivendo em Cristo, o crente desenvolve um relacionamento na esfera do reino, de modo que, ainda que não tenha ido para o céu, toda a sua vocação é celestial no presente momento de sua vida. Dessa forma, o poder que está em sua vida vem do céu e o habilita a vencer a cada dia.
 
3- O alvo do cristão. 
Depois de salvo, não pertencemos mais a este mundo. Por isso, Paulo ensina que prossegue para o alvo, isto é, a linha de chegada que o atleta alcança o prêmio (1 Co 9.24; 2 Tm 4.8). Assim, o apóstolo persegue o prêmio com determinação, liberdade, empenho e com os olhos fixos no Autor da Salvação (Hb 12.2). Igualmente, o cristão passa a ter o céu como alvo por causa da soberana vocação, que vem de cima, isto é, de Deus por meio de Jesus Cristo. O seu alvo revela o resultado de uma nova vida e, por isso, o crente se volta para as coisas do céu (Cl 3.2). A expressão a “nossa pátria está nos céus” sintetiza bem essa nova realidade (Fp 3.20). Ao mencionar essa expressão, o apóstolo mostra que temos uma cidadania celestial (Ef 2.19). Para viver a plenitude dessa cidadania, o cristão peregrina para algo perfeito, absoluto, em que finalmente terá o corpo abatido transformado conforme o corpo glorioso de Jesus Cristo (1 Co 15.44; 1Jo 3.2).
 
SINOPSE I

O cristão passa a ter o Céu como alvo por causa da soberana vocação, que vem de cima, isto é, de Deus por meio de Jesus Cristo.
 
AUXÍLIO BÍBLICO-TEOLÓGICO

O Significado de Jerusalém para a Igreja Cristã
“[…] Paulo fala a respeito de Jerusalém ‘que é de cima’, que é nossa mãe (Gl 4.26). O livro de Hebreus indica que, ao virem a Cristo para receber a salvação, os crentes não chegaram a uma montanha terrestre, mas ao monte de Sião, e à cidade do Deus vivo, à Jerusalém celestial’ (Hb 12.22). E, ao invés de preparar uma cidade na terra para os crentes, Deus está preparando a nova Jerusalém, que um dia descerá ‘do céu, adereçada como uma esposa ataviada para o seu marido’ (Ap 21.2; cf. 3.12). Naquele grande dia, as promessas do concerto serão plenamente cumpridas: ‘Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles e será o seu Deus’ (Ap 21.3). Deus e o Cordeiro reinarão para sempre e sempre no seu trono, nessa cidade santa (Ap 22.3). (3) A cidade de Jerusalém terrestre ainda tem um papel futuro a desempenhar no reino milenar de Deus? Isaías em 65.17 do seu livro fala de ‘céus novos e nova terra’ (Is 65.17), e em seguida apresenta um ‘Mas’ enfático sobre a grandeza da Jerusalém terrena, no versículo 18. O restante do cap. 65 trata das condições milenais. Muitos crêem que quando Cristo voltar para estabelecer seu reino milenial (Ap 20.1-6), Ele porá o seu trono na cidade de Jerusalém. Depois do julgamento do grande trono branco (Ap 20.11-15), a Jerusalém celestial descerá a nova terra como a sede do reino eterno de Deus (Ap 21.2)” (Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, p.636).

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II- A DESCRIÇÃO DO CÉU SEGUNDO O LIVRO DO APOCALIPSE

1- O novo céu e a nova terra. 
Depois da abertura dos sete selos ( Um livro fechado e selado com sete selos. Cada selo uma profecia; sete selos, sete profecias. Os sete selos são sete profecias para o tempo do fim.), conforme Apocalipse 6, em que predominaram a desordem, a tribulação e o juízo, o quadro revelado na sequência é o de um novo estado eterno. O apóstolo João diz que o primeiro céu e a primeira terra passaram, o mar não existe mais; esse céu (também ouranós) é o espaço astronômico, não se trata da habitação eterna de Deus. Então, o apóstolo contempla um novo céu e uma nova terra (Ap 21.1). O adjetivo grego kainós (novo), que aparece no texto, traz a ideia de novo com respeito à forma; fresco, recente, não usado. Nesse sentido, o novo céu é um lugar sem precedentes, incomum e desconhecido. Isaías profetizou a criação de novos céus e nova terra (Is 65.17); o apóstolo Pedro confirmou essa esperança (2 Pe 3.13). Esse lugar é o destino do cristão, um novo lar completamente redimido, sem qualquer semelhança com o mundo antigo, pois “eis que faço novas todas as coisas” (Ap 21.5).
 
O novo céu de João é justamente um novo lar onde os cristãos reinarão com Jesus. A nova terra também é o lugar de paz. Vale salientar que esses novo céu e nova terra é o espaço físico,  pois João diz que o antigo céu é terra já não existem mais, bem como também o mar.
Como tudo aquilo que foi afetado pelo pecado do homem e sofre as consequências da desobediência humana,  o céu, a terra e o mar que conhecemos hoje com suas naturezas afetadas, precisarão ser renovados, ou seja, precisarão ser novos.
Sabemos que o céu físico que vemos sofre com as intervenções humanas, o que dizer do lixo espacial deixado pelos homens com milhares de satélites e outros objetos deixados por lá,  a terra sem falar sofre com suas catástrofes,  terremotos, secas e etc, o mar com seus tsunamis,  o lixo nos oceanos, e o comprometimento da vida marinha. Enfim, vemos então uma necessidade e uma promessa a ser cumprida de novos céus  e nova terra.
O céu como morada de Deus não necessita de novo porque esse lugar não fora afetado pelo pecado. Sempre foi e será a morada do Altíssimo. 
Após o caos instalado relatado no Apocalipse 6 veja que se faz necessário o surgimento e a criação de uma nova forma, a saber, céu e terra. 
Como pré milenistas dispensacionalistas clássicos, pré tribulacionistas, cremos que os sete selos estão reservados para atormentar e ajuizar os moradores da terra já na sequência da grande tribulação que virá sobre a terra e seus moradores no final do período de 7 anos da grande tribulação. (AQUI É OUTRO ASSUNTO.)
Mas o que pretendemos dizer é que as profecias sobre novo céu e nova terra terão seus cumprimentos. 

2- A linda cidade como nossa nova morada. 
No versículo 2 (Ap 21), (E eu, João, vi a santa cidade, a nova Jerusalém, que de Deus descia do céu, adereçada como uma esposa ataviada para o seu marido.), o apóstolo João faz menção à descida da Cidade Santa ( Uma nova Jerusalém celestial, a Cidade Santa irá descer dos céus sobre a cidade de Jerusalém terrena.) somente a partir do versículo 9 que ele começa a descrever a beleza dessa cidade. Por meio de passagens do Novo Testamento, a Nova Jerusalém pode ser descrita como a morada de Deus, a pátria dos salvos, lugar em que os santos habitarão (Hb 12.23; Gl 4.26; Fp 3.20). Assim, cremos e afirmamos que essa linda cidade será um lugar em que Deus e o Cordeiro são o seu templo; a glória de Deus a iluminará, e o Cordeiro será a sua lâmpada (Ap 21.22,23). Na Nova Jerusalém não haverá dor, tristeza ou sofrimento (Ap 21.4). Além disso, depois da ressurreição (Ap 20.4), e quando todas as coisas forem consumadas, essa Jerusalém Celestial descerá do céu e ficará para sempre na nova terra. O apóstolo João descreve a Nova Jerusalém Celestial como o lugar de redimidos que habitam a gloriosa Cidade. Portanto, para nós, a visão descrita em Apocalipse 21 refere-se ao Céu como a eternidade, a Nova Jerusalém como a Nova Cidade, o nosso novo lar criado sem pecado, onde a bem-aventurança eterna será desfrutada pelos santos para todo o sempre.
 
(II. AS CARACTERÍSTICAS DA NOVA JERUSALÉM

1. É um lugar real. Ela foi descrita rica e detalhadamente por João. Leia o capítulo 21 do Apocalipse. Se cremos que a Bíblia é a Palavra de Deus, não teremos dificuldades para aceitar a realidade de nossa morada eterna.

2. Arquitetura. A Nova Jerusalém foi ideada e construída pelo próprio Deus (Hb 11.10). Se o mundo natural já é belo e cheio de deslumbres, o que não diremos do sobrenatural? Você anseia pela cidade edificada por Deus?

3. Formato. Deus construiu a Nova Jerusalém como um cubo perfeito, segundo João no-la descreve: “E a cidade estava situada em quadrado; e o seu comprimento era tanto como a sua largura. E mediu a cidade com a cana até doze mil estádios; e o seu comprimento, largura e altura eram iguais” (Ap 21.16).

De conformidade com as medidas atuais, a cidade mede dois mil e duzentos quilômetros de comprimento, tendo iguais largura e altura. Seu espaço é mais do que suficiente para abrigar os santos e justos de todas as eras.

4. Materiais. Iluminada pela glória de Deus, sua luz tem a resplandecência do jaspe. Além disso, ela é feita de ouro puro e, como fundamento, possui doze pedras preciosas.

Ela não precisa de templo, porque o seu santuário é o Deus Todo-Poderoso e o Cordeiro (Ap 21.22). Também não carece de sol nem de lua, porque o Filho de Deus é a sua lâmpada (Ap 21.23). E como ali não haverá noite, suas portas jamais se fecharão. Aleluia!)

Lições Bíblicas CPAD
Jovens e Adultos
2º Trimestre de 2012

SINOPSE II

A Nova Jerusalém pode ser descrita como a morada de Deus, a pátria dos santos, lugar em que os santos habitarão.
 
AUXÍLIO DOUTRINÁRIO 

O Novo Céu e a Nova Terra “É o destino final dos salvos: ‘E vi um novo céu e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe’ (Ap 21.1). O céu e a terra que conhecemos desaparecerão para darem lugar a uma nova criação. Isso é anunciado desde o Antigo Testamento e é ratificado no Novo. O próprio Senhor Jesus Cristo confirmou essa palavra profética: ‘O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar’ (Mt 24.35). A promessa divina de que a terra permanece para sempre significa que sempre haverá uma terra, mas não necessariamente a mesma. A palavra profética também anuncia um novo céu e uma nova terra. Quando for instalado o juízo do Grande Trono Branco, o céu e terra deixarão de existir: ‘E vi um grande trono branco e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu, e não se achou lugar para eles’ (Ap 20.11). Trata-se de uma fase preparatória para o estabelecimento do novo céu e da nova terra. A terra contaminada pelo pecado não resistirá ao esplendor da presença de Deus; o universo físico não se susterá diante da pureza, santidade e glória daquele que está assentado sobre o trono. E o fato de a morte e o Inferno serem lançados no Lago de Fogo indica que, no novo céu e na nova terra, não haverá morte nem condenação” (Declaração de Fé das Assembleias de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, pp.199,200).

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III- CÉU: O FIM DA JORNADA CRISTÃ

1- Estaremos onde Deus está. 
Em Apocalipse 21, há uma concretização da jornada cristã em que o crente estará onde Deus habita, conforme o nosso Senhor disse que viria e nos levaria para estarmos com o Pai (Jo 14.3 - E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também.). Nesse lugar, habitaremos com Deus em seu tabernáculo, pois nós seremos o seu povo e Ele o nosso Deus (Ap 21.3). Tudo isso se tornará realidade no futuro, quando nossa união com Deus se dará sem impedimento, cumprindo toda a expectativa tanto do Antigo quanto do Novo Testamentos (Lv 26.11-12; Ez 43.7; 2Co 6.16; Ap 7.15).
 
2- As lágrimas cessarão. 
Uma das mais gloriosas bênçãos que desfrutamos no céu é a de que Deus enxugará de nossos olhos todas as lágrimas. Essas lágrimas simbolizam a tristeza, o sofrimento, as tragédias humanas e outros diversos males que não terão lugar nessa nova realidade de vida, pois todas as primeiras coisas são passadas (1 Co 15.26,54; Is 61.3; 65.19). Tudo isso será possível porque haverá também uma transformação no mundo físico, de modo que ele será inteiramente transformado e liberto da corrupção, como Paulo esclareceu a respeito da redenção do mundo material (Rm 8.21 ²⁰Porque a criação ficou sujeita à vaidade, não por sua vontade, mas por causa do que a sujeitou, ²¹ Na esperança de que também a mesma criatura será libertada da servidão da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus.).
 
3- O Céu como repouso eterno. 
A expressão “repouso” nada tem a ver com tédio, pois no Céu haverá constante atividades: adoração (Ap 19.1-8); serviço (Ap 22.3); ilimitada aprendizagem (1 Co 13.12). Trata-se de uma dimensão completamente distinta do que conhecemos atualmente. Por isso, quando afirmamos que o Céu será um lugar de repouso ou de descanso é pelo fato de que o crente descansará de suas fadigas, cansaço e exaustão presentes hoje (Ap 14.13); estaremos plenamente satisfeitos em comunhão uns com os outros e com o nosso Senhor (Mt 8.11; Ap 19.9). Esse lugar de repouso é o fim de nossa jornada cristã, é a experimentação da morada dos redimidos. Portanto, toda nossa vida cristã atual deve ser vivida com a mente voltada para a realidade eterna do Céu como verdadeira esperança (Cl 3.2).
 
SINOPSE III

O Céu é o lugar de repouso do cristão e o fim de nossa carreira espiritual.
 
CONCLUSÃO

Para se viver a esperança celestial é preciso nascer de novo, viver em Cristo e transformar a mente. É preciso ter uma nova natureza (Jo 3.12). Sem isso, é impossível crer nas coisas espirituais, pois estas só podem ser discernidas espiritualmente (1 Co 2.14). Portanto, prossigamos a nossa jornada para o Céu de glória, o alvo de todo salvo em Cristo, conforme as regras divinas estabelecidas na Palavra de Deus (1 Co 9.24; 2 Tm 4.8).

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REVISANDO O CONTEÚDO

1- Dos três locais aplicados à palavra Céu, qual o mais importante para o cristão de acordo com a lição? 
Dos três locais aplicados à palavra céu, o mais importante para o cristão é o terceiro, a morada de Deus.
 
2- O que o apóstolo mostra com a expressão a “nossa pátria está nos céus”? 
Ao mencionar essa expressão, o apóstolo mostra que temos uma cidadania celestial (Ef 2.19).
 
3- Segundo a lição, como o apóstolo João descreve a nova Jerusalém? 
O apóstolo João descreve a Nova Jerusalém Celestial como o lugar de redimidos que habitam a gloriosa Cidade.
 
4- Cite uma das mais gloriosas bênçãos que desfrutaremos no Céu. 
Uma das mais gloriosas bênçãos que desfrutaremos no céu é a de que Deus enxugará de nossos olhos todas as lágrimas.
 
5- De acordo com a lição, como a nossa vida cristã atual deve ser vivida? 
A vida cristã atual deve ser vivida com a mente voltada para a realidade eterna do Céu como verdadeira esperança (Cl 3.2).

DICIONÁRIO HEBRAICO NESSA LIÇÃO:
Shamayim, significa, céu, céus;


DICIONÁRIO GREGO NESSA LIÇÃO:
Puranós, significa, algo elevado;
kainós. significa, novo;

Pb. Rogério Faustino
Escola Bíblica ︱2º Trimestre de 2024︱

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