TEXTO ÁUREO
“Deus é Espírito, e importa que
os que o adoram o adorem em espírito e em verdade.” (Jo 4.24)
VERDADE PRÁTICA
Adorar significa viver em total
rendição a Deus, entregando-nos plenamente a Ele.
LEITURA DIÁRIA
Segunda – A
singularidade da Adoração autêntica.
¹² Porque a administração deste serviço, não só supre as necessidades dos santos, mas também é abundante em muitas graças, que se dão a Deus.
2 Coríntios 9.12
⁷ Mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens;
³⁰ Porque pela obra de Cristo chegou até bem próximo da morte, não fazendo caso da vida para suprir para comigo a falta do vosso serviço.
2 Filipenses 2.7,30
Terça – Diferenciando a Adoração das práticas profanas.
¹ E Israel deteve-se em Sitim e o povo começou a prostituir-se com as filhas dos moabitas.
² Elas convidaram o povo aos sacrifícios dos seus deuses; e o povo comeu, e inclinou-se aos seus deuses.
Números 25.1,2
³ Quem subirá ao monte do Senhor, ou quem estará no seu lugar santo?
⁴ Aquele que é limpo de mãos e puro de coração, que não entrega a sua alma à vaidade, nem jura enganosamente.
Salmos 24.3,4
Quarta – A
Adoração está relacionada ao temor de Deus.
²⁵ E sucedeu que, no princípio da sua habitação ali, não temeram ao Senhor; e o Senhor mandou entre eles, leões, que mataram a alguns deles.
²⁸ Veio, pois, um dos sacerdotes que transportaram de Samaria, e habitou em Betel, e lhes ensinou como deviam temer ao Senhor.
2 Reis 17.25,28
Quinta – A Adoração
envolve uma relação com Cristo e a Igreja.
¹ Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o lavrador.
² Toda a vara em mim, que não dá fruto, a tira; e limpa toda aquela que dá fruto, para que dê mais fruto.
³ Vós já estais limpos, pela palavra que vos tenho falado.
⁴ Estai em mim, e eu em vós; como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não estiver na videira, assim também vós, se não estiverdes em mim.
⁵ Eu sou a videira, vós as varas; quem está em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer.
⁶ Se alguém não estiver em mim, será lançado fora, como a vara, e secará; e os colhem e lançam no fogo, e ardem.
⁷ Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito.
⁸ Nisto é glorificado meu Pai, que deis muito fruto; e assim sereis meus discípulos.
João 15.1-8
Sexta – O sentido da Adoração no Novo Testamento.
¹⁵ Portanto, ofereçamos sempre por ele a Deus sacrifício de louvor, isto é, o fruto dos lábios que confessam o seu nome.
Hebreus 13.15
¹ Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.
Romanos 12.1
⁵ Vòs também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdòcio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo.
1 Pedro 2.5
Sábado – O
ensinamento de Jesus sobre a Adoração.
²³ Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem.
²⁴ Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade.
João 4.23,24
1 Já refulge a glória eterna
De Jesus, o Rei dos reis!
Breve os reinos deste mundo
Seguirão as suas leis!
Os sinais da sua vinda
Mais se mostram cada vez:
Vencendo vem Jesus!
Glória! glória! Aleluia!
Glória! glória! Aleluia!
Glória! glória! Aleluia!
Vencendo vem Jesus!
2 O clarim que chama os crentes
A batalha já soou:
Cristo, à frente do seu povo,
Multidões já conquistou.
O inimigo, em retirada,
Seu furor já demonstrou:
Vencendo vem Jesus!
3 Eis que em glória refulgente
Sobre as nuvens descerá,
E as nações e os reis da terra
Com poder governará.
Sim, em paz e santidade
Toda a terra regerá:
Vencendo vem Jesus!
4 E por fim entronizado
As nações irá julgar:
Todos, grandes e pequenos,
O Juiz hão de encarar.
E os remidos triunfantes,
Lá no Céu irão cantar:
– “Venceu o Rei Jesus!”
Glória! glória! Aleluia!
Glória! glória! Aleluia!
Glória! glória! Aleluia!
Venceu o Rei Jesus!
Autor ou Tradutor: J.W.H Júlia Ward Howe
1 Senhor, meu Deus, quando eu, maravilhado,
Contemplo a tua imensa criação,
A terra e o mar e o céu todo estrelado
Me vêm falar da tua perfeição.
Então minh’alma canta a ti, Senhor:
– “Grandioso és Tu! – grandioso és Tu!”
Então minh’aima canta a ti, Senhor:
– “Grandioso és Tu! – grandioso és Tu!”
2 Quando as estrelas, tão de mim distantes,
Vejo a brilhar com vivido esplendor,
Relembro, oh! Deus, as glórias cintilantes
Que meu Jesus deixou, por meu amor!
3 Olho as florestas murmurando ao vento
E, ao ver que Tu plantaste cada pé,
Recordo a cruz, o lenho tão cruento,
E no teu Filho afirmo a minha fé.
4 E quando penso que Tu não poupaste
Teu Filho amado por amor de mim,
Meu coração, que nele Tu ganhaste,
Transborda, oh! Pai, de amor que não tem fim!
5 E quando Cristo, o amado meu, voltando,
Vier dos céus o povo seu buscar,
No lar eterno quero, jubilando,
A tua santa face contemplar.
Autor ou Tradutor: S.K.H Stuart K. Hine
No Canal do Youtube
1 Deus enviou seu Filho amado
Pra perdoar, pra me salvar.
Na cruz morreu por meu pecado,
Mas ressurgiu e vivo com o Pai está.
Porque Ele vive, posso crer no amanhã.
Porque Ele vive, temor não há.
Mas eu bem sei, eu sei, que a minha vida
Está nas mãos de meu Jesus, que vivo está.
2 E quando, enfim, chegar a hora
Em que a morte enfrentarei,
Sem medo, então, terei vitória:
Irei à Glória, ao meu Jesus que vivo esta.
Autor ou Tradutor: G.G Glória Gaither
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
João 4.5-7,9,10,19-24
⁵ Foi, pois, a uma cidade de
Samaria, chamada Sicar, junto da herdade que Jacó tinha dado a seu filho
José.
⁶ E estava ali a fonte de Jacó.
Jesus, pois, cansado do caminho, assentou-se assim junto da fonte. Era isso
quase à hora sexta.
⁷ Veio uma mulher de Samaria
tirar água. Disse-lhe Jesus: Dá-me de beber.
⁹ Disse-lhe, pois, a mulher na:
Como, sendo tu judeu, me pedes de beber a mim, que sou mulher samaritana
(porque os judeus não se comunicam com os samaritanos)?
¹⁰ Jesus respondeu e disse-lhe:
Se tu conheceras o dom de Deus e que é o que te diz: Dá-me de beber, tu lhe
pedirias, e ele te daria água viva.
¹⁹ Disse-lhe a mulher: Senhor,
vejo que és profeta.
²⁰ Nossos pais adoraram este
monte, e vós dizeis que é em Jerusalém o lugar onde se deve adorar.
²¹ Disse-lhe Jesus: Mulher,
crê-me a hora vem em que nem neste monte nem em Jerusalém adorareis o Pai.
²² Vós adorais o que não
sabeis; nós adoramos o que sabemos, porque a salvação vem dos judeus.
²³ Mas a hora vem, e agora é,
em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade,
porque o Pai procura a tais que assim o adorem.
²⁴ Deus é Espírito, e importa
que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade.
PLANO DE AULA
1- INTRODUÇÃO. Na aula desta
semana, vamos estudar um dos temas centrais do Evangelho de João: a verdadeira
adoração. Veremos que por meio do diálogo de Jesus com a mulher samaritana (Jo
4.23-24), observamos que Deus busca adoradores que o “adorem” em espírito e em
verdade. Esse é um convite aos alunos para compreender que a adoração genuína é
uma resposta ao amor de Deus revelado por meio de Jesus Cristo, seu Filho. Por
isso, planeja-se para encorajar reflexões sobre viver a adoração como um estilo
de vida que glorifique o Senhor em todos os aspectos.
2- APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição:
I) Esclarecer aos alunos o
diálogo de Jesus com a mulher samaritana;
II) Fazer com que os alunos
compreendam que a verdadeira adoração é um ato de rendição total a Deus;
III) Integrar os princípios da
adoração bíblica à vida de serviço e entrega a Deus.
B) Motivação:
O diálogo entre
Jesus e a mulher samaritana apresenta um ensino belo e profundo sobre a
verdadeira adoração a Deus. Esse encontro transformador entre Jesus e essa
mulher também é um convite divino para nos aproximarmos de Deus de forma sincera
e humilde. A essência dessa adoração nasce no altar do nosso coração, e, por
isso, só pode ser vivida em espírito e em verdade. Trata-se de um lugar de
total rendição, gratidão e serviço a Deus. Esta lição nos encoraja a cultivar
um relacionamento mais profundo com o Senhor.
C) Sugestão de Método:
Para
iniciar a lição desta semana, divida a classe em três ou mais grupos e
distribua a cada grupo uma parte do texto de João 4.7-30 para leitura. Peça que
os grupos identifiquem os ensinamentos sobre a necessidade humana de adorar,
especialmente o que significa adorar em espírito e em verdade. Após a partilha
dos grupos, aprofunde a exposição e discussão do primeiro tópico, destacando
que a adoração verdadeira é uma questão que tem muito a ver com a rendição do
coração. Estimule seus alunos a aplicarem esse princípio em suas próprias
vidas.
3- CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação:
Em que áreas de
nossas vidas as palavras rendição, gratidão e serviço a Deus podem ser
aplicadas? Essas palavras trazem consigo a expressão de uma adoração autêntica
a Deus. A adoração em espírito e em verdade é um chamado ao modo de viver em
que Deus é glorificado em tudo.
4- SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão.
Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e
subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 101, p. 37, você
encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais:
Ao final
do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua
aula:
1) O texto “O Contexto Histórico
entre os Samaritanos e Judeus”, localizado após o primeiro tópico, apresenta
informações importantes para enriquecer a sua preparação para a exposição deste
tópico;
2) No final do segundo tópico, o
texto “A Verdadeira Adoração” mostra uma reflexão importante sobre o verdadeiro
significado da adoração a Deus.
O ser humano sente uma
necessidade intrínseca de Deus. Com a leitura da passagem de João 4, essa
carência espiritual torna-se evidente. Neste contexto, também se revela a
importância de uma autêntica adoração que surge de uma experiência profunda com
Jesus Cristo. Por este motivo, a Adoração Cristã ( Adoração Cristã é o comportanento cristão onde dedicamos a Deus todo nosso serviço, nosso amor e nossa adoração, confirmando com esses atos e outros mais o seu único e exclusivo lugar em nossos corações e mentes.) é o tema central desta lição.
A partir do diálogo entre Jesus e a mulher samaritana, podemos extrair
ensinamentos valiosos sobre a adoração.
PALAVRA-CHAVE: ADORAÇÃO
I- O ENCONTRO EM SAMARIA E DUAS PRECIOSAS LIÇÕES
1- A necessidade de passar em
Samaria. Em João 4.4 é informado que “era-lhe necessário passar por Samaria”. O
Senhor deixava a aldeia em direção à Galiléia e, para tal, teria de atravessar
por Samaria. Apesar de evitar entrar nessa cidade devido à tensão racial entre
judeus e samaritanos, havia uma missão ainda mais urgente: o encontro com a
mulher samaritana em Sicar ( Uma cidade entre os montes Gerizim e Ebal. Da Judéia para a Galiléia, o caminho mais curto era por Samaria e obrigatoriamente teria de passar por Sicar, entre os dois montes. Uma rota principal, perigosa, mas a mais curta até Jerusalém. Essa distância era de aproximadamente 120 km. Enquanto a rota que faceava o rio Jordão era de 140 km, percorrida por judeus na sua maioria e a do mar mediterrâneo de 150 km, que era uma rota comercial.)., junto à “fonte de Jacó”(vv.6,7). Durante essa
conversa, Jesus abordou o assunto sobre o local adequado para adorar a Deus:
seria em Samaria ou em Jerusalém? Nesse diálogo, nosso Senhor ensinou duas
importantes lições.
2- A necessidade do ser humano.
O
encontro entre Jesus e a mulher samaritana não foi um simples acaso. Ele
encontrava-se sentado à beira da fonte de Jacó, na hora sexta, durante o calor
do meio-dia. A mulher samaritana dirigiu-se à fonte para recolher água, momento
em que se cruzou com Jesus e ouviu um pedido do amado Mestre: "Dá-me de beber”
(v.7). Em resposta ao pedido de Jesus, ela iniciou uma conversa com o divino
Mestre, até que Este lhe propôs uma água que se tornará nela uma “fonte de água
a jorrar para a vida eterna” (v.14). O que nosso Senhor ofereceu à mulher
samaritana era “um tipo de água” capaz de transformar toda a sua existência.
Aqui encontramos a primeira valiosa lição: toda pessoa necessita de Deus e, por
isso, devemos aproveitar cada oportunidade para partilhar essa “água da vida”.
3- O lugar de adoração a Deus.
Dando seguimento à conversa com Jesus, a mulher samaritana questiona-O sobre
onde deveria ocorrer a verdadeira adoração, se em Jerusalém ou no Monte
Gerizim. Neste diálogo, a samaritana procura entender o local apropriado para
adorar a Deus. Em resposta à sua indagação, Nosso Senhor revela uma nova forma
de culto. Esta adoração não seria exclusiva dos judeus nem dos samaritanos. Na
realidade, o verdadeiro culto dirigido a Deus deve ser feito ao “Pai em
espírito e em verdade” (vv.23,24). Aqui encontramos uma segunda lição valiosa:
o autêntico culto de adoração a Deus, que satisfaz as necessidades humanas, não
se limita a um lugar específico, mas reside no mais profundo do ser humano, em
“espírito e em verdade”.
Quando as tensões entre judeus e samaritanos eram elevadas sob a questão da adoração a Deus, e tambem pelo fato dos samaritanos serem considerados uma raça mestiça com povos assírios pelos judeus, eles foram que "proibidos" de adorarem a Deus em Jerusalém, foi então que eles edificaram um templo no monte Gerizim pra adorar a Deus, e mesmo depois de ter sido destruído (Pelo governante hasmoneano João Hircano em 128 a.C.) os samaritanos continuaram adorando no monte até os dias de Jesus.
O encontro entre Jesus e a mulher
samaritana demonstra que a verdadeira adoração satisfaz a necessidade humana de
adorar
O CONTEXTO HISTÓRICO ENTRE OS
SAMARITANOS E JUDEUS
“Depois que o Reino do Norte, com
sua capital em Samaria, foi derrotado pelos assírios, muitos judeus foram
deportados para a Babilônia, e estrangeiros foram levados para colonizar Israel
e ajudar a manter a paz (2 Rs 17.24). O casamento misto entre estrangeiros e
judeus remanescentes resultou em um povo mestiço que se estabeleceu no Reino do
Sul, e era considerado impuro na opinião de judeus etnicamente puros. Estes
odiavam aqueles (os samaritanos), porque sentiam que seus compatriotas haviam
traído seu povo e sua nação por meio de tais casamentos. Os samaritanos haviam
instituído um centro alternativo para adoração no monte Gerizim (4.20), para
concorrer com o Templo em Jerusalém, mas aquele havia sido destruído há 150 anos. Face a tantos conflitos, os judeus faziam o possível para evitar viajar
pelo território de Samaria. Mas Jesus não tinha razões para viver segundo essas
restrições culturais. A rota por Samaria era mais curta, e foi a que Ele tomou.
[…] A fonte de Jacó ficava na terra que originalmente pertenceu a Jacó (Gn
33.18,19). Não havia nela uma nascente, era um reservatório, recebia águas da
chuva e do orvalho, recolhendo-as ao fundo. As fontes eram quase sempre
localizadas fora da cidade, ao longo da estrada principal. Duas vezes por dia,
de manhã e ao anoitecer, as mulheres iam retirar água. Aquela samaritana, no
entanto, foi ao meio dia, provavelmente para evitar encontrar-se com pessoas
que conheciam sua reputação. Jesus levou àquela mulher uma extraordinária
mensagem sobre a fonte e a água pura que podiam saciar a sede espiritual dela
para sempre” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2022,
p.1422).
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II- O ENSINO DE JESUS A RESPEITO DA VERDADEIRA
ADORAÇÃO
1- A adoração. Ao afirmar que
ofereceria a “água viva” aos que têm sede, Jesus referia-se a uma vivência
espiritual que se daria no interior de cada indivíduo: “a água que eu lhe der
se tornará nele uma fonte de água a jorrar para a vida eterna” (Jo 4.14).
Assim, à luz das suas palavras neste capítulo, a verdadeira adoração a Deus não
está mais ligada a um local específico, como Jerusalém ou Samaria. A presença
de Deus já não se restringe a uma determinada geografia, mas está presente em
todos os lugares onde existam adoradores sinceros. Mais do que uma adoração
formal e ritualística, a autêntica adoração possui essencialmente um caráter
espiritual: “Deus é Espírito, e é necessário que os que o adoram o adorem em
espírito e em verdade” (Jo 4.24).
2- Jesus é a verdadeira adoração.
Ao questionar Jesus sobre o local da adoração (Jo 4.20,21), a mulher samaritana
teve uma revelação que lhe permitiu entender os ensinamentos de Jesus sobre a
verdadeira adoração. O Senhor Jesus é, por si só, a base para essa adoração
genuína (Jo 4.21). É pertinente ilustrar esta verdade ao lembrarmos do Calvário
e do sepulcro vazio, onde, após sua morte, a obra realizada se tornou a razão
fundamental para a adoração de todos os cristãos. Embora os locais físicos do
Calvário e do sepulcro vazio possam não ter grande significado por si mesmos, a
lembrança da obra realizada nesses lugares ultrapassa qualquer noção
geográfica. O impacto dessa obra abrange todos, não importando o lugar de onde
se encontrem. Sempre que participamos da Ceia do Senhor, essa memória permanece
viva em nós, independentemente da nossa localização (1 Co 11.23-25 - 23 Porque eu recebi do Senhor o que também vos ensinei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão; 24 E, tendo dado graças, o partiu e disse: Tomai, comei; isto é o meu corpo que é partido por vós; fazei isto em memória de mim; 25 Semelhantemente também, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este cálice é o novo testamento no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que beberdes, em memória de mim.; 15.3,4 - 3 Porque primeiramente vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras, 4 E que foi sepultado, e que ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras.).
A base da verdadeira adoração
cristã reside na narrativa do Calvário: o sacrifício substitutivo de Jesus
A VERDADEIRA ADORAÇÃO
“A mulher levantou uma questão
teológica popular entre judeus e samaritanos: qual o lugar correto para a
adoração? Mas tal pergunta era uma cortina de fumaça que tinha a finalidade de
manter Jesus longe da mais profunda necessidade dela. Jesus conduziu a conversa
a um ponto muito mais importante: o lugar da adoração não é tão importante
quanto a atitude dos adoradores. […] A expressão “Deus é Espírito” mostra que
Ele não é um ser físico, limitado a tempo e espaço. Ele está presente em todos
os lugares e pode ser adorado em qualquer local e a qualquer tempo. O mais
importante não é onde adoramos, mas como adoramos o Senhor. A sua adoração é
genuína e verdadeira? Você tem a ajuda do Espírito Santo? Como o Espírito nos
ajuda a adorar? Ele ora por nós (Rm 8.26), ensina-nos as palavras de Cristo
(14.26) e garante-nos que somos amados (Rm 5.5)” (Bíblia de Estudo Aplicação
Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, p.1423).
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1- O conceito bíblico de
adoração. Na língua hebraica, existe uma expressão chamada hishtaha wa, que
transmite a ideia de “manifestar um temor reverente, admiração e respeito
característicos da adoração”. Já na língua grega, duas palavras são utilizadas para
definir a adoração: latreia e proskuneo. A palavra latreia refere-se à
submissão de quem serve outrem. Por sua vez, proskuneo significa “adorar” ou
“ato de adoração”. No diálogo com a mulher samaritana, Jesus utilizou o termo
proskuneo (Jo 4.20-26). Em Português, a palavra “adoração” implica “atribuir
mérito ou valor” a alguém. Em suma, adorar a Deus significa essencialmente
reconhecê-lo, render-se e exaltá-lo por tudo o que Ele é e faz.
2- Adoração como ato de rendição
a Deus.
O conceito fundamental da palavra “adorar” (proskuneo) no Novo
Testamento remete originalmente à noção de “beijar”, associado a um ato de se
dobrar os joelhos ou prostrar-se com a testa no solo, ou sobre os pés da pessoa
a quem se está submisso. O episódio da mulher pecadora ilustra bem esse
significado (Lc 7.37,38 - ³⁷ E eis que uma mulher da cidade, uma pecadora, sabendo que ele estava à mesa em casa do fariseu, levou um vaso de alabastro com ungüento; ³⁸ E, estando por detrás, aos seus pés, chorando, começou a regar-lhe os pés com lágrimas, e enxugava-lhos com os cabelos da sua cabeça; e beijava-lhe os pés, e ungia-lhos com o ungüento.) e nos ensina a reconhecer a própria inferioridade e, é
também, a superioridade daquEle que estamos dispostos a servir plenamente.
3- Adoração como ato de serviço a
Deus.
O serviço a Deus está profundamente associado à adoração. Esse é um ato
espontâneo que demonstra o nosso reconhecimento da soberania de Deus sobre
tudo. Assim, o serviço que prestamos a Ele, ou seja, cumprir os seus propósitos
para nós, exige uma entrega total da nossa vida, como um sacrifício vivo ao
Senhor (Rm 12.1 - ¹ Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.), de tal forma que não podemos servir a dois senhores, mas
somente a um (Mt 6.24 - ²⁴ Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom.). Trata-se de uma entrega completa a Deus através da
nossa existência.
4- Uma experiência interior de
adoração.
Sentimos uma necessidade profunda de adorar a Deus, conforme é
lembrado no Salmo 42: “A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando
entrarei e me apresentarei ante a face de Deus?” (Sl 42.2). A gloriosa presença
do Deus Todo-Poderoso satisfaz todas as carências da pessoa. Assim, a
verdadeira adoração envolve uma postura interior que permite ao crente
estabelecer um vínculo profundo com Jesus Cristo, reconhecendo-O como Senhor e
Salvador das nossas vidas.
O ato de adoração ao Senhor
envolve a rendição completa de nossa vontade, pensamentos e ações a Ele,
manifestando-se em um serviço voluntário.
Neste estudo, focamos nos
ensinamentos práticos de Jesus acerca da adoração e, por consequência,
discutimos a doutrina da Adoração Cristã. O capítulo 4 do Evangelho de João
revela duas lições valiosas. A primeira é que todo ser humano possui uma
necessidade a satisfazer: a necessidade de Deus. A segunda é que, em Jesus, a
verdadeira adoração surge como um movimento que se inicia no interior. Tudo
isso resulta de uma experiência viva com Jesus Cristo.
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o Verbo Se Fez Carne - Jesus Sob o Olhar do Apóstolo do Amor ︱Neweb ︱Compromisso
com a Palavra
1- Quais são as duas principais
lições que Jesus nos ensinou durante a sua conversa com a mulher samaritana?
Toda pessoa necessita de Deus; o
autêntico culto de adoração a Deus não se limita a um lugar específico.
2- O que constitui o verdadeiro
culto de adoração a Deus que atende às necessidades humanas?
O verdadeiro culto dirigido a
Deus deve ser feito ao ” Pai em espírito e em verdade” (w .21,24).
3- Quais são os elementos
essenciais da verdadeira adoração?
Em suma, adorar a Deus significa
essencialmente reconhecê-lo, render-se e exaltá-lo por tudo o que Ele é e faz.
4- Em resumo, o que implica
adorar a Deus?
Implica reconhecer a própria
inferioridade e a superioridade daquEle que estamos dispostos a servir
plenamente.
5- De que forma podemos definir a
adoração como um ato de serviço dedicado a Deus?
O serviço que prestamos a Ele, ou
seja, cumprir os seus propósitos para nós, exige uma entrega total da nossa
vida, como um sacrifício vivo ao Senhor (Rm 12.1 ).
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Pb. Rogério Faustino ︱Escola Bíblica
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