RESUMO DA LIÇÃO
Paulo conta um pouco da sua história para defender seu ministério e mostrar que a mensagem que pregava não era estranha aos apóstolos de Jerusalém.
LEITURA DA SEMANA
SEGUNDA — Saulo, um prodígio no judaísmo.
¹⁴ E na minha nação excedia em judaísmo a muitos da minha idade, sendo extremamente zeloso das tradições de meus pais.
Gálatas 1.14
TERÇA — Saulo, o perseguidor de crentes.
¹³ Porque já ouvistes qual foi antigamente a minha conduta no judaísmo, como sobremaneira perseguia a igreja de Deus e a assolava.
Gálatas 1.13
QUARTA — Saulo obrigou crentes blasfemarem contra Deus.
¹¹ E, castigando-os muitas vezes por todas as sinagogas, os obriguei a blasfemar. E, enfurecido demasiadamente contra eles, até nas cidades estranhas os persegui.
Atos 26.11
QUINTA — Saulo persegue a Jesus.
⁵ E ele disse: Quem és, Senhor? E disse o Senhor: Eu sou Jesus, a quem tu persegues. Duro é para ti recalcitrar contra os aguilhões.
Atos 9.5
SEXTA — Jesus se revela a Saulo.
¹² Porque não o recebi, nem aprendi de homem algum, mas pela revelação de
Jesus Cristo.
Gálatas 1.12
SÁBADO — Os apóstolos reconheceram o ministério de Paulo e Barnabé.
⁹ E conhecendo Tiago, Cefas e João, que eram considerados como as colunas, a graça que me havia sido dada, deram-nos as destras, em comunhão comigo e com Barnabé, para que nós fôssemos aos gentios, e eles à circuncisão;
Gálatas 2.9
OBJETIVOS
REFLETIR a respeito do Evangelho que Paulo pregava;
COMPREENDER que Paulo foi escolhido por Deus, mesmo com o seu currículo questionável e antes de conhecer Jesus;
APRESENTAR a diferença de uma vida transformada.
INTERAÇÃO
Prezado(a) professor(a), nesta lição, estudaremos uma parte da vida de Paulo, em que ele precisou mostrar a origem do seu apostolado e da sua mensagem aos gálatas. Veremos que não somente o ministério de Paulo estava em jogo, mas igualmente a mensagem que ele havia ensinado àquelas igrejas. Paulo não se esqueceu das atrocidades cometidas por ele, antes de seu encontro com Jesus, contra a Igreja de Deus, mas veremos que ele mostrava que a graça do Senhor o salvou, e que o seu apostolado era um sinal do poder transformador, não da Lei, mas do Evangelho.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor(a), escreva no quadro a seguinte palavra: “apóstolo” Em seguida pergunte aos alunos o que significa ser um apóstolo no Novo Testamento. Ouça os alunos com atenção. Depois, explique que apóstolo é alguém ‘enviado’ com uma comissão direta de Cristo para transmitir a sua mensagem original e liderar os esforços para estabelecer a sua igreja no Novo Testamento. Diga que nesta lição, “Paulo estava se referindo ao seu ministério como um apóstolo. Mas há também um sentido em que cada seguidor de Cristo é separado por Deus para que, por seu intermédio, Ele possa realizar o seu propósito de transmitir a mensagem e refletir o caráter do seu Filho, Jesus Cristo. Como cristãos, fomos salvos e separados do pecado e do mal para que possamos vivenciar um relacionamento íntimo e pessoal com Deus e transmitir eficazmente aos outros a mensagem de esperança e vida por intermédio de Cristo. Ser separado quer dizer estar reservado para Deus e para os seus propósitos. Desta maneira, esta bênção envolve estar com Deus, e viver por Deus e para Deus. A separação espiritual significa viver com fé e obediência para a honra de Deus e com o propósito de revelar o seu Filho ao mundo.” (Bíblia de Estudo Pentecostal para Jovens. Rio de Janeiro: CPAD, 2023, p.1625).
TEXTO BÍBLICO
Gálatas 1.11-24.
¹¹ Mas faço-vos saber, irmãos, que o evangelho que por mim foi anunciado não é segundo os homens.
¹² porque não o recebi, nem aprendi de homem algum, mas pela revelação de Jesus Cristo.
¹³ Porque já ouvistes qual foi antigamente a minha conduta no judaísmo, como sobremaneira perseguia a igreja de Deus e a assolava.
¹⁴ E, na minha nação, excedia em judaísmo a muitos da minha idade, sendo extremamente zeloso das tradições de meus pais.
¹⁵ Mas, quando aprouve a Deus, que desde o ventre de minha mãe me separou e me chamou pela sua graça.
¹⁶ revelar seu Filho em mim, para que o pregasse entre os
gentios, não consultei carne nem sangue,
¹⁷ nem tornei a Jerusalém, a ter com os que já antes de mim eram apóstolos, mas parti para a Arábia e voltei outra vez a Damasco.
¹⁸ Depois, passados três anos, fui a Jerusalém para ver a Pedro e fiquei com ele quinze dias.
¹⁹ E não vi a nenhum outro dos apóstolos, senão a Tiago, irmão do Senhor.
²⁰ Ora, acerca do que vos escrevo, eis que diante de Deus testifico que não minto.
²¹ Depois, fui para as partes da Síria e da Cilícia.
²² E não era conhecido de vista das igrejas da Judeia, que estavam em Cristo;
²³ mas somente tinham ouvido dizer: Aquele que já nos perseguiu anuncia, agora, a fé que, antes, destruía.
²⁴ E glorificavam a Deus a respeito de mim.
¹⁷ nem tornei a Jerusalém, a ter com os que já antes de mim eram apóstolos, mas parti para a Arábia e voltei outra vez a Damasco.
¹⁸ Depois, passados três anos, fui a Jerusalém para ver a Pedro e fiquei com ele quinze dias.
¹⁹ E não vi a nenhum outro dos apóstolos, senão a Tiago, irmão do Senhor.
²⁰ Ora, acerca do que vos escrevo, eis que diante de Deus testifico que não minto.
²¹ Depois, fui para as partes da Síria e da Cilícia.
²² E não era conhecido de vista das igrejas da Judeia, que estavam em Cristo;
²³ mas somente tinham ouvido dizer: Aquele que já nos perseguiu anuncia, agora, a fé que, antes, destruía.
²⁴ E glorificavam a Deus a respeito de mim.
INTRODUÇÃO
I. O EVANGELHO DE PAULO
A história de vida de uma pessoa tem importância. De onde ela veio,
o que aconteceu na sua vida, que adversidades enfrentou e que tipo de
acontecimentos moldaram o que a pessoa é hoje podem nos servir de exemplo.
Paulo se preocupa em estabelecer as suas credenciais narrando um pouco a sua
história, mas por um motivo nobre: falsos mestres que tinham ido à Galácia
tentavam desqualificar o seu ministério. É comum, em nossos dias, que um
indivíduo chegue a uma determinada posição na sociedade e que terceiros,
desconhecedores de sua história, o avaliem como alguém que teve sorte, que teve
ajuda, que no fundo não merece a posição que ocupa ou que a sua história não
corresponde à função em que está. Por isso, devemos ser cautelosos em nossas
opiniões, e pensar bastante antes de falar coisas, desconhecendo fatos. Paulo
não conta a sua história para impressionar os gálatas. Ele não faz com o
objetivo de comover os seus leitores, e sim para mostrar que ele tinha
autoridade para pregar e defender o Evangelho aos gentios. Histórias e testemunhos
sempre nos fazem lembrar de que as nossas lutas podem ser muito parecidas com
as de outros irmãos, e no caso de Paulo, é possível que os gálatas não
tivessem, quando foram evangelizados, conhecido com detalhes o seu passado como
perseguidor. A expressão “já ouvistes” é um indicativo de que Paulo falou um
pouco de sua história provavelmente enquanto os evangelizava, mas o que ele vai
descrever a seguir reforça a sua autoridade apostólica, visto que recebeu o
Evangelho do Senhor Jesus, e não de homem algum. Ele não fora comissionado pela
igreja de Jerusalém, mas pelo próprio Cristo.
2. Ele não pregou o Evangelho dos apóstolos de Jerusalém.
Que tipo de Evangelho Paulo
estava ensinando e pregando? O Evangelho é um só, mas judeus e gentios tinham
culturas distintas, e foi necessário mostrar que da mesma forma que o Evangelho
dos irmãos de Jerusalém tinha como fonte o Senhor Jesus, o dos gentios também
tinha o Senhor Jesus como fonte. A mensagem de Paulo não era diferente do
Evangelho dos apóstolos em Jerusalém, a base e origem da Igreja. A salvação
continuava sendo pela fé em Jesus, pois o Evangelho é o “poder de Deus para a
salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu, e do grego” (Rm 1.16).
Grupos culturais diferentes, mas o mesmo Evangelho da salvação. É possível que,
em nossos dias, haja pessoas que aleguem ter recebido uma nova mensagem da
parte do próprio Senhor Jesus. Entendemos que Deus pode nos trazer revelações
específicas por meio de dons do Espírito, mas nunca essas interações serão
contrárias ao que está escrito na Palavra de Deus.
3. O Evangelho que Paulo pregava havia sido aprovado pelos apóstolos em Jerusalém.
A
mensagem de Paulo, como já dissemos, era a mesma dos apóstolos, mas o público
era diferente. E os apóstolos de Jerusalém reconheceram o ministério de Paulo e
a mensagem que ele pregava, o apóstolo comenta que “deram-nos às destras, em
comunhão, comigo e com Barnabé, para que fôssemos aos gentios, e eles, à
circuncisão” (Gl 2.9).
SUBSÍDIO I
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evangelho conforme a carta de Paulo aos Gálatas︱Neweb ︱Compromisso com a Palavra
II. RELEMBRANDO O
PASSADO
1. Escolhido
por Deus.
Paulo fora escolhido, mesmo com o seu currículo questionável antes de
conhecer Jesus. O que ele fazia como perseguidor da Igreja é relatado por ele
mesmo quando discursa ao rei Agripa: “[...] E, havendo recebido poder dos
principais dos sacerdotes, encerrei muitos dos santos nas prisões; e, quando os
matavam, eu dava o meu voto contra eles” (At 26.10). Paulo se voltara contra os
seguidores de Jesus, e com autorização dos líderes judeus, prendeu muitos
crentes, e deu seu voto favorável até para a execução de alguns deles. Ele ainda
acrescenta: “E, castigando-os muitas vezes por todas as sinagogas, os obriguei
a blasfemar. E, enfurecido demasiadamente contra eles, até nas cidades
estranhas os persegui” (At 26.11). Como se fosse pouco o que havia feito, ele
se recorda de que utilizou as sinagogas como ambiente de castigo aos seguidores
de Jesus, e fez com que crentes chegassem a blasfemar do nome do Salvador. Ele
não limitou sua perseguição a Jerusalém, e relata que perseguiu cristãos até em
cidades que não faziam parte dos limites de Israel. É possível ser uma pessoa
cumpridora dos seus deveres, religiosa e, mesmo assim, detestar Jesus e a sua
Igreja.
2. Dias em Jerusalém.
Paulo menciona que esteve 15 dias em Jerusalém, e nesses dias,
esteve com Pedro e Tiago. Não nos é dito muito acerca desse tempo, mas a menção
dos nomes de Pedro e Tiago é importante, por serem colunas da Igreja (Gl 2.9 - ⁹ E conhecendo Tiago, Cefas e João, que eram considerados como as colunas, a graça que me havia sido dada, deram-nos as destras, em comunhão comigo e com Barnabé, para que nós fôssemos aos gentios, e eles à circuncisão;).
Os que se opuseram a Paulo até poderiam ignorá-lo ou descredibilizá-lo. Mas em
vez disso, não somente o receberam como também reconheceram que os gentios
poderiam ser alcançados pela sua pregação. Era uma forma clara de dizer que ele
não estava pregando sem o conhecimento da igreja de Jerusalém.
3. Pedro e Tiago.
Como vimos, Paulo faz menção de Pedro e Tiago, homens de Deus que
lideravam a igreja em Jerusalém. Essa menção fez com que os gálatas fossem
informados de que o apóstolo conhecia os ministros de Jerusalém, e que os
respeitava. Ele não se considerava superior a eles e pode não ter sido ordenado
apóstolo por eles, mas nunca os desprezou, pois na época em que eles começaram
o ministério apostólico, Paulo nem mesmo era convertido, razão pela qual jamais
poderia ser apóstolo no lugar de Judas. Deus havia reservado uma outra
perspectiva ministerial para Saulo.
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III. A DIFERENÇA DE UMA
VIDA TRANSFORMADA
1. Paulo,
desconhecido na Judeia.
Em sua defesa, o apóstolo comenta que não era
“conhecido de vista das igrejas da Judeia”. Diferente do que temos em nossos
dias, onde as redes sociais costumam expor as fotos dos donos de perfis
tornando-o conhecido, no primeiro século uma pessoa só seria conhecida se
aparecesse presencialmente em um lugar, se fosse uma figura pública ou se já
fosse conhecida anteriormente. Apesar de não ter seu rosto manifesto, Paulo
sabia que a sua fama de perseguidor chegara a vários lugares, inclusive na
Judeia.
2. Uma vida transformada.
Que poder é capaz de transformar a vida de uma pessoa? Por quais
experiências uma pessoa pode passar e fazer com que ela adquira um novo hábito,
uma nova perspectiva de vida? Existem formas, humanamente falando, com as quais
uma pessoa muda, como a de conclusão de um curso superior, a maternidade, a
formação militar, ou mesmo um desafio profissional. Em nossos dias, muitas
pessoas tomam tempo em nossos cultos contando, quando têm oportunidade, sobre o
seu passado. Passam bastante tempo falando as coisas que cometeram, e deixam
pouco espaço para falar o que Jesus fez. Se observarmos os escritos do
apóstolo, ele menciona, sim, parte da sua história, mas somente quando
estritamente necessário. As Cartas de Paulo no Novo Testamento se ocupam
extensivamente não da sua vida pessoal e do que ele era ou fazia antes do
Evangelho, mas sim do poder de Deus em sua vida e da forma como esse poder
estava disponível para salvar e transformar todos os homens. Não é difícil
qualificar uma pessoa pelas coisas que ela fez ou faz. Paulo tinha sido um
perseguidor até que se encontrou com Jesus. Não foram poucas as mazelas que ele
cometeu contra os santos e, num primeiro momento, a sua conversão foi colocada
em dúvida. Mas ele foi paciente e deixou que Deus tratasse do seu passado.
3. O que as pessoas dizem acerca de você?
Paulo diz que os irmãos da Judeia glorificavam a
Deus pela vida dele. Em que aspecto residia a alegria daqueles irmãos? No fato
de que a fé em Jesus Cristo havia alcançado o coração do perseguidor, e que ele
estava anunciando a fé. Apesar da fama que ele havia adquirido como algoz dos
santos, Deus havia mudado a sua história de perseguidor para perseguido. Paulo
era um fariseu que encontrou o seu Messias, e defenderia a sua mensagem até à
morte. Enquanto a igreja era perseguida por Paulo, Deus estava trabalhando. Foi
Ele que conduziu Saulo para estrada de Damasco. Os irmãos daquela localidade já
sabiam da sua fama, mas o que parecia ser uma extensão da perseguição dos
crentes que residiam em Damasco seria o ponto final na vida do perseguidor, que
seria transformado em perseguido por causa do Evangelho.
CONCLUSÃO
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evangelho conforme a carta de Paulo aos Gálatas︱Neweb ︱Compromisso com a Palavra
HORA DA REVISÃO
Paulo não conta a sua história para impressionar os gálatas. Ele não faz com o objetivo de comover os seus leitores, e sim para mostrar que ele tinha autoridade para pregar e defender o Evangelho aos gentios.
2. Os apóstolos de Jerusalém aprovaram o Evangelho pregado por Paulo?
Sim. Eles reconheceram o ministério de Paulo e a mensagem que ele pregava.
3. Por qual motivo os irmãos da Judeia deram graças a Deus?
Paulo diz que os irmãos da Judeia glorificavam a Deus pela vida dele. Em que aspecto residia a alegria daqueles irmãos? No fato de que a fé em Jesus Cristo havia alcançado o coração do perseguidor, e que ele estava anunciando a fé.
4. As Cartas de Paulo no Novo Testamento se ocupam extensivamente de quê?
As Cartas de Paulo no Novo Testamento se ocupam extensivamente não da sua vida pessoal e do que ele era ou fazia antes do Evangelho, e sim do poder de Deus em sua vida e da forma como esse poder estava disponível para salvar e transformar todos os homens.
5. Quem conduziu Saulo para a estrada de Damasco?
Enquanto a igreja era perseguida por Paulo, Deus estava trabalhando. Foi Ele que conduziu Saulo para estrada de Damasco.
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Pb. Rogério Faustino
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