TEXTO ÁUREO
“E, quando Pedro viu isto, disse ao povo: Varões israelitas, por que vos maravilhais disto? Ou, por que olhais tanto para nós, como se por nossa própria virtude ou santidade fizéssemos andar este homem?” (At 3.12).
“E, quando Pedro viu isto, disse ao povo: Varões israelitas, por que vos maravilhais disto? Ou, por que olhais tanto para nós, como se por nossa própria virtude ou santidade fizéssemos andar este homem?” (At 3.12).
VERDADE PRÁTICA
A verdadeira pregação bíblica consiste em dar testemunho de Cristo no poder do Espírito.
LEITURA DIÁRIA
Segunda — A necessidade da pregação.
²³ Mas nós pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus, e loucura para os gregos.
²⁴ Mas para os que são chamados, tanto judeus como gregos, lhes pregamos a Cristo, poder de Deus, e sabedoria de Deus.
²⁵ Porque a loucura de Deus é mais sábia do que os homens; e a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens.
1 Corintios 1.23-25
Terça — Chamados para pregar.
¹⁵ E disse-lhes: Ide por todo omundo, pregai o evangelho a toda criatura.
Marcos 16.15
Quarta —Ungido para pregar.
¹⁸ O Espírito do Senhor é sobre mim, Pois que me ungiu para evangelizar os pobres. Enviou-me a curar os quebrantados de coração,
Lucas 4.18
Quinta — Pregando Cristo.
¹⁶ Dizendo: Que havemos de fazer a estes homens? porque a todos os que habitam em Jerusalém é manifesto que por eles foi feito um sinal notório, e não o podemos negar;
Atos 4.16
Sexta — Um chamado ao arrependimento.
¹⁹ Respondendo, porém, Pedro e João, lhes disseram: Julgai vós se é justo, diante de Deus, ouvir-vos antes a vós do que a Deus;
Atos 4.19
Sábado — A ênfase da promessa abraâmica.
²⁵ Que disseste pela boca de Davi, teu servo: Por que bramaram os gentios, e os povos pensaram coisas vãs?
Atos 4.25
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Atos 3.11-19.
¹¹ E, apegando-se ele a Pedro e João, todo o povo correu atônito para junto deles no alpendre chamado de Salomão.
¹² E, quando Pedro viu isto, disse ao povo: Varões israelitas, por que vos maravilhais disto? Ou, por que olhais tanto para nós, como se por nossa própria virtude ou santidade fizéssemos andar este homem?
¹³ O Deus de Abraão, e de Isaque, e de Jacó, o Deus de nossos pais, glorificou a seu Filho Jesus, a quem vós entregastes e perante a face de Pilatos negastes, tendo ele determinado que fosse solto.
¹⁴ Mas vós negastes o Santo e o Justo e pedistes que se vos desse um homem homicida.
¹⁵ E matastes o Príncipe da vida, ao qual Deus ressuscitou dos mortos, do que nós somos testemunhas.
¹⁶ E, pela fé no seu nome, fez o seu nome fortalecer a este que vedes e conheceis; e a fé que é por ele deu a este, na presença de todos vós, esta perfeita saúde.
¹⁷ E agora, irmãos, eu sei que o fizestes por ignorância, como também os vossos príncipes.
¹⁸ Mas Deus assim cumpriu o que já dantes pela boca de todos os seus profetas havia anunciado: que o Cristo havia de padecer.
¹⁹ Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados, e venham, assim, os tempos do refrigério pela presença do Senhor.
HINOS DA HARPA CRISTÃ
Neweb Harpa Cristã - Compromisso com o louvor cristão1 Grata nova Deus proclama
Hoje, ao mundo pecador!
Doce nova revelada,
Lá na cruz do Salvador;
Cego e desviado, o homem,
Dos caminhos do Senhor,
Desconhece e desconfia
Deste Deus, o Deus de amor.
Grata nova, doce nova,
Vem dos lábios do Senhor;
Escutai com alegria:
Deus é luz, Deus é amor”.
2 Com ofertas e obras mortas,
Sacrifícios sem valor,
Enganado, pensa o homem,
Propiciar Seu Criador,
Meios de salvar-se inventa;
Clama, roga em seu favor,
A supostos mediadores,
Desprezando o Deus de amor.
3 Luz divina, resplandece!
Mostra ao triste pecador,
Que na cruz estão unidos
A justiça e o amor.
Fala aos corações feridos,
Mostra-te, Deus Salvador;
E sem fim, proclamaremos:
“Deus é luz! Deus é amor!”
Autor ou Tradutor: A.S Almeida Sobrinho
1 Deus amou de tal maneira
Este mundo sofredor.
Que à humanidade inteira,
Deus Seu Filho para Salvador.
E agora nunca mais perece
O que crê, mais vida eterna tem;
Quem em Cristo permanece.
Vai ser coroado além.
O pecado na cruz foi vencido,
Podes, pele fé, vencer também;
De justiça, ó sê vestido,
E receberás coroe além.
2 Prisioneiro do pecado,
Vagas sem esperança ter;
Mas Jesus foi enviado,
Para liberdade te trazer.
3 Tu que vives desviado
Sem a paz de Deus gozar,
Ouve a voz do Pai amado,
Que te espera para te abraçar.
Autor ou Tradutor: E.C Emílio Conde
1 Anelo eu ouvir a voz do meu bom Salvador,
Seus ditos um banquete são, banquete de amor
Qual o maná celestial, vigor me dão também,
Me trazem sempre instrução do Mestre de Belém.
As palavras do Senhor,
São palavras de vigor,
Me ensinam, me guiam,
Me trazem a luz, as palavras de Jesus.
2 Só as palavras de Jesus infundem-me valor,
Afastam do meu coração os males e a dor.
A mansidão do Salvador me fazem conhecer,
O gozo divinal do céu me trazem ao meu ser.
3 Em todo tempo meu Jesus, palavras me dirá,
Nas provas elas são meu bem, sua voz me alentará,
Minh’alma nelas tem a paz, quem pode me turbar,
Jesus me dá real festim me chama pra cear.
4 Lugar não há, nem haverá no mundo de horror.
Em que o perdido tenha paz a não ser no Senhor
Pois, as palavras que nos diz, são fonte de poder,
Pra todo pobre pecador, que humilhado crer.
Autor ou Tradutor: P.L.M Paulo Leivas Macalão
PLANO DE AULA
1. INTRODUÇÃO
A pregação do Evangelho é a marca de uma igreja fiel às Escrituras. Desde os primeiros dias da Igreja de Jerusalém, os apóstolos proclamavam a mensagem de Cristo com ousadia e no poder do Espírito Santo. A segunda pregação de Pedro, registrada em Atos 3, demonstra essa fidelidade ao Evangelho, enfatizando a centralidade de Cristo, o chamado ao arrependimento e a promessa de tempos de refrigério. A Igreja não pode se desviar desse compromisso, pois é por meio da pregação bíblica que o mundo é confrontado com a verdade de Deus e chamado à salvação.
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
I) Expor a importância da
pregação das Escrituras;
II) Demonstrar como o Espírito Santo capacita a igreja
a pregar com poder e autoridade;
III) Incentivar os alunos a pregarem uma
mensagem de esperança fundamentada na Palavra de Deus.
B) Motivação:
A pregação do Evangelho não é apenas
uma responsabilidade dos líderes da igreja, mas um chamado para todos os
crentes. Assim como Pedro, que mesmo sem grande formação acadêmica foi usado
poderosamente pelo Espírito Santo, cada cristão pode ser um porta-voz da mensagem
de Cristo. O que diferencia uma pregação eficaz não é a eloquência, mas a
fidelidade às Escrituras e a dependência do Espírito. Ao compreender essa
verdade, o (a) aluno(a) perceberá que também pode ser um instrumento nas mãos
de Deus para transformar vidas.
C) Sugestão de Método:
Para concluir a lição,
sugerimos que use o método da discussão orientada. Divida a turma em pequenos
grupos e peça que cada um identifique, na pregação de Pedro em Atos 3,
elementos essenciais de uma mensagem bíblica eficaz. Em seguida, incentive os
alunos a compartilharem como podem aplicar esses princípios ao evangelismo em
seu dia a dia. Finalize destacando a importância de pregar no poder do Espírito
Santo e ore com a classe, pedindo capacitação para testemunharem com ousadia.
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação:
Que a mensagem desta lição nos
impulsione a viver e pregar a Palavra com a mesma fidelidade e poder do
Espírito demonstrados por Pedro, para que outros encontrem esperança e
transformação em Cristo.
4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão.
Vale a pena conhecer
essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à
Lições Bíblicas Adultos. Na edição 102, p.37, você encontrará um subsídio
especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais:
Ao final do tópico, você
encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula:
1) O texto
“Testemunho: Pedro Proclama Jesus como Servo”, localizado depois do primeiro
tópico, aprofunda a respeito da pregação que revela Cristo;
2) No final do segundo
tópico, o texto “Cristo é glorificado”, aprofunda a respeito do poder da
pregação em que Cristo é glorificado.
INTRODUÇÃO
Palavra Chave: Pregação
I. A IGREJA QUE PREGA AS
ESCRITURAS
A Igreja deve pregar
as Escrituras, pois elas revelam Deus. A segunda pregação de Pedro, registrada
em Atos 3.11-26, é um grande exemplo disso. A mensagem do apóstolo é completamente
baseada nas Escrituras e coloca Deus no centro. Pedro usa trechos das Escrituras
para fundamentar sua pregação, citando Deuteronômio 18.15-19 (¹⁵O Senhor teu Deus te levantará um profeta do meio de ti, de teus irmãos, como eu; a ele ouvireis; ¹⁶ Conforme a tudo o que pediste ao Senhor teu Deus em Horebe, no dia da assembléia, dizendo: Não ouvirei mais a voz do Senhor teu Deus, nem mais verei este grande fogo, para que não morra. ¹⁷ Então o Senhor me disse: Falaram bem naquilo que disseram. ¹⁸ Eis lhes suscitarei um profeta do meio de seus irmãos, como tu, e porei as minhas palavras na sua boca, e ele lhes falará tudo o que eu lhe ordenar. ¹⁹ E será que qualquer que não ouvir as minhas palavras, que ele falar em meu nome, eu o requererei dele. )(v.23) e Gênesis
22.18 ( ¹⁸ E em tua descendência serão benditas todas as nações da terra; porquanto obedeceste à minha voz.) (v.25). Há também uma conexão como o Salmos 22.1-31 (v.18) e a Daniel
9.26 ( ²⁶ E depois das sessenta e duas semanas será cortado o Messias, mas não para si mesmo; e o povo do príncipe, que há de vir, destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim será com uma inundação; e até ao fim haverá guerra; estão determinadas as assolações.) (cf. v.18). Além disso, Pedro mostra que Deus sempre esteve presente e
agindo na história do seu povo (At 3.13 - ¹³ O Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó, o Deus de nossos pais, glorificou a seu filho Jesus, a quem vós entregastes e perante a face de Pilatos negastes, tendo ele determinado que fosse solto.), da mesma forma que os autores da
Bíblia falavam sobre a revelação de Deus ao longo dos tempos (cf. Gn 26.24 ( ²⁴ E apareceu-lhe o Senhor naquela mesma noite, e disse: Eu sou o Deus de Abraão teu pai; não temas, porque eu sou contigo, e abençoar-te-ei, e multiplicarei a tua descendência por amor de Abraão meu servo.);
28.13 ( ¹³ E eis que o Senhor estava em cima dela, e disse: Eu sou o Senhor Deus de Abraão teu pai, e o Deus de Isaque; esta terra, em que estás deitado, darei a ti e à tua descendência;); 31.42,53 ( ⁴² Se o Deus de meu pai, o Deus de Abraão e o temor de Isaque não fora comigo, por certo me despedirias agora vazio. Deus atendeu à minha aflição, e ao trabalho das minhas mãos, e repreendeu-te ontem à noite. ⁵³ O Deus de Abraão e o Deus de Naor, o Deus de seu pai, julgue entre nós. E jurou Jacó pelo temor de seu pai Isaque.; 32.9 ( ⁹ Disse mais Jacó: Deus de meu pai Abraão, e Deus de meu pai Isaque, o Senhor, que me disseste: Torna-te à tua terra, e a tua parentela, e far-te-ei bem;); Êx 4.5 (⁵ Para que creiam que te apareceu o Senhor Deus de seus pais, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó.) ; 1Rs 18.36 ( ³⁶ Sucedeu que, no momento de ser oferecido o sacrifício da tarde, o profeta Elias se aproximou, e disse: Ó Senhor Deus de Abraão, de Isaque e de Israel, manifeste-se hoje que tu és Deus em Israel, e que eu sou teu servo, e que conforme à tua palavra fiz todas estas coisas.); 1 Cr 29.18 ( ¹⁸ Senhor Deus de Abraão, Isaque, e Israel, nossos pais, conserva isto para sempre no intento dos pensamentos do coração de teu povo; e encaminha o seu coração para ti.) ; 2 Cr 30.6 ( ⁶ Foram, pois, os correios com as cartas, do rei e dos seus príncipes, por todo o Israel e Judá, segundo o mandado do rei, dizendo: Filhos de Israel, convertei-vos ao Senhor Deus de Abraão, de Isaque e de Israel; para que ele se volte para o restante de vós que escapou da mão dos reis da Assíria.); Sl 47.9 ( ⁹ Os príncipes do povo se ajuntam, o povo do Deus de Abraão; porque os escudos da terra são de Deus. Ele está muito elevado!)).
2. As Escrituras testemunham de Jesus.
As
Escrituras apontam para Cristo. Jesus disse que as Escrituras davam testemunho
dEle (Jo 5.39 - ³⁹ Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam;). Cristo é o centro da Bíblia. Essa era também a compreensão do
apóstolo Pedro. Segundo suas palavras, os profetas anunciaram antecipadamente o
sofrimento de Cristo (At 3.18 - ¹⁸ Mas Deus assim cumpriu o que já dantes pela boca de todos os seus profetas havia anunciado; que o Cristo havia de padecer.). A pregação de Pedro invocou o testemunho das
Escrituras para mostrar que a rejeição de Jesus e sua morte não foram por acaso
— já haviam sido preditas pelos antigos profetas.
3. As Escrituras confrontam o pecado.
A verdadeira
pregação também mostra o problema do pecado e o confronta (At 3.19 - ¹⁹ Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados, e venham assim os tempos do refrigério pela presença do Senhor, ). No texto
citado, Pedro usa o termo grego metanoéō, traduzido aqui como “arrependei-vos”.
Essa palavra, além do já conhecido sentido de “arrependimento”, significa
também mudança de mente e mudança interior, especialmente no que diz respeito à
aceitação da vontade de Deus. A pregação bíblica deve confrontar o pecado e
exige uma mudança radical dos seus ouvintes.
SINÓPSE
I
A grande atenção gerada pelo milagre dá a Pedro a oportunidade de
explicar que é o poder de Jesus que curou o homem. O que se segue é um sumário
de sua explicação do acontecimento maravilhoso e sua proclamação do Evangelho,
o qual focaliza a centralidade da cruz. Como o sermão no Dia de Pentecostes,
este segundo sermão (vv.12-26) tem sua base no kerigma cristão. Neste sermão,
Pedro também fala sobre a Segunda Vinda de Cristo e as bênçãos associadas com o
acontecimento. A cura foi feita simplesmente ‘em nome de Jesus Cristo’ (v.6). O
enfermo imediatamente fica forte sobre seus pés e tornozelos, e cada passo que
ele dá é um pulo de alegria pueril. O homem se agarra a Pedro e João. Seu
comportamento atrai uma multidão de pessoas, e ele lhes diz que Pedro e João
são responsáveis pela cura. As pessoas se juntam no alpendre de Salomão, uma varanda
situada ao longo do lado oriental do templo (cf. At 5.42; Jo 10.23). A
admiração das pessoas é direcionada aos dois apóstolos, como se eles tivessem
poder próprio para curar o homem. Pedro vira os pensamentos das pessoas na
direção certa. Ele nega que a santidade e poder dele e de João fortaleceram o
homem incapacitado. Antes, Pedro é somente um canal do poder extraordinário do
Espírito Santo, e indica para as pessoas a verdadeira fonte da cura
extraordinária — o Deus dos seus antepassados, o Deus dos grandes patriarcas
(Abraão, Isaque e Jacó); Pedro fez o milagre pelo ‘seu servo Jesus’ (ARA; ‘seu
Filho Jesus’, ARC)” (Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Volume 1.
Rio de Janeiro: CPAD, 2024, p.642).
Escola
Bíblica ︱3º Trimestre de 2025︱Adultos︱A igreja em Jerusalém:
Doutrina, comunhão e fé; a base para o crescimento da igreja em meio as
perseguições ︱Neweb ︱Compromisso com a Palavra
II. A IGREJA QUE PREGA
NO PODER DO ESPÍRITO
Não podemos
nos esquecer de que Pedro estava cheio do Espírito Santo quando pregou a
mensagem registrada em Atos 3. Isso fica evidente no uso do verbo grego
atenízō, traduzido como “fixar os olhos” na passagem: “E Pedro, com João,
fitando os olhos nele” (At 3.4). O estudioso Strong explica que, no Novo
Testamento, esse termo é usado para descrever momentos de revelação,
reconhecimento ou atenção especial, geralmente ligados a acontecimentos divinos
ou milagrosos.
2. “Fixar os olhos”.
Essa mesma expressão também é
usada para descrever o apóstolo Paulo, cheio do Espírito Santo, quando olhou
fixamente para um homem paralítico na cidade de Listra e o curou (At 14.9 - ⁹ Este ouviu falar Paulo, que, fixando nele os olhos, e vendo que tinha fé para ser curado, ). Da
mesma forma, aparece em Atos 13.9, (⁹ Todavia Saulo, que também se chama Paulo, cheio do Espírito Santo, e fixando os olhos nele, ) quando Paulo, cheio do Espírito Santo, fixou
os olhos no falso profeta Elimas para repreendê-lo. Retomando o episódio de
Pedro, isso nos mostra que ele não apenas estava capacitado para curar, mas
também estava ungido para pregar. O Espírito Santo é quem inspira e dá poder à
pregação da Palavra. Portanto, pregar não é apenas fazer um discurso! Pregar é
anunciar a mensagem de Deus com a autoridade e a unção do Espírito Santo.
3. O Espírito glorificará a Jesus.
Jesus disse que
o Espírito Santo o glorificaria (Jo 16.14 - ¹⁴ Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu, e vo-lo há de anunciar.). O Espírito nunca chama a atenção
para si mesmo, mas sempre aponta para Cristo. Isso é exatamente o que vemos na
cura do paralítico na Porta Formosa, em Atos 3. Pedro, cheio do Espírito Santo,
não poderia aceitar ser o centro das atenções. Ele deixou claro que o milagre
não aconteceu por seu próprio poder ou santidade; “Varões israelitas, por que
vos maravilhais disto? Ou, por que olhais tanto para nós, como se por nossa
própria virtude ou santidade fizéssemos andar este homem?” (At 3.12). Da mesma
forma, qualquer pregação que tira o foco de Cristo e coloca o homem no centro
não é uma pregação bíblica. Isso não passa de um discurso humano.
SINÓPSE
II
AUXÍLIO
BÍBLICO—TEOLÓGICO
“Pedro adverte o povo contra rejeitar os assuntos que ele está falando (vv.13-18) e o exorta para que se arrependa e creia em Jesus. Ele cita a famosa profecia de Moisés, na qual o Senhor prometeu que o futuro Messias seria profeta como Moisés (Dt 18.15-19; cf. Nm 11.29). Moisés é diferenciado de todos os outros profetas no ponto em que ele era libertador e regente sobre o povo de Deus. Como ele, Jesus é Libertador e Regente, mas a libertação que Ele dá é mais gloriosa, e seu senhorio será absoluto na sua Vinda: ‘E acontecerá que toda alma que não escutar esse profeta será exterminada dentre o povo’ (v.23). Ele é mais que profeta ungido pelo Espírito; Ele é o Messias prometido, o Salvador ressurreto e glorificado. Outros profetas do Antigo Testamento também falaram sobre o Salvador (v.24). Muitos deles predisseram ‘estes dias’ discutidos em Atos e os acontecimentos importantes no ministério de Jesus. Começando com Samuel, muitos dos profetas incluíram em sua mensagem um elemento de esperança futura. Pedro já citou muitas de suas predições, todas as quais acham seu cumprimento último e final em Jesus Cristo. Pedro faz um apelo final aos ouvintes como ‘filhos dos profetas’. Eles devem esperar que as promessas proféticas sejam cumpridas, e que serão pessoalmente abençoados quando elas forem cumpridas. Eles também são filhos ‘do concerto que Deus fez com nossos pais’. Deus fez este concerto primeiro com Abraão, e pelo concerto prometeu bênçãos aos descendentes de Abraão e a ‘todas as famílias da terra’ (v.25; cf. Gn 12.3; 22.18)” (Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Volume 1. Rio de Janeiro: CPAD, 2024, p.644).
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III. A IGREJA QUE PREGA
A ESPERANÇA VINDOURA
O apóstolo Pedro já havia exortado os seus ouvintes na sua primeira pregação a
salvarem-se daquela “geração perversa” (At 2.40 - ⁴⁰ E com muitas outras palavras isto testificava, e os exortava, dizendo: Salvai-vos desta geração perversa.). Agora, ele reconhece que
aquela era também uma geração “ignorante” (At 3.17 - ¹⁷ E agora, irmãos, eu sei que o fizestes por ignorância, como também os vossos príncipes.). Era uma cultura
indiferente e insensível para a realidade espiritual. Era, portanto, uma
geração sem esperança (1 Ts 4.13 - ¹³ Não quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos entristeçais, como os demais, que não têm esperança.). A insensibilidade às coisas espirituais é a
marca daqueles que não conhecem a Deus (1 Ts 4.5 - ⁵ Não na paixão da concupiscência, como os gentios, que não conhecem a Deus.). É a essas pessoas que a
mensagem da cruz deve ser pregada.
2. A promessa da Segunda Vinda.
Concluindo a sua
pregação, Pedro deixa uma mensagem de esperança: “e venham, assim, os tempos do
refrigério pela presença do Senhor” (At 3.19). Por um lado, os ouvintes do
apóstolo já podiam experimentar a bênção prometida a Abraão, que fora trazida
por Jesus, o Messias. Essa bênção, portanto, já era uma realidade. Por outro
lado, essas palavras de Pedro olham para o futuro, apontando para um
“refrigério” dos últimos dias que fora prometido a Israel. Trata-se da futura
“restauração de todas as coisas”. A Igreja, portanto, tem uma mensagem de
esperança para aqueles que estão sem esperança. É uma realidade que, no tempo
de Deus, se cumprirá.
SINÓPSE
III
CONCLUSÃO
Escola
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REVISANDO O CONTEÚDO
A pregação do apóstolo Pedro é baseada nas Escrituras. O apóstolo usou trechos das Escrituras para fundamentar sua pregação.
2. O que a pregação de Pedro invocou?
A pregação de Pedro invocou o testemunho das Escrituras para mostrar que a rejeição de Jesus e sua morte não foram por acaso, mas já haviam sido preditas pelos antigos profetas.
3. Como a expressão “fixar os olhos” é usada para descrever o apóstolo?
A expressão “fixar os olhos” é usada para descrever o apóstolo em momentos de revelação, reconhecimento ou atenção especial, geralmente ligados a acontecimentos divinos ou milagrosos, mostrando que Pedro não apenas estava capacitado para curar, mas também ungido para pregar.
4. Como podemos identificar uma pregação não bíblica?
Podemos identificar uma pregação não bíblica quando ela tira o foco de Cristo e coloca o homem no centro, não passando de um discurso humano.
5. De quem é a marca da insensibilidade espiritual?
A insensibilidade espiritual é a marca daqueles que não conhecem a Deus.
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Revista Ensinador Cristão
Caro(a)
professor(a), a paz do Senhor. Uma das carac- terísticas mais peculiares da igreja
do primeiro século era a sua fidelidade ao ensinamento sagrado de nosso Senhor Jesus
Cristo. Os primeiros anos da igreja são marcados por uma pregação cristocêntrica,
que consistia no chamado ao arrependimento e no testemunho público de que a Salvação
podia ser alcançada mediante a fé no sacrifício de nosso Senhor Jesus Cristo.
Diferente dos dias atuais, em que o apelo de muitas pregações tem sido para as necessidades
materiais e emocionais, a igreja primitiva prezava pelo ensino vivo e
transformador das Escrituras Sagradas, inspirada pelo Espírito de Deus. A
mensagem genuinamente pregada pelos nossos primeiros irmãos trazia consigo o
poder de convencer o ser humano do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.8). Os
testemunhos da Lei e dos Profetas fundamentaram a teologia apostólica e subsidiaram
os discípulos na pregação a respeito de Jesus ser o Messias prometido. Ao analisarmos
a primeira pregação de Pedro à multidão, identificaremos aspectos essenciais
que ratificam a na- tureza cristocêntrica da pregação primitiva (At 2.14-41).
Conforme discorre Lawrence O. Richards no Comentário Histórico-Cultural do Novo
Testamento (CPAD), "[...] os elementos essenciais são, simplesmente,
aquelas verdades que definem Jesus e sua obra e, sem elas, o Evangelho estaria
enfraquecido. Quais são essas verdades essenciais das quais depende a nossa
salvação? [...] O núcleo do Evangelho e da base de nossa fé é simplesmente
isto: o Jesus histórico morreu por nós, ressuscitou e assim se estabelece tanto
como Senhor quanto como Salvador. Estas verdades são confirmadas por predições
nas Escrituras do Antigo Testamento. Somente por meio de Jesus, e da fé em seu
nome, a salvação pode ser encontrada. Quando testificamos, são estas verdades
essenciais que deveremos ter em mente — e comunicá-las a todos tão claramente quanto
pudermos" (2007, p. 257). Partindo dessa premissa, a igreja atual precisa
refletir se está pregando o genuíno evangelho de nosso Senhor e Salvador Jesus
Cristo. Muitas pregações mais se parecem com discursos de autoajuda ou
confissão positiva. A pregação genuína do Evangelho deve ser, primeiramente, bíblica,
fiel à exposição do texto sagrado. O que, de fato, consolida uma vida cristã
saudável é o conhecimento da Palavra de Deus. Seus princípios são inspirados
pela ação do Espírito e, uma vez observados, servem de alimento espiritual indispensável
para o crescimento e amadurecimento da fé cristã. Que Deus nos ajude, enquanto
professores da Escola Dominical, a preservarmos o compromisso com os
ensinamentos da santa e únicaPalavra de Deus. Ela é suficiente!
Ensinador Cristão 27
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