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Lição 04: Quando a Criatura vale mais que o Criador

TEXTO ÁUREO

“Pois mudaram a verdade de Deus em mentira, e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador, que é bendito eternamente. Amém!” (Rm 1.25)

VERDADE PRÁTICA

A exaltação da criatura acima do Criador é a usurpação da glória divina pela mentira e vaidade humana.

LEITURA DIÁRIA

Segunda 1 Tm 4.2 A mentira aprisiona e cauteriza a consciência do ser humano.

Pela hipocrisia de homens que falam mentiras, tendo cauterizada a sua própria consciência;

1 Timóteo 4:2

Terça – Ef 2.3 Os que andam nos desejos da carne são filhos da ira.

Entre os quais todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros também.

Efésios 2:3

Quarta Jo 20.25,29 – O falso cristianismo cede espaço para o racionalismo e o ceticismo.

Disseram-lhe, pois, os outros discípulos: Vimos o Senhor. Mas ele disse-lhes: Se eu não vir o sinal dos cravos em suas mãos, e não puser o meu dedo no lugar dos cravos, e não puser a minha mão no seu lado, de maneira nenhuma o crerei.

Disse-lhe Jesus: Porque me viste, Tomé, creste; bem-aventurados os que não viram e creram.

João 20:25,29

Quinta Dt 6.1-9 A Bíblia possui um arcabouço de prática espiritual e social.

Estes, pois, são os mandamentos, os estatutos e os juízos que mandou o SENHOR vosso Deus para ensinar-vos, para que os cumprísseis na terra a que passais a possuir;

Para que temas ao Senhor teu Deus, e guardes todos os seus estatutos e mandamentos, que eu te ordeno, tu, e teu filho, e o filho de teu filho, todos os dias da tua vida, e que teus dias sejam prolongados.

Ouve, pois, ó Israel, e atenta em os guardares, para que bem te suceda, e muito te multipliques, como te disse o Senhor Deus de teus pais, na terra que mana leite e mel.

Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor.

Amarás, pois, o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças.

E estas palavras, que hoje te ordeno, estarão no teu coração;

E as ensinarás a teus filhos e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te e levantando-te.

Também as atarás por sinal na tua mão, e te serão por frontais entre os teus olhos.

E as escreverás nos umbrais de tua casa, e nas tuas portas.

Deuteronômio 6:1-9

Sexta – Êx 20.3-5 O ídolo é tudo o que se coloca no lugar de Deus.

Não terás outros deuses diante de mim.
Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra.
Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque eu, o Senhor teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos, até a terceira e quarta geração daqueles que me odeiam.

Êxodo 20:3-5

Sábado – GI 5.19 A concupiscência da carne caracteriza quem é dominado pelo pecado sexual.

Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: adultério, fornicação, impureza, lascívia,

Gálatas 5:19

Hinos Sugeridos, clique para ouvir:

370, Grato a Ti

Ó meu Senhor, dá-me mais gratidão,
Por tudo que Tu fizeste por mim
Por Tua graça no meu coração,
Que me encheu de ventura sem fim!

Mais grato a Ti, mais grato a Ti.
Mais consagrado, ó faz-me, Senhor!
Mais humilhado e cheio de amor
Faz-me mais grato a ti, mais grato a Ti!

De graça deste ao meu coração
A santidade, a paz e a fé;
Gozo celeste e consolação,
E liberdade de estar aos Teus pés.

O meu Senhor, Tu fizeste por mim,
O que ninguém poderia fazer;
Na cruz pregado verteste, assim,

Sangue, no qual sempre posso vencer!

Autor ou Tradutor: P.L.M Paulo Leivas Macalão

526, Grandioso És Tu

Senhor, meu Deus, quando eu, maravilhado,
Contemplo a tua imensa criação,
A terra e o mar e o céu todo estrelado
Me vêm falar da tua perfeição.

Então minh’alma canta a ti, Senhor:
– “Grandioso és Tu! – grandioso és Tu!”
Então minh’aima canta a ti, Senhor:
– “Grandioso és Tu! – grandioso és Tu!”

Quando as estrelas, tão de mim distantes,
Vejo a brilhar com vivido esplendor,
Relembro, oh! Deus, as glórias cintilantes
Que meu Jesus deixou, por meu amor!

Olho as florestas murmurando ao vento
E, ao ver que Tu plantaste cada pé,
Recordo a cruz, o lenho tão cruento,
E no teu Filho afirmo a minha fé.

E quando penso que Tu não poupaste
Teu Filho amado por amor de mim,
Meu coração, que nele Tu ganhaste,
Transborda, oh! Pai, de amor que não tem fim!

E quando Cristo, o amado meu, voltando,
Vier dos céus o povo seu buscar,
No lar eterno quero, jubilando,
A tua santa face contemplar.

Autor ou Tradutor: S.K.H Stuart K. Hine

598, Riquezas do Céu

Oh! buscai, não as riquezas
Deste mundo de incertezas!
As do Céu não têm tristezas:
Oh! buscai-as, sim, buscai!

Oh! buscai. não as loucuras
Que só trazem amarguras.
Mas as eternais venturas:
Oh! buscai-as, sim. buscai!

Oh! buscai Jesus primeiro,
Ao real, fiel Cordeiro!
Nele há gozo verdadeiro:
Oh! buscai-o, sim, buscai!

Sim, buscai Jesus bendito,
Seu amor é infinito,
Inefável, inaudito:
Oh! buscai-o, sim, buscai!

Oh! buscai a santidade,
A pureza, a caridade!
Com temor, com humildade,
Oh! buscai-as! sim, buscai!

De Jesus imitadores,
Sede bons trabalhadores!
E buscai os pecadores:
Oh! buscai-os, sim, buscai!

Com amor, a convidá-los.
Ide agora procurá-los,
Pois Jesus manda chamá-los:
Oh! buscai-os, sim, buscai!

Autor ou Tradutor: H.M.W H. Maxwell Wrigth

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Romanos 1.18-25

18 – Porque do céu se manifesta a ira de Deus sobre toda impiedade e injustiça dos homens que detêm a verdade em injustiça;

19 – porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lho manifestou.

20 – Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder como a sua divindade, se entendem e claramente se veem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis;

21 porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças; antes, em seus discursos se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu.

22- Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos.

23 – E mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis.

24 Pelo que também Deus os entregou às concupiscências do seu coração, à imundícia, para desonrarem o seu corpo entre si;

25 – pois mudaram a verdade de Deus em mentira e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador, que é bendito eternamente. Amém!

PLANO DE AULA

1- INTRODUÇÃO

O antropocentrismo (Etimologicamente, a palavra antropocentrismo se originou a partir do grego anthropos, que significa "humano", e kentron, que quer dizer "centro". É uma doutrina filosófica que coloca a figura do ser humano como o "centro do mundo".) é o conjunto de ações e de doutrinas filosóficas que colocam o ser humano no centro de todas as coisas. Também chamado de humanismo (O humanismo foi um movimento intelectual iniciado na Itália no século XV com o Renascimento e difundido pela Europa, rompendo com a forte influência da Igreja e do pensamento religioso da Idade Média, o teocentrismo. O humanismo significa valorizar o ser humano e a condição humana acima de tudo.) essa herança cultural do movimento histórico, político e social conhecido como Renascença, (Renascimento ou Renascença é o nome dado ao movimento de reforma artística, literária e científica que teve origem no século XIV na Itália e se espalhou para o resto da Europa, estando em vigor até o século XVI. Esta palavra também significa o ato de renascer e pode ser sinônimo de reformulação. Durante o Renascimento surgiu o Humanismo, que substituiu o teocentrismo (uma das características da Idade Média) pelo antropocentrismo, que colocou o Homem no centro do universo.)  vem se desdobrando desde o século XIV. Contudo, como sabemos, a verdadeira identidade humana não se encontra no antropocentrismo, mas nos ensinos das Escrituras Sagradas, cujo Criador Todo-Poderoso é soberano sobre todas as coisas.

2- APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO

A) Objetivos da Lição:

I) Identificar as consequências da irreligiosidade (Caráter de irreligioso; falta de religiosidade; irreligião.) e culto à criatura;

II) Compreender a origem histórica do humanismo e seus desdobramentos em nossa cultura;

III) Conhecer os tipos de autoi­dolatria e as orientações bíblicas para escapar desses males.

B) Motivação: 

Nesta lógica, refletiremos sobre como a relativização do primeiro mandamento ("Não terás outros deuses diante de mim. Êxodo 20:3; Não terás outros deuses diante de mim; Deuteronômio 5:7") pode adoecer toda a sociedade. Como movimento sociocultural, a influência do humanismo possui desdobramentos em diferentes esferas sociais, inclusive na eclesiástica. Portanto, é crucial vigiarmos o nosso caminho.

C) Sugestão de Método: 

Disponibilize alguns dicionários, tanto público quanto da língua portuguesa, e peça que alguns voluntários os abram em palavras-chave da lição, tais como: 

Renascentismo

Iluminismo

Humanismo

Antropocentrismo

Narcisismo

Hedonismo; etc. Após a leitura dos significados, pergunte aos alunos se eles identificam traços desses movimentos em nossa cultura. Em seguida, aprofunde a reflexão voltando-a para a nossa própria realidade, indagando-os de que maneira tais características podem ser percebidas em nosso ambiente eclesiástico. Permita alguns minutos de debate e inicie a exposição da lição.

3- CONCLUSÃO DA LIÇÃO

A) Aplicação: 

Esta lição nos convida a refletir sobre a tendência humana ao egocentrismo (Conjunto de atitudes ou comportamentos indicando que um indivíduo se refere essencialmente a si mesmo.) e a influência cultural dos ensinos da filosofia pós-modernista ( O pós-modernismo é um movimento artístico, filosófico e cultural da contemporaneidade e é caracterizado pelas mudanças científico-tecnológicas, disseminação dos meios de comunicação social e uso desenfreado das tecnologias.) centrados no homem, acima de seu Criador, assim como os perigos individuais e coletivos desse mal. Precisamos identificar as sutilezas de tal cilada, na qual caiu o próprio Diabo (Isaías 14.12-15) e hoje a utiliza com o mesmo propósito, de afastar o ser humano do Deus Todo-Poderoso.

4- SUBSÍDIO AO PROFESSOR

A) Revista Ensinador Cristão. 

Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 94, p.38, você encontrará um subsídio especial para esta lição.

B) Auxílios Especiais: 

Ao final do tópico, você encontrará os seguintes auxílios:

1) O texto “O Relativismo iniciado no Éden” expande a reflexão a respeito do Relativismo no primeiro tópico;

2) O texto “Humanismo: ‘A tradição de homens””, localizado no segundo tópico, enfatiza um alerta sobre o humanismo.

INTRODUÇÃO

A soberba (Soberba (do latim superbia, "arrogância") é o sentimento caracterizado pela pretensão de superioridade sobre as pessoas, levando a manifestações ostensivas de arrogância.) e a insensatez (Particularidade do que é insensato; desprovido de juízo; Ação que resulta da ausência de prudência; imprudência.) do homem ímpio o mantêm afastado da verdade de Deus. Com o advento da revolução do pensamento, o ser criado passou a priorizar cada vez mais a criatura em autoidolatria, (Amor exagerado de si próprio ou das próprias obras; culto ou adoração de si mesmo.) o coração perverso e a escolha pelos prazeres da carne colocaram a raça humana em inimizade contra Deus (2 Tm 3.4). A lição de hoje é um alerta acerca do que ocorre quando Deus deixa de ser a medida de todas as coisas (Rm 1.18).

PALAVRA CHAVE: ANTROPOCENTRISMO

I – O DESPREZO À VERDADE

1- A impiedade e a injustiça. 

O termo “impiedade” é a tradução do grego asebeia, que significa “ irreligiosidade”. Ele refere-se a decisão do ser humano de viver como se Deus não existisse (Sl 36.1; Jd 1.14,15). Já o vocábulo “injustiça” vem do grego adi­kia e significa “sem retidão”. A palavra carrega a ideia de não ser reto diante de Deus e nem com o próximo (2 Pe 2.15). Ambas as palavras revelam a situação geral da humanidade não regenerada (Rm 1.18), sua idolatria, o culto a criatura (Rm 1.19-23), a perversidade e a depravação moral (Rm 1.25-32) que expressam a decisão deliberada do homem em des­prezar a verdade divina (Rm 1.19,20). Essa investida contra o temor a Deus e a relativização do pecado aprisiona e cauteriza a consciência humana (1Tm 4.2). Tais ações provêm da recusa do homem em glorificar o Criador (Rm 1.21).

2- A insensatez humana. 

O apóstolo Paulo assegura que a revelação geral de Deus, por meio da natureza, faz com que o ser humano possua o conhecimento sobre o Criador (Rm 1.19,2oa). Por isso, ninguém pode ser indesculpável acerca da realidade divina nem de seu eterno poder (Rm 1.20b). Não obstante, mesmo em contato diário com essa revelação, o homem iníquo não glorifica a Deus nem lhe rende graças (Rm 1.21a). Em lugar de reconhecer o Criador, o ser criado age como se não fosse criatura e se comporta como se fosse divino (Gn 3.5). Por causa das especulações pretensiosas de seu coração e de sua auto idolatria, tanto o seu raciocínio quanto o seu intelecto em relação à verdade tornam-se inúteis (Rm 1.21b). Suas ideologias rejeitam, pervertem e substituem a verdade de Deus pela mentira do homem. Dessa insensatez resulta a idolatria e a perversão moral (Rm 1.22-25).

3- O culto a criatura. 

Ao rejeitar a Deus e suas leis, os “filhos da ira” (Ef 2.3) são deixados à mercê de seus desejos pecaminosos, dentre eles: a impureza sexual e a degradação do próprio corpo (Rm 1.24). Aqui o texto bíblico ratifica a anunciada ira de Deus sobre a impiedade e a injustiça dos homens (Rm 1.18). A corrupção moral do ser humano deriva de sua rebelião contra Deus. Sua natureza caída troca a verdade pelo engano e prefere honrar e servir a criatura em lugar do seu Criador (Rm 1.25a). Assim, na religião os seres criados passam a ser cultuados; nas ciências, a matéria é colocada acima de Deus; na sociedade, o artista, o atleta, o político ou o líder religioso se tornam uma referenda de idolatria em afronta ao Criador, que é bendito eternamente (Rm 1.25b).

SINOPSE I

A perversão moral do homem em desprezar a verdade divina o deixa à mercê de seus desejos.

AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO

O Relativismo iniciado no Éden

“Adão e Eva tentaram ser iguais a Deus e determinar os próprios padrões (veja o v.5, nota). Até certo ponto, eles conseguiram tomar-se independentes de Deus e capazes de distinguir, por si mesmos, o bem do mal.

(1) Neste mundo, o juízo imper­feito e pervertido dos homens frequentemente decide o que é bom ou mau. Essa, porém, nunca foi a vonta­de de Deus. Ele pretendia que nós conhecêssemos apenas o bem, confiando nEle e na sua Palavra.

(2) Todos os que aceitam o perdão de Deus e confessam que Ele é o Senhor – o líder amoroso de suas vidas – retomam ao propósito original estabelecido por Deus para eles. Eles confiam na Palavra de Deus para determinar o que é bom, certo e verdadeiro” (Bíblia de Estudo Pentecostal. Edição do Global. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, p.15).

II – A REVOLUÇÃO DO PENSAMENTO HUMANO

1- Renascentismo. 

A Renascença é um movimento intelectual que surgiu na Europa Ocidental, entre os séculos XIV e XVI. A característica desse movimento foi o seu profundo racionalismo (O Racionalismo é uma corrente filosófica que traz como argumento a noção de que a razão é a única forma que o ser humano tem de alcançar o verdadeiro conhecimento por completo. O filósofo, físico e matemático René Descartes foi um dos principais difusores dos pensamentos ligados a essa teoria.), ou seja, tudo devia ter uma explicação racional. Os renascentistas recusavam-se acreditar em qualquer coisa que não pudesse ser comprovada racionalmente. Durante esse período, que coincide com o início da Idade Moderna, que os historiadores marcam a partir da tomada dos otomanos pelos turcos em 1453 até 1789 (Revolução Francesa), a visão teocêntrica (em que Deus era a medida de todas as coisas) foi mudada por uma concepção antropocêntrica (em que o homem se tomava a única medida de todas as coisas). No lugar de ver o mundo a partir das lentes do Criador, os homens passaram a enxergá-lo a partir das lentes da criatura. Assim, surgiram os primeiros efeitos do processo de secularização da cultura, quando a vida social passou a ceder o espaço para o racionalismo e o ceticismo (A palavra ceticismo vem do grego “sképsis” que significa “exame, investigação”. Ceticismo é uma corrente filosófica fundada pelo filósofo grego Pirro (318-272 a.C.), caracterizada, essencialmente, por duvidar de todos os fenômenos que rodeiam o ser humano. Atualmente, a palavra designa aquelas pessoas que duvidam de tudo e não acreditam em nada, cético; "que ou aquele que não confia, duvida; descrente.") (Jo 20.25,29). Nesse sentido, a revolução científica e literária, que se deu a partir do Renascimento, contribuiu para o surgimento do Humanismo.

2- Humanismo. 

A Itália foi o principal centro humanista nos fins do século XV. Para o movimento humanista, a ética e a moral dependem do homem. Assim, a criatura passou a ser a base de todos os valores, e não o Criador. Os humanistas aprofundaram seus estudos na história antiga a fim de desconstruir os livros sagrados. De positivo, destaca-se a valorização dos direitos do indivíduo. Porém, esta não é uma bandeira própria do humanismo. A Bíblia possui um arcabouço de concepções de liberdade e de igualdade (Dt 6.1-9) que antecedem muitos direitos que apareceram nos tempos modernos. Destaca-se, ainda, que a Escritura ensina a igualdade entre raças, classe social e de gênero (GI 3.28).

3- Iluminismo e Pós-modernismo. 

O Iluminismo surgiu na Europa, entre os séculos XVII e XVIII. Seus adeptos rejeitavam a tradição, buscavam respostas na razão, entendiam que o homem era o senhor do seu próprio destino e que a igreja era uma instituição dispensável. Já a Pós-modernidade, ou Modernidade Líquida, surge a partir da metade do século XX. Sociólogos observam que a sociedade deixou de ser “sólida” e passou a ser “liquida”. Isso quer dizer que os valores que eram “absolutos" tornaram-se “relativos”. Nesse aspecto, a coletividade foi substituída pelo egocentrismo em que os relacionamentos se tornaram superficiais. Nesse contexto, os dois grandes imperativos que marcam esse movimento foram o hedonismo e o narcisismo. Na busca do bem-estar humano tudo se torna válido, tais como: o uso das pessoas, o abuso do corpo, a depravação e o consumismo desenfreado.

SINOPSE II

O desdobramento histórico e cultural do Renascimento culmina na relativização dos valores divinos.

AUXÍLIO TEOLÓGICO

HUMANISMO: A TRADIÇÃO DOS HOMENS

"2. O que ensina o humanismo?

Segundo essa filosofia, que inclui a ‘tradição dos homens’ a que se referia Paulo, o homem e o universo são apenas originários da energia que se transformou em matéria, por obra do acaso. 

É a filosofia irmã do evolucio­nismo biológico. Nega a existência de um Deus pessoal e infinito; nega ser a Bíblia a revelação inspirada de Deus a raça humana. 

Para o humanismo, o homem é o seu próprio deus; o homem pode melhorar e evoluir, segundo tais preceitos, por meio da educação, redistribuição econômica, psicologia moderna ou sabedoria humana. 

O humanismo é relativista, pois crer que padrões morais não são absolutos, e sim relativos e determinados por aquilo que faz as pessoa sentirem-se felizes… ensina que o homem não deve ficar preso a idéia de Deus” (RENOVATO, Elinaldo. Colossenses. Serie Comentário Bíblico. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, pp.90-91).

III – TIPOS DE AUTO IDOLATRIA

1- Idolatria da autoimagem. 

A idolatria é tudo o que se coloca no lugar da adoração a Deus (Ex 20.3-5). Nesse caso, podemos dizer que o culto à auto imagem é uma forma de idolatria. Enquanto Cristo reflete a imagem de Deus (Hb 1.2,3), o narcisismo humano reflete a natureza do pecado (Jo 8.34). O apóstolo Paulo retrata o homem caído como uma pessoa egoísta: amante de si mesmo; avarenta: amante do dinheiro; odiosa: sem amor para com o próximo; rebelde: sem amor para com Deus; e hedonista: amante dos deleites (2 Tm ). Desse modo, uma pessoa não regenerada terá a necessidade de autopromover-se, desenvolvendo uma opinião elevada de si mesmo (Lc 18.11). Ela também anseia por reconhecimento e de modo ilícito, busca estar sempre em evidência (Lc 22.24-26). Contrária a auto idolatria, a Bíblia ensina que a primazia é de Cristo, não do homem (Jo 3.30).

2- Idolatria no coração. 

O coração se refere às emoções, à vontade e ao centro de toda personalidade (Rm 9.2; 10.6; 1 Co 4.5). Ele também é descrito como enganoso e perverso (Jr 17.9), pois do seu interior saem os maus pensamentos, as imoralidades, a avareza, a soberba e a insensatez (Mc 7.21,22). Em vista disso, Deus condena a adoração de ídolos no coração (Ez 14.3). Infelizmente, algumas pessoas chegam a aparentar que adoram a Deus, mas na verdade servem aos ídolos em seus corações (Mt 15.8). Assim, quem não teme a Deus, traz a idolatria no seu íntimo quando prioriza a reputação pessoal, busca o prazer como bem maior, nutre tendências supersticiosas e possui excessivo apego aos bens materiais. Ao contrário dessa postura, a fim de não pecar, somos advertidos a guardar a Palavra de Deus no coração (Sl 119.11).

3- Idolatria sexual. 

A falha no controle dos impulsos sexuais está associada a sensualidade (Rm 1.27), imoralidade (Rm 13.13 – NVI) e libertinagem (2 Co 12.21 – NVI). A concupiscência da carne caracteriza quem é dominado pelo pecado sexual (Gl 5.19). Não se trata apenas da prática do ato imoral, mas da busca intencional e compulsiva pelo prazer sexual ilícito (Rm 1.26,27; 1 Co 6.15). É o altar da idolatria sexual edificado no coração (Mc 7.21). Então, a adoração a Deus é trocada pelo culto ao corpo a fim de satisfazer o ídolo da perversão e da lascívia por meio de pecados (1 Pe 4.3 – NAA). A orientação bíblica para escapar desse mal é a seguinte: “vivam no Espírito e vocês jamais satisfarão os desejos da carne" (Gl 5.16 – NAA).

SINOPSE III

A auto idolatria pode se manifestar de muitas formas, inclusive travestida de religiosidade.

CONCLUSÃO

A corrupção da raça humana é o des­fecho de sua rebelião à verdade divina. A impiedade e a ausência de retidão resultaram em teorias de autossuficiência em que a criatura se ergue acima de seu Criador. Ao se colocar como medida única de todas as coisas, o homem eleva seu interesse acima da vontade divina. As consequências são a auto idolatria, a depravação moral, a decadência social e espiritual. Não obstante, a Escritura alerta que a ira divina permanece sobre os que são desobedientes à verdade divina (Rm 2.8).

REVISANDO O CONTEÚDO

1- Explique as palavras “impiedade,, e “injustiça” de acordo com a lógica. 

R. O termo “impiedade” é a tradução do grego asebeia, que significa “irreligio­sidade”. Ele refere-se a decisão do ser humano de viver como se Deus não existisse (SI 36.1; Jd 1.14,15). Já o vocábulo “injustiça” vem do grego adikia e significa “sem retidão”. A palavra carrega a ideia de não ser reto diante de Deus e nem com o próximo (2 Pe 2.15).

2- O que acontece com as pessoas que rejeitam a Deus e suas leis? 

R. Ao rejeitar a Deus e suas leis, os “filhos da ira” (Ef 2.3) são deixados à mercê de seus desejos pecaminosos, dentre eles: a impureza sexual e a degradação do próprio corpo (Rm 1.24).

3- Cite pelo menos dois movimentos que marcam a revolução no pensamento humano. 

R. Renascentismo / Humanismo.

4- Quais são as características de quem não teme a Deus? 

R. Quem não teme a Deus traz a idolatria no seu interno quando prioriza a reputação pessoal, busca o prazer como bem maior, nutre tendências supersticiosas e possui excessivo apego aos bens materiais.

5- Qual é a orientação bíblica para escapar do mal da idolatria sexual? 

R. A orientação bíblica para escapar desse mal é a seguinte: “vivam no Espírito e vocês jamais satisfarão os desejos da carne” (Gl 5.16 – NAA).

VOCABULÁRIO

Hedonismo: dedicação ao prazer dos sentidos, o prazer como estilo de vida.

Matéria: qualquer substância que compõe um corpo sólido, líquido ou gasoso; substância corpórea de determinada natureza.

Narcisismo: amor pela própria imagem.

Ideologia: conjunto de convicções filosóficas, sociais, políticas etc. de um indivíduo ou grupo de indivíduos.

Pb. Rogério Faustino

Neweb

Compromisso com a Palavra

Acompanhe todos os slides da lição clicando aqui

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