TEXTO PRINCIPAL
“E Daniel assentou no seu coração não se contaminar com a porção do manjar do rei, nem com o vinho que ele bebia; portanto, pediu ao chefe dos eunucos que lhe concedesse não se contaminar.” (Dn 1.8)
RESUMO DA LIÇÃO
A fidelidade a Deus implica em força de caráter e conduta íntegra para preservar os valores da vida cristã.
LEITURA SEMANAL
SEGUNDA – 1Pe 3.16 Uma boa consciência.
“E Daniel assentou no seu coração não se contaminar com a porção do manjar do rei, nem com o vinho que ele bebia; portanto, pediu ao chefe dos eunucos que lhe concedesse não se contaminar.” (Dn 1.8)
A fidelidade a Deus implica em força de caráter e conduta íntegra para preservar os valores da vida cristã.
SEGUNDA – 1Pe 3.16 Uma boa consciência.
¹⁶ Tendo uma boa consciência, para que, naquilo em que falam mal de vós, como de malfeitores, fiquem confundidos os que blasfemam do vosso bom porte em Cristo.
1 Pedro 3.16
TERÇA – 2Tm 1.7 Deus não nos deu o Espírito de temor.
⁷ Porque Deus não nos deu o espírito de temor, mas de fortaleza, e de amor, e de moderação.
2 Timóteo 1.7
QUARTA – Lc 16.10 Fidelidade em tudo.
¹⁰ Quem é fiel no mínimo, também é fiel no muito; quem é injusto no mínimo, também é injusto no muito.
Lucas 16.10
QUINTA – Pv 11.3 A sinceridade dos íntegros.
³ A sinceridade dos íntegros os guiará, mas a perversidade dos aleivosos os destruirá.
Provérbios 11.3
SEXTA – 1 Pe 3.16 Com mansidão e temor.
¹⁶ Tendo uma boa consciência, para que, naquilo em que falam mal de vós, como de malfeitores, fiquem confundidos os que blasfemam do vosso bom porte em Cristo.
1 Pedro 3.16
SÁBADO – Ef 5.26 Purificando pela Palavra.
ANALISAR a decisão de Daniel de não participar do banquete do rei;
REFLETIR sobre o firme propósito de Daniel de não se contaminar;
MOSTRAR o resultado da fidelidade a Deus.
Prezado(a) professor(a), um dos aspectos mais notáveis no livro de Daniel é que a sua ênfase inicial não recai nas profecias, mas nas experiências e demonstração de força de caráter dos jovens hebreus, isso realça que a verdadeira espiritualidade começa em um interior transformado que se recusa a se contaminar. Nesta lição, veremos como Daniel rejeitou decisivamente participar da farta comida real, para preservar a pureza e manter a sua Lealdade exclusivamente a Deus. Tudo começou com o compromisso enraizado em seu coração, uma referência bíblica ao centro do pensamento e emoções humanas, É relevante destacar, nessa aula, que agir como Daniel implica ter a mente de Cristo (2 Co 2.16). Ela decorre de uma vida transformada, de sorte que nossos pensamentos e a nossa visão de mundo são direcionados pela vontade do Senhor.
Prezado(a) professor(a), para contextualizar o ensino desta Lição, escreva no recurso visual disponível em sala de aula (quadro, flip-chat, data show) a palavra ‘APATEÍSMO‘. Pergunte aos alunos se já ouviram este termo. Depois, explique que se trata de uma junção das palavras “apatia” e “ateísmo/ateísmo”, e representa uma postura de desinteresse e desprezo em relação a crença ou descrença em Deus. O apateísmo não é um tipo de crença ou uma visão de mundo, mas uma atitude de indiferença em relação às questões espirituais. É cada vez mais comum entre jovens, até mesmo dentro da igreja. Conclua destacando que os jovens hebreus não foram apáticos em nenhum momento, mas demonstraram paixão e fervor espiritual.
Daniel 1.11-16
¹¹ Então, disse Daniel ao despenseiro a quem o chefe dos eunucos havia constituído sobre Daniel, Hananias, Misael e Azarias.
¹² Experimenta, peço-te, os teus servos dez dias, fazendo que se nos dêem legumes a comer e água a beber.
¹³ Então, se veja diante de ti a nossa aparência e a aparência dos jovens que comem a porção do manjar do rei, e, conforme vires, te hajas com os teus servos,
¹⁴ E ele conveio nisso e os experimentou dez dias.
¹⁵ E, ao fim dos dez dias, apareceram os seus semblantes melhores: eles estavam mais gordos do que todos os jovens que comiam porção do manjar do rei.
¹⁶ Desta sorte, o despenseiro tirou a porção do manjar deles e o vinho que deviam beber e lhes dava legumes.
INTRODUÇÃO
I – O BANQUETE DO REI
Durante o período de treinamento para o serviço da corte, os jovens cativos estariam submetidos a uma dieta diária específica (Dn 1.5 - ⁵ E o rei lhes determinou a porção diária, das iguarias do rei, e do vinho que ele bebia, e que assim fossem mantidos por três anos, para que no fim destes pudessem estar diante do rei.), Eles deveriam se alimentar da mesma refeição que era servida ao rei. Para o senso natural isso seria uma grande oportunidade, O simples fato de não precisarem fazer a própria comida já seria uma boa notícia, não é mesmo? Além disso, eles teriam o privilégio de desfrutar dos banquetes reais e da melhor comida e bebida servidas no palácio. Poderia parecer para alguns a chance perfeita de adquirir status. Daniel, porém, era um jovem espiritual, e seu coração não estava na satisfação momentânea. Seu propósito não era agradar o rei da Babilônia, mas o Rei do Universo.
O texto bíblico ressalta que Daniel propôs em seu coração não se contaminar com as finas iguarias do rei, nem com o vinho que ele bebia, pedindo que ele e seus amigos fossem dispensados (Dn 2.8 - ⁸ Respondeu o rei, e disse: Percebo muito bem que vós quereis ganhar tempo; porque vedes que o assunto me tem escapado.). Eles se alimentavam somente de legumes. Foi uma decisão convicta e com firmeza. Antes de dizerem “não” ao rei, os quatro rapazes haviam dito ‘sim’ a Deus. Antes de expressar em palavras o que queriam, eles estavam preparados para se absterem da contaminação. Foi a manifestação de uma fé firme e sincera (1 Pe 3.16 - ¹⁶ Tendo uma boa consciência, para que, naquilo em que falam mal de vós, como de malfeitores, fiquem confundidos os que blasfemam do vosso bom porte em Cristo.; 5.9 - ⁹ Ao qual resisti firmes na fé, sabendo que as mesmas aflições se cumprem entre os vossos irmãos no mundo.; 2Tm 1.5 - ⁵ Trazendo à memória a fé não fingida que em ti há, a qual habitou primeiro em tua avó Lóide, e em tua mãe Eunice, e estou certo de que também habita em ti.). A recusa em participar dos manjares foi um ato de bravura prudente. A vida deles estava em perigo, mas mesmo assim, manifestaram o protesto, Uma fé verdadeira não compactua com a covardia (2Tm 1.7 - ⁷ Porque Deus não nos deu o espírito de temor, mas de fortaleza, e de amor, e de moderação.). Infelizmente, o medo da rejeição social tem levado muitos ao fracasso espiritual, negando a fé e os valores cristãos.
Para alguns, aceitar uma simples refeição ou um pequeno convite não faz qualquer diferença. Eles poderiam pensar em ter feito somente essa concessão, acreditando – como muitos – que não haveria maiores repercussões na vida: ‘Não tem problema fazer só isso’. Talvez, eles estivessem sendo exagerados com a decisão, muitos poderiam dizer. Contudo, eles sabiam que pequenas decisões provocam grandes consequências (Gl. 6.7 - ⁷ Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará.). Tinham consciência que ceder um pouco seria abrir a porta para o pecado entrar.
[…] A igreja permanece verdadeira ao seu caráter, preservando sua distinguibilidade. Ela não faz nenhum favor à sociedade adaptando-se à cultura popular prevalecente, porque falha em sua tarefa justamente no ponto em que deixa de ser ela mesma. A igreja não tem uma ética social mas é uma ética social, […] na medida em que é uma comunidade que pode ser claramente distinta do mundo. Pois o mundo não é uma comunidade e não tem tal história, visto que está baseado na pressuposição de que os seres humanos, e não Deus, governam a história. Quando a igreja adota uma ética moral formada pela cultura popular prevalecente, está negando sua natureza. Antes, a igreja tem de expressar a ética social que já encarna: tem de transmitir a história de Cristo, uma história que continuamente causa impacto nas relações sociais dos seres humanos.’ (Panorama do Pensamento Cristão. Rio de Janeiro: CPAD, 2001, p.314.)
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1- Contra a contaminação.
Apesar da ausência de detalhes no relato, há diversas razões para Daniel ter se recusado a comer da mesma refeição do rei, O sentido original da palavra ‘contaminar’ indica algo impuro ou manchado. Eles queriam se manter puros. A primeira explicação estaria no cuidado dos jovens em não violar as leis alimentares estabelecidas aos israelitas (Lv 11; 17.11 - ¹¹ Porque a vida da carne está no sangue; pelo que vo-lo tenho dado sobre o altar, para fazer expiação pelas vossas almas; porquanto é o sangue que fará expiação pela alma.). Os alimentos também poderiam ter sido sacrificados aos ídolos, ou de algum modo faziam parte de rituais do paganismo babilônico, contrariando a lei mosaica (Dt 6.13-15 - ¹³ O Senhor teu Deus temerás e a ele servirás, e pelo seu nome jurarás. ¹⁴ Não seguireis outros deuses, os deuses dos povos que houver ao redor de vós; ¹⁵ Porque o Senhor teu Deus é um Deus zeloso no meio de ti, para que a ira do Senhor teu Deus se não acenda contra ti e te destrua de sobre a face da terra.).
II- O FIRME PROPÓSITO DE
NÃO SE CONTAMINAR
Apesar da ausência de detalhes no relato, há diversas razões para Daniel ter se recusado a comer da mesma refeição do rei, O sentido original da palavra ‘contaminar’ indica algo impuro ou manchado. Eles queriam se manter puros. A primeira explicação estaria no cuidado dos jovens em não violar as leis alimentares estabelecidas aos israelitas (Lv 11; 17.11 - ¹¹ Porque a vida da carne está no sangue; pelo que vo-lo tenho dado sobre o altar, para fazer expiação pelas vossas almas; porquanto é o sangue que fará expiação pela alma.). Os alimentos também poderiam ter sido sacrificados aos ídolos, ou de algum modo faziam parte de rituais do paganismo babilônico, contrariando a lei mosaica (Dt 6.13-15 - ¹³ O Senhor teu Deus temerás e a ele servirás, e pelo seu nome jurarás. ¹⁴ Não seguireis outros deuses, os deuses dos povos que houver ao redor de vós; ¹⁵ Porque o Senhor teu Deus é um Deus zeloso no meio de ti, para que a ira do Senhor teu Deus se não acenda contra ti e te destrua de sobre a face da terra.).
A razão mais aceita para motivar a recusa dos jovens, liderados por Daniel, seria o cuidado para não partilhar habitualmente a mesa com o rei. Na antiguidade, participar da mesma refeição era um ato que demonstrava comunhão, algo que Daniel não estava disposto a fazer. Sua fidelidade era inteiramente a Deus. Uma coisa é o crente se relacionar socialmente com descrentes e pessoas que não possuem as mesmas convicções que as suas, outra é manter comunhão. O apóstolo Paulo, igualmente, adverte sobre o cuidado que devemos ter com quem nos associamos (2 Co 5.9-11 - ⁹ Pois que muito desejamos também ser-lhe agradáveis, quer presentes, quer ausentes. ¹⁰ Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem, ou mal. ¹¹ Assim que, sabendo o temor que se deve ao Senhor, persuadimos os homens à fé, mas somos manifestos a Deus; e espero que nas vossas consciências sejamos também manifestos.). Isso nos leva a refletir sobre as pessoas com quem convivemos. São pessoas que nos inspiram para o bem e querem o melhor para as nossas vidas? Ou são pessoas tóxicas cuja proximidade poderá nos destruir? Até nos relacionamentos é preciso ser firme para evitar contaminações (1 Co 15.33. - Não vos enganeis: as más conversações corrompem os bons costumes.)
Ao formular o pedido a Aspenaz, Daniel foi firme e ao mesmo tempo gentil. Isso foi uma atitude de sabedoria e educação. Ao defendermos a nossa fé diante dos outros devemos ser mansos e educados (1 Pe 3.15 - ¹⁵ Antes, santificai ao Senhor Deus em vossos corações; e estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós,). Coragem sem prudência e tolice. Outro aspecto importante a ser observado nesse episódio é que Deus concedeu a Daniel misericórdia (Dn 1.9 - ⁹ Ora, Deus fez com que Daniel achasse graça e misericórdia diante do chefe dos eunucos.). A Bíblia está mostrando, mais uma vez, que tudo o que alcançamos na vida deve-se ao favor divino, a sua imensa graça. Apesar de todo empenho e dedicação de Daniel, todo o mérito estava no Senhor.
“Pelo fato de ser uma atitude de vida, manifesto pela apatia religiosa e espiritual, o apateísmo pode aparecer até mesmo naqueles que afirmam pertencer a alguma fé. Um estudo recente da Lifeway Research descobriu que a apatia dentro da igreja foi citada como o desafio mais comum enfrentado pelos pastores hoje. Realizada em 2021, a pesquisa apontou que 75% dos pastores pesquisados listaram “apatia ou falta de compromisso das pessoas” quando solicitados a identificar aquela “dinâmica das pessoas” que consideram desafiadora em seu ministério. De fato, a apatia pode manifestar-se na vida daquele que se diz cristão. Embora se declare crente, ele deixa de frequentar a igreja e de ter comunhão com os irmãos. Embora seja membro da igreja, não se preocupa em aplicar os princípios morais e espirituais das Sagradas Escrituras em sua prática de vida pessoal[, familiar e profissional, como resultado não das fragilidades humanas, mas pela falta de compromisso e desinteresse em viver como um seguidor de Cristo. Neste horizonte, é possível dizer que, nos últimos tempos, uma das maiores ameaças ao testemunho cristão não é o ateísmo, o neoateísmo ou agnosticismo, mas o apateísmo. A igreja é mais desafiada pelo desinteresse dos descrentes, do que pelos seus argumentos; mais ameaçada pela indiferença espiritual dos cristãos do que pelos ataques frontais à fé cristã. Seja como for, ao enfrentar esse desafio, a comunidade cristã há de repensar a maneira como defende a fé. A igreja é instada a recordar que os obstáculos colocados no caminho que conduz a Cristo e o abismo cultural que separa as pessoas do evangelho mudam com o decorrer do tempo. Cada época tem seus desafios e empecilhos próprios, e isso exige consequentemente a adaptação da apologética, para que possa responder de forma efetiva as demandas do seu contexto social. Em nossos dias, a apologética que se vale somente de argumentos lógicos e evidências materiais é incapaz de responder as perguntas e atender aos anseios das novas gerações, submersas em uma cultura frágil, alienada e ansiosa, onde as questões intelectuais se encontram em segundo plano. O escritor Josh McDowell um dos mais renomados apologistas cristãos das décadas de 80 e 90, que usava uma metodologia tradicional para a defesa da fé cristã, percebeu a necessidade de uma nova abordagem apologética. Em seu livro Razões para Crer, depois de apresentar um panorama da juventude da atualidade, ele escreve que “os jovens cristãos de hoje precisam mais do que uma postura estritamente modernista, que apele para o intelecto, E precisam muito mais do que o ponto de vista pós-moderno, que rejeita a verdade e exalta a experiência pessoal. E[eles precisam de algo que dê sentido relacional para a vida. Isso não significa, obviamente, desprezar os argumentos e as evidências que comprovam a veracidade das Escrituras, mas ter em mente que as questões volitivas e existenciais ocupam lugar de destaque na mentalidade contemporânea. O problema da apatia e do desinteresse em relação a religião envolve falta de vontade, a partir da compreensão de que a existência de Deus e irrelevante para a sua vida em particular e para a sociedade em geral Uma apologética sabia precisa reagir e responder (1 Pedro 3.15) de forma adequada aos questionamentos do tempo presente, evidenciando, além da racionalidade da fé cristã, as suas contribuições para a sociedade, a coerência de suas doutrinas fundamentais e o sentido que proporciona a vida humana.” (NASCIMENTO. Valmir. Lições Bíblicas Jovens, Rio de Janeiro: CPAD, 2024).
III – O RESULTADO DA
FIDELIDADE A DEUS
Embora fosse simpático para com os rapazes, o oficial tinha receio do desfecho, Ele temia perder a sua vida, caso os jovens se mostrassem com aparência menos saudável ao se apresentarem diante do rei, em comparação com os demais (Dn 1.10 - ¹⁰ E disse o chefe dos eunucos a Daniel: Tenho medo do meu senhor, o rei, que determinou a vossa comida e a vossa bebida; pois por que veria ele os vossos rostos mais tristes do que os dos outros jovens da vossa idade? Assim porias em perigo a minha cabeça para com o rei.). Daniel propõe então um teste: durante dez dias eles comeriam somente legumes e beberiam somente água. Ao final desse período, poderiam ser inspecionados junto com os outros. A audaciosa prova proposta por Daniel mostra que o servo de Deus não precisa temer os desafios do mundo. Isso não significa sair por aí querendo demonstrar superioridade, e sim, confiança no Senhor, Depois dos dez dias, os hebreus se apresentaram com melhor semblante e mais fortes que os outros jovens que comiam do manjar do rei da Babilônia (Dn 1.15 - ¹⁵ E, ao fim dos dez dias, apareceram os seus semblantes melhores, e eles estavam mais gordos de carne do que todos os jovens que comiam das iguarias do rei.), Esse é o resultado de servir e ser fiel ao Senhor. Ninguém perde coisa alguma quando se recusa a comprometer a sua fé.
Passado algum tempo, os jovens foram conduzidos diante de Nabucodonosor (Dn 1.18-20 - ¹⁸ E ao fim dos dias, em que o rei tinha falado que os trouxessem, o chefe dos eunucos os trouxe diante de Nabucodonosor. ¹⁹ E o rei falou com eles; entre todos eles não foram achados outros tais como Daniel, Hananias, Misael e Azarias; portanto ficaram assistindo diante do rei. ²⁰ E em toda a matéria de sabedoria e de discernimento, sobre o que o rei lhes perguntou, os achou dez vezes mais doutos do que todos os magos astrólogos que havia em todo o seu reino.). Depois de lhes fazer perguntas para medir o conhecimento, descobriu que se tratavam dos jovens mais sábios do seu reino, superando a todos. Não eram somente eruditos, mas também piedosos e tementes a Deus. Daniel, em especial, recebeu do Senhor o dom de interpretar todo tipo de visões e sonhos (Dn 1.17 - ¹⁷ Quanto a estes quatro jovens, Deus lhes deu o conhecimento e a inteligência em todas as letras, e sabedoria; mas a Daniel deu entendimento em toda a visão e sonhos.). Isso nos faz perceber que é possível conciliar conhecimento, com graça; inteligência com poder. Os quatro moços foram aprovados por Nabucodonosor, mas antes disso foram aprovados por Deus, alcançando posição de destaque. Esse é o resultado de servir e ser fiel ao Senhor. Em uma sociedade que gosta de fazer comparações, que mede as pessoas pelo desempenho e coloca a todos nos mesmos moldes e padrões, devemos ter o entendimento de que somos diferentes e nossos métodos são distintos do mundo. Vale a pena ser cristão. Vale a pena ser puro, Vale a pena ser fiel!
É importante lembrar que a rejeição dos “manjares do mundo” não se limita apenas a banquetes extravagantes, mas abrange todas as áreas da vida. Um coração incontaminável demonstra firmeza ao dizer “não” não apenas a pornografia e a fornicação, mas também a idolatria e a todas as obras da carne (Gl 5.19-21 - ¹⁹ Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: adultério, fornicação, impureza, lascívia, ²⁰ Idolatria, feitiçaria, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias,²¹ Invejas, homicídios, bebedices, glutonarias, e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o reino de Deus.). Num mundo de apatia e indiferença espirituais, esta postura é um lembrete constante da importância de permanecer fiel aos princípios espirituais, independentemente das tentações que possam surgir no caminho.
CONCLUSÃO
Como manter a pureza de caráter
em meio a uma sociedade corrompida? Como foi possível aprender com Daniel, a
resposta a esta pergunta tem início com uma resolução firme que nasce no
coração. A conduta íntegra simplesmente resulta desse compromisso interno com a
intenção de agradar a Deus.
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HORA DA REVISÃO
Daniel propôs em seu coração não contaminar-se com as finas iguarias do rei, nem com o vinho que ele bebia, pedindo que fossem dispensados (Dn 1.8).
Daniel foi firme e ao mesmo tempo gentil.
Durante dez dias eles comeriam somente legumes e beberiam somente água.
Depois dos dez dias os hebreus se apresentaram com melhor semblante e mais fortes que os outros jovens que comiam do manjar do rei da Babilônia (1.15).
Resposta livre.
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Pb. Rogério Faustino
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