“E eis que em seu ventre conceberás, e darás à luz um filho, e pôr-lhe-ás o nome de Jesus.” (Lc 1.31)
VERDADE PRÁTICA
A concepção divina de Jesus Cristo sacraliza a vida no ventre materno e se opõe à cultura morta, infantil intrauterina do presente século.
LEITURA DIÁRIA
Segunda – Gn 2.7 Deus é o autor supremo e fonte originária da vida.
Então o Senhor Deus formou o homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem se tornou um ser vivente.
Terça – Sl 139.13-16 As Escrituras valorizam a vida desde a concepção.
Pois tu formaste o meu interior, tu me teceste no ventre de minha mãe.
Graças te dou, visto que de modo assombrosamente maravilhoso me formaste; as tuas obras são admiráveis, e a minha alma o sabe muito bem.
Os meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto fui formado e entretecido como nas profundezas da terra.
Os teus olhos viram a minha substância ainda informe, e no teu livro foram escritos todos os meus dias, cada um deles escrito e determinado, quando nem um deles ainda existia.
Que preciosos para mim, ó Deus, são os teus pensamentos! E como é grande a soma deles!
Salmos 139:13-17
Quarta – Lc 1.34-36
A gravidez miraculosa da virgem Maria e da estéril Isabel.
Então Maria disse ao anjo: — Como será isto, se eu nunca tive relações com homem algum?
O anjo respondeu: — O Espírito Santo virá sobre você, e o poder do Altíssimo a envolverá com a sua sombra; por isso, também o ente santo que há de nascer será chamado Filho de Deus.
E Isabel, sua parenta, igualmente está grávida, apesar de sua idade avançada, sendo este já o sexto mês de gestação para aquela que diziam ser estéril.
Lucas 1:34-36
Quinta – Ef 5.28,29
A Escritura, a nutrição e o respeito pelo corpo humano.
Assim também o marido deve amar a sua esposa como ama o próprio corpo. Quem ama a esposa ama a si mesmo.
Porque ninguém jamais odiou o seu próprio corpo. Ao contrário, o alimenta e cuida dele, como também Cristo faz com a igreja;
Efésios 5:28,29
Sexta – SI 36.9; 90.12 O princípio da sacralidade, a dignidade humana e o direito à vida.
Pois em ti está a fonte da vida; na tua luz, vemos a luz.
Ensina-nos a contar os nossos dias, para que alcancemos coração sábio.
Salmos 90:12
Sábado – Jr 1.5 O
profeta Jeremias assevera que a vida começa na fecundação.
"Antes de formá-lo no ventre materno, eu já o conhecia; e, antes de você nascer, eu o consagrei e constituí profeta às nações."
Jeremias 1:5
Hinos Sugeridos, clique para ouvir:
Nós queremos ter vida abundante.
De pureza e de santidade,
Para amarmos a Deus em verdade,
Pela graça que Ele nos deu.
Vem nos dar Tua vida abundante,
Nosso amado e divino Senhor;
Tua vida de gozo exultante,
Abundante no Consolador.
Nós queremos ter vida abundante
De amor, que o Pai nos tem dado
Em Jesus, o Seu Filho amado,
Cuja vida por nós derramou.
Nós queremos ter vida abundante
De Jesus, a veraz fortaleza,
Que nos dá do perdão a certeza.
E nos encha de consolação.
Autor ou Tradutor: P.L.M Paulo Leivas Macalão
Por seus pecados, ‘stá o pecador
Qual pobre náufrago sem Salvador;
Que triste sorte, perece no mar,
Nada, se cansa, e vai afundar.
Orando, joga ao que se afoga,
O salva-vidas sem demorar;
Antes que desça – Desapareça
Nas profundezas do mar.
O salva-vidas não queres lançar
Ao que s’afoga nas ondas do mar?
Que morte horrível tem o pecador,
Que não aceita o bom Salvador!
É Jesus Cristo, o Filho de Deus;
O salva-vidas lançado dos céus;
Cristo te pode salvar hoje até,
O salva-vidas segura com fé.
Autor ou Tradutor: P.L.M Paulo Leivas Macalão
Autor da vida. Cristo, Deus!
A vida fluis a teu querer.
Perdão por ti nos vem dos céus
E tu nos dás real prazer,
Fazendo em nosso coração
Raiar a luz da salvação.
Nos deste a vida eterna a nós –
Outrora mortos para Deus –
Fizeste ouvir a tua voz
– A voz que vivifica os teus.
Pra te render real louvor,
Estamos juntos, oh! Senhor!
Autor ou Tradutor: R.H.M R.H. Moreton
LEITURA BÍBLICA EM
CLASSE
Lucas 1.26-33, 39-45
26 – E, no sexto
mês, foi o anjo Gabriel enviado por Deus a uma cidade da Galileia, chamada
Nazaré,
27- a uma virgem desposada com um varão cujo nome era José, da casa de Davi; e 0 nome da virgem era Maria.
28 – E, entrando o
anjo onde ela estava, disse: Salve, agraciada; o Senhor é contigo; bendita és
tu entre as mulheres.
29 – E, vendo-o ela,
turbou-se muito com aquelas palavras e considerava que saudação seria esta.
30 – Disse-lhe, então, o anjo: Maria, não temas, porque achaste graça diante de Deus,
31 – E eis que em
teu ventre conceberás, e darás à luz um filho, e pôr-lhe-ás o nome de Jesus.
32 – Este será
grande e será chamado Filho do Altíssimo; e o Senhor Deus lhe dará 0 trono de
Davi, seu pai,
33- e reinará
eternamente na casa de Jacó, e o seu Reino não terá fim.
39- E, naqueles
dias, levantando-se Maria, foi apressada às montanhas, a uma cidade de Judá,
40- e entrou em casa
de Zacarias, e saudou a Isabel.
41 – E aconteceu que, ao ouvir Isabel a saudação de Maria, a criancinha saltou no seu ventre; e Isabel foi cheia do Espírito Santo,
42 – e exclamou com
grande voz, e disse: Bendita és tu entre as mulheres, e é bendito o fruto do
teu ventre!
43 – E de onde me
provém isso a mim, que venha visitar-me a mãe do meu Senhor?
44- “ Pois eis que,
ao chegar aos meus ouvidos a voz da tua saudação, a criancinha saltou de
alegria no meu ventre.
45 – Bem -aventurada a que creu, pois hão de cumprir-se as coisas que da parte do Senhor lhe foram ditas!
PLANO DE AULA
1- INTRODUÇÃO
Um dos desdobramentos da filosofia ( do grego Φιλοσοφία, philosophia, literalmente "amor pela sabedoria", é o estudo de questões gerais e fundamentais sobre a existência, conhecimento, valores, razão, mente, e linguagem.) pós-modernista em nossa sociedade pode ser observado na crescente defesa da legalização do aborto no Brasil pelos setores intelectuais e culturais, apesar de 87% da população se denominar cristã, segundo o último censo do IBGE. O mesmo discurso permeia os argumentos para justificar a defesa da eutanásia e até do suicídio assistido, como é permitido em algumas nações. Tal contradição é alarmante, já que sob a ética do Cristianismo e da Palavra de Deus, a vida criada por Ele é sagrada, desde o momento da concepção (SI 139.13-16 ) até o último suspiro (Ec 12.7). Não por acaso, há registros na Bíblia de pessoas chamadas por Deus ainda no ventre (Gn 25.20-23; Is 49.1; Jr 1.5; Lc 1.15, 41; G11.15,16 ). Por isso, a vida humana inicia e se desenvolve no ventre materno.
2- APRESENTAÇÃO DA
LIÇÃO
A ) Objetivos d a
Lição:
I) Refletir sobre a
divina concepção e nascimento de Jesus, demonstrando o milagre da vida e da
capacidade de procriar;
II) Identificar os traços da cultura de morte presentes em nossos dias e as suas consequências;
III) Compreender a
sacralidade da vida e a importância de a Igreja de Cristo combater toda cultura
que viole os princípios da Palavra de Deus.
B ) Motivação:
Nesta lição, veremos que a cultura da morte está presente e cada vez mais naturalizada nas pautas intelectuais e políticas em defesa da legalização do aborto (Aborto ou interrupção da gravidez é a interrupção de uma gravidez resultante da remoção de um feto ou embrião antes de este ter a capacidade de sobreviver fora do útero.) e eutanásia (É o ato intencional de proporcionar a alguém uma morte indolor para aliviar o sofrimento causado por uma doença incurável ou dolorosa.). Ao passo que o sistema deste mundo, mediante estratégias ardis, impõe uma agenda de desconstrução da sacralidade (Qualidade do que é sacro ou sagrado.) da vida, tão cara ao Cristianismo Bíblico. Assim, enquanto cristãos, precisamos nos posicionar sabiamente.
C) Sugestão de Método:
Para essa lição, sugerimos um recurso multimídia. Com a devida antecedência, prepare o material necessário, realizando testes minutos antes da aula. Caso a sua igreja não disponha, é possível transmitir via smartphone, com uma caixinha bluetooth para ampliar o som. Selecione um vídeo (extraído da internet, de acordo com a sua preferência) com batimentos cardíacos de um bebê. Mostre também a imagem dessa preciosa vida, ainda como uma semente divina, na sexta semana de gestação, por exemplo, quando já é possível ouvir o coração pela ultrassonografia. Permita que ouçam por alguns segundos e deixe o som em segundo plano, enquanto lê o Salmo 139.13-16. Em seguida, ore pelo decorrer da aula e interceda ao Espírito Santo pelas almas que neste momento estão pensando em realizar um aborto ou mesmo tirar a própria vida.
3- CONCLUSÃO DA
LIÇÃO
A) Aplicação:
Esta
lição nos convida a refletir sobre a cultura de morte que permeia a nossa
sociedade e o nosso papel enquanto Igreja de Cristo nela. Como portadores e
propagadores da vida abundante que o nosso Salvador conquistou por nós na cruz,
que possamos nos empenhar mais em alcançar os perdidos que caminham para a
morte e ainda levam consigo inocentes, tal como está escrito: “Livra os que
estão destinados à morte e salva os que são levados para a matança, se os
puderes retirar” (Pv 24 .11). Portanto, o Senhor Deus se importa com a vida
ainda informe no ventre materno.
4- SUBSÍDIO AO
PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão.
Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 94, p.38, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B ) Auxílios Especiais:
Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na
preparação de sua aula:
1) O texto “A
sacralidade da vida aos olhos do Criador” endossa bíblica e teologicamente que
a vida humana é sagrada mesmo antes da concepção no ventre.
2) O texto “Não matarás!” aprofunda o argumento contrário ao aborto, eutanásia e suicídio assistido, enfatizando o Decálogo.
INTRODUÇÃO
Deus é o autor supremo da vida (Gn 2.7). Por isso, as Escrituras a valorizam desde a concepção no ventre materno (SI 139.13-16). Assim, toda ideologia que tem o objetivo de alterar o conceito da vida, desqualifica a autoridade bíblica e faz apologia à cultura de morte infantil no útero. A ideia progressista, que reivindica ao ser humano a autonomia sobre a vida, afronta a soberania divina. Nesta lição, estudaremos a concepção sobrenatural de Jesus Cristo, a apologia ideológica da cultura da morte e o conceito da sacralidade da vida no útero materno.
PALAVRA-CHAVE: VIDA
I- A CONCEPÇÃO DE
CRISTO
1- O anúncio do nascimento.
Uma virgem comprometida em casar-se com José, chamada Maria, recebe a visita do anjo Gabriel em Nazaré (Lc 1.26,27). O ser angelical lhe faz uma revelação: “em teu ventre conceberás, e darás à luz um filho, e pôr-lhe-ás seu nome de Jesus” (Lc 1.31). Diante do inusitado, Maria indaga: “como se fará isso, visto que não conheço varão?” (Lc 1.34 ). A pergunta demonstra a perplexidade da virgem de como se daria a concepção sem a participação de um homem. No Evangelho, a menção à cidade de Nazaré é profética (Lc 1.26), pois o Cristo seria chamado de “nazareno” (Mt 2.23). Lucas ainda enfatiza a virgindade da donzela e a descendência de José “da casa de Davi” (Lc 1.27b). Essas informações integram as profecias messiânicas e tornam fidedigno o relato bíblico (Is 7.14 ; SI 89.3,4).
2- A miraculosa concepção.
O anjo Gabriel explica a Maria que a concepção seria singular e miraculosa: “ descerá sobre ti o Espírito Santo ” (Lc 1.35a) e, por isso, declara que o menino, “O Santo, […] será chamado Filho de Deus” (Lc 1.35b). A jovem não pediu sinal algum , mas o anjo lhe comunica da gravidez de Isabel como um incentivo de sua fé:“ tua prima, concebeu um filho em sua velhice” (Lc 1.36a). O testemunho das Escrituras de mulheres estéreis que ficaram grávidas preparou o mundo para crer e receber o milagre da concepção de Jesus por meio de uma virgem. A respeito dessa realidade, o anjo endossa ao se referir à gestação de Isabel: “é este o sexto mês para aquela que era chamada estéril” (Lc 1.36b). Ao finalizar a mensagem, Gabriel completa: “porque para Deus nada é impossível” (Lc 1.37).
3- A bênção do nascimento.
A vida gerada no ventre de uma mulher é um milagre (Ec 11.5), pois
Deus dotou o ser humano com a dádiva da procriação (
SINOPSE I
A história da concepção divina de Jesus Cristo ilustra a sacralização da vida desde o ventre materno, ressaltando que toda a Gestação é um milagre, uma dádiva concedida pelo Criador (Gn 1.28; Ec 11.5).
AUXÍLIO ÉTICA CRISTÃ
A SACRALIDADE DA
VIDA AOS OLHOS DO CRIADOR
“Teologicamente, quando começa a vida humana? Na fase embrionária? Ou na fetal? Aos olhos do autor e conservador da vida, antes mesmo da concepção. É o que constatamos no chamamento de Jeremias: ‘Antes que eu te formasse no ventre, eu te conheci; e, antes que saísses da madre, te santifiquei e às nações te dei por profeta’ (Jr 1.5). Ora, se o autor e conservador da vida não faz distinção entre embrião e feto, pois aos seus olhos ambos são pessoas completas, porque iríamos nós teimar em estabelecer tal diferença? Quem realmente ama não se perde em semelhantes especulações, mas tudo faz a fim de preservar a santidade da vida. Atentemos à narrativa do Gênesis. Moisés mostra com muita clareza que o ser humano não é obra do acaso, pois o acaso não seria capaz de produzir um ser tão perfeito quanto o homem. Deus o criou com as próprias mãos e, para aumentar a intimidade conosco, fez questão de aproximar o seu rosto do nosso. E, soprando-nos as narinas, aumentou ainda mais a comunhão entre nós e Ele. Portanto, não nos arvorem os como deuses e senhores da vida, determinando quem deve viver e quem tem de morrer. Esse direito só cabe a Deus, pois a pessoa humana tem início nele e para ele terá de retornar (Ec 12 .7 )” (ANDRADE, Claudionor de. As novas Fronteiras da Ética Cristã. Rio de Janeiro: CPAD, 2015, pp. 70-71).
II – A CULTURA DA
MORTE
1- O projeto ideológico.
A cultura da morte (A cultura de morte é uma imposição que quer formar uma nova ordem social a partir da desconstrução da cultura cristã, que foi a construtora da civilização ocidental. Ela atua na modificação de todos os conceitos de vida e família, através de vários meios, patrocinada por grandes fundações internacionais que querem um novo modelo de ser humano. Para isso, é motivado a legalização do aborto, eutanásia, ideologia de gênero, sexualização de crianças, entre outros. Isso já pode ser percebido em escala mundial.) é um conjunto de ideias que visa modificar o conceito bíblico da vida. Entre suas pautas estão a legalização do aborto e da eutanásia, apologia ao suicídio e o controle da natalidade. Mediante estratégias culturais, intelectuais e políticas, impõe-se uma agenda de desconstrução da sacralidade da vida, algo caro à cultura cristã, como vimos no tópico anterior (cf. Lc 1.31). Nesse sentido, estimula-se a “eugenia”, ( É a seleção dos seres humanos com base em suas características hereditárias com objetivo de melhorar as gerações futuras) o descarte do ser humano com alguma má formação ainda no útero materno; a maternidade é depreciada (Que teve sua qualidade e importância diminuídas; que foi humilhado ou depreciado) a fim de que a mulher não deseje ser mãe; o conceito de saúde reprodutiva (Os conceitos de saúde reprodutiva e direitos reprodutivos foram definidos claramente pela primeira vez em 1.994, na Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento, realizada no Cairo, Egito, da qual o Brasil foi signatário das resoluções. Saúde sexual e reprodutiva significa que os indivíduos devem ter uma vida sexual prazerosa e segura, através de informações sobre a sexualidade e prevenção de DST/AIDS e a liberdade para decidirem se querem ter filhos, quando e com que freqüência irão tê-los, através do acesso à informação e aos métodos contraceptivos. Os direitos reprodutivos se fundamentam no reconhecimento do direito básico de todos indivíduos e/ou casais decidirem livremente e com responsabilidade sobre o número de filhos que desejam ter, sobre o espaçamento dos nascimentos e sobre o momento de ter um filho (planejamento reprodutivo). Reconhece-se também, o direito básico à informação e ao acesso aos meios de contracepção, e, o direito de se atingir padrão elevado de saúde sexual e reprodutiva. No Brasil, a Constituição da República estabelece no Artigo 226, Parágrafo 7º, o princípio da paternidade responsável e o direito de livre escolha dos indivíduos e/ou casais e a Lei Federal nº 9.263 de 1.996, que regulamenta este Artigo, estabelece que as instâncias gestoras de Sistema Único de Saúde (SUS), em todos os níveis, estão obrigadas a garantir à mulher, ao homem ou ao casal, em toda a rede de serviços, assistência à concepção e contracepção como parte integrante das demais ações que compõe a assistência integral à saúde.) é modificado para justificar o aborto como medida de saúde feminina; o direito à vida no útero é substituído pelo direito incondicional da mulher sobre o próprio corpo, que por meio do aborto decreta a morte do fruto de seu ventre.
2- O direito sobre o corpo.
A cultura pós-moderna (A cultura pós moderna defende todas as características que definem a atual sociedade pós-moderna que são: o individualismo, o predomínio do capitalismo, o consumismo, a valorização do prazer individual, etc.); insiste que é direito do ser humano exercer autonomia sobre o próprio corpo. Essa idéia é de liberdade total ao controle individual sobre a constituição física e o comportamento humano. O slogan “meu corpo, minhas regras” é utilizado em defesa das liberdades sexuais e reprodutivas, bem como para a escolha de vida ou de morte, (Narcisismo, hedonismo, dois pensamentos da cultura pós moderna) Nessa percepção estão os “ direitos” à prostituição, ao aborto, à eutanásia, ao suicídio e outros. Qualquer opinião contrária é considerada violação da liberdade humana. Nesse quesito, as Escrituras asseveram que o corpo deve ser nutrido e respeitado (Ef 5.28,29); que embora livre, o ser humano não tem o direito de profanar o seu corpo (1 Co 6.13); e que a vida só tem sentido quando está sob o domínio de Cristo (G1 2.20).
3- A prática do aborto.
O aborto é a interrupção do nascimento por meio da morte do embrião ou do feto, é o ato de descontinuar a gestação do ser vivo. O termo gestação vem do latim “gestacione” e se refere ao tempo em que o embrião fica no útero, desde a concepção até o nascimento. Nesse caso, o aborto pode ser não intencional (Aborto não intencional são aqueles que ocorrem erros durante o processo de desenvolvimento do embrião, inviabilizando-o; geralmente ele ocorre no início da gestação, e tem como característica principal o sangramento vaginal – este que pode estar relacionado a outras causas também. Acidentais, como em decorrência de acidentes.) ou provocado no período de gestação. (Os abortos intencionais ocorrem por diversos motivos, sendo alguns amparados por lei. Em nosso país, ele é permitido somente em casos de estupro ou quando oferece riscos de vida à mãe. Em algumas situações nas quais o feto apresenta anomalias graves, esse direito também pode ser concedido). Na lei mosaica, provocar a interrupção da gravidez da mulher era um ato criminoso (Êx 21.22,23). No sexto mandamento, o homem é proibido de matar, o que significa literalmente “não assassinar” (Êx 20.13). Os intérpretes do Decálogo concordam que a proibição do aborto está incluída neste mandamento. Assim , quem mata um embrião ou feto atenta contra a dignidade humana e a sacralidade da vida no ventre materno.
SINOPSE II
Sob o pretexto da autonomia e deturpação do livre-arbítrio, a cultura de morte se alastra e naturaliza práticas abomináveis à Palavra de Deus.
AUXÍLIO ÉTICA CRISTÃ
NÃO MATARÁS!
“Há quem defenda a eutanásia ativa, sob o argumento de que ‘não se deve manter artificialmente a vida subumana ou pós-humana vegetativa’, e que se deve evitar o sofrimento dos pacientes desenganados, com moléstias prolongadas (câncer, AIDS etc.). Somos de parecer que o cristão não deve apoiar essa prática, pois consiste em uma ação deliberada e consciente, normalmente por parte do médico, a pedido do paciente, ou de familiares (ou sem consentimento), através da aplicação de algum tipo de agente (substâncias, medicamentos etc.) que leve o paciente à morte, evitando o seu sofrimento. A Bíblia diz: “ Não matarás…” (Êx 20.13). O verbo matar, aí, é rasab, que tem o sentido de assassinar intencionalmente (não se aplica ao caso de matar na guerra, em defesa própria etc.). A ação do médico, tirando a vida do paciente, é vista como um assassinato, segundo a maioria dos estudiosos da ética cristã. Tradicionalmente, se reconhece que a eutanásia é um crime contra a vontade de Deus, expressa no decálogo, e contra o direito de vida de todos os seres humanos” (LIMA, Elinaldo Renovato. Ética cristã: confrontando as questões do nosso tempo. Rio de Janeiro: CPAD, 2002, pp.138-39).
III- SACRALIDADE DA
VIDA
1- A vida é inviolável.
A vida humana é sagrada, pois ela é um ato criativo de Deus, autor e a fonte originária do fôlego da vida (Gn 2.7; Jó 12.10). Nessa perspectiva, o princípio da sacralidade assegura a dignidade da pessoa humana e a inviolabilidade do direito à vida (SI 36.9; 90.12). Portanto, o valor da vida é absoluto e deve se sobrepor a qualquer outro direito ou interesse (Jo 10.10). Nesse aspecto, o princípio de defesa da vida humana, desde a concepção no útero materno, não pode conter exceções. Somente Deus tem poder sobre a vida e a morte (1 Sm 2.6). Em uma sociedade secularizada, o cristão precisa tomar cuidado com o relativismo, (Relativismo é uma corrente de pensamento que questiona as verdades universais do homem, tornando o conhecimento subjetivo. O ato de relativizar é considerar questões cognitivas, morais e culturais acima do que se considera verdade. Ou seja, o meio que se vive é determinante para construir essas concepções) não fazer concessões e estar alerta quanto às ações de manipulação de sua consciência e o desrespeito à vida humana (2 Co 4.2; 1 Tm 4.1,2).
2- O começo da vida.
As Escrituras são incisivas ao afirmarem o início da vida desde a concepção: o profeta Jeremias afirma que a vida tem início na fecundação (Jr 1.5); o rei Davi corrobora que a pessoa é conhecida e cuidada pelo Senhor desde a concepção (SI 139.13); Deus é quem forma ao ser vivo dentro do ventre da mãe (SI 139 .14 ). Ainda, o salmista afirma que Deus vê o embrião ainda informe e o ama em todos os processos formativos da vida intrauterina, desde a fecundação até o nascimento e por toda a sua vida (SI 139.15,16). Por conseguinte, de acordo com a s Escrituras, a vida começa quando ocorre a união do gameta masculino ao feminino. Essa nova célula é um ser humano e possui identidade própria e, portanto, o seu direito de nascer não pode ser interrompido por vontade, desejos ou caprichos humanos (Dt 32.39; Rm 9.20).
3- A posição cristã.
A igreja que mantém o princípio teológico da autoridade bíblica (2 Tm 3.16 ) defende a dignidade humana e a inviolabilidade da vida desde a sua concepção. Ensina que a vida humana é sagrada em todas as etapas do desenvolvimento da vida e que não pode ser violada por nenhum tipo de cultura (1 Sm 2.6). Ratifica que toda ideologia que seculariza os princípios bíblicos deve ser combatida (2 Tm 3.8).
SINOPSE III
As Sagradas Escrituras defendem a dignidade humana e a inviolabilidade da vida desde a sua concepção, tal como a Igreja de Cristo deve fazer.
CONCLUSÃO
A gestação e a procriação do ser humano são bênçãos divinas (Gn 9.7). A concepção de Cristo no ventre de uma virgem certifica a sacralidade da vida intrauterina. A interrupção da vida em qualquer fase da gravidez é uma agressão ao direito inviolável de nascer. A valorização da dignidade humana, o direito à vida e o cuidado à pessoa vulnerável são princípios imutáveis do cristianismo bíblico (Jo 10.10). Acerca do assunto, a Bíblia assegura que Deus é o autor e o detentor da vida humana (Jó 12.10).
REVISANDO O CONTEÚDO
1- De acordo com a lição, o que preparou o mundo para crer e receber o milagre da concepção de Jesus por meio de uma virgem ?
O testemunho das Escrituras de mulheres estéreis
que ficaram grávidas.
2- De acordo com a lição, o que são endossadas quando a Bíblia registra a gravidez miraculosa de Maria e de Isabel?
A relevância da gestação e da sacralidade da vida no ventre
da mãe.
3- Cite a s pautas que caracterizam a cultura da morte.
Entres as pautas estão a legalização do
aborto e da eutanásia, apologia ao suicídio e o controle da natalidade.
4- O que caracteriza o ato de abortar?
A descontinuidade da gestação do ser vivo.
5- O que a igreja defende quando mantêm o princípio teológico de autoridade bíblica?
A igreja que
mantém o princípio teológico da autoridade bíblica (2 Tm 3.16) defende a
dignidade humana e a inviolabilidade da vida desde a sua concepção.
Pb. Rogério Faustino
Neweb
Compromisso com a Palavra
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