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Lição 05: Uma Igreja cheia de Amor

TEXTO ÁUREO
“E era um o coração e a alma da multidão dos que criam, e ninguém dizia que coisa alguma do que possuía era sua própria, mas todas as coisas lhes eram comuns.” (At 4.32).

VERDADE PRÁTICA
O amor é o elo que mantém a unidade da igreja local. Sem o amor, não existe relacionamento cristão saudável.

LEITURA DIÁRIA
Segunda
— O amor como mandamento divino.
³⁴ Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis.
João 13.34

Terça — O amor de Deus derramado nos corações.
⁵ E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado.
Romanos 5.5

Quarta — O amor como um dever cristão da fraternidade.
⁹ Quanto, porém, ao amor fraternal, não necessitais de que vos escreva, visto que vós mesmos estais instruídos por Deus que vos ameis uns aos outros;
1 Tessalonicenses 4.9

Quinta — Amando o próximo como a nós mesmos.
³⁹ E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.
Mateus 22.39

Sexta — Amando de coração.
¹⁸ Meus filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas por obra e em verdade.
1 João 3.18

Sábado — O amor cobre a multidão de pecados.
⁸ Mas, sobretudo, tende ardente amor uns para com os outros; porque o amor cobrirá a multidão de pecados.
1 Pedro 4.8

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Atos 4.32-37.
³² E era um o coração e a alma da multidão dos que criam, e ninguém dizia que coisa alguma do que possuía era sua própria, mas todas as coisas lhes eram comuns.
³³ E os apóstolos davam, com grande poder, testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça.
³⁴ Não havia, pois, entre eles necessitado algum; porque todos os que possuíam herdades ou casas, vendendo-as, traziam o preço do que fora vendido e o depositavam aos pés dos apóstolos.
³⁵ E repartia-se a cada um, segundo a necessidade que cada um tinha.
³⁶ Então, José, cognominado, pelos apóstolos, Barnabé (que, traduzido, é Filho da Consolação), levita, natural de Chipre,
³⁷ possuindo uma herdade, vendeu-a, e trouxe o preço, e o depositou aos pés dos apóstolos.


HINOS DA HARPA CRISTÃ


Deus nos guarde bem no Seu amor;
Onde quer que nos achemos,
O Seu nome louvaremos;
Deus nos guarde bem no Seu amor!

Ao voltar Jesus vamos nós estar
Livres de qualquer separação;
U’a coroa, então vamos, sim, formar,
Lá no céu, na eternal mansão.

Deus nos guarde em santificação
Nas agruras da jornada,
Que é mui breve terminada!
Deus nos guarde em Santificação!

3 Deus nos guarde e nos conceda paz,
De que tanto carecemos;
Ó, enquanto aqui vivemos,
Deus nos guarde e nos conceda paz.

Autor ou Tradutor: E.C Emílio Conde


Em Jesus, vivendo cada dia,
Em Jesus eu tenho alegria!
Em Jesus, oh, doce harmonia!
Em Jesus, desfruto a paz de Deus!

2 Em Jesus, na rocha inabalável,
Em Jesus, no homem incomparável!
Em Jesus, no Deus tão adorável!
Em Jesus, o mal não temerei!

3 Em Jesus a graça é infinita,
Em Jesus, oh! bênção inaudita;
Em Jesus, minh'a!ma é bendita;
Em Jesus eu tenho salvação!

4 Em Jesus não temo o mal e a morte,
Em Jesus estou firmado e forte!
Em Jesus meu barco ruma ao norte;
Em Jesus eu sempre hei de vencer!

Autor ou Tradutor: P.L.M Paulo Leivas Macalão


1 Bendito Jesus, nós chamamos por Ti,
Cercamos Tua mesa, Senhor;
Por Teu Paracleto nos preside aqui;
Vem encher-nos de santo fervor.

2 A grande ternura do Teu coração
Chamou-nos aqui, oh! Senhor!
Pra nós celebrarmos em santa união,
Tua morte, oh! bom Redentor!

3 Os pés dos Teus servos lavando, Senhor,
Quiseste o exemplo nos dar,
Da Tua humildade, do Teu grande amor,
Que entre nós deve sempre reinar.

4 Abençoaste o pão e o partiste a dizer:
“Tomai o meu corpo e comei,
E todas as vezes, pois é o dever,
Em memória de Mim o fazei”.

5 O cálice da Nova Aliança de amor,
No Teu sangue, ó meigo Jesus,
Nos encha de graça, de novo vigor,
Nos anime na senda da luz!

6 Queremos, Jesus, neste ato de amor,
O Teu memorial celebrar;
Pra nós ele tem um infinito valor,
Um valor que jamais vai cessar.

Autor ou Tradutor: *** Autor desconhecido

PLANO DE AULA
1. INTRODUÇÃO

Nas páginas de Atos, a Igreja de Jerusalém floresce como um testemunho vibrante do poder transformador do Evangelho. Nesta lição, exploraremos o amor e a unidade que moldaram essa comunidade pioneira, desde o Pentecostes até os desafios que testaram sua fé. O amor fraternal, a oração incessante e a ousadia missionária se tornaram as marcas distintivas dessa igreja, inspirando-nos a buscar um relacionamento mais profundo com Cristo e a viver em comunhão uns com os outros. Que a jornada da Igreja de Jerusalém nos motive a edificar igrejas locais que difundem o amor de Deus!

2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição: 
I) Compreender como o amor se manifesta na comunhão cristã, promovendo a unidade e o crescimento da igreja; 
II) Reconhecer a graça de Deus como a fonte do amor cristão; 
III) Incentivar a prática da solidariedade cristã como expressão do amor.

B) Motivação: 
Em meio à complexidade do mundo moderno, onde o individualismo e a indiferença se manifestam, a Igreja é chamada a ser um farol de esperança e amor. Ao explorarmos a dinâmica da Igreja de Jerusalém, somos desafiados a refletir sobre a essência da nossa comunhão. Que esta lição nos inspire a cultivar um amor genuíno, a manifestar a graça divina em nossas ações e a praticar a solidariedade, para que, assim como a igreja primitiva, possamos impactar nossa sociedade com a mensagem transformadora do Evangelho.

C) Sugestão de Método: 
Para envolver os alunos desde o início, sugerimos que inicie a aula com uma dinâmica. Solicite à classe para que imagine como seria viver em uma comunidade onde todos compartilham seus bens e se dedicam à oração e ao estudo da Palavra. Em seguida, convide pelo menos três alunos(as) a apresentar suas ideias, destacando os desafios e benefícios dessa forma de vida. Essa atividade prática ajudará os alunos a se conectarem com a realidade da Igreja de Jerusalém, preparando-os para explorar as lições sobre amor, graça e solidariedade presentes nos primeiros capítulos de Atos.

3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: 
Que o exemplo da Igreja de Jerusalém nos inspire a cultivar um amor genuíno e prático, manifestando a graça de Deus em nossas ações diárias. Que a solidariedade e a comunhão sejam marcas distintivas de nossa igreja local.

4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. 
Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 102, p.38, você encontrará um subsídio especial para esta lição.

B) Auxílios Especiais: 
Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 
1) O texto “Propriedades São Vendidas e Distribuídas”, localizado depois do segundo tópico, traz uma reflexão do equilíbrio entre a manifestação de poder e sinais e a manifestação da generosidade cristã; 
2) No final do terceiro tópico, o texto “Consagração” traz uma reflexão a respeito da dinâmica da solidariedade da igreja de Jerusalém.

INTRODUÇÃO


Nesta lição, veremos como o amor de Deus se manifesta numa igreja genuinamente cristã. Ele capacita a igreja a enxergar os mais necessitados e a buscar caminhos para que suas carências sejam atendidas. Esse amor, contudo, não é um mero sentimento humano. Em vez disso, ele é a expressão máxima da graça de Deus que foi derramada abundantemente nos corações daqueles que creem em Jesus. Somente através do amor de Deus o cristão aprende a ser solidário e generoso com aqueles que precisam ter suas necessidades supridas.

Palavra-Chave: Amor

I. O AMOR MANIFESTADO NA COMUNHÃO CRISTÃ


1. O crescimento da Igreja Cristã. 
Nesse ponto de sua narrativa, Lucas se refere à igreja como a “multidão dos que criam” (v.32). Essa expressão pode ser entendida com o sentido de um “grande número” ou “assembleia”. A Igreja que havia começado com 120 discípulos, agora é uma grande multidão. Uma igreja pequena possui a mesma natureza e essência de uma igreja grande. Assim como uma igreja grande, uma pequena igreja também enfrenta seus problemas e desafios. Contudo, os desafios e problemas de um grande povo são maiores em proporção em relação a uma pequena. Eles se tornam mais complexos e, portanto, mais desafiadores.

2. Os desafios do crescimento. 
Assim, vemos a Igreja de Jerusalém crescer em escala geométrica. Ela se multiplicava (At 6.7 - ⁷ E crescia a palavra de Deus, e em Jerusalém se multiplicava muito o número dos discípulos, e grande parte dos sacerdotes obedecia à fé.) e com isso os desafios também eram maiores. Como essa igreja, que até pouco tempo não passava de um pequeno número, se comportaria com o novo formato adquirido? Ela manteria a unidade em meio à complexidade? Somente o amor poderia manter o elo fraterno entre os crentes. De fato, Paulo dirá que o “amor de Deus” foi derramado nos corações dos crentes pelo Espírito Santo (Rm 5.5 - ⁵ E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado.); aos colossenses, o apóstolo dos gentios disse que o amor “é o vínculo da perfeição” (Cl 3.14 - ¹⁴ E, sobre tudo isto, revesti-vos de amor, que é o vínculo da perfeição.). Somente através do amor cristão a igreja pode manter-se unida. Quando uma igreja se fragmenta e se divide, isso significa que o egoísmo tomou o lugar do amor em algum ponto.

3. A vida interior. 
A expressão “era um o coração e a alma” (At 4.32) mostra a igreja em sua essência, revelando sua união interna. O Espírito Santo capacitou poderosamente os cristãos para cumprir a missão fora da igreja (At 1.8 - ⁸ Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra. ), para a tarefa do evangelismo (At 4.31,33 - ³¹ E, tendo orado, moveu-se o lugar em que estavam reunidos; e todos foram cheios do Espírito Santo, e anunciavam com ousadia a palavra de Deus. ³² E era um o coração e a alma da multidão dos que criam, e ninguém dizia que coisa alguma do que possuía era sua própria, mas todas as coisas lhes eram comuns. ³³ E os apóstolos davam, com grande poder, testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça. ; 8.6,7 -  ⁶ E as multidões unanimemente prestavam atenção ao que Filipe dizia, porque ouviam e viam os sinais que ele fazia; ⁷ Pois que os espíritos imundos saíam de muitos que os tinham, clamando em alta voz; e muitos paralíticos e coxos eram curados.), mantendo os crentes unidos internamente.

SINÓPSE I


A união e o amor entre os cristãos, impulsionados pelo Espírito Santo, fortalecem a Igreja e sua missão.

Escola Bíblica 3º Trimestre de 2025AdultosA igreja em Jerusalém: Doutrina, comunhão e fé; a base para o crescimento da igreja em meio as perseguições Neweb Compromisso com a Palavra

II. O AMOR COMO MANIFESTAÇÃO DA GRAÇA


1. A graça como manifestação do Espírito. 
O melhor ambiente para a manifestação dos dons do Espírito é em uma igreja onde o amor de Deus está presente. Lucas nos informa que “os apóstolos davam, com grande poder, testemunho da ressurreição do Senhor Jesus” (At 4.33). O contexto nos mostra que o Espírito opera em um ambiente que lhe é propício, isto é, onde a igreja está banhada no amor cristão. Muitos podem cair na tentação de achar que o segredo para ter uma igreja imersa no Espírito, isto é, onde os dons espirituais se manifestam com regularidade, tem a ver com cumprir determinadas regras e normas estabelecidas. Regras são importantes e não podemos viver sem elas. Contudo, o Espírito opera no ambiente onde há comunhão entre os irmãos. Às vezes, podemos quebrar a comunhão com os outros, achando que não tem importância, mas Jesus ensina que, para ser perdoado por Deus, devemos perdoar sinceramente nossos irmãos (Mt 6.15 - ¹⁵ Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai vos não perdoará as vossas ofensas. ; 18.35 - ³⁵ Assim vos fará, também, meu Pai celestial, se do coração não perdoardes, cada um a seu irmão, as suas ofensas.). Qualquer ensino contrário a isso é falso.

2. A graça como favor imerecido. 
Há ainda um outro aspecto da graça de Deus revelada neste texto: “em todos eles havia abundante graça” (At 4.33). Isso significa que a graça de Deus estava manifestada tanto nos apóstolos como em toda a igreja. Esse texto não se encontra deslocado, mas é posto aqui com o propósito de mostrar a razão ou motivo daquele contagiante ambiente cristão. Uma igreja dinâmica, que demonstra amor para com seu próximo e na qual o Espírito Santo se manifesta de forma abundante, é uma igreja que reflete a graça de Deus. Na Bíblia, podemos perceber que a graça de Deus gerou entre os crentes um sentimento de gratidão por terem sido, sem merecimento algum, capacitados por Deus para viverem uma vida abundante. Isso se torna um padrão nas demais igrejas do Novo Testamento (1 Ts 4.9 - ⁹ Quanto, porém, ao amor fraternal, não necessitais de que vos escreva, visto que vós mesmos estais instruídos por Deus que vos ameis uns aos outros;). Vemos, por exemplo, esse sentimento de gratidão como uma resposta à graça de Deus na pessoa do apóstolo Paulo (1 Co 15.10 - ¹⁰ Mas pela graça de Deus sou o que sou; e a sua graça para comigo não foi vã, antes trabalhei muito mais do que todos eles; todavia não eu, mas a graça de Deus, que está comigo. ). Somente a graça gera tamanho sentimento de gratidão.

SINÓPSE II


A graça de Deus se revela no amor cristão, capacitando os crentes a viverem equilibradamente entre a comunhão e a prática dos dons espirituais.

AUXÍLIO BÍBLICO-TEOLÓGICO


“PROPRIEDADES SÃO VENDIDAS E DISTRIBUÍDAS. 
É significativo que a palavra ‘poder’ seja descrita como ‘grande’ (v.33), indicando a manifestação do poder de Deus em sinais e prodígios. Milagres acompanham e confirmam a pregação dos apóstolos sobre a ressurreição de Cristo, da mesma maneira que milagres acompanharam o ministério de Jesus. Ao mesmo tempo, Deus derrama ‘abundante graça’ na comunidade de crentes (v.33), significando que são regados com ricas bênçãos. A evidência da graça divina é vista na pregação e no alívio das necessidades materiais dos pobres. O ideal do Antigo Testamento de que não devesse haver pobres entre os israelitas (Dt 15.4) é percebido na Igreja pela generosidade dos membros com suas riquezas. À medida que as necessidades surgem de tempo em tempo, aqueles que estão em melhor situação vendem a propriedade e trazem a renda aos apóstolos. A expressão ‘depositavam aos pés dos apóstolos’ (v.35; At 5.2) indica que os apóstolos estão sentados e, talvez, ensinando. A frase também revela autoridade, pois à medida que o dinheiro lhes é entregue, eles servem de autoridades administrativas para sua distribuição a cada pessoa de acordo com a necessidade.” (Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Volume 1. Rio de Janeiro: CPAD, 2024, p.649).

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III. A MANIFESTAÇÃO DO AMOR NA SOLIDARIEDADE CRISTÃ


1. A busca pela equidade. 
O Dicionário Aurélio de Língua Portuguesa conceitua “equidade” como a “disposição de reconhecer igualmente o direito de cada um”. Assim, diferentemente da igualdade, a equidade não enxerga as pessoas como sendo todas iguais e, por isso, busca formas de ajustar o desequilíbrio entre elas. Em Jerusalém não havia um nivelamento social, nem todos possuíam as mesmas condições. Havia pessoas mais abastadas, e havia pobres também. Estes, geralmente, em maior número. Logo, a igreja demonstrou ser sensível a essa realidade, procurando tratar dessa situação (At 4.34 - ³⁴ Não havia, pois, entre eles necessitado algum; porque todos os que possuíam herdades ou casas, vendendo-as, traziam o preço do que fora vendido, e o depositavam aos pés dos apóstolos.), sendo solidária com a situação dos menos favorecidos.

2. Propriedade e compartilhamento. 
Estudiosos observam que a igreja de Jerusalém vivia uma comunidade de compartilhamento, não de domínio. Os crentes mantinham a propriedade de seus bens, mas os disponibilizavam conforme a necessidade de cada um. Desse modo, eles compartilhavam tudo o que tinham. Isso pode ser observado com Maria, mãe de João Marcos. Ela também pertencia à igreja de Jerusalém e em vez de vender sua casa, a pôs a serviço da igreja, transformando-a em uma casa de oração onde a igreja se reunia (At 12.12 -  ¹² E, considerando ele nisto, foi à casa de Maria, mãe de João, que tinha por sobrenome Marcos, onde muitos estavam reunidos e oravam.). A prática da generosidade pode mudar de acordo com o tempo, lugar e circunstâncias; contudo, o princípio que a governa permanece o mesmo. Podemos fazer o bem a quem necessita de uma forma ou de outra.

3. Um exemplo da voluntariedade. 
Lucas destaca que “os que possuíam herdades ou casas, vendendo-as, traziam o preço do que fora vendido e o depositavam aos pés dos apóstolos” (At 4.34). Nada aqui foi feito de forma obrigatória. Ninguém contribuiu porque foi constrangido a isso. O texto bíblico deixa claro que havia voluntariedade nos crentes em ajudar uns aos outros. Havia uma consciência de pertencimento e, por isso, ninguém deseja ver o outro excluído. Isso era a manifestação do grande amor de Deus derramado nos corações daqueles crentes.

SINÓPSE III


O amor se expressa na prática da solidariedade, onde os cristãos cuidam dos necessitados e buscam a equidade na comunidade.

AUXÍLIO BÍBLICO-TEOLÓGICO


“CONSAGRAÇÃO. 
[...] Como observamos em 2.44,45, a indicação não é a de que toda propriedade privada de bens fosse abolida — como se faz em algumas comunidades religiosas. Mas a sinceridade da consagração dos primeiros cristãos era tal que se poderia dizer: Não havia, pois, entre eles necessitado algum (34). Por quê? Porque quando surgisse uma necessidade, alguém venderia algum bem e traria o dinheiro para solucionar a emergência. Isto é o que o texto grego indica, pelo uso do imperfeito aqui, como em 2.44,45. O lembrete do versículo 34 é, literalmente: ‘porque todos os que possuíam herdades ou casas, vendendo-as [tempo presente — de tempos em tempos, conforme surgisse a necessidade], traziam o preço do que fora vendido’. Isto não significa que todos vendiam as suas propriedades ao mesmo tempo e colocavam o dinheiro em um cofre comum. Ao contrário, cada crente conservava a sua propriedade como uma garantia, a ser usada de qualquer modo necessário pela igreja. Esta é a verdadeira administração cristã.” (Comentário Bíblico Beacon: João e Atos. Volume 7. Rio de Janeiro: CPAD, 2024, p.236).

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CONCLUSÃO


Chegamos à conclusão de mais uma lição bíblica. Vimos como o amor de Deus, derramado nos corações da Primeira Igreja, mobilizou os crentes a socorrer os mais necessitados. Isso aconteceu de forma voluntária quando cada um, de acordo com suas posses, se prontificava a dar do que lhe pertencia. Não há igreja cristã verdadeira sem essa identificação com o outro. Ninguém pode fechar os olhos diante da necessidade alheia e se auto intitular de cristão. O verdadeiro amor se realiza no atendimento da necessidade do próximo.

REVISANDO O CONTEÚDO


1.Como o evangelista Lucas se refere à igreja?
Lucas se refere à igreja como a “multidão dos que criam”.

 2. O que a expressão “era um o coração e a alma” mostra?
A expressão “um coração e alma” mostra a igreja em sua essência, revelando sua união interna.

3. De acordo a lição, qual é o melhor ambiente para a manifestação dos dons do Espírito?
De acordo com a lição, o melhor ambiente para a manifestação dos dons do Espírito é em uma igreja onde o amor de Deus está presente.

4. O que a equidade busca fazer?
A equidade busca ajustar o desequilíbrio entre as pessoas, reconhecendo igualmente o direito de cada um, diferentemente da igualdade.

5. O que o texto bíblico deixa claro em relação aos crentes de Atos 4?
O texto bíblico deixa claro que havia voluntariedade nos crentes em ajudar uns aos outros.

Escola Bíblica 3º Trimestre de 2025AdultosA igreja em Jerusalém: Doutrina, comunhão e fé; a base para o crescimento da igreja em meio as perseguições Neweb Compromisso com a Palavra
Pb. Rogério Faustino Escola Bíblica 3º Trimestre de 2025 Compromisso com a Palavra

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PDF DO ESBOÇO DA LIÇÃO
VIDEO DO ESBOÇO DA LIÇÃO

Revista Ensinador Cristão
Caríssimo(a) professor(a), a paz do Senhor. Nestarica oportunidade, seus alunos aprenderão sobre um tema primordial para a saúde espiritual da igreja: o amor cristão. O amor é o elo que mantém a igreja do Senhor unida e disposta a cumprir sua missão neste mundo. De modo geral, a igreja tem como missão cumprir o "Ide" ordenado pelo Senhor Jesus. Esse Ide se traduz no tra-balho de evangelização e discipulado, mas também na consolidação dos crentes na fé em Cristo. Trata-se de um processo de amadurecimento da vida cristã em que o amor é a pedra fundamental. A Bíblia menciona o amor como "o vínculo da perfeição" (Cl 3.14).

O amor é a marca registrada da igreja de Cristo. Em um mundo contaminado pelo pecado, repleto de maldades, mentiras, egoísmo e violência, a humanidade procura um ambiente onde possa encontrar esperança, acolhimento, verdade, paz e, sobretudo, o amor. Nesse sentido, a igreja de Cristo representa a única porta capaz de oferecer essas virtudes. Para Thom S. Rainer, em sua obra Igreja Acolhedora: Como Criar um Ministério de Acolhimento, editada pela CPAD, "[...] quando as pessoas não crentes se sentem bem-vindas, elas retornam. Quando retornam, elas têm mais oportunidades de ouvir a pregação do Evangelho e desenvolver relacionamento com os crentes da igreja. E, muitas vezes, esses relacionamentos são usados por Deus para levar as pessoas ao seu Filho, Jesus Cristo. [...] Embora devamos, definitivamente, alcançar as pessoas que estão além das paredes de nossas igrejas, imagine a diferença que faríamos se fôssemos eficazes em receber as pessoas que nos visitam. O primeiro grande passo no caminho para se tornar uma igreja acolhedora é entender a importânciaincrível desse ministério" (2018, p. 82).

Nesse sentido, fica evidente que o acolhimento demonstrado pela igreja é reflexo do nível de relacionamento experimentado entre os seus membros. Quando os irmãos de uma igreja são movidos pelo amor de Deus de forma abundante em seus corações as relações interpessoais, por mais desafiadoras que sejam, são conduzidas em perfeita harmonia. Para tanto, é preciso conscientizar os rmãos acerca do propósito maior para o qual a igreja existe: ganhar almas para o Reino de Deus. Quando o foco maior dos irmãos em Cristo está em cumprir o "Ide", ordenado por nosso Senhor (Mc 16.15), não haverá espaço para desavenças, divisões, contendas ou animosidades que deterioraram as relações e tornam o testemunho da igreja ineficaz. Que possamos permitir que o Espírito Santo direcione cada coração de acordo com Seu propósito e, assim, seremos uma igreja acolhedora e cheia do amor de Deus.

Ensinador Cristão 38

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