TEXTO ÁUREO
“E era um o
coração e a alma da multidão dos que criam, e ninguém dizia que coisa alguma do
que possuía era sua própria, mas todas as coisas lhes eram comuns.” (At 4.32).
VERDADE
PRÁTICA
O amor é o
elo que mantém a unidade da igreja local. Sem o amor, não existe relacionamento
cristão saudável.
LEITURA
DIÁRIA
Segunda — O amor como mandamento divino.
³⁴ Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis.
João 13.34
Terça — O amor de Deus derramado nos corações.
⁵ E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado.
Romanos 5.5
Quarta — O amor como um dever cristão da fraternidade.
⁹ Quanto, porém, ao amor fraternal, não necessitais de que vos escreva, visto que vós mesmos estais instruídos por Deus que vos ameis uns aos outros;
1 Tessalonicenses 4.9
Quinta — Amando o próximo como a nós mesmos.
³⁹ E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.
Mateus 22.39
Sexta — Amando de coração.
¹⁸ Meus filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas por obra e em verdade.
1 João 3.18
Sábado — O amor cobre a multidão de pecados.
⁸ Mas, sobretudo, tende ardente amor uns para com os outros; porque o amor cobrirá a multidão de pecados.
1 Pedro 4.8
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE
Atos
4.32-37.
³² E era
um o coração e a alma da multidão dos que criam, e ninguém dizia que coisa
alguma do que possuía era sua própria, mas todas as coisas lhes eram comuns.
³³ E os
apóstolos davam, com grande poder, testemunho da ressurreição do Senhor Jesus,
e em todos eles havia abundante graça.
³⁴ Não
havia, pois, entre eles necessitado algum; porque todos os que possuíam
herdades ou casas, vendendo-as, traziam o preço do que fora vendido e o
depositavam aos pés dos apóstolos.
³⁵ E
repartia-se a cada um, segundo a necessidade que cada um tinha.
³⁶ Então,
José, cognominado, pelos apóstolos, Barnabé (que, traduzido, é Filho da
Consolação), levita, natural de Chipre,
³⁷ possuindo uma herdade, vendeu-a, e trouxe o preço, e o depositou aos pés dos
apóstolos.
HINOS DA HARPA CRISTÃ
1 Deus nos guarde bem no Seu amor;
Onde quer que nos achemos,
O Seu nome louvaremos;
Deus nos guarde bem no Seu amor!
Ao voltar Jesus vamos nós estar
Livres de qualquer separação;
U’a coroa, então vamos, sim, formar,
Lá no céu, na eternal mansão.
2 Deus nos guarde em santificação
Nas agruras da jornada,
Que é mui breve terminada!
Deus nos guarde em Santificação!
3 Deus nos guarde e nos conceda paz,
De que tanto carecemos;
Ó, enquanto aqui vivemos,
Deus nos guarde e nos conceda paz.
Autor ou Tradutor: E.C Emílio Conde
1 Em Jesus, vivendo cada dia,
Em Jesus eu tenho alegria!
Em Jesus, oh, doce harmonia!
Em Jesus, desfruto a paz de Deus!
2 Em Jesus, na rocha inabalável,
Em Jesus, no homem incomparável!
Em Jesus, no Deus tão adorável!
Em Jesus, o mal não temerei!
3 Em Jesus a graça é infinita,
Em Jesus, oh! bênção inaudita;
Em Jesus, minh'a!ma é bendita;
Em Jesus eu tenho salvação!
4 Em Jesus não temo o mal e a morte,
Em Jesus estou firmado e forte!
Em Jesus meu barco ruma ao norte;
Em Jesus eu sempre hei de vencer!
Autor ou Tradutor: P.L.M Paulo Leivas Macalão
1 Bendito Jesus, nós chamamos por Ti,
Cercamos Tua mesa, Senhor;
Por Teu Paracleto nos preside aqui;
Vem encher-nos de santo fervor.
2 A grande ternura do Teu coração
Chamou-nos aqui, oh! Senhor!
Pra nós celebrarmos em santa união,
Tua morte, oh! bom Redentor!
3 Os pés dos Teus servos lavando, Senhor,
Quiseste o exemplo nos dar,
Da Tua humildade, do Teu grande amor,
Que entre nós deve sempre reinar.
4 Abençoaste o pão e o partiste a dizer:
“Tomai o meu corpo e comei,
E todas as vezes, pois é o dever,
Em memória de Mim o fazei”.
5 O cálice da Nova Aliança de amor,
No Teu sangue, ó meigo Jesus,
Nos encha de graça, de novo vigor,
Nos anime na senda da luz!
6 Queremos, Jesus, neste ato de amor,
O Teu memorial celebrar;
Pra nós ele tem um infinito valor,
Um valor que jamais vai cessar.
Autor ou Tradutor: *** Autor desconhecido
PLANO DE
AULA
1.
INTRODUÇÃO
Nas páginas
de Atos, a Igreja de Jerusalém floresce como um testemunho vibrante do poder
transformador do Evangelho. Nesta lição, exploraremos o amor e a unidade que
moldaram essa comunidade pioneira, desde o Pentecostes até os desafios que
testaram sua fé. O amor fraternal, a oração incessante e a ousadia missionária
se tornaram as marcas distintivas dessa igreja, inspirando-nos a buscar um
relacionamento mais profundo com Cristo e a viver em comunhão uns com os
outros. Que a jornada da Igreja de Jerusalém nos motive a edificar igrejas
locais que difundem o amor de Deus!
2.
APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos
da Lição:
I) Compreender como o amor se manifesta na comunhão cristã,
promovendo a unidade e o crescimento da igreja;
II) Reconhecer a graça de Deus
como a fonte do amor cristão;
III) Incentivar a prática da solidariedade cristã
como expressão do amor.
B)
Motivação:
Em meio à complexidade do mundo moderno, onde o individualismo e a
indiferença se manifestam, a Igreja é chamada a ser um farol de esperança e
amor. Ao explorarmos a dinâmica da Igreja de Jerusalém, somos desafiados a
refletir sobre a essência da nossa comunhão. Que esta lição nos inspire a
cultivar um amor genuíno, a manifestar a graça divina em nossas ações e a
praticar a solidariedade, para que, assim como a igreja primitiva, possamos impactar
nossa sociedade com a mensagem transformadora do Evangelho.
C) Sugestão
de Método:
Para envolver os alunos desde o início, sugerimos que inicie a aula
com uma dinâmica. Solicite à classe para que imagine como seria viver em uma
comunidade onde todos compartilham seus bens e se dedicam à oração e ao estudo
da Palavra. Em seguida, convide pelo menos três alunos(as) a apresentar suas
ideias, destacando os desafios e benefícios dessa forma de vida. Essa atividade
prática ajudará os alunos a se conectarem com a realidade da Igreja de
Jerusalém, preparando-os para explorar as lições sobre amor, graça e
solidariedade presentes nos primeiros capítulos de Atos.
3. CONCLUSÃO
DA LIÇÃO
A)
Aplicação:
Que o exemplo da Igreja de Jerusalém nos inspire a cultivar um amor
genuíno e prático, manifestando a graça de Deus em nossas ações diárias. Que a
solidariedade e a comunhão sejam marcas distintivas de nossa igreja local.
4. SUBSÍDIO
AO PROFESSOR
A) Revista
Ensinador Cristão.
Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens,
artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição
102, p.38, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios
Especiais:
Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na
preparação de sua aula:
1) O texto “Propriedades São Vendidas e Distribuídas”,
localizado depois do segundo tópico, traz uma reflexão do equilíbrio entre a
manifestação de poder e sinais e a manifestação da generosidade cristã;
2) No
final do terceiro tópico, o texto “Consagração” traz uma reflexão a respeito da
dinâmica da solidariedade da igreja de Jerusalém.
Nesta lição,
veremos como o amor de Deus se manifesta numa igreja genuinamente cristã. Ele
capacita a igreja a enxergar os mais necessitados e a buscar caminhos para que
suas carências sejam atendidas. Esse amor, contudo, não é um mero sentimento
humano. Em vez disso, ele é a expressão máxima da graça de Deus que foi
derramada abundantemente nos corações daqueles que creem em Jesus. Somente
através do amor de Deus o cristão aprende a ser solidário e generoso com
aqueles que precisam ter suas necessidades supridas.
Palavra-Chave: Amor
I. O AMOR MANIFESTADO NA
COMUNHÃO CRISTÃ
1. O
crescimento da Igreja Cristã. Nesse ponto de sua narrativa, Lucas se refere à
igreja como a “multidão dos que criam” (v.32). Essa expressão pode ser
entendida com o sentido de um “grande número” ou “assembleia”. A Igreja que
havia começado com 120 discípulos, agora é uma grande multidão. Uma igreja
pequena possui a mesma natureza e essência de uma igreja grande. Assim como uma
igreja grande, uma pequena igreja também enfrenta seus problemas e desafios.
Contudo, os desafios e problemas de um grande povo são maiores em proporção em
relação a uma pequena. Eles se tornam mais complexos e, portanto, mais
desafiadores.
2. Os
desafios do crescimento.
Assim, vemos a Igreja de Jerusalém crescer em escala
geométrica. Ela se multiplicava (At 6.7 - ⁷ E crescia a palavra de Deus, e em Jerusalém se multiplicava muito o número dos discípulos, e grande parte dos sacerdotes obedecia à fé.) e com isso os desafios também eram
maiores. Como essa igreja, que até pouco tempo não passava de um pequeno
número, se comportaria com o novo formato adquirido? Ela manteria a unidade em
meio à complexidade? Somente o amor poderia manter o elo fraterno entre os
crentes. De fato, Paulo dirá que o “amor de Deus” foi derramado nos corações
dos crentes pelo Espírito Santo (Rm 5.5 - ⁵ E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado.); aos colossenses, o apóstolo dos
gentios disse que o amor “é o vínculo da perfeição” (Cl 3.14 - ¹⁴ E, sobre tudo isto, revesti-vos de amor, que é o vínculo da perfeição.). Somente através
do amor cristão a igreja pode manter-se unida. Quando uma igreja se fragmenta e
se divide, isso significa que o egoísmo tomou o lugar do amor em algum ponto.
3. A vida
interior.
A expressão “era um o coração e a alma” (At 4.32) mostra a igreja em
sua essência, revelando sua união interna. O Espírito Santo capacitou
poderosamente os cristãos para cumprir a missão fora da igreja (At 1.8 - ⁸ Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra. ), para a
tarefa do evangelismo (At 4.31,33 - ³¹ E, tendo orado, moveu-se o lugar em que estavam reunidos; e todos foram cheios do Espírito Santo, e anunciavam com ousadia a palavra de Deus. ³² E era um o coração e a alma da multidão dos que criam, e ninguém dizia que coisa alguma do que possuía era sua própria, mas todas as coisas lhes eram comuns. ³³ E os apóstolos davam, com grande poder, testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça. ; 8.6,7 - ⁶ E as multidões unanimemente prestavam atenção ao que Filipe dizia, porque ouviam e viam os sinais que ele fazia; ⁷ Pois que os espíritos imundos saíam de muitos que os tinham, clamando em alta voz; e muitos paralíticos e coxos eram curados.), mantendo os crentes unidos
internamente.
A união e o
amor entre os cristãos, impulsionados pelo Espírito Santo, fortalecem a Igreja
e sua missão.
Escola
Bíblica ︱3º Trimestre de 2025︱Adultos︱A igreja em Jerusalém:
Doutrina, comunhão e fé; a base para o crescimento da igreja em meio as
perseguições ︱Neweb ︱Compromisso com a Palavra
II. O AMOR COMO
MANIFESTAÇÃO DA GRAÇA
1. A graça
como manifestação do Espírito.
O melhor ambiente para a manifestação dos dons
do Espírito é em uma igreja onde o amor de Deus está presente. Lucas nos
informa que “os apóstolos davam, com grande poder, testemunho da ressurreição do
Senhor Jesus” (At 4.33). O contexto nos mostra que o Espírito opera em um
ambiente que lhe é propício, isto é, onde a igreja está banhada no amor
cristão. Muitos podem cair na tentação de achar que o segredo para ter uma
igreja imersa no Espírito, isto é, onde os dons espirituais se manifestam com
regularidade, tem a ver com cumprir determinadas regras e normas estabelecidas.
Regras são importantes e não podemos viver sem elas. Contudo, o Espírito opera
no ambiente onde há comunhão entre os irmãos. Às vezes, podemos quebrar a
comunhão com os outros, achando que não tem importância, mas Jesus ensina que,
para ser perdoado por Deus, devemos perdoar sinceramente nossos irmãos (Mt
6.15 - ¹⁵ Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai vos não perdoará as vossas ofensas. ; 18.35 - ³⁵ Assim vos fará, também, meu Pai celestial, se do coração não perdoardes, cada um a seu irmão, as suas ofensas.). Qualquer ensino contrário a isso é falso.
2. A graça
como favor imerecido.
Há ainda um outro aspecto da graça de Deus revelada neste
texto: “em todos eles havia abundante graça” (At 4.33). Isso significa que a
graça de Deus estava manifestada tanto nos apóstolos como em toda a igreja.
Esse texto não se encontra deslocado, mas é posto aqui com o propósito de
mostrar a razão ou motivo daquele contagiante ambiente cristão. Uma igreja
dinâmica, que demonstra amor para com seu próximo e na qual o Espírito Santo se
manifesta de forma abundante, é uma igreja que reflete a graça de Deus. Na
Bíblia, podemos perceber que a graça de Deus gerou entre os crentes um
sentimento de gratidão por terem sido, sem merecimento algum, capacitados por
Deus para viverem uma vida abundante. Isso se torna um padrão nas demais
igrejas do Novo Testamento (1 Ts 4.9 - ⁹ Quanto, porém, ao amor fraternal, não necessitais de que vos escreva, visto que vós mesmos estais instruídos por Deus que vos ameis uns aos outros;). Vemos, por exemplo, esse sentimento de
gratidão como uma resposta à graça de Deus na pessoa do apóstolo Paulo (1 Co
15.10 - ¹⁰ Mas pela graça de Deus sou o que sou; e a sua graça para comigo não foi vã, antes trabalhei muito mais do que todos eles; todavia não eu, mas a graça de Deus, que está comigo. ). Somente a graça gera tamanho sentimento de gratidão.
A graça de
Deus se revela no amor cristão, capacitando os crentes a viverem
equilibradamente entre a comunhão e a prática dos dons espirituais.
AUXÍLIO
BÍBLICO-TEOLÓGICO
“PROPRIEDADES
SÃO VENDIDAS E DISTRIBUÍDAS.
É significativo que a palavra ‘poder’ seja
descrita como ‘grande’ (v.33), indicando a manifestação do poder de Deus em
sinais e prodígios. Milagres acompanham e confirmam a pregação dos apóstolos
sobre a ressurreição de Cristo, da mesma maneira que milagres acompanharam o
ministério de Jesus. Ao mesmo tempo, Deus derrama ‘abundante graça’ na comunidade
de crentes (v.33), significando que são regados com ricas bênçãos. A evidência
da graça divina é vista na pregação e no alívio das necessidades materiais dos
pobres. O ideal do Antigo Testamento de que não devesse haver pobres entre os
israelitas (Dt 15.4) é percebido na Igreja pela generosidade dos membros com
suas riquezas. À medida que as necessidades surgem de tempo em tempo, aqueles
que estão em melhor situação vendem a propriedade e trazem a renda aos
apóstolos. A expressão ‘depositavam aos pés dos apóstolos’ (v.35; At 5.2)
indica que os apóstolos estão sentados e, talvez, ensinando. A frase também
revela autoridade, pois à medida que o dinheiro lhes é entregue, eles servem de
autoridades administrativas para sua distribuição a cada pessoa de acordo com a
necessidade.” (Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Volume 1. Rio de
Janeiro: CPAD, 2024, p.649).
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III. A MANIFESTAÇÃO DO
AMOR NA SOLIDARIEDADE CRISTÃ
1. A busca
pela equidade.
O Dicionário Aurélio de Língua Portuguesa conceitua “equidade”
como a “disposição de reconhecer igualmente o direito de cada um”. Assim,
diferentemente da igualdade, a equidade não enxerga as pessoas como sendo todas
iguais e, por isso, busca formas de ajustar o desequilíbrio entre elas. Em
Jerusalém não havia um nivelamento social, nem todos possuíam as mesmas
condições. Havia pessoas mais abastadas, e havia pobres também. Estes,
geralmente, em maior número. Logo, a igreja demonstrou ser sensível a essa
realidade, procurando tratar dessa situação (At 4.34 - ³⁴ Não havia, pois, entre eles necessitado algum; porque todos os que possuíam herdades ou casas, vendendo-as, traziam o preço do que fora vendido, e o depositavam aos pés dos apóstolos.), sendo solidária com a
situação dos menos favorecidos.
2.
Propriedade e compartilhamento.
Estudiosos observam que a igreja de Jerusalém
vivia uma comunidade de compartilhamento, não de domínio. Os crentes mantinham
a propriedade de seus bens, mas os disponibilizavam conforme a necessidade de
cada um. Desse modo, eles compartilhavam tudo o que tinham. Isso pode ser
observado com Maria, mãe de João Marcos. Ela também pertencia à igreja de
Jerusalém e em vez de vender sua casa, a pôs a serviço da igreja, transformando-a
em uma casa de oração onde a igreja se reunia (At 12.12 - ¹² E, considerando ele nisto, foi à casa de Maria, mãe de João, que tinha por sobrenome Marcos, onde muitos estavam reunidos e oravam.). A prática da
generosidade pode mudar de acordo com o tempo, lugar e circunstâncias; contudo,
o princípio que a governa permanece o mesmo. Podemos fazer o bem a quem necessita
de uma forma ou de outra.
3. Um
exemplo da voluntariedade.
Lucas destaca que “os que possuíam herdades ou
casas, vendendo-as, traziam o preço do que fora vendido e o depositavam aos pés
dos apóstolos” (At 4.34). Nada aqui foi feito de forma obrigatória. Ninguém
contribuiu porque foi constrangido a isso. O texto bíblico deixa claro que
havia voluntariedade nos crentes em ajudar uns aos outros. Havia uma
consciência de pertencimento e, por isso, ninguém deseja ver o outro excluído.
Isso era a manifestação do grande amor de Deus derramado nos corações daqueles
crentes.
O amor se
expressa na prática da solidariedade, onde os cristãos cuidam dos necessitados
e buscam a equidade na comunidade.
AUXÍLIO
BÍBLICO-TEOLÓGICO
“CONSAGRAÇÃO. [...] Como observamos em 2.44,45, a indicação não é a de que toda propriedade
privada de bens fosse abolida — como se faz em algumas comunidades religiosas.
Mas a sinceridade da consagração dos primeiros cristãos era tal que se poderia
dizer: Não havia, pois, entre eles necessitado algum (34). Por quê? Porque
quando surgisse uma necessidade, alguém venderia algum bem e traria o dinheiro
para solucionar a emergência. Isto é o que o texto grego indica, pelo uso do
imperfeito aqui, como em 2.44,45. O lembrete do versículo 34 é, literalmente:
‘porque todos os que possuíam herdades ou casas, vendendo-as [tempo presente —
de tempos em tempos, conforme surgisse a necessidade], traziam o preço do que
fora vendido’. Isto não significa que todos vendiam as suas propriedades ao
mesmo tempo e colocavam o dinheiro em um cofre comum. Ao contrário, cada crente
conservava a sua propriedade como uma garantia, a ser usada de qualquer modo
necessário pela igreja. Esta é a verdadeira administração cristã.” (Comentário
Bíblico Beacon: João e Atos. Volume 7. Rio de Janeiro: CPAD, 2024, p.236).
Escola
Bíblica ︱3º Trimestre de 2025︱Adultos︱A igreja em Jerusalém:
Doutrina, comunhão e fé; a base para o crescimento da igreja em meio as
perseguições ︱Neweb ︱Compromisso com a Palavra
Chegamos à
conclusão de mais uma lição bíblica. Vimos como o amor de Deus, derramado nos
corações da Primeira Igreja, mobilizou os crentes a socorrer os mais
necessitados. Isso aconteceu de forma voluntária quando cada um, de acordo com
suas posses, se prontificava a dar do que lhe pertencia. Não há igreja cristã
verdadeira sem essa identificação com o outro. Ninguém pode fechar os olhos
diante da necessidade alheia e se auto intitular de cristão. O verdadeiro amor
se realiza no atendimento da necessidade do próximo.
1.Como o
evangelista Lucas se refere à igreja?
Lucas se
refere à igreja como a “multidão dos que criam”.
2. O que a
expressão “era um o coração e a alma” mostra?
A expressão
“um coração e alma” mostra a igreja em sua essência, revelando sua união
interna.
3. De acordo
a lição, qual é o melhor ambiente para a manifestação dos dons do Espírito?
De acordo
com a lição, o melhor ambiente para a manifestação dos dons do Espírito é em
uma igreja onde o amor de Deus está presente.
4. O que a
equidade busca fazer?
A equidade
busca ajustar o desequilíbrio entre as pessoas, reconhecendo igualmente o
direito de cada um, diferentemente da igualdade.
5. O que o
texto bíblico deixa claro em relação aos crentes de Atos 4?
O texto
bíblico deixa claro que havia voluntariedade nos crentes em ajudar uns aos
outros.
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Bíblica ︱3º Trimestre de 2025︱Adultos︱A igreja em Jerusalém:
Doutrina, comunhão e fé; a base para o crescimento da igreja em meio as
perseguições ︱Neweb ︱Compromisso com a Palavra
Pb. Rogério Faustino
︱Escola
Bíblica ︱3º
Trimestre de 2025︱ Compromisso com a Palavra
ARQUIVOS:
PDF DO ESBOÇO DA LIÇÃO
VIDEO DO ESBOÇO DA LIÇÃO
Revista Ensinador Cristão
Caríssimo(a) professor(a),
a paz do Senhor. Nestarica oportunidade, seus alunos aprenderão sobre um tema
primordial para a saúde espiritual da igreja: o amor cristão. O amor é o elo
que mantém a igreja do Senhor unida e disposta a cumprir sua missão neste
mundo. De modo geral, a igreja tem como missão cumprir o "Ide" ordenado
pelo Senhor Jesus. Esse Ide se traduz no tra-balho de evangelização e
discipulado, mas também na consolidação dos crentes na fé em Cristo. Trata-se
de um processo de amadurecimento da vida cristã em que o amor é a pedra fundamental.
A Bíblia menciona o amor como "o vínculo da perfeição" (Cl 3.14).
O amor é a marca registrada
da igreja de Cristo. Em um mundo contaminado pelo pecado, repleto de maldades,
mentiras, egoísmo e violência, a humanidade procura um ambiente onde possa
encontrar esperança, acolhimento, verdade, paz e, sobretudo, o amor. Nesse sentido,
a igreja de Cristo representa a única porta capaz de oferecer essas virtudes.
Para Thom S. Rainer, em sua obra Igreja Acolhedora: Como Criar um Ministério de
Acolhimento, editada pela CPAD, "[...] quando as pessoas não crentes se sentem
bem-vindas, elas retornam. Quando retornam, elas têm mais oportunidades de
ouvir a pregação do Evangelho e desenvolver relacionamento com os crentes da
igreja. E, muitas vezes, esses relacionamentos são usados por Deus para levar
as pessoas ao seu Filho, Jesus Cristo. [...] Embora devamos, definitivamente,
alcançar as pessoas que estão além das paredes de nossas igrejas, imagine a
diferença que faríamos se fôssemos eficazes em receber as pessoas que nos visitam.
O primeiro grande passo no caminho para se tornar uma igreja acolhedora é
entender a importânciaincrível desse ministério" (2018, p. 82).
Nesse sentido, fica
evidente que o acolhimento demonstrado pela igreja é reflexo do nível de
relacionamento experimentado entre os seus membros. Quando os irmãos de uma
igreja são movidos pelo amor de Deus de forma abundante em seus corações as
relações interpessoais, por mais desafiadoras que sejam, são conduzidas em perfeita
harmonia. Para tanto, é preciso conscientizar os rmãos acerca do propósito
maior para o qual a igreja existe: ganhar almas para o Reino de Deus. Quando o
foco maior dos irmãos em Cristo está em cumprir o "Ide", ordenado por
nosso Senhor (Mc 16.15), não haverá espaço para desavenças, divisões, contendas
ou animosidades que deterioraram as relações e tornam o testemunho da igreja
ineficaz. Que possamos permitir que o Espírito Santo direcione cada coração de
acordo com Seu propósito e, assim, seremos uma igreja acolhedora e cheia do
amor de Deus.
Ensinador Cristão 38
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