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LIÇÃO 06: AS NOSSAS ARMAS ESPIRITUAIS.

 
TEXTO ÁUREO

“Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas, sim, poderosas em Deus, para destruição das fortalezas.” (2 Co 10.4)
 
VERDADE PRÁTICA

Diante da batalha espiritual, temos poderosas armas espirituais à nossa disposição: a Palavra de Deus, a Oração e o Jejum.
 
LEITURA DIÁRIA

Segunda – Ef 6.1,2 As armas de crente são espirituais e devem ser usadas na jornada.
¹¹ Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo.
¹² Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais.
Efésio 6.11,12

Terça – 1 Pe 5.8 O Inimigo apresenta diversas estratégias contra nós.
⁸ Sede sóbrios; vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar;
1 Pedro 5.8

Quarta – Mt 4.4; 1 Pe 2.2 A Palavra de Deus, uma poderosa arma espiritual.
⁴ Ele, porém, respondendo, disse: Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus.
Mateus 4.4

² Desejai afetuosamente, como meninos novamente nascidos, o leite racional, não falsificado, para que por ele vades crescendo;
1 Pedro 2.2

Quinta – Sl 55.17, Ef 6.18 A Oração, urna arma espiritual Indispensável.
¹⁷ De tarde e de manhã e ao meio-dia orarei; e clamarei, e ele ouvirá a minha voz.
Salmos 55.17

¹⁸ Orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito, e vigiando nisto com toda a perseverança e súplica por todos os santos,
Efésios 6.18

Sexta – Mt 4.1-4; At 13.2,3 O Jejum, um instrumento espiritual indispensável na caminhada.
¹ Então foi conduzido Jesus pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo.
² E, tendo jejuado quarenta dias e quarenta noites, depois teve fome;
³ E, chegando-se a ele o tentador, disse: Se tu és o Filho de Deus, manda que estas pedras se tornem em pães.
⁴ Ele, porém, respondendo, disse: Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus.
Mateus 4.1-4
² E, servindo eles ao Senhor, e jejuando, disse o Espírito Santo: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado.
³ Então, jejuando e orando, e pondo sobre eles as mãos, os despediram.
Atos 13.2,3
Sábado – 2 Tm 3.16; Jo 17.9,20-22 At 14.23 Estudando a Palavra, orando e jejuando.
¹⁶ Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça;
2 Timóteo 3.16
⁹ Eu rogo por eles; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus.
²⁰ E não rogo somente por estes, mas também por aqueles que pela tua palavra hão de crer em mim;
²¹ Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste.
²² E eu dei-lhes a glória que a mim me deste, para que sejam um, como nós somos um.
João 17.9,20-22
²³ E, havendo-lhes, por comum consentimento, eleito anciãos em cada igreja, orando com jejuns, os encomendaram ao Senhor em quem haviam crido.
Atos 14.23
212 - Os Guerreiros Se Preparam
Paulo Leivas Macalão

1 Os guerreiros se preparam para a grande luta
É Jesus, o Capitão, que avante os levará.
A mílicia dos remidos marcha impoluta;
Certa que vitória alcançará!
 
Eu quero estar com Cristo,
Onde a luta se travar,
No lance imprevisto
Na frente m’encontrar.
Até que O possa ver na glória,
Se alegrando da vitória,
Onde Deus vai me coroar!

 
2 Eis os batalhões de Cristo prosseguindo avante,
Não os vês com que valor combatem contra o mal?
Podes tu ficar dormindo, mesmo vacilante,
Quando atacam outros a Belial?
 
3 Dá-te pressa, não vaciles, hoje Deus te chama
Para vires pelejar ao lado do Senhor;
Entra na batalha onde mais o fogo inflama,
E peleja contra o vil tentador!
 
4 A peleja é tremenda, torna-se renhida,
Mas são poucos os soldados para batalhar;
Ó vem libertar as pobres almas oprimidas
De quem furioso, as quer tragar!

225 - Sê Valente
Almeida Sobrinho

1 Na batalha contra o mal, sê valente!
Segue em marcha triunfal, sê valente!
Olha o alvo que á Jesus,
Que à vitória te conduz;
Ó não deixes tua cruz,
Sê valente!
 
Sê valente! Pelejando por Jesus,
Sê valente! Nunca rejeitando a cruz!
Firme sempre no amor,
Com indômito valor,
Cheio do Consolador,
Sê valente!
 
2 Se o maligno t’enfrentar, sê valente!
Lutarás sem recuar, sÊ valente!
Seja aqui, ou onde for,
Escudado no Senhor.
Mostrarás o teu valor;
Sê valente!
 
3 Co’altruísmo, com poder,sê valente!
Franco, sem o mal temer, sê valente!
Aos caídos em redor.
Manifesta-lhes o amor;
E serás um vencedor;
Sê valente!
 
4 O Evangelho a proclamar, sê valente!
No Brasil, em terra ou mar, sê valente!
Tua vida enobrecer!
Sempre com Jesus viver,
E a ti também vencer;
Sê valente!

305 - Campeões da luz
Eufrosine Kastberg / Emílio Conde

1 Soldados somos de Jesus
E campeões do bem, da luz;
Nos exércitos de Deus,
Batalhamos pelos céus,
Cantando, vamos combater.
O vil pecado e seu poder;
A batalha ganha está;
A vitória Deus nos dá.
 
Breve vamos terminar a batalha aqui,
E p ‘ra sempre descansar com Jesus ali;
Todos os que são fiéis ao bom Capitão,
Hão de receber lauréis como galardão.
 
2 Levai o escudo, sim, da fé,
Pois a peleja dura é,
Mas promessa temos nós
De jamais lutarmos sós.
– As flechas do mal não temer,
Mas combater até vencer,
Olham os campeões p’ros céus,
A vitória vem de Deus.
 
3 Se alguém cansado se encontrar,
Sem forças para pelejar,
O Senhor quer te ajudar
A vitória alcançar;
O mal vencendo avançai,
E hinos a Jesus cantai,
E da salvação falai;
Almas ao Senhor levai.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Lucas 4.1-4, 16-20
¹ E Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão e foi levado pelo Espírito ao deserto.
² E quarenta dias foi tentado pelo diabo, e, naqueles dias, não comeu coisa alguma, e, terminados eles, teve fome.
³ E disse-lhe o diabo: Se tu és o Filho de Deus, dize a esta pedra que se transforme em pão.
⁴ E Jesus lhe respondeu, dizendo: Escrito está que nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra de Deus.
¹⁶ E, chegando a Nazaré, onde fora criado, entrou num dia de sábado, segundo o seu costume, na sinagoga e levantou-se para ler.
¹⁷ E foi-lhe dado o livro do profeta Isaías; e, quando abriu o livro, achou o lugar em que estava escrito:
¹⁸ O Espírito do Senhor é sobre mim, pois que me ungiu para evangelizar os pobres. Enviou-me a curar os quebrantados de coração,
¹⁹ A apregoar liberdade aos cativos, a dar vista aos cegos, a por em liberdade os oprimidos, a anunciar o ano aceitável do Senhor.
²⁰ E, cerrando o livro e tornando a dá-lo ao ministro, assentou-se; e os olhos de todos na sinagoga estavam fitos Nele.
 
PLANO DE AULA

1- INTRODUÇÃO

Travamos uma grande Batalha Espiritual. Essa batalha não é contra pessoas, mas contra principados e potestades no mundo espiritual. Por isso, nossas armas não podem ser humanas nem carnais. Na Batalha Espiritual lutamos com armas espirituais. Por isso, nesta lição estudaremos sobre a realidade dessa batalha, mostraremos as três grandes armas espirituais que o crente tem a sua disposição e o maior modelo que temos em Jesus no uso dessas “armas celestiais”.

2- APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO

A) Objetivos da Lição:
I) Enfatizar o sentido que as armas do crente recebem nas Escrituras;
II) Esclarecer a respeito das três principais armas espirituais do crente;
III) Mostrar Jesus Cristo como o nosso maior modelo de quem usou as armas espirituais.

B) Motivação: 
A Batalha Espiritual é real. Por isso, para lutarmos nessa batalha, devemos usar as armas espirituais. Nesse caso, o crente em Jesus vence as suas lutas com o uso da Palavra de Deus, do Jejum e da Oração. Essas são as armas legítimas de todo salvo em Cristo. Que armas você tem usado na Batalha Espiritual?

C) Sugestão de Método: 
Inicie a exposição do segundo tópico, dizendo à classe que na história do Cristianismo três disciplinas sempre estiveram em destaque: a meditação na Palavra de Deus, a prática da oração e a prática do jejum. Essas disciplinas sempre acompanharam o ministério de pastores, evangelistas e avivalistas ao longo do tempo. Por isso, peça aos alunos que digam o que eles pensam a respeito do valor dessas disciplinas para as suas vidas. Dê um tempo para eles se expressarem e os ouça com atenção. Em seguida, enfatiza que essas disciplinas espirituais estão presentes como prática na Bíblia e confirmadas ao longo da história. Assim, informe que o propósito de estudarmos sobre elas é para que essas disciplinas estejam presentes em nossa vida como estavam no ministério de Jesus, da Igreja Primitiva e dos grandes líderes de nossa história.

3- CONCLUSÃO DA LIÇÃO

A) Aplicação: 
Conclua a lição desta semana, afirmando que precisamos meditar na Palavra de Deus, jejuar e orar. Por meio dessas disciplinas espirituais temos experiências gloriosas com Deus. Assim, nossa vida com Cristo nunca mais é a mesma.

4- SUBSÍDIO AO PROFESSOR

A) Revista Ensinador Cristão. 
Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 97, p.39, você encontrará um subsídio especial para esta lição.

B) Auxílios Especiais: 
Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula:
1) O texto “Contra as astutas ciladas do Diabo”, localizado depois do primeiro tópico, destaca a batalha espiritual do crente para aprofundar o tópico;
2) O texto “Jejuando quarenta dias”, ao final do segundo tópico, expande a reflexão a respeito da prática piedosa do Senhor Jesus.
 
INTRODUÇÃO

Na lição anterior, estudamos a respeito de três opositores que se mostram como obstáculos de nossa jornada: o Diabo, a Carne e o Mundo. Nesta lição, enfatizo que usaremos três armas, isto é, recursos espirituais em que todo crente precisa lançar mão diante dos obstáculos da jornada: a Palavra de Deus, a Oração e o Jejum. Desde o início de nosso andar com Cristo, estamos diante de uma batalha espiritual que só terá fim com o Arrebatamento da Igreja para o céu.

Palavra-Chave: Armas
 
I- AS ARMAS DO CRENTE

1- As armas. 
De modo geral, podemos classificar as armas como instrumentos de ataque e de defesa. 
Nas Escrituras, os principais instrumentos de ataque são: 
●espada (1 Sm 17.45); 
●vara (Sl 23.4); 
●funda (1 Sm 17.40); 
●arco e flecha (2 Rs 13.15); 
●lança (Js 8.18); 
●dardo (2 Sm 18.14). 
Os de defesa são: 
●escudo (Ef 6.16), 
●capacete (1Sm 17.5), 
●couraça (1 Sm 17.5) 
●caneleiras (1 Sm 17.6). 
Essas armas eram usadas pelos exércitos antigos, bem como pelo exército de Israel, com a diferença de que este era instado a colocar a sua confiança no Senhor (Sl 20.7 -  Uns confiam em carros e outros em cavalos, mas nós faremos menção do nome do Senhor nosso Deus.). Entretanto, para os cristãos, “armas” aqui tem um sentido metafórico, pois nosso combate não é de corpo a corpo com outra pessoa, mas contra o mal encabeçado pelo Diabo e seus demônios, que se valem do Mundo e da Carne.
 
2- As estratégias do inimigo. 
Não podemos desprezar o conhecimento a respeito da força do Inimigo de nossas almas. O Novo Testamento revela o que o Diabo é capaz de fazer para ludibriar as pessoas: 
●arrebatar a boa Palavra do coração (Mt 13.19 - Ouvindo alguém a palavra do reino, e não a entendendo, vem o maligno, e arrebata o que foi semeado no seu coração; este é o que foi semeado ao pé do caminho.); 
●buscar altas posições com mentiras (At 5.3 - Disse então Pedro: Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo, e retivesses parte do preço da herdade?); 
●usar pessoas para trair (Lc 22.3,4 - ³ Entrou, porém, Satanás em Judas, que tinha por sobrenome Iscariotes, o qual era do número dos doze. ⁴ E foi, e falou com os principais dos sacerdotes, e com os capitães, de como lho entregaria; ); 
●escravizar (2 Tm 2.26 - E tornarem a despertar, desprendendo-se dos laços do diabo, em que à vontade dele estão presos.); 
●enfraquecer a fé do crente (Lc 22.32 - Mas eu roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça; e tu, quando te converteres, confirma teus irmãos.); 
●enganar com doutrinas demoníacas (1 Tm 4.1 - Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios;). 
Não por acaso, o apóstolo Pedro nos alertou a respeito da sagacidade do Inimigo: “Sede sóbrios, vigiai, porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar” (1 Pe 5.8).
 
3- O chefe de toda força do mal. 
O apóstolo Paulo escreve claramente que o Diabo é o chefe de todos os poderes das trevas que batalham contra nós (Ef 6.11 - ¹¹ Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo.; Rm 13.12 - ¹² A noite é passada, e o dia é chegado. Rejeitemos, pois, as obras das trevas, e vistamo-nos das armas da luz.). Até mesmo o apóstolo dos gentios foi por vezes impedido pelo Inimigo por meio de instrumentos humanos (1 Ts 2.18 - ¹⁸ Por isso bem quisemos uma e outra vez ir ter convosco, pelo menos eu, Paulo, mas Satanás no-lo impediu.). Essa é uma das razões que o apóstolo cunha Satanás como o “príncipe da potestade do ar” (Ef 2.2 - Em que noutro tempo andastes segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobediência;). Destacando ainda sua força e autoridade na hierarquia do mal, o Diabo é denominado de “o deus deste século” (2 Co 4.4 - Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus.). Portanto, não podemos ignorar que o Inimigo tem um reino organizado com seus servos, emissários, principados e potestades (LC 11.17-22).
 
SINOPSE I

As armas do crente devem ser usadas contra as estratégias do Inimigo, o chefe de toda força do mal.
 
AUXÍLIO BÍBLICO-TEOLÓGICO

“[Efésios] 6.11 Contra as astutas ciladas do Diabo. Os cristãos estão envolvidos em um conflito espiritual com o maligno. Este conflito é descrito como uma guerra de fé (2 Co 10.4; 1 Tm 1.18-19; 6.12) que continua até que eles passam da vida presente e entram na vida porvir (2 Tm 4.7-8; veja Gl 5.17, nota). Satanás é um mestre estrategista que visa nos ferir e destruir por meio de suas várias ciladas. Instigar a divisão da igreja e a descrença nas promessas de Deus está entre ‘as ciladas do diabo’. As estratégias de Satanás incluem o desânimo, a tentação, a falta de perdão, o medo, a acusação, a atitude de agradarmos os nossos desejos pecaminosos (especialmente em relação às coisas que repetidamente tiram o melhor de nós), preguiça espiritual e assim por diante. Ele fará o que for preciso para seduzir os crentes a comprometerem a sua consciência e distraí-los da devoção a Jesus. Paulo instrui os seguidores de Cristo a permanecerem firmes em sua posição contra as ciladas do diabo” (Bíblia de Estudo Pentecostal Edição Global. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, pp.2191-92).

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II- AS TRÊS ARMAS ESPIRITUAIS DO CRISTÃO

1- A Palavra de Deus. 
O Senhor Jesus disse que não vivemos apenas de pão, mas de toda a Palavra de Deus (Mt 4.4 - ⁴ Ele, porém, respondendo, disse: Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus.). Dessa maneira, o apóstolo Pedro aconselha que “desejemos afetuosamente” o “leite racional” para o desenvolvimento da nossa salvação, isto é, o estudo perseverante da Palavra de Deus para o nosso crescimento espiritual (1 Pe 2.2 -  ² Desejai afetuosamente, como meninos novamente nascidos, o leite racional, não falsificado, para que por ele vades crescendo;). Uma vez nutrido e solidificado com a Palavra, estamos firmados em Deus para resistir às influências malignas, às armadilhas de Satanás e demais estratégias (Mt 7.24,25). Logo, quem se rende à Palavra de Deus experimenta a influência frutífera da verdade divina (Jo 17.17 - ¹⁷ Santifica-os na tua verdade; a tua palavra é a verdade.).
 
2- A Oração. 
Aliada ao estudo da Palavra, a oração é uma das mais importantes armas espirituais que o crente tem ao longo de sua jornada para o Céu (Sl 55.17 - ¹⁷ De tarde e de manhã e ao meio-dia orarei; e clamarei, e ele ouvirá a minha voz.). Prestemos atenção para a seguinte declaração: “orando em todo tempo com toda oração e súplica no Espírito” (Ef 6.18). Note que o apóstolo Paulo não insere a oração como uma peça da armadura, pois na verdade, é como se ela trouxesse um ajuste ou alinhamento para a armadura toda. Nesse aspecto, essa imagem traz uma ideia de que a oração fortalece todas as esferas da nossa vida.
 
3- O Jejum. 
Aliado à Palavra de Deus e à oração, a prática do jejum é uma terceira arma espiritual do crente durante a jornada para o Céu. Tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, o jejum é uma prática presente. Esse ato é usado no contexto de busca de uma orientação divina (Êx 34.28.; Dt 9.9; 2 Sm 12.16-23). No Novo Testamento, o Senhor Jesus jejuou (Mt 4.1-4) e disse que seus discípulos também o fariam (Mt 9.14-17; Lc 5.33-39). A Igreja Primitiva observava a prática do jejum, buscando orientação divina para o envio de obreiros (At 13.2,3; 14.23). Ο apóstolo Paulo também jejuava por ocasião de seu ministério (2 Co 6.5; 11.27). Logo, o jejum tem um valor glorioso para a vida do crente, pois é um ato que nos auxilia a ter mais intimidade com Deus.

O jejum é a abstinência de comer e ou beber por um período pré determinado para esse fim. Ele deve ser feito sob orientação divina, respeitar os limites do organismo, e sempre que der pra fazer, faça aliada a oração e a leitura da Bíblia. 
 
Alguns dos propósitos do jejum são a proximidade com Deus,  a busca de uma resposta ou palavra, de um milagre, de fortalecimento espiritual.

Veja esses tipos de jejum que destacamos:

Jejum normal: não comer nada, só beber água. Este é o tipo de jejum mais convencional. Parece ser este tipo que Jesus fez no deserto por 40 dias (Mateus 4:1-2 diz que não comeu e que teve fome, não que teve sede).

Jejum total: este é o mais radical, que só aconteceu em situações extremas, como o caso de Ester, e nunca por mais de três dias.

Jejum parcial: durante três semanas Daniel não tomou vinho, carne ou coisas saborosas (Daniel 10:2-3). É o mais recomendado para pessoas com algum impedimento para fazer um jejum normal, como trabalho muito pesado ou problemas de saúde.

SINOPSE II

As três armas espirituais que o cristão tem a sua disposição são a Palavra de Deus, o Jejum e a Oração.

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III- JESUS CRISTO: O NOSSO MAIOR MODELO

1- Vencendo o Diabo com a Palavra. 
Há dois episódios importantes que relatam o destaque especial que o Senhor Jesus deu à Palavra em Lucas 4. O primeiro enfatiza que o Senhor Jesus venceu o Tentador com a Palavra de Deus (Lc 4.4 - E Jesus lhe respondeu, dizendo: Está escrito que nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra de Deus.; cf. Dt 8.3 - E te humilhou, e te deixou ter fome, e te sustentou com o maná, que tu não conheceste, nem teus pais o conheceram; para te dar a entender que o homem não viverá só de pão, mas de tudo o que sai da boca do Senhor viverá o homem.). No segundo, Ele leu uma passagem do profeta Isaías na sinagoga em Nazaré e tomou para si o cumprimento do texto lido (Lc 4.16-20 -  ¹⁶ E, chegando a Nazaré, onde fora criado, entrou num dia de sábado, segundo o seu costume, na sinagoga, e levantou-se para ler. ¹⁷ E foi-lhe dado o livro do profeta Isaías; e, quando abriu o livro, achou o lugar em que estava escrito: ¹⁸ O Espírito do Senhor é sobre mim, Pois que me ungiu para evangelizar os pobres. Enviou-me a curar os quebrantados de coração, ¹⁹ A pregar liberdade aos cativos, E restauração da vista aos cegos, A pôr em liberdade os oprimidos, A anunciar o ano aceitável do Senhor. ²⁰ E, cerrando o livro, e tornando-o a dar ao ministro, assentou-se; e os olhos de todos na sinagoga estavam fitos nele.; cf. Is 61.1,2). Nosso Senhor deixou claro nesses episódios que os princípios da Palavra de Deus devem estar presentes em nossa vida na batalha contra o Maligno. Por isso, nessa contenda, o apóstolo Paulo aconselha-nos a tomar a espada do Espírito, ou seja, a Palavra de Deus, a única arma de ataque na armadura do crente (Ef 6.17 - ...e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus;), uma arma poderosa e eficaz que provém do Espírito Santo de Deus (2 Tm 3.16).
 
2- Vivendo em oração. 
O evangelista Lucas mostra que Jesus se retirava para os lugares desertos para orar (Lc 5.16; 6.12; 9.28). Ele orava pelos apóstolos e pela Igreja (Jo 17.9,20-22), pelos seus algozes (Lc 23.34), por Simão (Lc 22.31,32), pelos que se encontravam junto ao túmulo de Lázaro (Jo 11.41,42). Ele sabia bem do valor da oração e, por isso, gastava muito tempo falando com Deus. Nesse sentido, nosso Senhor conta conosco para que nos dediquemos à prática da oração, selecionando um local reservado, horário e prioridade para buscar a Deus em súplicas (Mt 6.6 - Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente.).
 
3- Vivendo em jejum. 
Além de meditar na Palavra e perseverar em oração, o Senhor Jesus jejuava (Lc 4.2 - E quarenta dias foi tentado pelo diabo, e naqueles dias não comeu coisa alguma; e, terminados eles, teve fome.). Ora, Ele também espera que o imitemos, jejuando. Infelizmente, há quem ensine que não precisamos jejuar. Exceto os que têm problemas de saúde, por isso é muito importante estarmos sob orientação médica, todo seguidor de Cristo é estimulado pela Bíblia a jejuar. Ademais, quando aliamos o estudo da Palavra e a oração ao jejum, aprofundamos a nossa intimidade com Deus e nos tornamos mais sensíveis à sua voz, conforme acontecia com a liderança e os membros da igreja antiga que jejuavam como o Senhor Jesus (At 9.9; 13.2,3).
 
SINOPSE III

Jesus Cristo é o nosso maior modelo de quem usou estas três armas espirituais: a Palavra de Deus, o Jejum e a Oração.
 
AUXÍLIO BÍBLICO-TEOLÓGICO

“Jejuando quarenta dias. Depois de jejuar (isto é, passar um período sem comida a fim de dar maior atenção aos assuntos espirituais) ‘quarenta dias e quarenta noites’, Jesus ‘teve fome’, de forma que a primeira tentação da parte de Satanás foi simplesmente comer. Isso parece indicar que Cristo se absteve de comida, mas não de água (veja Lc 4.2). Abster-se de água por quarenta dias teria exigido um milagre. Visto que a fome é um dos impulsos humanos mais básicos e intensos, esta foi certamente uma legítima tentação à qual deve ter sido muito difícil resistir. No entanto, a fim de se relacionar com as nossas lutas humanas (cf. Hb 2.17; 4.15) e para vencer a tentação da mesma maneira que devemos, Jesus teve que confiar no mesmo poder que está disponível a qualquer cristão cheio do Espírito […]. Durante o jejum de quarenta dias, é razoável presumir que Jesus estivesse se fortalecendo e se preparando através da oração e da meditação na Palavra de Deus para a obra que o Pai o enviou para fazer” (Bíblia de Estudo Pentecostal Edição Global. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, p.1607).
 
CONCLUSÃO
O nosso Inimigo é ardiloso e perverso. Por isso, não podemos ignorar suas estratégias. Contra ele, lutaremos com armas espirituais: Palavra, Oração e Jejum. Essas armas promovem crescimento e fortalecimento para nossa vida ao longo de nossa jornada espiritual. Assim, segundo o modelo de vida do nosso Senhor Jesus, que fez uso dessas armas, podemos vencer as estratégias do Maligno.

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REVISANDO O CONTEÚDO

1- De acordo com a lição, qual é o sentido que devemos considerar a palavra “arma”? 
O sentido metafórico, pois nosso combate não é de corpo a corpo com outra pessoa, mas contra o mal encabeçado pelo Diabo e seus demônios, que se valem do Mundo e da Carne.

2- Cite ao menos três estratégias do inimigo para ludibriar as pessoas. 
Arrebatar a boa Palavra do coração (Mt 13.19); buscar altas posições com mentiras (At 5.3); usar pessoas para trair (Lc 22.3.4).

3- Cite as três armas espirituais do crente. 
Palavra de Deus, o Jejum e a Oração.

4- O que acontece quando aliamos estudo da Palavra, Oração e Jejum? 
Quando aliamos o estudo da Palavra e a oração ao jejum, aprofundamos a nossa intimidade com Deus e nos tornamos mais sensíveis à sua voz.

5- O que a Palavra de Deus, o Jejum e a Oração promovem em nossa jornada espiritual? 
A Palavra de Deus, a Oração e o Jejum promovem crescimento e fortalecimento para nossa vida ao longo de nossa jornada espiritual.

Pb. Rogério Faustino
Escola Bíblica ︱2º Trimestre de 2024︱

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