TEXTO
PRINCIPAL
“Porque nele se descobre a justiça de Deus de fé em fé, como está escrito: Mas o justo viverá da fé.” (Rm 1.17).
“Porque nele se descobre a justiça de Deus de fé em fé, como está escrito: Mas o justo viverá da fé.” (Rm 1.17).
RESUMO DA LIÇÃO
Abraão foi tornado justo por crer no que Deus falou, e não por seguir um conjunto de ritos.
LEITURA DA SEMANA
SEGUNDA — Todos debaixo da desobediência.
²¹ Porque, se Deus não poupou os ramos naturais, teme que não te poupe a ti também.
Romanos 11.21
TERÇA — A bênção de Abraão aos gentios.
¹⁴ Para que a bênção de Abraão chegasse aos gentios por Jesus Cristo, e para que pela fé nós recebamos a promessa do Espírito.
Gálatas 3.14
QUARTA — Começar pelo Espírito e terminar pela carne.
³ Sois vós tão insensatos que, tendo começado pelo Espírito, acabeis agora pela carne?
Gálatas 3.3
QUINTA — O justo viverá da fé.
³⁸ Mas o justo viverá pela fé; E, se ele recuar, a minha alma não tem prazer nele.
Hebreus 10.38
SEXTA — Deus dá o Espírito e opera maravilhas pela fé.
⁵ Aquele, pois, que vos dá o Espírito, e que opera maravilhas entre vós, o faz pelas obras da lei, ou pela pregação da fé?
Gálatas 3.5
SÁBADO — Não me envergonho do Evangelho.
¹⁶ Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do grego.
Romanos 1.16
OBJETIVOS
APRESENTAR os questionamentos de Paulo junto aos gálatas;
REFLETIR a respeito da vida do crente Abraão;
APRESENTAR a fé como fonte de vida.
INTERAÇÃO
Prezado(a) professor(a), na lição deste domingo, veremos a forma como Paulo discorre a respeito da justificação pela fé. Ele sai em defesa da doutrina que os gálatas receberam e depois, influenciados pelos judaizantes, trocaram por outra errônea. A fé estava sendo substituída pelo esforço humano, e isso era um retrocesso perigoso. É importante que, no decorrer da lição, você ressalte que o que começamos certo devemos encerrar de modo correto. Não podemos jamais acrescentar coisa alguma ao Evangelho de Jesus nem mesmo em nossa prática de vida, criando crendices e hábitos que vão contra a Palavra de Deus. O Eterno espera que você defenda e mantenha, a todo custo, a verdade de que o sacrifício de Jesus é suficiente para a nossa salvação.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor(a), converse com seus alunos a respeito da doutrina da justificação. Explique que ao “estudarmos a Doutrina do Pecado descobrimos que ninguém pode ser justificado pela justiça humana. Entretanto, é na doutrina da justificação que o pecador encontra o caminho da justificação, através da obra expiatória de Cristo. No primeiro estado, o pecador está perdido e sem possibilidade alguma de se justificar diante de Deus. No segundo estado, o pecador encontra Cristo que o justifica. O pecador, judeu ou gentio, encontra um novo caminho através dos méritos de Cristo Jesus. É aqui que ele pode ser perdoado e declarado livre da pena do seu pecado perante Deus. Diga aos alunos que justificação significa absolvição da culpa, cuja pena foi satisfeita. Significa ser declarado livre de toda culpa tendo cumprido todos os requisitos da Lei. Justificação é um termo forense que denota um ato judicial da administração da lei. Esse ato judicial legaliza a situação do transgressor perante a lei e o torna justo, isto é, livre de toda a condenação. Cristo assumiu a pena do pecador e foi sentenciado no lugar do pecador. Ele sofreu a pena contra o pecador. Cumprida a pena, o veredito final da justiça divina é a justificação do pecador. Entende-se então que ser justificado não significa que a justiça tenha sido adiada, ou que ela não tenha sido cumprida”. (Adaptado de CABRAL, Elienai. Romanos: O Evangelho da Justiça de Deus. 5ª Edição. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p.52).
TEXTO BÍBLICO
Gálatas 3.1-11.
¹ Ó insensatos gálatas! Quem vos fascinou para não obedecerdes à verdade, a vós, perante os olhos de quem Jesus Cristo foi já representado como crucificado?
² Só quisera saber isto de vós: recebestes o Espírito pelas obras da lei ou pela pregação da fé?
³ Sois vós tão insensatos que, tendo começado pelo Espírito, acabeis agora pela carne?
⁴ Será em vão que tenhais padecido tanto? Se é que isso também foi em vão.
⁶ É o caso de Abraão, que creu em Deus, e isso lhe foi imputado como justiça.
⁷ Sabei,
pois, que os que são da fé são filhos de Abraão.
⁸ Ora, tendo a Escritura previsto que Deus havia de justificar pela fé os gentios, anunciou primeiro o evangelho a Abraão, dizendo: Todas as nações serão benditas em ti.
⁹ De sorte que os que são da fé são benditos com o crente Abraão.
¹⁰ Todos aqueles, pois, que são das obras da lei estão debaixo da maldição; porque escrito está: Maldito todo aquele que não permanecer em todas as coisas que estão escritas no livro da lei, para fazê-las.
¹¹ E é evidente que, pela lei, ninguém será justificado diante de Deus, porque o justo viverá da fé.
⁸ Ora, tendo a Escritura previsto que Deus havia de justificar pela fé os gentios, anunciou primeiro o evangelho a Abraão, dizendo: Todas as nações serão benditas em ti.
⁹ De sorte que os que são da fé são benditos com o crente Abraão.
¹⁰ Todos aqueles, pois, que são das obras da lei estão debaixo da maldição; porque escrito está: Maldito todo aquele que não permanecer em todas as coisas que estão escritas no livro da lei, para fazê-las.
¹¹ E é evidente que, pela lei, ninguém será justificado diante de Deus, porque o justo viverá da fé.
INTRODUÇÃO
I. O QUESTIONAMENTO DE
PAULO
1. Fascínio
para a desobediência.
Paulo se dirige aos crentes na introdução da Carta como irmãos
(Gl 1.1 - ), mas aqui, ele fala de um jeito menos amistoso, chamando-os de
“insensatos gálatas” (Gl 3.1). Isso porque aqueles irmãos estavam perdendo o
juízo, deixando de lado critérios e ficando fascinados com uma outra mensagem. A
palavra fascinação significa “forte atração por algo ou por alguém”. Paulo faz
uma pergunta aos crentes da Galácia e o pensamento dele vale para os nossos
dias: O que pode ser tão atraente para a nossa espiritualidade que tenha a
capacidade de nos afastar do verdadeiro Evangelho? Para os gálatas, a
fascinação provinha da possibilidade de seguir a lei dos judeus, o que, na
teoria deles, poderia ajudar na salvação. Eis aqui uma questão: Paulo comenta
que eles foram fascinados, enfeitiçados, para se tornarem desobedientes ao Evangelho.
Aquela nova mensagem que receberam dos judaizantes não lhes movia a fim de
obedeceram a Deus, mas os convencia, por uma mensagem à desobediência, e eles
não haviam percebido isso.
2. Começando certo e terminando errado.
Paulo pergunta: “tendo começado pelo Espírito,
acabeis agora pela carne?” (Gl 3.3). Essa pergunta mostra um cenário que pode
se repetir em nossos dias, os gálatas receberam o Espírito de Deus, mas se
deixaram levar pela capacidade pessoal de agradá-lo não pela fé, mas pela
observância de preceitos judaicos. A fé e o Espírito estavam sendo substituídos
pela Lei e pela carne. Eles haviam começado certo, mas estavam terminando
errado. Essa pergunta do apóstolo nos faz refletir sobre como fomos chamados e
de que formaestamos administrando a vocação que Deus nos deu. Não basta começar
da forma correta; é preciso concluir a carreira de forma correta, e
curiosamente, Paulo atribui aos gálatas essa capacidade. Ele não atribui a Deus
essa obrigatoriedade, pois Ele já nos deu a salvação. Paulo atribui a nós a
capacidade de exercer de forma correta a análise do que estamos ouvindo para
não sermos enganados por doutrinas erradas. Colocar a prática da Lei em pé de
igualdade ao sacrifício de Jesus é, sem dúvida, um ensino pernicioso.
3. Obras da Lei contra a pregação da Fé.
Os gálatas provavelmente não tinham conhecimentos
dos costumes judaicos e das obrigatoriedades que esses costumes representavam
para os hebreus na sua inteireza. A pregação da fé, que alcançou os gálatas
quando esses ouviram a mensagem de Paulo, estava sendo substituída. Jesus havia
sido representado aos gálatas como crucificado. A palavra “representado” é
prographo, pintado. Era como se a pregação de Paulo fosse uma obra de arte, uma
pintura, apresentando Cristo como crucificado, e eles haviam enxergado dessa
mesma forma. A cruz representava a morte de Cristo, e o próprio Cristo
representava o sacrifício perfeito do Filho de Deus. Não havia sido uma morte
por nada, ou por um erro judicial, mas voluntária: “Por isso, o Pai me ama, porque
dou a minha vida para tornar a tomá-la” (Jo 10.17). Paulo pergunta aos gálatas:
“Aquele, pois, que vos dá o Espírito e que opera maravilhas entre vós o faz
pelas obras da lei ou pela pregação da fé?” (Gl 3.5). Quantos milagres os
gálatas presenciaram? Quantas intervenções divinas Deus fazia pelo seu Espírito
naquelas igrejas? E nada disso era pelas obras da lei, mas pela fé. Se os
gálatas sabiam o que era uma comunidade de santos vibrante, onde Deus tinha
liberdade de atuar e mostrar-lhes um pouco da sua glória, não era por causa da
Lei.
SUBSÍDIO
I
Escola
Bíblica ︱3º Trimestre de 2025︱Vivendo o verdadeiro
evangelho conforme a carta de Paulo aos Gálatas︱Neweb ︱Compromisso com a Palavra
II. O CRENTE ABRAÃO
A fim de reforçar seus argumentos, Paulo remonta à origem do povo judeu,
com o crente Abraão. Os irmãos gálatas certamente tiveram contato com a
história de Abraão, seja por Paulo, seja pelos judaizantes, e o apóstolo se
vale da figura do patriarca para exemplificar a realidade da justificação pela
fé. Era a forma mais adequada de mostrar aos leitores que a Lei de Moisés não
era superior à graça de Deus e à salvação pela fé. A Palavra de Deus destaca
que Abrão foi chamado por Deus para deixar a sua terra e os seus parentes para
herdar uma terra que ele nem mesmo sabia onde era. Ele creu em Deus, dando
início a uma viagem cujo destino era ignorado, mas estava ciente da fidelidade
do Senhor. Ao longo de sua história, ainda que não completamente perfeita, o
patriarca demonstrou fé não somente que Deus o guiaria ao destino aonde
chegaria, mas principalmente na promessa de que seria pai de uma multidão de
pessoas.
2. Foi considerado justo.
Abraão, de onde provém os judeus, foi considerado justo. E
como isso se deu? Pela fé. Abraão recebeu a promessa de ter um filho, mas com o
passar do tempo, ele viu que a promessa de Deus não havia sido cumprida ainda.
Ele chegou a mencionar que o mordomo Eliézer era o administrador daquela casa e
herdaria os seus bens. Mas Deus deu uma lição prática ao patriarca. O Eterno
levou o ancião para fora da tenda onde estava, e como era de noite, pediu que
ele contasse as estrelas. Deus ainda disse: [...] “se as podes contar” [...]
(Gn 15.5). Ele concluiu dizendo “Assim será a tua semente” (ou descendência). O
verso a seguir diz que “E creu ele no SENHOR, e foi-lhe imputado isso por
justiça” (Gn 15.6). Abraão foi justificado por ter crido no que Deus havia
falado.
3. Deus iria justificar os gentios pela fé.
Paulo menciona que Deus havia previsto que a fé
seria o instrumento pelo qual os pecadores, judeus ou gentios, fossem
declarados justos diante de Deus. O Eterno escolhe a fé, e não as obras, para
justificar uma pessoa. As obras dependem do potencial e da vontade de cada um,
e como cada ser humano não tem as mesmas condições que outro, surge uma
injustiça, pois um poderia fazer mais obras e outro, não. Como se fosse pouco,
as obras tendem a nos fazer orgulhosos de nossas próprias capacidades. Isso
desagrada a Deus. Em sua sabedoria, “Deus encerrou a todos debaixo da
desobediência, para com todos usar de misericórdia” (Rm 11.32). Na misericórdia
não há mérito de quem erra, mas sim, mérito de quem exerce a misericórdia. Na
graça, recebemos o que não merecemos, e na misericórdia, não recebemos o que
merecemos. A justificação dos gentios não viria pelas obras, e sim pela fé.
SUBSÍDIO
II
Escola
Bíblica ︱3º Trimestre de 2025︱Vivendo o verdadeiro
evangelho conforme a carta de Paulo aos Gálatas︱Neweb ︱Compromisso com a Palavra
III. A FÉ COMO FONTE DE
VIDA
Essa expressão é oriunda do profeta Habacuque (Hc 2.4 - ). Ele
profetizou ao povo de Judá em meio a uma grande corrupção moral e espiritual, e
sob a sombra dos ataques dos babilônios. Esses seriam usados pelo Eterno para
julgar Judá. Havia hebreus arrogantes naqueles dias, e Deus diz ao profeta que
“eis que a sua alma se incha, não é reta nele; mas o justo, pela sua fé,
viverá” (Hc 2.4). Essa expressão, de que o justo viverá da fé, também se acha
em Romanos que diz: “[...] se descobre a justiça de Deus de fé em fé, como está
escrito: Mas o justo viverá da fé” (Rm 1.17). Em mais de uma referência Bíblica
nos é dito que a fé traz a vida (Hb 10.38 - ).
2. Aquele que não permanecer nessas coisas.
Uma das mais sérias realidades da vida cristã
é a necessidade de perseverança daqueles que aceitaram a Jesus. Não estamos
mais sujeitos ao pecado, e nossa liberdade é para viver no Espírito e não
pecar. Esse exercício, porém, deve ser constante e permanente. A permanência e
a constância são virtudes que devemos cultivar, e na direção certa. Os gálatas
estavam sendo inconstantes no tocante ao Evangelho que haviam recebido, e ao se
apoiarem na guarda da Lei, não somente se colocavam debaixo de um jugo, mas
também de uma maldição. Pior que isso, não praticar a Lei na íntegra torna a
pessoa maldita: “Maldito aquele que não confirmar as palavras desta lei, não as
cumprindo. E todo o povo dirá: Amém” (Dt 27.26). Os gálatas não precisavam nem
deviam guardar os preceitos judaicos, primeiro porque não eram judeus; segundo,
porque se colocavam debaixo de uma maldição, e terceiro, porque não
conseguiriam praticar toda a Lei, tornando-se, portanto, culpados.
3. Cristo é a posteridade de Abraão.
A descendência de Abraão é Cristo, e através dEle,
judeus e gentios são alcançados pela fé. Em Cristo, e não na guarda da Lei,
temos a possibilidade de ser feitos filhos de Deus por adoção, e herdeiros da
eternidade não pelos nossos méritos, mas pelo mérito de Cristo. Foi o que Ele
fez, e não o que tentamos fazer, que nos garante o acesso a Deus.
SUBSÍDIO
III
Escola
Bíblica ︱3º Trimestre de 2025︱Vivendo o verdadeiro
evangelho conforme a carta de Paulo aos Gálatas︱Neweb ︱Compromisso com a Palavra
CONCLUSÃO
HORA DA REVISÃO
Paulo se dirige aos crentes na introdução da Carta como irmãos (Gl 1.1), mas aqui, ele fala de um jeito menos amistoso, chamando-os de “insensatos gálatas” (Gl 3.1).
A palavra fascinação significa “forte atração por algo ou por alguém”.
3. De acordo com a lição, qual o significado da palavra “representado” em grego?
A palavra representado é prographo, pintado. Era como se a pregação de Paulo fosse uma obra de arte, uma pintura, apresentando Cristo como crucificado, e eles haviam enxergado dessa mesma forma.
4. Como Abraão foi justificado?
Abraão, de onde provém os judeus, foi considerado justo e isso se deu pela fé.
5. Qual o instrumento de Deus previsto para justificar judeus e gentios?
Paulo menciona que Deus havia previsto que a fé seria o instrumento para que os pecadores, judeus ou gentios, fossem declarados justos diante de Deus. Deus escolhe a fé, e não as obras, para justificar uma pessoa.
Escola
Bíblica ︱3º Trimestre de 2025︱Vivendo o verdadeiro
evangelho conforme a carta de Paulo aos Gálatas︱Neweb ︱Compromisso com a Palavra
Pb. Rogério Faustino
︱Escola
Bíblica ︱3º
Trimestre de 2025︱ Compromisso com a Palavra
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