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Lição 06: Uma Igreja não conivente com a mentira

 
TEXTO ÁUREO
 “Disse, então, Pedro: Ananias, porque encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo e retivesses parte do preço da herdade?” (At 5.3).
VERDADE PRÁTICA
Como toda forma de engano, a mentira é pecado. Devemos, pois, andar sempre na luz da verdade.
LEITURA DIÁRIA
Segunda — Tt 1.2A mentira não faz parte da natureza divina
Terça — Pv 12.22Deus abomina a mentira
Quarta — Jo 8.44O Diabo é o pai da mentira
Quinta — Ef 4.25O cristão deve abandonar a mentira
Sexta — Ap 22.15Os mentirosos ficarão de fora do Céu
Sábado — Pv 23.23
Devemos valorizar a verdade e não praticar a mentira
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Atos 5.1-11.
1 — Mas um certo varão chamado Ananias, com Safira, sua mulher, vendeu uma propriedade
2 — e reteve parte do preço, sabendo-o também sua mulher; e, levando uma parte, a depositou aos pés dos apóstolos.
3 — Disse, então, Pedro: Ananias, porque encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo e retivesses parte do preço da herdade?
4 — Guardando-a, não ficava para ti? E, vendida, não estava em teu poder? Por que formaste este desígnio em teu coração? Não mentiste aos homens, mas a Deus.
5 — E Ananias, ouvindo estas palavras, caiu e expirou. E um grande temor veio sobre todos os que isto ouviram.
6 — E, levantando-se os jovens, cobriram o morto e, transportando-o para fora, o sepultaram.
7 — E, passando um espaço quase de três horas, entrou também sua mulher, não sabendo o que havia acontecido.
8 — E disse-lhe Pedro: Dize-me, vendestes por tanto aquela herdade? E ela disse: Sim, por tanto.
9 — Então, Pedro lhe disse: Por que é que entre vós vos concertastes para tentar o Espírito do Senhor? Eis aí à porta os pés dos que sepultaram o teu marido, e também te levarão a ti.
10 — E logo caiu aos seus pés e expirou. E, entrando os jovens, acharam-na morta e a sepultaram junto de seu marido.
11 — E houve um grande temor em toda a igreja e em todos os que ouviram estas coisas.
HINOS SUGERIDOS
77, 302 e 388
PLANO DE AULA
 1. INTRODUÇÃO
Na vida cristã, a verdade deve ser um valor inegociável. A história de Ananias e Safira dentro da comunidade de Jerusalém revela a seriedade do compromisso com a honestidade diante de Deus e da Igreja. Movidos pela cobiça e pela busca de reconhecimento, tentaram enganar os apóstolos, mas foram desmascarados e sofreram juízo imediato. Esta lição nos ensina que a mentira não apenas compromete nosso caráter, mas também fere a santidade da Igreja. A justiça divina se manifesta para preservar a pureza do povo de Deus, destacando a necessidade de temor, integridade e sinceridade na caminhada cristã.
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição: I) Apresentar a origem da mentira como uma estratégia de Satanás para enganar os crentes; II) Mostrar que mentir é uma escolha moral e que todo crente deve rejeitar o engano; III) Valorizar a santidade da Igreja e a necessidade de viver em verdade diante de Deus.
B) Motivação: A verdade é um pilar inegociável da vida cristã, e a história de Ananias e Safira nos ensina que Deus não compactua com o engano. Satanás usa a mentira para desviar os crentes, mas cada um tem a responsabilidade de escolher a verdade. Como cristãos, devemos rejeitar qualquer forma de falsidade, pois a mentira traz consequências espirituais e prejudica a comunhão com Deus. A Igreja deve preservar sua santidade, mantendo-se firme na transparência e integridade, pois o temor ao Senhor nos conduz a uma vida autêntica e irrepreensível.
C) Sugestão de Método: Para reforçar o tópico “O Cristão e a Mentira”, você pode utilizar o método do estudo de caso. Apresente uma situação hipotética de um cristão enfrentando a tentação de mentir para obter vantagem, como em uma entrevista de emprego ou na declaração de imposto renda. Peça à classe que analise as consequências dessa escolha, relacionando com Atos 5.1-11. Em seguida, promova uma reflexão guiada, incentivando os alunos a aplicarem os princípios os bíblicos contra a mentira, como Efésios 4.25. Finalize destacando que, assim como Ananias e Safira sofreram consequências, todo engano traz perdas espirituais e morais.
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Como servos de Deus, devemos viver em integridade, rejeitando toda forma de engano, pois a verdade fortalece nossa comunhão com Cristo e preserva a santidade da Igreja.
4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 102, p.39, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto “O Pecado da Hipocrisia”, localizado depois do primeiro tópico, traz uma reflexão sobre a ação de Satanás para semear mentira e hipocrisia no meio do povo de Deus; 2) No final do segundo tópico, o texto “Evite que o pecado germine” promove uma reflexão sobre a importância de erradicar o pecado da mentira desde a sua origem, ou seja, no nível do pensamento.
INTRODUÇÃO
Um casal, aparentemente despretensioso, achou que podia lucrar às custas da santidade da Igreja. Ao combinarem um ardil para enganar os apóstolos, Ananias e Safira estavam, na verdade, a serviço do Diabo, o pai da mentira. Nesta lição, aprenderemos que é possível um crente não vigilante estar a serviço do Diabo em vez de agir em favor do Reino de Deus. Foi exatamente isso o que aconteceu com Ananias e Safira — tentaram obter lucro negociando valores do Reino. Como crentes, não podemos usar de engano, porque Deus sonda os corações. Cabe, portanto, a nós, nos afastarmos do pecado pelo temor do Senhor.
Palavra-Chave:MENTIRA
I. O DIABO, O PAI DA MENTIRA
1. É da natureza satânica mentir. A Escritura afirma que Satanás induziu Ananias a mentir: “Disse, então, Pedro: Ananias, por que encheu Satanás o teu coração...?” (At 5.3). Motivado pela cobiça, pelo desejo de obter lucro fácil, Ananias deu lugar ao Diabo, que o levou a mentir. Jesus já havia afirmado que o Diabo é o pai da mentira (Jo 8.44). Satanás está por trás de toda mentira e engano (2Ts 2.9,10). O apóstolo Paulo viu esse espírito de engano quando enfrentou Elimas, o mágico (At 13.10). O Diabo será sempre mentiroso, nunca mudará.
2. A mentira como um ardil maligno. Satanás não obrigou nem forçou Ananias a mentir, mas, evidentemente plantou a semente do engano e da mentira em seu coração. A mentira é um dos seus ardis. A Escritura é bem clara: “não deis lugar ao diabo” (Ef 4.27). Por certo, Ananias sabia disso, pois estava numa igreja doutrinada pelos apóstolos (At 2.42). A questão, portanto, não estava em não saber fazer a coisa certa, mas em subestimar o ardil do Inimigo que possui a capacidade de induzir a fazer a coisa errada. É possível que o casal tenha flertado com a possibilidade de ganhar lucro e fama fingindo estar fazendo a coisa certa. Duas coisas que não são em si mesmas pecaminosas, mas quando buscadas com a intenção errada, se tornam pecado.
3. Não superestime o Inimigo! O apóstolo Paulo orienta os crentes a perdoarem e a não guardarem nenhuma raiz de amargura (2Co 2.10,11). Se por um lado não podemos superestimar o inimigo, visto ele ter sido derrotado na cruz (Cl 2.15); por outro lado, não podemos subestimá-lo. Paulo orienta os crentes a se revestirem de toda armadura de Deus para que possam ficar firmes contra as “astutas ciladas do diabo” (Ef 6.11). A expressão grega “astutas ciladas” traduz o termo grego methodeias, de onde procede nosso termo português “método”. O Diabo é meticuloso e trabalha metodicamente para enganar os cristãos. Vigiemos!
SINOPSE I
Satanás é a origem do engano e usa a mentira para afastar as pessoas de Deus.
AUXÍLIO BÍBLICO—TEOLÓGICO
 “O PECADO DA HIPOCRISIA. Os crentes, movidos por amor cristão, vendiam seus imóveis espontaneamente. Faziam isto para distribuírem a importância apurada conforme a necessidade de cada um. [...] No meio daquele entusiasmo, Ananias e Safira venderam uma propriedade. Ananias entrou em acordo com sua mulher e reteve parte do preço, depositando o restante aos pés dos apóstolos. Até ali, tudo havia sido glorioso na vida da igreja. Suas características típicas eram o amor fraternal, a bondade altruísta, a coragem heroica e a real devoção a Cristo. Não era, no entanto, nenhum Milênio espiritual. Satanás, longe de estar amarrado, trabalhava com vigor! Não conseguiu destruir a Igreja através das perseguições vindas de fora. Procurou, então, estragá-la por dentro, seduzindo alguns dos seus membros. Não conseguindo destruir o trigo, semeou seu joio (Mt 13.24-30). Suas primeiras vítimas, aliás indesculpáveis, foram Ananias e Safira. Daquele tempo para cá, a hipocrisia sempre tem seguido a realidade da religião como uma sombra negra.” (PEARLMAN, Myer. Atos: Estudo do Livro de Atos e o Crescimento da Igreja Primitiva. Rio de Janeiro: CPAD, 2023, pp.59,60).
II. O CRISTÃO E A MENTIRA
1. Mentir é uma escolha. Um fato fica evidente em Atos 5.1-11: tanto Ananias quanto sua mulher, Safira, agiram livremente na questão envolvendo a venda de uma propriedade (At 5.1,2). Isso fica ainda mais claro quando Pedro, sob o discernimento do Espírito Santo, reprova Ananias por ter tentado enganar a igreja acerca do real valor da propriedade (v.3). Ananias não foi obrigado, nem tampouco constrangido, a agir da forma como agiu. Tanto ele como sua esposa, que foi conivente com a ação dele, tomaram uma decisão livre. Mentir é uma escolha que envolve a natureza moral. Ora, para haver responsabilidade moral é necessário que os nossos atos sejam feitos livremente, isto é, não estejam sob nenhuma força externa que nos obrigue a praticá-los. Nesse aspecto, como veremos mais a frente, eles não poderiam culpar a ninguém, nem mesmo o Diabo, pelo que fizeram.
2. Atraídos pela mentira. Se por um lado Ananias e Safira tomaram decisões livres, por outro lado, sofreram implicações de suas decisões: “E Ananias, ouvindo estas palavras, caiu e expirou” (At 5.5). Não podemos saber o que se passou pela cabeça de Ananias e Safira para agirem como agiram. O certo é que quiseram obter vantagem com a negociação feita. É possível que, ao verem os demais crentes fazendo ações louváveis, quando doavam seus bens, tivessem visto nesse gesto uma oportunidade de obterem, além do reconhecimento, o lucro pelo patrimônio que fora vendido e, supostamente, doado.
3. Mentir tem consequências. Ao agirem assim, Ananias e Safira não pensaram nas consequências de suas ações. Mesmo fazendo parte de uma igreja pentecostal, onde os dons do Espírito Santo estavam em evidência, se expuseram a uma ação mesquinha quando resolveram mentir, não somente aos apóstolos, mas ao próprio Deus. Contudo, o preço pago por essas ações foi muito caro — custou-lhes suas próprias vidas. Antes de se praticar qualquer ação de natureza pecaminosa, é necessário pensar nas consequências que isso produzirá. Quantos crentes, muitos deles experientes, hoje lamentam por não terem levado em conta as consequências de suas ações? Vigiemos!
 SINOPSE II
O crente deve rejeitar toda falsidade, pois a mentira compromete seu testemunho e comunhão com Deus.
AUXÍLIO BÍBLICO—TEOLÓGICO
 “EVITE QUE O PECADO GERMINE. Tomás Kempis escreveu: ‘Em primeiro lugar, chega à mente um simples pensamento sobre o mal, então chega à mente uma forte impressão do mesmo, e, depois, o deleite no mal com o impulso de praticá-lo, e finalmente, o consentimento’. Estas palavras descrevem o caráter gradual do pecado. [...] Ananias e Safira se deixaram encantar por Satanás. Deixaram seu amor a Deus ceder lugar à concupiscência pelo ouro. Houve, no entanto, um tempo em que tinham a possibilidade de resistir à tentação. E a lição que tiramos é: evite que o pecado germine. O pecado começa com um pensamento. É nesta altura que se trava a batalha decisiva contra o pecado. Devemos nos apegar firmemente à doutrina bíblica de que o diabo pode ser resistido (Tg 4.7).” (PEARLMAN, Myer. Atos: Estudo do Livro de Atos e o Crescimento da Igreja Primitiva. Rio de Janeiro: CPAD, 2023, p.64).
III. A IGREJA QUE REPELE A MENTIRA
1. Uma igreja temente. Lucas destaca que os fatos ocorridos com Ananias e Safira trouxeram um grande temor dentro e fora da Igreja (At 5.11). A palavra “temor” traduz o termo grego phobos, que também aparece no versículo 5 deste mesmo capítulo. Muitas vezes essa palavra é traduzida com o sentido de “medo” (Mt 28.4; Lc 21.26; Jo 7.13). Contudo, aqui nesse contexto o sentido é de “reverência” e “respeito” como em Atos 2.43 e outras passagens neotestamentárias (cf. At 9.31; 19.17; 1Co 2.3; 2Co 7.1; 2Co 7.15). Se Deus não tivesse usado Pedro para parar o intento daquele casal, o pecado teria entrado na Primeira Igreja e, sem dúvidas, causado danos irreparáveis. Esse julgamento de Deus, além do fato de punir o pecado do casal, serviu para mostrar quão séria é a Igreja de Deus. Ninguém pode agir na Igreja de Deus da forma que achar mais conveniente, pensando que não estará sujeito ao julgamento divino.
2. Uma igreja forte. Mais uma vez, Lucas destaca que “muitos sinais e prodígios eram feitos entre o povo pelas mãos dos apóstolos” (At 5.12). Isso mostra que uma igreja santa, que trata o pecado como pecado e não arranja desculpas para justificá-lo, é uma igreja forte. A prova disso é a manifestação dos dons espirituais que levou os apóstolos a fazerem milagres extraordinários. Uma igreja fraca, anêmica por falta de disciplina espiritual e que aprendeu a tolerar o pecado em seu meio, torna-se inoperante.
SINOPSE III
A Igreja deve zelar pela verdade, pois Deus exige santidade e transparência em seu povo.
CONCLUSÃO
É possível um crente pecar e se acostumar com o pecado sem se arrepender. É possível que ele encontre até mesmo justificativas plausíveis para comportamentos notadamente pecaminosos. Contudo, uma coisa é certa: não é possível escapar do juízo divino. No caso da igreja de Jerusalém, o juízo divino veio de forma rápida e precisa. Contudo, em outros, como no caso de Corinto, o apóstolo Paulo cobrou uma ação enérgica por parte da igreja que havia se tornado tolerante em relação ao comportamento pecaminoso de um crente (1Co 5.1-13). Em outra situação, Paulo deixou claro que Deus exerceu seu direito de juiz com aqueles que haviam pecado (1Co 11.30-32). Fica o alerta: ninguém é capaz de enganar a Deus.
REVISANDO O CONTEÚDO
1. Segundo a lição, o que motivou Ananias a mentir?
Motivado pela cobiça, pelo desejo de obter lucro fácil, Ananias deu lugar ao Diabo que o levou a mentir.
 2. O que Satanás semeou no coração de Ananias?
Satanás não obrigou nem forçou Ananias a mentir, mas, evidentemente semeou a semente do engano e da mentira em seu coração.
3. O que fica evidente em Atos 5.1-11?
Um fato fica evidente em Atos 5.1-11: tanto Ananias quanto sua mulher, Safira, agiram livremente na questão envolvendo a venda de uma propriedade.
4. O que é necessário pensar antes de qualquer prática de natureza pecaminosa?
É necessário pensar nas consequências que isso produzirá, ou seja, as consequências espirituais e morais do pecado.
5. O que, de acordo com a lição e o contexto de Atos 5.1-11, Atos 5.12 mostra?
Isso mostra que uma igreja santa, que trata o pecado como pecado e não arranja desculpas para justificá-lo, é uma igreja forte.
 

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