RESUMO DA LIÇÃO
A promessa de Deus não pode ser revogada pela Lei, pois Deus não se contradiz.
LEITURA DA SEMANA
SEGUNDA — A aliança não é invalidada pela Lei.
¹⁷ Mas digo isto: Que tendo sido a aliança anteriormente confirmada por Deus em Cristo, a lei, que veio quatrocentos e trinta anos depois, não a invalida, de forma a abolir a promessa.
Gálatas 3:17
TERÇA — Todas as famílias da terra.
³ E abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra.
Gênesis 12:3
QUARTA — A graça veio por Jesus Cristo.
¹⁷ Porque a lei foi dada por Moisés; a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo.
João 1:17
QUINTA — A Lei existe por causa das transgressões.
¹⁹ Logo, para que é a lei? Foi ordenada por causa das transgressões, até que viesse a posteridade a quem a promessa tinha sido feita; e foi posta pelos anjos na mão de um mediador.
Gálatas 3:19
SEXTA — Não precisamos de aio.
²⁵ Mas, depois que veio a fé, já não estamos debaixo de tutor.
Gálatas 3:25
SÁBADO — A Lei não é contra as promessas de Deus.
²¹ Logo, a lei é contra as promessas de Deus? De nenhuma sorte; porque, se fosse dada uma lei que pudesse vivificar, a justiça, na verdade, teria sido pela lei.
Gálatas 3:21
OBJETIVOS
EXPLICAR que o pacto de Deus era anterior à Lei;
COMPREENDER que a Lei não invalida as promessas de Deus;
APRESENTAR os verdadeiros filhos de Deus.
INTERAÇÃO
Prezado(a) professor(a), na lição deste domingo, veremos que Paulo se refere à importância da promessa em detrimento da Lei. Os judaizantes criam que eram a semente de Abraão, e somente eles. Contudo Paulo mostra que a semente de Abraão, para Deus, é mais abrangente, e alcança todos os que creram e creem em Jesus pela fé, judeus e gentios. No decorrer da lição, procure enfatizar aos alunos que a Lei, que é o pacto moisaico, não tem o poder de anular a promessa de Deus feita ao patriarca 400 anos antes, pois Deus não voltou atrás em sua promessa.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor(a), converse com seus alunos explicando que “Jesus Cristo nos resgatou da maldição do pecado e suas consequências, ou seja, a morte espiritual, a punição eterna e a separação permanente de Deus. Ele fez isso, tomando sobre si mesmo a total punição pela nossa rebelião e nossas ofensas contra Deus (veja 2Co 5.21) e por suportar a maldição pela nossa incapacidade de viver em conformidade com a lei de Deus (cf. Rm 8.3). No grego clássico, a referência a estar pendurado no madeiro seria as toras e postes em que os corpos eram empalados (isto é, perfurados e suspensos). Nesta passagem, a expressão se refere à cruz em que Cristo morreu (veja Mt 27.35, nota; cf. At 5.30; 10.39; 1Pe 2.24). Enfatize que o conteúdo da promessa de Deus a Abraão (v.8) é definido como ‘a promessa do Espírito’ (cf. Lc 24.49; At 1.4,5). Receber o Espírito de Deus é ter justiça, a vida renovada e todas as outras bênçãos espirituais que resultam de um relacionamento correto com Deus (veja Gl 3.5, nota; 4.6).” (Adaptado de Bíblia de Estudo Pentecostal para Jovens. Rio de Janeiro: CPAD, 2023, p.1627).
TEXTO BÍBLICO
Gálatas 3.17-24.
¹⁷ Mas digo isto: que tendo sido o testamento anteriormente confirmado por Deus, a lei, que veio quatrocentos e trinta anos depois, não o invalida, de forma a abolir a promessa.
¹⁸ Porque, se a herança provém da lei, já não provém da promessa; mas Deus, pela promessa, a deu gratuitamente a Abraão.
¹⁹ Logo, para que é a lei? Foi ordenada por causa das transgressões, até que viesse a posteridade a quem a promessa tinha sido feita, e foi posta pelos anjos na mão de um medianeiro.
²⁰ Ora, o medianeiro não o é de um só, mas Deus é um.
²¹ Logo, a lei é contra as promessas de Deus? De nenhuma sorte; porque, se dada fosse uma lei que pudesse vivificar, a justiça, na verdade, teria sido pela lei.
²² Mas a Escritura encerrou tudo debaixo do pecado, para que a promessa pela fé em Jesus Cristo fosse dada aos crentes.
²³ Mas, antes que a fé viesse, estávamos guardados debaixo da lei e encerrados para aquela fé que se havia de manifestar.
²⁴ De maneira que a lei nos serviu de aio, para nos conduzir a Cristo, para que, pela fé, fôssemos justificados.
INTRODUÇÃO
Nesta lição,
veremos que Paulo se refere à importância da promessa em detrimento da Lei. Os
judaizantes criam que eram a semente de Abraão, e somente eles. Mas Paulo
mostra que a semente de Abraão, para Deus, é mais abrangente, e alcança todos
os que creram e creem em Jesus pela fé, judeus e gentios. A Lei, que é o pacto
moisaico, não tem o poder de anular a promessa de Deus feita ao patriarca 400
anos antes, pois Deus não voltou atrás em sua promessa.
II. I. O PACTO DE DEUS ANTERIOR À LEI
Paulo se vale de uma linguagem jurídica para mostrar aos
gálatas a importância das promessas de Deus. Aqui, ele apresenta uma
contraposição entre a promessa e uma lei. Deus fez promessas a Abraão, e
destacamos a de que ele seria pai de uma grande nação. Pelo que vemos ao longo
da revelação divina, com base em Gênesis 12.3: “em ti serão benditas todas as
famílias da terra”, o alcance da promessa divina a Abraão ia além da sua
semente física. Deus fez um pacto com Abraão, e esse pacto não seria revogado
pela lei de Moisés. Na língua grega há duas expressões para a palavra
“aliança”. A primeira é syntheke, “colocar junto”, onde um pacto é feito entre
partes iguais, com direitos iguais de discutir o acordo a ser proposto. A
segunda palavra é diatheke, “colocar por”, e traz a ideia de um acordo em que
as partes são desiguais, quando uma parte coloca os termos e a outra aceita ou
rejeita. Esse é o termo que Paulo usa para explicar o pacto de Deus com Abraão.
O patriarca, como ser humano, era limitado no que poderia oferecer a Deus,
exceto pela fé que tinha no Eterno. Deus, por sua vez, prometeu bênçãos a
Abraão, e uma vez feito o pacto acerca dessa promessa, não voltaria atrás. Em
sua presciência, Deus sabia que os gentios seriam alcançados e experimentariam
a oportunidade de viver pela fé.
2. A herança vem pela promessa.
Por mais que a herança possa ser regulamentada por uma lei,
ou seja, por mais que uma lei defina as regras para que uma herança possa ser
dada e recebida, a lei não tem o poder de modificar a vontade do testador, nem
de alterar o testamento depois de o testador ter falecido. A lei pode
regulamentar, mas não invalidar o testamento, ainda mais se essa lei veio muito
tempo depois de o testamento ter sido acertado entre o doador e o herdeiro. A
promessa de Deus a Abraão não poderia ser revogada pela Lei que Deus deu ao seu
povo. A herança não viria através da Lei, mas da promessa baseada e ratificada
pelo testamento entre Deus e Abraão.
3. A Lei existe por causa das transgressões.
Paulo explica o motivo da Lei existir, pois
se não o fizesse, certamente os gálatas manteriam a percepção de que seguir os
preceitos mosaicos, sendo gentios, era a forma correta de viver o Evangelho. De
certa forma, a Lei de Moisés pode ser comparada a um objeto que tem a
capacidade de refletir a imagem de uma pessoa, mas não de limpá-la. A Lei
mostrava quem a pessoa era, mas não podia mudá-la. Espelhos não mudam a
aparência das pessoas que se colocam diante deles. A Lei tinha por objetivo
regular as relações entre o homem e Deus, entre o homem e o seu próximo e o
homem consigo mesmo. Era um código de suma importância para os hebreus. Ela
existia porque a natureza pecaminosa dos filhos de Abraão era a mesma natureza
pecaminosa dos demais seres humanos, e os hebreus pelo menos teriam um
referencial escrito para não pecar contra Deus. Como já sabemos, a Lei apontava
o pecado. Ela, de certa forma, restringia a maldade, e nos é dito que ela
existia por conta das transgressões. Como sabemos, é da natureza pecaminosa do
ser humano tentar burlar regras (Rm 7.7). A Lei mostrava o pecado, e os homens
testavam os limites do alcance dela pecando contra Deus.
SUBSÍDIO
I
Escola
Bíblica ︱3º Trimestre de 2025︱Vivendo o verdadeiro
evangelho conforme a carta de Paulo aos Gálatas︱Neweb ︱Compromisso com a Palavra
II. A LEI NÃO INVALIDA AS
PROMESSAS DE DEUS
É estranho imaginar que Deus tenha feito um
pacto com Abraão e, quatrocentos anos depois, tenha mudado as regras, fazendo
uma Lei para os descendentes de Abraão e mudando os termos antes acertados. Em
sua fidelidade, o Eterno mantém o que foi ajustado com Abraão ao longo dos
séculos. Paulo pergunta: “Logo, a Lei é contra as promessas de Deus? De nenhuma
sorte; porque, se dada fosse uma Lei que pudesse vivificar, a justiça, na
verdade, teria sido pela Lei” (Gl 3.21). O que os judaizantes não compreendiam
é que a Lei e a promessa de Deus não eram opostas. Deus não criou a Lei para se
opor à promessa que havia feito a Abraão, mas para conduzir os hebreus à fé em
Cristo. Ela era um aio, como veremos.
2. Tudo está debaixo do pecado.
Antes de falar sobre a Lei como um tutor, Paulo fala que “a
Escritura encerrou tudo debaixo do pecado, para que a promessa pela fé em Jesus
Cristo fosse dada aos crentes” (Gl 3.22). A salvação é uma dádiva, não uma
dívida que tenha de ser paga pelo esforço humano. Aqui entra o fator graça de
Deus. Com todos colocados no mesmo padrão, ou seja, debaixo do pecado, há uma
“padronização”, ou seja, ninguém é melhor ou superior a ninguém quando se trata
de receber a salvação. Ou é pela fé ou não é por caminho nenhum.
3. A lei como “aio”.
A Lei agia como um tutor. Ela ensinava, conduzia no caminho, mas
também tolhia a liberdade. Como um batedor militar, que conduz uma autoridade
até o seu destino, o aio assim agia. Ele direciona o comboio, faz a proteção,
mas não os deixa em liberdade até que tenham chegado ao destino esperado. A Lei
de Moisés deve guiar os seus seguidores até Cristo. Da mesma forma que um aio
deveria conduzir uma criança até o destino proposto, assim a Lei deveria fazer.
A Lei de Moisés não é adversária da graça de Deus. Na prática, a Lei conduz os
hebreus até a graça de Deus, pois as ordenanças mosaicas apontam para uma
impossibilidade de se agradar a Deus pelas obras: “Porque a lei foi dada por
Moisés: a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo” (Jo 1.17). A Lei nos
prende ao pecado mostrando o que é o pecado. A liberdade dessa prisão só pode
vir por Cristo.
SUBSÍDIO
II
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evangelho conforme a carta de Paulo aos Gálatas︱Neweb ︱Compromisso com a Palavra
III. OS
VERDADEIROS FILHOS DE DEUS
O que faz com que sejamos feitos filhos de Deus não é a
observância da Lei. Não somos filhos de Deus pelas coisas que fazemos, e sim
pela fé em Jesus. É possível que resquícios da mensagem dos judaizantes estejam
sendo ensinados em nossos dias, quando se exige que uma pessoa cumpra uma série
de preceitos para que possa ser abençoada ou salva.
2. Não há judeu nem grego.
Na graça de Deus, todos somos iguais para a salvação:
pecadores. Sem fé, um hebreu não terá a salvação, e pela fé, um gentio verá a
Deus. Por isso Paulo diz que “nisto não há judeu nem grego; não há servo nem
livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus” (Gl
3.28).
3. Somos descendentes de Abraão (Gl 3.29).
Paulo não diz que somos herdeiros de Abraão
por força da Lei de Moisés, mas sim por causa da promessa de Deus. Os judeus
ainda são descendência física de Abraão, mas todos os que creem em Jesus, pela
fé, são igualmente filhos de Abraão. Nós fomos feitos filhos de Deus por
adoção, mas nem por isso somos menos filhos de Deus. A adoção traz para nós as
prerrogativas de uma herança que nos está destinada pela fé.
CONCLUSÃO
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evangelho conforme a carta de Paulo aos Gálatas︱Neweb ︱Compromisso com a Palavra
HORA DA REVISÃO
Deus fez promessas a Abraão, e destacamos a de que ele seria pai de uma grande nação (Gn 12.1-3).
2. Quais são as duas expressões gregas para a palavra “aliança”?
A primeira e synthehe, “colocar junto”, onde um pacto é feito entre partes iguais, com direitos iguais de discutir o acordo a ser proposto. A segunda palavra é diatheke “colocar por”, e traz a ideia de um acordo onde as partes são desiguais, onde uma parte coloca os termos e a outra aceita ou rejeita.
3. Por que a Lei existe?
A Lei existe por causa das transgressões.
4. Qual o objetivo da Lei?
A Lei tinha por objetivo regular as relações entre o homem e Deus, entre o homem e o seu próximo e o homem consigo mesmo.
5. A Lei invalida as promessas de Deus?
Não. A Lei não é contra as promessas de Deus.
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Pb. Rogério Faustino
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