Pular para o conteúdo principal

Lição 07: Uma Igreja que não teme a perseguição

 
TEXTO ÁUREO
 “Porém, respondendo Pedro e os apóstolos, disseram: Mais importa obedecer a Deus do que aos homens.” (At 5.29).
VERDADE PRÁTICA
Em relação à verdadeira Igreja Cristã há duas verdades inegáveis: 1) a Igreja será perseguida; 2) Deus a protegerá.
LEITURA DIÁRIA
Segunda — Jo 16.33A perseguição na rota da fé cristã
Terça — 2Tm 3.12A perseguição como marca do viver cristão piedoso
Quarta — 2Co 4.9Mantendo o ânimo em meio à perseguição
Quinta — At 4.13Mantendo a ousadia cristã
Sexta — At 16.25Adorando a Deus mesmo em perseguição
Sábado — At 12.5Perseverando em oração em meio à perseguição
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Atos 5.25-32; 12.1-5.
25 — E, chegando um, anunciou-lhes, dizendo: Eis que os homens que encerrastes na prisão estão no templo e ensinam ao povo.
26 — Então, foi o capitão com os servidores e os trouxe, não com violência (porque temiam ser apedrejados pelo povo).
27 — E, trazendo-os, os apresentaram ao conselho. E o sumo sacerdote os interrogou, dizendo:
28 — Não vos admoestamos nós expressamente que não ensinásseis nesse nome? E eis que enchestes Jerusalém dessa vossa doutrina e quereis lançar sobre nós o sangue desse homem.
29 — Porém, respondendo Pedro e os apóstolos, disseram: Mais importa obedecer a Deus do que aos homens.
30 — O Deus de nossos pais ressuscitou a Jesus, ao qual vós matastes, suspendendo-o no madeiro.
31 — Deus, com a sua destra, o elevou a Príncipe e Salvador, para dar a Israel o arrependimento e remissão dos pecados.
32 — E nós somos testemunhas acerca destas palavras, nós e também o Espírito Santo, que Deus deu àqueles que lhe obedecem.
Atos 12
1 — Por aquele mesmo tempo, o rei Herodes estendeu as mãos sobre alguns da igreja para os maltratar;
2 — e matou à espada Tiago, irmão de João.
3 — E, vendo que isso agradara aos judeus, continuou, mandando prender também a Pedro. E eram os dias dos asmos.
4 — E, havendo-o prendido, o encerrou na prisão, entregando-o a quatro quaternos de soldados, para que o guardassem, querendo apresentá-lo ao povo depois da Páscoa.
5 — Pedro, pois, era guardado na prisão; mas a igreja fazia contínua oração por ele a Deus.
HINOS SUGERIDOS
 212, 225 e 305
PLANO DE AULA
1. INTRODUÇÃO
Nesta lição, estudaremos como a Igreja Primitiva enfrentou essas oposições com coragem e fé, confiando na proteção divina. Através da ação de Deus, da intercessão da Igreja e da ousadia dos discípulos, aprendemos que o verdadeiro povo de Deus não teme a perseguição, pois sabe que o Senhor é seu refúgio e fortaleza.
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição: I) Explicar os motivos e as esferas da perseguição enfrentada pela Igreja Primitiva; II) Demonstrar como Deus protegeu sua Igreja através de livramentos e da intercessão; III) Encorajar os alunos a permanecerem firmes na fé, mesmo diante das adversidades.
B) Motivação: Ao estudarmos esta lição, devemos refletir sobre como a fé nos capacita a enfrentar as adversidades com coragem e nos inspira a testemunhar o Evangelho com ousadia e convicção, sabendo que não estamos sozinhos, pois o Senhor é o nosso refúgio e fortaleza.
C) Sugestão de Método: Para encerrar essa aula, sugerimos um momento de reflexão e aplicação prática dos principais ensinamentos da lição. Convide cada aluno a compartilhar um ensinamento que aprendeu hoje e como ele pode ser aplicado em seu dia a dia. Em seguida, ore junto com a classe, agradecendo a Deus pelo aprendizado e pedindo sabedoria para vivermos de acordo com os princípios bíblicos. Que a mensagem desta lição permaneça em nossos corações, guiando-nos em cada decisão e fortalecendo nossa fé.
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: A coragem da Igreja primitiva nos inspira a permanecer firmes na fé, testemunhando de Cristo com ousadia.
4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 102, p.39, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto “A Perseguição Política”, localizado depois do primeiro tópico, aprofunda o tema da perseguição movida pelo poder temporal contra a Igreja; 2) No final do segundo tópico, o texto “Uma Ação Sobrenatural” analisa a ação milagrosa de Deus na vida dos apóstolos.
INTRODUÇÃO
Desde o seu início, a Igreja enfrenta oposição e perseguição. Por sua própria natureza, a fé cristã atrai sobre si a rejeição e a perseguição. Isso porque a fé cristã, por defender princípios exclusivos, muitas vezes se choca com os valores seculares e mundanos. Foi assim no primeiro século e é assim ainda hoje. Contudo, devemos destacar que a igreja não está sozinha nem abandonada no mundo. Deus é o seu dono e, portanto, o seu protetor. Vemos ao longo da história da Igreja o Senhor agindo de diferentes formas para dar livramento e vitória a seu povo. Assim, nesta lição, veremos como Deus faz isso capacitando e empoderando o seu povo para viver no meio de um mundo hostil.
Palavra-Chave:PERSEGUIÇÃO
I. A IGREJA PERSEGUIDA
1. Os perseguidores. Na Bíblia, vemos que as autoridades religiosas da época dos apóstolos começaram a se opor à Igreja (At 5.17,24). Atos 5 menciona três grupos: os sacerdotes, os saduceus e o capitão do templo. Os saduceus eram um grupo muito influente, com grande poder político e religioso. Eles tinham o apoio dos sacerdotes e dos anciãos, e, dentro dessas classes religiosas, eram os mais poderosos. Esse grupo já havia tentado atrapalhar o ministério de Jesus várias vezes, criando dificuldades sempre que podiam (Lc 20.27-40). Os anciãos eram líderes judaicos influentes, representando tanto aspectos religiosos quanto políticos, mas sem exercer funções sacerdotais no Templo. Já o capitão do Templo, mencionado também em Atos 4.1, era um sacerdote de nível inferior, mas que tinha autoridade policial dentro do Templo. Esses grupos, cada um com sua influência, viram a Igreja como uma ameaça e fizeram de tudo para impedir a pregação do Evangelho.
2. Esferas da perseguição. A perseguição dos judeus aos cristãos se dava em duas esferas: a religiosa, por verem a mensagem de Cristo como ameaça; e política, os romanos procuravam aumentar o capital político com os judeus.
a) Na esfera religiosa. Lucas registra que os religiosos judeus prenderam os apóstolos (At 5.17,18). À medida que os cristãos testemunhavam da sua fé com poder, ganhavam mais e mais admiração popular (At 2.47). Muitos já havia aceitado a fé (At 4.4). Esse número continuava crescendo (At 5.14). A inveja, portanto, provocou a ira desses líderes. Enquanto a Igreja crescia, o velho judaísmo farisaico regredia.
b) Na esfera política. Em Atos 12.1-5, vemos que a perseguição se dá na esfera estatal e é de natureza mais política, na esfera pública. Ali, o rei Herodes, um dos governantes que representava o império Romano na Judeia, mandou executar Tiago e prender o apóstolo Pedro. Sabendo que Pedro era um líder de destaque entre os apóstolos, queria com isso aumentar o seu capital político perante os judeus que se opunham à Igreja (At 12.3).
3. A Igreja enfrentará oposição. A Igreja sempre enfrentará opositores, de um jeito ou de outro. Isso acontece porque o Cristianismo Bíblico, por sua natureza, acolhe a todos, mas também estabelece princípios para quem deseja segui-lo. Por isso, muitas vezes, é visto como antiquado, preconceituoso e indesejado. A perseguição pode mudar conforme o tempo e o lugar, mas seu objetivo continua o mesmo: silenciar a voz da Igreja.
SINOPSE I
A igreja primitiva enfrentou perseguição e oposição, tanto na esfera religiosa quanto na esfera política.
AUXÍLIO BÍBLICO—TEOLÓGICO
 A PERSEGUIÇÃO POLÍTICA
“A perseguição à Igreja teve início quase que imediatamente depois de Pentecostes. Pedro tinha curado um homem coxo junto à porta Formosa do Templo, e uma grande multidão tinha testemunhado os resultados. Quando aquele que tinha operado o milagre aproveitou a multidão reunida para pregar a respeito de Jesus, os sacerdotes do Templo o levaram preso (cap. 4). Libertado, em breve ele foi aprisionado novamente, com outros apóstolos (cap. 5). Estêvão foi a próxima vítima, só que desta vez houve uma morte (cap. 7). Este martírio deu início a uma onda violenta de perseguições aos crentes de Jerusalém (cap. 8). Saulo tentou levar a sua perseguição à igreja que estava em outros lugares, mas ele mesmo se tornou um prisioneiro do Senhor na estrada para Damasco.” (Comentário Bíblico Beacon: João e Atos. Volume 7. Rio de Janeiro: CPAD, 2024, p.292).
AMPLIANDO O CONHECIMENTO
“CONTÍNUA ORAÇÃO.
Os crentes do Novo Testamento respondiam às oposições e às perseguições com intensas orações. A situação parecia impossível: Tiago já havia morrido, e Herodes tinha Pedro sob a custódia de dezesseis soldados. No entanto, a igreja vivia com a absoluta certeza de que ‘a oração feita por um justo pode muito em seus efeitos’ (Tg 5.16), e eles oravam intensamente e persistentemente pela situação de Pedro. A oração deles logo foi respondida (vv.6-17; veja o artigo A ORAÇÃO EFICAZ, p.600).” Amplie mais o seu conhecimento, lendo Bíblia de Estudo Pentecostal — Edição Global, edita pela CPAD, p.1964.
II. A IGREJA PROTEGIDA
1. Um anjo de Deus. Lucas destaca que em meio à perseguição, Deus provê livramento para os apóstolos (At 5.19). A igreja não era apenas perseguida, mas também protegida! Aqui a igreja contou com a presença de anjos, seres de natureza totalmente sobrenatural. Não é incomum a presença de anjos no Livro de Atos. Eles estiveram presentes na libertação de Pedro da prisão (At 12.7); com Filipe em sua missão evangelística (At 8.26); em missão na casa do centurião romano, Cornélio (At 10.3) e com o apóstolo Paulo em alto-mar (At 27.23,24). A Bíblia diz que eles estão a serviço daqueles que vão herdar a salvação (Hb 1.14).
2. A intercessão da Igreja. Atos 12.5 diz que a Igreja “fazia contínua oração” por Pedro. O mesmo texto bíblico que mostra um anjo no cenário da libertação de Pedro também revela a Igreja como um agente ativo nessa libertação. Não teria sentido Lucas destacar o papel da Igreja intercedendo por Pedro se isso não tivesse nenhuma relevância. É evidente que Deus é soberano e age como quer e quando quer. A morte de Tiago, irmão de João, é mencionada anteriormente e não temos uma explicação no texto bíblico do porquê Tiago não foi libertado (At 12.2). Contudo, esse evento certamente causou um impacto na Igreja, levando-a a orar ainda mais fervorosamente por Pedro. Deus respondeu à oração da igreja e libertou Pedro.
3. O valor da oração. Essa passagem bíblica, assim como muitas outras, mostra o grande valor da oração. Enquanto os cristãos oravam, o lugar em que estavam tremeu (At 4.31); quando Paulo orava, teve uma visão com Ananias de Damasco orando pela cura dele (At 9.11,12); enquanto Cornélio orava, um anjo se apresentou a ele (At 10.3) e os apóstolos oravam para que os cristãos fossem batizados no Espírito Santo (At 8.15). Não podemos subestimar o poder da oração. A conhecida frase “muita oração, muito poder; pouca oração pouco poder” ainda continua atual.
SINOPSE II
Mesmo em meio à perseguição, Deus manifestou seu poder de proteção.
AUXÍLIO BÍBLICO—TEOLÓGICO
UMA AÇÃO SOBRENATURAL
“Cedo de manhã, Caifás e seus companheiros convocam uma reunião geral do Sinédrio. Os guardas de templo são enviados para trazer os prisioneiros, mas eles encontram a prisão vazia (v.22); todos os doze desapareceram. Quando as autoridades ficam sabendo do desaparecimento dos apóstolos se afligem e se sentem indefesas, não sabendo ‘do que viria a ser aquilo’ (v.24); eles não sabem o que fazer ou dizer. Alguns, como Gamaliel (cf. At 5.34-40), pode ter considerado que o sobrenatural estava em ação, sobretudo visto que milagres tinham sido feitos pelas mãos dos apóstolos. Mais tarde, um mensageiro os informa que os apóstolos estão no templo. Como o anjo tinha instruído, eles estão falando ao povo ‘as palavras desta vida’ de salvação provida em Jesus Cristo.” (Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Volume 1. Rio de Janeiro: CPAD, 2024, p.654).
III. A IGREJA DESTEMIDA
1. Testemunho com poder. Tão logo foram libertos, os apóstolos começaram a testemunhar de sua fé (At 5.25). De nenhuma forma se sentiram intimidados. Estavam capacitados pelo poder do alto. Não é por acaso que o livro de Atos já foi denominado por antigos escritores de os “Atos do Espírito Santo”. Vemos o Espírito Santo operando por todo o livro, mesmo quando o seu nome não é mencionado. Ele é a fonte de poder da Igreja. Sem o Espírito Santo a Igreja perde o seu testemunho e se torna inoperante.
2. Convictos de sua fé. Lucas registra a ousadia do testemunho de Pedro (At 5.29). Nesse texto temos uma clara defesa dos valores cristãos. Ele mostra que a Igreja Primitiva não negociava sua fé, mesmo que isso lhe custasse caro. A mesma referência também é muitas vezes usada para justificar a desobediência cível por parte da igreja em relação ao Estado, quando este age contrariamente aos princípios adotados por aquela. De fato, isso está em foco. Contudo, não se trata de uma mera desobediência civil ou rebeldia, mas de uma defesa consciente daquilo que a igreja crê como fazendo parte da sua natureza e essência e que, por conta disso, não pode, de forma alguma, ser negociado.
SINOPSE III
O Espírito Santo capacitou os crentes a testemunharem com ousadia.
CONCLUSÃO
Vimos como uma igreja capacitada pelo Espírito enfrenta perseguições. O cristão, portanto, não deve se assustar com elas. No contexto do Cristianismo Bíblico essa é a regra, não a exceção. Ninguém gosta de ser perseguido; contudo, as Escrituras nos previnem a respeito da realidade da perseguição na jornada cristã (Jo 16.33). Isso não significa que o sofrimento deve ser um alvo a ser alcançado, mas que devemos estar conscientes de que não podemos evitá-lo. Portanto, o nosso foco deve estar em Deus, pois Ele é quem pode nos guardar e capacitar no meio do sofrimento.
REVISANDO O CONTEÚDO
1. Quais eram os três grupos que faziam oposição à Igreja?
Os três grupos que faziam oposição à Igreja eram os sacerdotes, os saduceus e o capitão do templo.
 2. Em quais esferas a igreja sofria perseguição?
A igreja sofria perseguição em duas esferas: a religiosa e a política.
3. O que não é incomum no Livro de Atos?
A presença de anjos não é incomum no Livro de Atos.
4. Cite três eventos como resultado de oração conforme demonstrados na lição.
Três eventos como resultado de oração demonstrados na lição são: os cristãos oravam e o lugar em que estavam tremeu (At 4.31); Paulo teve uma visão com Ananias de Damasco orando pela cura dele (At 9.11,12); enquanto Cornélio orava, um anjo se apresentou a ele (At 10.3).
5. O que Atos 5.29 mostra em relação à Primeira Igreja?
Atos 5.29 registra a ousadia do testemunho de Pedro e uma clara defesa dos valores cristãos por parte da primeira igreja.
 


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Nossas Mídias

  SE INSCREVA, CURTA E COMPARTILHE NOSSAS MÍDIAS! Pb. Rogério Faustino Escola Bíblica  ︱ Neweb

2º Trimestre de 2025

  2º TRIMESTRE DE  2025 LIÇÕES BIBLICAS DE ADULTOS LIÇÕES BIBLICAS DE JOVENS Pb. Rogério Faustino Escola Bíblica ︱2º Trimestre de 2025︱

3º Trimestre de 2025

  3º TRIMESTRE DE  2025 LIÇÕES BIBLICAS DE ADULTOS LIÇÕES BIBLICAS DE JOVENS Pb. Rogério Faustino Escola Bíblica ︱3º Trimestre de 2025︱