Pular para o conteúdo principal

Lição 08: Fé para Crer que Deus não Criou o Mal

TEXTO PRINCIPAL

“Porque o SENHOR é bom, e eterno, a sua misericórdia; e a sua verdade estende-se de geração a geração.” (Sl 100.5)

RESUMO DA LIÇÃO

O pecado de desobediência de Adão e Eva trouxe toda a sorte de males para a humanidade e a criação.

LEITURA SEMANAL

SEGUNDA – Ne 6.2 Pessoas más intentam fazer o mal.

² Sambalate e Gesém mandaram dizer-me: Vem, e congreguemo-nos juntamente nas aldeias, no vale de Ono. Porém intentavam fazer-me mal.

Neemias 6.2

TERÇA – Jó 15.34-35 O ajuntamento dos hipócritas.

³⁴ Porque a congregação dos hipócritas se fará estéril, e o fogo consumirá as tendas do suborno.

³⁵ Concebem a malícia, e dão à luz a iniqüidade, e o seu ventre prepara enganos. 

Jó 15.34 35

QUARTA – Sl 10.7 A boca do homem mau.

⁷ A sua boca está cheia de imprecações, de enganos e de astúcia; debaixo da sua língua há malícia e maldade.

Salmo 10.7

QUINTA – Pv 4.14 Não ande pelo caminho dos maus.

¹⁴ Não entres pela vereda dos ímpios, nem andes no caminho dos maus.

Provérbios 4.14

SEXTA – Pv 24.1 Não tenhas inveja do homem maligno.

¹ Não tenhas inveja dos homens malignos, nem desejes estar com eles.

Provérbios 24.1

SÁBADO – Pv 24.8 Mestre dos maus intentos.

⁸ Àquele que cuida em fazer mal, chamá-lo-ão de pessoa danosa.

Provérbios 24.8

OBJETIVOS

EXPLICAR o mal moral e físico;

DESTACAR o ensino a respeito de Deus e do mal;

DESPONTAR a respeito do sofrimento do cristão.

INTERAÇÃO

Prezado(a) professor(a), estudaremos a respeito do mal moral e físico. Deus não criou o mal e sabemos que ele adentrou no mundo pela desobediência do primeiro casal. Quando Adão e Eva comeram do fruto proibido, eles perceberam que estavam nus e procuraram se esconder da presença de Deus (Gn 3.7,8). Era a ruptura imediata da comunhão com Deus e a entrada do mal no mundo. Mas Deus na sua bondade e misericórdia anunciou a vinda do Redentor. Foi por causa da desobediência que o pecado entrou no mundo e, com ele, a morte e toda a sorte de males (Rm 5.12).

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Professor(a), inicie a lição fazendo as seguintes perguntas: “O que é pecado?” “Quando o pecado entrou no mundo?” Ouça os alunos e incentive a participação de todos. Explique que a palavra pecado significa ‘transgressão deliberada e consciente das leis estabelecidas por Deus. Errar o alvo estabelecido pelo Criador ao homem. O pecado moral é a deliberação consciente e intencional de se resistir à vontade de Deus. Não se trata de um simples pecado ou de uma transgressão ordinária; é uma rebeldia movida pelo orgulho e pelo não reconhecimento da soberania divina” (Dicionário Teológico. Rio de Janeiro: CPAD, p. 235).

TEXTO BÍBLICO

Salmos 34.12-22

¹² Quem é o homem que deseja a vida, que quer largos dias para ver o bem?

¹³ Guarda a tua língua do mal e os teus lábios, de falarem enganosamente.

¹⁴ Aparta-te do mal e faze o bem; procura a paz e segue-a.

¹⁵ Os olhos do SENHOR estão sobre os justos; e os seus ouvidos, atentos ao seu clamor.

¹⁶ A face do SENHOR está contra os que fazem o mal, para desarraigar da terra a memória deles.

¹⁷ Os justos clamam, e o SENHOR os ouve e os livra de todas as suas angústias.

¹⁸ Perto está o SENHOR dos que têm o coração quebrantado e salva os contritos de espírito.

¹⁹ Muitas são as aflições do justo, mas o Senhor o livra de todas.

²⁰ Ele lhe guarda todos os seus ossos; nem sequer um deles se quebra.

²¹ A malícia matará o ímpio, e os que aborrecem o justo serão punidos.

²² O SENHOR resgata a alma dos seus servos, e nenhum dos que nele confiam será condenado.

INTRODUÇÃO

Para alguns filósofos, teólogos e religiosos, a questão do mal é motivo de muita discussão. Para muitos, um dos grandes problemas relacionados à fé cristã está em conciliar a presença do mal e do sofrimento com a bondade e a perfeição de Deus. Eles acreditam que não existe uma definição precisa do que seja o mal, assim como não há uma definição para o que é bem. O mal e o bem dependem dos valores e crenças de cada pessoa. Será essa afirmativa verdadeira? É o que veremos na lição deste domingo.

I- O MAL MORAL E FÍSICO

1- De acordo com a Bíblia. 

A Palavra de Deus afirma que Deus é bom e que Ele criou o homem e o mundo perfeito (Gn 1.31). O mal, tanto o físico quanto o moral, teve seu início na Queda, narrada no terceiro capítulo do livro de Gênesis. Todo o mal que vemos hoje é uma consequência do pecado de Adão e Eva (Gn 3.16-19). Separada de Deus pelo pecado, a humanidade ficou em um estado de sofrimento e vergonha. Ao desobedecer deliberadamente a Deus, o ser humano ficou preso ao pecado e as suas nocivas consequências. Todo o pecado é contra Deus e a sua vontade e, portanto, jamais pode vir dEle. A decisão de Adão e Eva envolvia uma escolha pessoal acerca do mal e do bem. O primeiro casal era livre para tomar suas decisões, entretanto, o Deus bondoso já havia alertado para o perigo da desobediência ao afirmar: “da árvore da ciência do bem e do mal, dela não comerás” (Gn 2.17).

2- De acordo com a filosofia. 

Antes de falar a respeito do mal, observe o que o filósofo Aristóteles entendia como bem: “é aquilo que todos os seres aspiram; o bem é desejável quando ele interessa a um indivíduo isolado, mas seu caráter é mais belo e mais divino quando se aplica a um povo e a Estados inteiros,” Para alguns filósofos escolásticos (um método ocidental de pensamento crítico, com origem nas escolas monásticas cristãs, que concilia a fé cristã com um sistema de pensamento racional especialmente o da filosofia grega) o bem designa o Ser que possui a perfeição absoluta: Deus. Enquanto no conceito da ética, o bem designa aquilo que é conforme às normas da moral. O mal, por sua vez, vai designar, em um sentido geral, tudo o que venha a ser negativo, nocivo ou prejudicial a outra pessoa.

3- De acordo com a ética secular e cristã. 

A ética secular está fundamentada em valores materialistas e relativistas, onde o bem e o mal dependem do ponto de vista de cada pessoa. Já a ética cristã tem como fundamento as Escrituras Sagradas e seu objetivo é aperfeiçoar a nossa vida de comunhão com Deus e o nosso testemunho cristão perante a sociedade na qual estamos inseridos. Ela mostra que o Deus Trino é santo e imutável e criou tudo perfeito. A ética cristã trata das três esferas principais do homem: a moral, a social e espiritual. Os israelitas caíram no deserto por não observarem a lei moral que havia sido outorgada pelo Senhor. Não podemos deixar de lado estes fatos bíblicos, pois nos revelam o perigo de não vivermos o ideal ético do Reino de Deus instituído por Jesus Cristo (1 Co 10.5). A corrupção moral tem causado terríveis consequências para toda a sociedade. Não podemos nos conformar com o pensamento deste mundo (Rm 12.1). É preciso dizer “não” ao hedonismo, ao relativismo ético e a tudo que nos leva a pecar e assim nos afastar de Deus. Somos o “sal da terra” e a “luz do mundo” deste século, vivamos como tal (Mt 5-13.14).

PENSE! 

Você vive segundo os preceitos da ética cristã?

PONTO IMPORTANTE! 

A ética cristã tem seus valores pautados nas Escrituras Sagradas.

SUBSÍDIO 1

“Um dos mais profundos problemas da Teologia e da Filosofia é a existência e a ação do mal. Ao longo da História, o mal tem sido motivo de estudo, pesquisa e discussão, de modo especulativo, mas também de maneira séria. Haja vista o poder do mal impor-se de modo natural na experiência humana, a preocupação com a sua origem desafia a inteligência e aguça o interesse em descobri-lo na sua essência. Neste campo da realidade universal do mal entra a história da raça humana através da primeira criatura: o homem. Este, por seu livre-arbítrio, cai na rede de engano do agente do mal, o Diabo, e pratica o pecado de rebelião contra o Criador. A questão do mal é tratada na Bíblia a partir do relato do livro de Gênesis sobre a Queda do homem. O relato histórico descreve o princípio da tentação ao homem e seu pecado, trazendo maldição para a sua vida pessoal e a toda a humanidade. Na teologia cristã, a doutrina do pecado ocupa grande espaço porque o Cristianismo é a religião da redenção da raça humana. De todas as doutrinas bíblicas, três delas são de vasta amplitude porque tratam de Deus, do pecado e da redenção. Existe uma inter-relação entre essas três doutrinas. É impossível tratar do pecado sem mencionar a redenção do pecador e, naturalmente, a sua relação com a sua fonte: Deus.” (Teologia Sistemática Pentecostal. Rio de Janeiro, CPAD, 2008. pp. 301.302.)

II- DEUS E O MAL

1- Deus é mau? 

Não! Ele é bom, santo, justo e tem todo o poder: “Eu formo a luz e crio as trevas: faço a paz e crio o mal; eu, o SENHOR, faço todas estas coisas (Is 457)” Muitos têm se utilizado erroneamente desse texto do profeta Isaías para afirmar que o mal e o bem procedem de Deus. Sabemos que o caráter de Deus é benigno: “bom e reto é o SENHOR; pelo que aponta o caminho aos pecadores” (SI25.8). O Senhor é bom e sabemos que existe a lei da semeadura e da colheita, ou seja, este princípio afirma que a humanidade colhe o que planta. É a lei da causa e do efeito, Elifaz, um dos amigos de Jó, faz uso desse princípio ao afirmar: “Segundo eu tenho visto, os que lavram iniquidade e semeiam o mal segam isso mesmo” (Jó 4.8). Encontramos tal princípio no livro de Salmos, onde os salmistas, em vários poemas, afirmavam que Deus é bom e justo, por isso, Ele recompensa os bons e pune os maus (Sl 1.6). No Novo Testamento também encontramos tal princípio no texto de 1 Pedro 3.12.

2- Deus é um ser em equilíbrio? 

Há também aqueles que utilizam o texto de Isaías citado acima para afirmar que Deus é um ser em “equilíbrio”; Ele é tanto bom como mau. No entanto, sabemos que o Deus verdadeiro não é um conjunto de forças opostas. Ele é perfeitamente bom, e não contém nada de mau, conforme nos diz o apóstolo João: “Deus é luz, e não há nele treva nenhuma” (1 Jo 1.5).

3- Deus não criou o mal moral. 

Deus não criou o mal no sentido moral. As Escrituras Sagradas afirmam que: “Porque tu não és Deus que tenha prazer na iniquidade, nem contigo habitará o mal” (Sl 5.4,5), Deus não tenta ninguém, pois segundo o profeta Isaías Ele é “Santo, Santo, Santo” (Is 6.3). A palavra “mal” em Isaías 45.7 se origina de uma palavra que pode ter vários sentidos. Neste contexto e em outros onde Deus faz ou traz o mal, a palavra significa “calamidade” ou “punição”, sendo o oposto de paz. Deus usaria Ciro para “abater as nações” (Is 45.1). Já no versículo 8, Deus promete salvação (paz) e justiça (punição ou mal). Outros trechos usam a mesma linguagem. Os males que Deus ameaçou trazer sobre Judá em 2 Reis 22.16 foram punições pelo pecado. Tal verdade revela justiça e não maldade. Deus não é o criador do mal moral, entretanto como um Deus santo, Ele traz juízo ao pecador (Rm 3.23).

PENSE! 

Deus é um ser em equilíbrio?

PONTO IMPORTANTE

Não! Essa é mais uma das falácias do Inimigo.

SUBSÍDIO 2

“Ao longo da história, a preocupação com a existência do mal tem provocado muitas perguntas e respostas. O problema da presença do pecado no Universo é discutido por filósofos, sociólogos e teólogos. Especialmente, no campo da filosofia, há muitas teorias que tentam em vão analisar e definir o que é pecado. Há opiniões extremamente especulativa e arbitrárias sobre esse assunto. Por isso, ao trazê-las à tona neste estudo, queremos destacar dois elementos auxiliares para o estudo do pecado. O primeiro trata da natureza metafísica do pecado, e o segundo, de sua natureza moral. Surgem, então, as questões: O que é aquilo que denominamos pecado? Seria uma substância, um princípio ou um ato? Significaria privação, negação ou defeito? Seria alguma coisa relacionada com sentimentos? Essas perguntas se relacionam com a natureza metafísica do pecado. Mas, e as questões sobre a natureza moral do pecado? Como o pecado se relaciona com a lei de Deus? Algumas teorias sobre a natureza do pecado são apresentadas ao longo da história, no estudo progressivo das doutrinas cristãs. Algumas dessas teorias são incoerentes com a realidade bíblica do pecado e, por isso, heréticas. A primeira teoria filosófica e antibíblica que mencionaremos é a que ensina a existência de um eterno princípio do mal. Ela se difundiu e foi introduzida na igreja nos primeiros séculos da Era Cristã. Para alguns, esse princípio original do mal se identificava como um ser pessoal. Trata-se do gnosticismo, tal princípio original do mal se identificava como um ser pessoal. Trata-se do gnosticismo. Para outros, seguidores do gnosticismo tal princípio era uma substância, uma matéria eterna” (Teologia Sistemática Pentecostal. Rio de Janeiro, CPAD, 2008, pp, 307,308.)

III- O CRISTÃO E O SOFRIMENTO

1- O problema do sofrimento. 

Vivemos em uma sociedade hedonista, onde as pessoas afirmam não ser plausível pensar que um Deus que é amoroso e bondoso permita o sofrimento. As Escrituras Sagradas não descartam o sofrimento, pois segundo o profeta Isaías, o Messias seria um homem de dores (Is 53). Vivemos na era da autoajuda, da confissão positiva, dos coach etc. Estes querem banir a dor e sofrimento da existência humana. Entretanto, se esquecem de que Jesus declarou: “No mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo” (Jo 16.33). Veja o que H. Dieterlen afirmou depois de meditar a respeito do sofrimento do justo: “tudo depende do modo por que se sofre. Mas Deus sempre tem um pensamento de amor nas tristezas que nos envia”. Sabemos que no final todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus e que nEle confiam (Rm 8.28).

2- O sofrimento. 

Lutero, em um debate no qual retomou os ensinamentos do apóstolo Paulo sobre a mensagem da cruz, afirmou que “Deus somente pode ser encontrado no sofrimento e na cruz”. Assim, cruz e sofrimento significam, em primeiro lugar, o que Cristo fez por nós, mas também o sofrimento do cristão. Para o cristão, Deus entende e conhece nossa dor e Ele não se ausenta de nós em meio às aflições. Não podemos nos esquecer de que o pecado sempre causará sofrimento para o homem, independente da sua crença religiosa; basta ver o que ocorreu com Adão e Eva logo após pecarem (Gn 3).

3- Deus é maior que todo o sofrimento. 

Deus é soberano e maior do que toda dor que venhamos enfrentar. Ele nos ama e não nos abandona em meio ao nosso sofrimento. Jó foi provado pela dor, entretanto no fim de tudo viu o quanto o Senhor é poderoso (Jó 42.2). Eliú, um dos amigos de Jó, afirma que “Deus é grande, e nós o não compreendemos” (Jó 36.26). Em uma tentativa de explicar a grandeza e a majestade do Senhor, ele fala a respeito da ação de Deus nas quatro estações do ano. O Deus que controla as estações do ano é o mesmo que tem o controle das nossas vidas. Ele não erra. Confie no Senhor e você verá que assim como o verão, o outono, o inverno e a primavera são sazonais, assim são os momentos difíceis da vida.

CONCLUSÃO

Deus criou um mundo perfeito e bom. O mal e o sofrimento entraram no mundo como uma consequência da Queda. O Criador está sempre disposto a agir com generosidade para com a sua criação, entretanto o pecado cega o entendimento das pessoas e elas não conseguem crer que Ele é justo e não pode tolerar o pecado. O pecado é repugnante diante de Deus e merece a justa punição. Mas Deus é sempre bom; a bondade é um dos seus atributos.

HORA DA REVISÃO

1- Quando o mal físico e moral teve início? 

O mal, tanto o físico quanto o moral, tiveram seu início na Queda, narrada no capítulo três do livro de Gênesis.

2- Segundo a lição, o mal é uma consequência de quê? 

Da Queda

3- Defina o bem segundo Aristóteles

O filósofo Aristóteles, entendia como bem “aquilo que todos os seres aspiram: o bem é desejável quando ele interessa a um indivíduo isolado, mas seu caráter é mais belo e mais divino quando se aplica a um povo e a Estados inteiros.”

4- Qual o fundamento da ética cristã? 

A ética cristã tem como fundamento as Escrituras Sagradas e seu objetivo é aperfeiçoar a nossa vida de comunhão com Deus e o nosso testemunho cristão perante a sociedade na qual estamos inseridos.

5- O que Lutero afirmou a respeito do sofrimento humano? 

Ele afirmou que “Deus somente pode ser encontrado no sofrimento e na cruz."

Pb. Rogério Faustino

Neweb

Compromisso com a Palavra

Acompanhe todos os slides da lição clicando aqui

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Nossas Mídias

  SE INSCREVA, CURTA E COMPARTILHE NOSSAS MÍDIAS! Pb. Rogério Faustino Escola Bíblica  ︱ Neweb

1º TRIMESTRE DE 2025

  1º TRIMESTRE DE 2025 1º TRIMESTRE DE 2025 LIÇÕES BIBLICAS DE ADULTOS 1º TRIMESTRE DE 2025 LIÇÕES BIBLICAS DE JOVENS Pb. Rogério Faustino Escola Bíblica ︱1º Trimestre de 2025︱