TEXTO PRINCIPAL
“Mas tu, por que julgas teu
irmão? Ou tu, também, por que desprezas teu irmão? Pois todos havemos de
comparecer ante o tribunal de Cristo.” (Rm 14.10)
RESUMO DA LIÇÃODeus, em sua soberania, é o único
juiz com conhecimento perfeito e justiça imparcial.
LEITURA SEMANAL
SEGUNDA – Quem pode atirar
a primeira pedra?
⁷ E, como insistissem, perguntando-lhe, endireitou-se, e disse-lhes: Aquele que de entre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela.
João 8.7
TERÇA – Você é
indesculpável quando julga.
¹ Portanto, és inescusável quando julgas, ó homem, quem quer que sejas, porque te condenas a ti mesmo naquilo em que julgas a outro; pois tu, que julgas, fazes o mesmo.
Romanos 2.1
QUARTA – Nada julgueis
antes do tempo.
⁵ Portanto, nada julgueis antes de tempo, até que o Senhor venha, o qual também trará à luz as coisas ocultas das trevas, e manifestará os desígnios dos corações; e então cada um receberá de Deus o louvor.
1 Coríntios 4.5
QUINTA – Trate os que
erram com mansidão.
¹ Irmãos, se algum homem chegar a ser surpreendido nalguma ofensa, vós, que sois espirituais, encaminhai o tal com espírito de mansidão; olhando por ti mesmo, para que não sejas também tentado.
Gálatas 6.1
SEXTA – Aja com
benignidade.
³² Antes sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo.
Efésios 4.32
SÁBADO – O amor cobrirá
uma multidão de pecados.
⁸ Mas, sobretudo, tende ardente amor uns para com os outros; porque o amor cobrirá a multidão de pecados.
1 Pedro 4.8
TEXTO BÍBLICO
Mateus 7.1-5
¹ Não julgueis, para que não sejais julgados.
² Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós.
³ Por que reparas tu no argueiro que está no olho do teu irmão e não vês a trave que está no teu próprio olho?
⁴ Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, estando uma trave no teu?
⁵ Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho e, então, cuidarás em tirar o argueiro do olho do teu irmão.
Tiago 4.11,12
¹¹ Irmãos, não faleis mal uns dos outros. Quem que fala mal de um irmão e julga a seu irmão fala mal da lei e julga a lei; e, se julgas a lei, já não és observador da lei, mas juiz.
¹² Um só é Legislador e Juiz, que pode salvar e destruir. Tu, porém, quem és, que julgas a outrem?
OBJETIVOS
COMPREENDER a natureza do julgamento alheio;
EXPLICAR a soberania de Deus como único juiz:
DESTACAR a importância da humildade e a compreensão entre irmãos.
INTERAÇÃO
Prezado(a) professor(a), na lição
deste domingo veremos o que a Carta de Tiago nos ensina a respeito do falar mal
do irmão e julgá-lo. A tendência humana de julgar precipitadamente, sem pleno
conhecimento é muitas vezes resultado do nosso orgulho, por isso deve ser
substituída por uma atitude de humildade e compreensão. Deus, sendo o único
juiz justo e conhecedor de todas as coisas, nos chama a deixar toda avaliação
em suas mãos e a focar na nossa própria transformação. Ao evitar a condenação e
promover a misericórdia, refletimos a verdadeira autenticidade cristã e
caminhamos mais próximos ao coração de Deus. Que em nosso cotidiano, possamos
praticar a graça e a compaixão, deixando o julgamento para aquele que é
verdadeiramente digno e capaz de exercê-lo.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor, inicie a lição fazendo
a seguinte indagação: “Qual o perigo de se julgar alguém ou falar mal dele?”
Ouça os alunos com atenção. Explique que falar mal de um irmão ou julgá-lo é
tornar-se juiz. Quando condenamos uma pessoa, estamos condenando o nosso
próximo e aquele que o criou, o próprio Deus. Somente o Todo-Poderoso tem poder
para julgar e legislar em favor das suas criaturas. Diga que o Mestre nos
ensinou que antes de julgar o nosso próximo devemos examinar a nós mesmos. Em
seguida leia e discuta com os alunos o texto de Mateus 7.1-3. Ao julgar a Lei,
a pessoa se coloca acima dela, assumindo uma posição de autoridade que pertence
exclusivamente a Deus. Tiago está enfatizando a presunção e a arrogância de
quem se acha no direito de julgar os outros. Isso é particularmente grave
porque a função do cristão é observar e obedecer a Lei, não julgar.
Já sabemos que a Carta de Tiago é
rica em conselhos práticos para uma vida cristã próspera. Na lição deste
domingo veremos os conselhos e advertências a respeito do julgamento alheio.
Tiago nos exorta que todo e qualquer julgamento pertence exclusivamente a Deus.
Então, vamos refletir a respeito da natureza do julgamento dos homens, a
soberania de Deus como único juiz e a necessidade de praticar a humildade e a
compreensão nas relações interpessoais.
1- Cuidado com a precipitação.
Mateus 7.1-5
¹ Não julgueis, para que não sejais julgados.
² Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós.
³ Por que reparas tu no argueiro que está no olho do teu irmão e não vês a trave que está no teu próprio olho?
⁴ Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, estando uma trave no teu?
⁵ Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho e, então, cuidarás em tirar o argueiro do olho do teu irmão.
¹¹ Irmãos, não faleis mal uns dos outros. Quem que fala mal de um irmão e julga a seu irmão fala mal da lei e julga a lei; e, se julgas a lei, já não és observador da lei, mas juiz.
¹² Um só é Legislador e Juiz, que pode salvar e destruir. Tu, porém, quem és, que julgas a outrem?
COMPREENDER a natureza do julgamento alheio;
EXPLICAR a soberania de Deus como único juiz:
DESTACAR a importância da humildade e a compreensão entre irmãos.
INTRODUÇÃO
I- A NATUREZA DO JULGAMENTO HUMANO
Muitas vezes, julgamos precipitadamente uma pessoa, sem conhecer todos os
fatos. Esse julgamento pode nos levar a cometer injustiças. Por isso Tiago
aborda os efeitos maléficos dos conflitos, disputas e o julgamento entre os
irmãos. Ele identifica o orgulho e a cobiça como as raízes desses conflitos e
chama os crentes à humildade e à submissão a Deus. A exortação “não faleis mal
uns dos outros” é uma advertência divina para evitar qualquer forma de calúnia,
difamação ou critica. No grego, a expressão utilizada é katalaleite, que pode
ser traduzida como “caluniar” ou “difamar” pessoas ausentes, que não podem se
defender das injúrias. Falar mal dos outros prejudica a reputação alheia, mas
também mina a unidade e o amor dentro da igreja levando à mornidão espiritual.
2- Falta de conhecimento.
Somos
limitados em nosso conhecimento. Por isso, quando julgamos os outros,
baseamo-nos geralmente em informações que muitas vezes podem estar incompletas
ou erradas. Tiago prossegue dizendo que quem fala mal de um irmão e julga a seu
irmão, na verdade, fala mal da Lei e julga a Lei. Aqui, “lei” provavelmente se
refere à “Lei Régia” mencionada em Tiago 2.8: “Amarás a teu próximo como a ti
mesmo.” Criticar e julgar os outros é, portanto, uma violação direta desse
mandamento.
3- Julgamento e orgulho.
O
julgamento humano é frequentemente influenciado pelo orgulho. Ao julgar os
outros, muitas vezes, nos consideramos melhores ou mais justos, ignorando
nossos próprios defeitos e falhas. O julgamento, como resultado do orgulho, não
só nos prejudica espiritualmente, mas também prejudica nossos relacionamentos.
Ele cria divisões, ressentimentos e impede a verdadeira comunhão. O orgulho é
um sentimento negativo que nos faz sentir superiores aos outros. Ele nos impede
de enxergar as nossas próprias falhas e nos leva a focar nos erros dos outros.
Nas Escrituras Sagradas, este sentimento é repetidamente condenado como um
pecado que nos afasta de Deus. Quando julgamos os outros com base em nossas
percepções e sentimentos, estamos essencialmente dizendo que somos melhores ou
mais justos do que eles. Esse é um ato de presunção que contraria a humildade,
a santidade e a justiça de Deus.
“Tiago nos ensina que falar mal
do irmão e julgá-lo nos torna juiz da lei. Sabemos que só existe um único juiz
e legislador – Deus. Quem somos nós para julgar nossos irmãos em Cristo? Como
seres humanos somos falhos, imperfeitos e não conhecemos o que vai no interior
de cada um. Deus é santo, justo e conhece as nossas verdadeiras intenções, por
isso, somente Ele tem como julgar as pessoas com retidão. Em o Novo Testamento,
Jesus afirmou que a lei se resume em dois mandamentos, amar a Deus acima de
todas as coisas e ao próximo. Quem ama o seu irmão não o julga. E quem não ama
já está descumprindo a lei divina. Quais têm sido suas atitudes para com seus
irmãos? Você os ama, os compreende, ou tem se colocado diante de cada um como
um juiz impiedoso? Não se esqueça das advertências do nosso Mestre: “Não
julgueis, para que não sejais julgados, porque com o juízo com que julgardes
sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós”
(Mt 7.1.2). “Julgar ou submeter-se à Lei? Tiago inicia uma transição da
convocação dos crentes para o seu preparo para o iminente julgamento,
exortando-os a cumprir sua responsabilidade perante os semelhantes que, por sua
vez, também o enfrentarão. Faz essa mudança de retórica e repetindo o aviso
feito em 3.1, que voltará a focalizar em 5.1-9. aconselhando a respeito da
atitude que as pessoas devem ter para com seus semelhantes. Tiago é claramente
enfático na sua denúncia sobre como os crentes, às vezes, tratam os outros
(‘não faleis mal uns dos outros, v. 11). Essa tendência de falar julgando e
condenando os outros, talvez sem um verdadeiro motivo (calúnia), certamente
representa uma das razões pelas quais ele previne contra o orgulho de assumir
responsabilidades de um ensinador (3.1). O adequado papel de um mestre é
‘convencer do erro do seu caminho um pecador’ (5.20), e não o condenar (cf.
7.1-5).” (Adaptado de Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. 2. ed.
Rio de Janeiro, CPAD, 2004, p. 1683).
SUBSÍDIO 1
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Verdadeira Religião - Um Convite à Autenticidade na Carta de Tiago ︱Neweb ︱Compromisso
com a Palavra
II- A SOBERANIA DE DEUS COMO ÚNICO JUIZ
Tiago 4.12
afirma: “Há um só Legislador e um Juiz, que pode salvar e destruir. Tu, porém,
quem és, que julgas a outrem?” Deus é o único que possui conhecimento perfeito
(onisciência) de todas as situações e das intenções dos corações humanos. Por
essa razão somente Ele tem autoridade para julgar, salvar e destruir. Ao tomar
para nós o papel de juiz, estamos usurpando a autoridade do Senhor. Esse
conhecimento absoluto garante que seus julgamentos sejam sempre perfeitos e
equitativos, pois Ele vê além das aparências e entende a totalidade da
situação.
2- Justiça perfeita.
Somente Deus
é justo. Sua justiça é parte da sua natureza santa, ao contrário do ser humano
que é imperfeito e injusto. Em Deuteronômio 32.4. Moisés nos diz que “Ele é a
Rocha, cuja obra é perfeita, porque todos os seus caminhos juízo são; Deus é a
verdade, e não há nele injustiça; justo e reto é.” Deus julga com equidade,
assegurando que cada pessoa receba exatamente o que merece, de acordo com sua
perfeita justiça.
3- Autoridade exclusiva.
Deus
possui autoridade exclusiva para julgar porque Ele é o Criador de todas as
coisas. Sua soberania abrange todo o universo e, por ser o Criador, tem
direitos sobre as criaturas. Cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus. A usurpação
dessa autoridade é uma afronta à soberania divina, e um sinal de falta de
humildade e submissão da nossa parte. A Bíblia ensina que haverá um julgamento
final, onde o Senhor julgará todos os seres humanos com base em suas obras e em
sua fé em Cristo (Ap 20.12 - ¹² E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante de Deus, e abriram-se os livros; e abriu-se outro livro, que é o da vida. E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras.).
“Tiago identifica dois problemas
que se originam quando as pessoas reivindicam as prerrogativas de um julgamento
que por direito pertence somente a Deus, o ‘único Legislador e Juiz’ (v. 12).
Ao condenarmos outros, estamos principalmente condenando a própria lei. Talvez
Tiago acreditasse que esse era o caso porque quando condenamos as pessoas
estamos condenando aqueles que foram ‘feitos à semelhança de Deus’ (3.9), e
assim, implicitamente, estamos condenando o próprio Deus (cf. Rm 14.1-8).
Aqueles que julgam os semelhantes estão se posicionando como juízes acima da
lei ao invés de submeterem-se a ela (‘se tu julgas a lei, já não és observador
da lei, mas juiz’, Tg 4.11); isto é, inevitavelmente o padrão de comportamento
que reproduz o desejo do juiz humano e não a vontade de Deus (veja 4.13-17). Ao
invés de nos atermos às omissões dos semelhantes na obediência à lei de Deus,
deveríamos nos concentrar em nossa submissão a Ele (4.7) e à sua lei.”
(Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. 2. ed. Rio de Janeiro, CPAD,
2004, p. 1683.)
SUBSÍDIO 2
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III- A HUMILDADE E A COMPREENSÃO ENTRE IRMÃOS
Tiago nos
aconselha a não falar mal uns dos outros (v. 11) e para que isso aconteça,
precisamos ter uma atitude de humildade com os nossos irmãos, reconhecendo
nossas próprias falibilidades. Ao nos lembrar de que somos pecadores e que necessitamos
da graça de Deus, nos tornamos mais humildes e menos propensos a criticar e
falar mal dos outros. A humildade nos leva a agir com compaixão e misericórdia,
em vez de críticas. Não podemos jamais compactuar com os erros dos irmãos, mas
precisamos orar para que haja arrependimento e crer no perdão e na misericórdia
divina.
2- Ame.
Quando você for criticar
alguém lembre-se da lei do amor de Deus (Mt 22.37-40 - ³⁷ E Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento. ³⁸ Este é o primeiro e grande mandamento. ³⁹ E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. ⁴⁰ Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas. ) e diga algo bom. Jesus
ensina em Mateus 7.3-5 (³ E por que reparas tu no argueiro que está no olho do teu irmão, e não vês a trave que está no teu olho? ⁴ Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, estando uma trave no teu? ⁵ Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então cuidarás em tirar o argueiro do olho do teu irmão.) que devemos primeiro remover a trave do nosso próprio
olho antes de tentar remover o cisco do olho do nosso irmão. Obedecer ao
mandamento de amar ao próximo implica falar e agir de maneira a edificar, e não
a destruir. O amor ao próximo é um dos pilares do ensinamento cristão e o
verdadeiro amor se manifesta em palavras e ações que promovem o bem-estar e o
crescimento do outro. Falar mal dos outros evidencia falta de amor. Quando
amamos o próximo como a nós mesmos, tratamos as falhas dos outros com a mesma
compreensão e paciência com que gostaríamos de ser tratados.
Uma
atitude de compreensão e misericórdia reflete o caráter de Cristo em nós. Se
quisermos ter bons relacionamentos, precisamos nos esforçar para entender as
circunstâncias e lutas dos outros, oferecendo apoio e compaixão em vez de
julgamento.
Professor(a), explique que, como
crentes, devemos evitar as críticas e amar a todos. Porém, “Cristo não negou a
necessidade de exercitar o discernimento ou de fazer julgamentos de valores com
relação ao pecado na vida dos outros. Certamente devemos fazer isto a fim de
nós mesmos evitarmos o pecado.” (Adaptado da Bíblia de Estudo Pentecostal para
Jovens. Rio de Janeiro: CPAD, p. 1210.)
SUBSÍDIO 3
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CONCLUSÃO
HORA DA REVISÃO
O orgulho e a cobiça.
2- O que frequentemente influencia o julgamento humano?
O julgamento humano é frequentemente influenciado pelo orgulho.
3- O que o orgulho nos faz sentir?
O orgulho é um sentimento negativo que nos faz sentir superiores aos outros.
4- Quem é o único que conhece tudo?
Deus é o único que possui conhecimento perfeito (onisciência), de todas as situações e das intenções dos corações humanos, por essa razão somente Ele tem autoridade para julgar, salvar e destruir.
5- O que a humildade e a atitude de misericórdia revelam?
Revelam o caráter de Cristo em nós.
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