TEXTO ÁUREO
“Mas ele, estando cheio do Espírito Santo e fixando
os olhos no céu, viu a glória de Deus e Jesus, que estava à direita de Deus.”
(At 7.55).
VERDADE PRÁTICA
A igreja foi capacitada por Deus para enfrentar um
mundo que é hostil à sua fé e valores.
LEITURA DIÁRIA
Segunda – Vivendo em um mundo hostil.
¹⁶ Eis que vos envio como ovelhas ao meio de lobos; portanto, sede prudentes como as serpentes e inofensivos como as pombas.
Mateus 10:16
Terça – Nada a temer na pregação do
Evangelho.
²⁴ Mas de nada faço questão, nem tenho a minha vida por preciosa, contanto que cumpra com alegria a minha carreira, e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do evangelho da graça de Deus.
Atos 20:24
Quarta – Capacitados com sabedoria para o
confronto.
¹⁰ E não podiam resistir à sabedoria, e ao Espírito com que falava.
Atos 6:10
Quinta – Caluniados e difamados pelos
opositores.
¹¹ Então subornaram uns homens, para que dissessem: Ouvimos-lhe proferir palavras blasfemas contra Moisés e contra Deus.
¹² E excitaram o povo, os anciãos e os escribas; e, investindo contra ele, o arrebataram e o levaram ao conselho.
¹³ E apresentaram falsas testemunhas, que diziam: Este homem não cessa de proferir palavras blasfemas contra este santo lugar e a lei;
Atos 6:11-13
Sexta – Fiel até à morte nas perseguições
contra a fé.
¹⁰ E Frígia e Panfília, Egito e partes da Líbia, junto a Cirene, e forasteiros romanos, tanto judeus como prosélitos,
Atos 2:10
Sábado – Morrendo e perdoando pela fé.
⁶⁰ E, pondo-se de joelhos, clamou com grande voz: Senhor, não lhes imputes este pecado. E, tendo dito isto, adormeceu.
HINOS DA HARPA CRISTÃ
1 Sou um soldado de Jesus
E servo do Senhor;
Não temerei levar a cruz,
Sofrendo grande dor.
Depois da batalha me coroará,
Deus me coroará;
Deus me coroará;
Depois da batalha me coroará,
Na celestial mansão;
Lá verei o meu Rei,
E terei meu galardão,
Depois de batalha me coroará,
Na cidade de Sião!
2 Lutaram outros sem temor,
Mui forte hei de ser;
Pelejarei por meu Senhor,
Confiando em Seu poder.
3 Se eu for fiel ao meu Jesus
E não voltar pra trás,
Alcançarei no céu de luz,
Lugar de santa paz.
Autor ou Tradutor: J.T.L José T. De Lima
1 Quando o Jordão passarmos unidos,
E entrarmos no céu, veremos lá,
Como areia da praia os remidos,
Oh! Que gloriosa vista será!
Tantos como a areia da praia!
Tantos como a areia do mar!
Que gozo sentirá
Todo o salvo pois verá,
Sim, tantos como a areia da praia!
2 Quando virmos os salvos do mundo,
Que a morte jamais alcançará,
Se saudarem com gozo profundo,
Oh! Que gloriosa vista será!
3 Lá na margem do rio da vida,
Onde paz e justiça haverá,
Nós veremos a terra prometida;
Oh! Que gloriosa vista será!
4 Quando Cristo Jesus contemplarmos,
Coroado no céu como está,
E prostrado aos Seus pés adorarmos,
Oh! Que gloriosa vista será!
Autor ou Tradutor: A.S Almeida Sobrinho
1 Se, pelos vales, eu peregrino vou andar
Ou na luz gloriosa de Cristo habitar,
Irei com meu Senhor pra onde Ele for.
Confiando na graça de meu Salvador.
Se Cristo comigo vai, eu irei
E não temerei, com gozo irei; comigo vai;
E grato servir a Jesus, levar a cruz;
Se Cristo comigo vai, eu irei.
2 Se lá para o deserto Jesus me quer mandar;
Levando boas novas de salvação sem par;
Eu lidarei, então, com paz no coração.
A Cristo seguindo, sem mais dilação.
3 Será a minha sorte a dura cruz levar,
Sua graça e Seu poder, quero sempre aqui
contar.
Contente com Jesus, levando a minha cruz.
Eu falo de Cristo que é minha luz.
4 Ao Salvador Jesus eu desejo obedecer,
Pois na Sua Palavra encontro o meu saber;
Fiel a Deus serei, o mundo vencerei,
Jesus vai comigo, não mais temerei.
Autor ou Tradutor: F.V Frida Vingren
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Atos 6.8-15
⁸ E Estêvão, cheio de fé e de poder, fazia
prodígios e grandes sinais entre o povo.
⁹ E levantaram-se alguns que eram da sinagoga
chamada dos Libertos, e dos cireneus, e dos alexandrinos, e dos que eram da
Cilícia e da Ásia, e disputavam com Estêvão.
¹⁰ E não podiam resistir à sabedoria e ao
Espírito com que falava.
¹¹ Então, subornaram uns homens para que
dissessem: Ouvimos-lhe proferir palavras blasfemas contra Moisés e contra Deus.
¹² E excitaram o povo, os anciãos e os escribas;
e, investindo com ele, o arrebataram e o levaram ao conselho.
¹³ Apresentaram falsas testemunhas, que diziam:
Este homem não cessa de proferir palavras blasfemas contra este santo lugar e a
lei;
¹⁴ porque nós lhe ouvimos dizer que esse Jesus
Nazareno há de destruir este lugar e mudar os costumes que Moisés nos deu.
¹⁵ Então, todos os que estavam assentados no
conselho, fixando os olhos nele, viram o seu rosto como o rosto de um anjo.
Atos 7.54-60
⁵⁴ E, ouvindo eles isto, enfureciam-se em seu
coração e rangiam os dentes contra ele.
⁵⁵ Mas ele, estando cheio do Espírito Santo e
fixando os olhos no céu, viu a glória de Deus e Jesus, que estava à direita de
Deus,
⁵⁶ e disse: Eis que vejo os céus abertos e o
Filho do Homem, que está em pé à mão direita de Deus.
⁵⁷ Mas eles gritaram com grande voz, taparam os
ouvidos e arremeteram unânimes contra ele.
⁵⁸ E, expulsando-o da cidade, o apedrejavam. E as
testemunhas depuseram as suas vestes aos pés de um jovem chamado Saulo.
⁵⁹ E apedrejaram a Estêvão, que em invocação
dizia: Senhor Jesus, recebe o meu espírito.
⁶⁰ E, pondo-se de joelhos, clamou com grande voz:
Senhor, não lhes imputes este pecado. E, tendo dito isto, adormeceu.
PLANO DE AULA
1- INTRODUÇÃO
Nesta lição, estudaremos a vida e o testemunho de
Estêvão, um homem cheio de fé, de sabedoria e do Espírito Santo. Ele enfrentou
oposição, falsas acusações e, por fim, o martírio, mas permaneceu firme na fé e
na defesa do Evangelho. Sua história nos ensina que a Igreja, ao cumprir sua
missão, inevitavelmente enfrentará perseguições e desafios. No entanto, assim
como Estêvão contemplou a glória de Deus mesmo em meio à adversidade, somos
chamados a confiar plenamente no Senhor e a perseverar até o fim. Que esta
lição fortaleça nossa fé e nos inspire a ser testemunhas fiéis de Cristo,
independentemente das circunstâncias.
2- APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição:
I) Elencar os desafios enfrentados por Estêvão ao ter sua fé questionada e como isso reflete na experiência da Igreja hoje;
II) Mostrar a defesa da fé feita por Estêvão e sua
aplicação para os cristãos na atualidade;
III) Refletir sobre o martírio de Estêvão e a
importância da perseverança e fidelidade à missão da Igreja.
B) Motivação:
Ao longo da história, a Igreja sempre
enfrentou oposição, mas, assim como Estêvão, somos chamados a permanecer firmes
na fé. A verdade do Evangelho será contestada, e nossa responsabilidade é
conhecer, defender e viver essa fé com coragem. Diante das dificuldades,
devemos lembrar de que nosso compromisso com Cristo pode exigir sacrifícios, mas
a fidelidade a Ele nos garante a vitória eterna. Que esta lição nos motive a
confiar no Senhor e testemunhar o Evangelho com ousadia.
C) Sugestão de Método:
Para reforçar o tópico 1,
“Estêvão e a Igreja que tem sua fé contestada”, você pode utilizar o método de
reflexão dirigida. Inicie apresentando um cenário em que a fé cristã é
questionada atualmente, como nas redes sociais, no ambiente acadêmico ou no
trabalho. Peça que os alunos discutam desafios que enfrentam ao defender sua
fé. Em seguida, oriente-os a relacionar essas experiências com a história de
Estêvão, destacando sua postura diante da oposição. Após a discussão e
reflexão, escolha alguns alunos para compartilhar suas conclusões e, logo
depois, você reforçará que, assim como Estêvão, devemos responder com
sabedoria, graça e firmeza na Palavra de Deus.
3- CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação:
A história de Estêvão nos ensina que
a fé genuína permanece firme, mesmo diante da oposição. Assim como ele, devemos
confiar em Deus, defender o Evangelho com coragem e viver de modo que Cristo
seja visto em nós. Sua vida e morte nos mostram que o verdadeiro testemunho
cristão vai além das palavras. Mesmo em meio ao sofrimento, Estêvão refletiu a
glória de Deus e perdoou seus perseguidores com graça, verdade e ousadia.
4- SUBSÍDIO AO PROFESSORA)
Revista Ensinador Cristão.
Vale a pena conhecer
essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à
Lições Bíblicas Adultos. Na edição 102, p.40, você encontrará um subsídio
especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais:
Ao final do tópico, você
encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula:
1) O texto
“Estêvão”, localizado depois do segundo tópico, aprofunda um pouco a respeito
das características de Estêvão;
2) No final do terceiro tópico, o texto
“Honrando a Deus” analisa a forma que podemos ser fiéis ao Senhor sem duvidar.
Na lição de hoje vamos conhecer um pouco mais sobre
a vida de Estêvão, um dos sete escolhidos para a diaconia (At 6.1-7). Quando
lemos esse texto do Livro de Atos, logo
percebemos que estamos diante de uma pessoa extraordinária — de grande fé,
cheio do Espírito Santo e de sabedoria. Um autêntico cristão destemido! Estêvão
é um modelo para todo cristão e, sem dúvida, serve de modelo para a Igreja do
Senhor. Observamos que a perseguição a Estêvão e seu consequente martírio
marcam um momento decisivo na história da igreja cristã — quando a igreja sai
para fora dos muros de Jerusalém para alcançar o mundo. Estava tendo, portanto,
cumprimento das palavras de Jesus de que a Igreja seria testemunha tanto em
Jerusalém, Judeia, Samaria e até os confins da terra. Atos 8.1 (¹ E também Saulo consentiu na morte dele. E fez-se naquele dia uma grande perseguição contra a igreja que estava em Jerusalém; e todos foram dispersos pelas terras da Judéia e de Samaria, exceto os apóstolos.) marca o início
daquilo que foi anunciado em Atos 1.8. ( ⁸ Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra.)
Palavra-Chave: Martírio
I- ESTÊVÃO E A IGREJA
QUE TEM SUA FÉ CONTESTADA
1- Aprendendo com Estêvão.
Com Estêvão, em Atos 6 e
7, aprendemos que a fé cristã sempre será questionada. Ele enfrentou oposição,
e todo cristão também enfrentará. A fé será colocada à prova, sem espaço para
indecisão. Além disso, Estêvão nos ensina que todo cristão deve saber defender
sua fé. Explicar e sustentar as crenças cristãs é uma responsabilidade da
Igreja, e cada crente precisa entender no que acredita e como responder a
desafios. No entanto, em um mundo que muitas vezes se opõe ao Cristianismo, não
basta apenas defender a fé — é preciso estar preparado até mesmo para enfrentar
perseguições. Estêvão é um exemplo de coragem, mostrando que tanto o cristão
quanto a Igreja devem estar dispostos a permanecer firmes, mesmo que isso
signifique perder a liberdade ou até a própria vida.
2- A fé sob ataque.
Lucas nos conta que, em um
momento do ministério de Estêvão, um grupo de judeus que vivia fora de Israel,
chamado de judeus helenistas, se levantou contra ele. Esses judeus faziam parte
da Diáspora, ou seja, eram pessoas que tinham se espalhado por outras regiões,
fora do território de Israel. Eles não concordaram com o que Estêvão estava
ensinando e começaram a se opor ao seu trabalho (At 6.9 - ⁹ E levantaram-se alguns que eram da sinagoga chamada dos libertinos, e dos cireneus e dos alexandrinos, e dos que eram da Cilícia e da Asia, e disputavam com Estêvão.). Esse levante
aconteceu logo após Estêvão fazer “prodígios e grandes sinais entre o povo” (At
6.8). É interessante observar que o verbo grego usado aqui, anistemi, com o
sentido de “levantar” é o mesmo verbo usado por Marcos quando disse que houve
testemunhas falsas que se levantaram para acusar Jesus (Mc 14.57 - ⁵⁷ E, levantando-se alguns, testificaram falsamente contra ele, dizendo:). Anteriormente,
Cristo já fora atacado no seu ministério terreno, agora o ciclo se repetia com
seus seguidores. A fé cristã sempre será alvo e objeto de ataque. Se a igreja é
verdadeiramente cristã, sempre haverá em algum lugar um levante. Neste
episódio, o levante fora motivado por conta da inveja que os religiosos
sentiram ao verem suas sinagogas esvaziadas por motivo das pessoas se renderem
a um Evangelho de poder. Uma igreja bíblica sempre estará sob ataque e terá sua
fé contestada.
3- A disputa com Estêvão.
Uma outra palavra usada
nesse texto merece nossa atenção. É o vocábulo “suzéteó”, traduzido aqui como
“disputavam”: “E disputavam com Estêvão” (At 6.9). Os léxicos, ou dicionários
de grego português, observam que este termo era frequentemente usado no contexto
de discussões religiosas ou filosóficas, onde diferentes pontos de vistas
estavam sendo examinados ou desafiados. Era uma forma de debater ideias e impor
aos outros sua forma de enxergar as coisas. Em outras palavras, os judeus
helenistas não estavam simplesmente “discutindo” com Estêvão, isto é, batendo
boca, mas procurando, a todo custo, sobrepor sua cosmovisão através de uma
narrativa bem construída.
4- A falsa narrativa.
A Igreja sempre teve de lidar
e combater as falsas narrativas. Nos dias de Jesus, Ele foi acusado de enganar
o povo (Jo 7.12 - ¹² E havia grande murmuração entre a multidão a respeito dele. Diziam alguns: Ele é bom. E outros diziam: Não, antes engana o povo. ); quando Ele ressuscitou, criaram a narrativa de que seu corpo
havia sido roubado pelos discípulos (Mt 28.13 - ¹³ Dizendo: Dizei: Vieram de noite os seus discípulos e, dormindo nós, o furtaram.). O apóstolo Paulo foi acusado de
pregar contra os decretos de César (At 17.7 - ⁷ Os quais Jasom recolheu; e todos estes procedem contra os decretos de César, dizendo que há outro rei, Jesus. ) e pelo fato de pregar a respeito
de Jesus e da ressurreição, o acusaram de pregar “deuses estranhos” (At 17.18 - ¹⁸ E alguns dos filósofos epicureus e estóicos contendiam com ele; e uns diziam: Que quer dizer este paroleiro? E outros: Parece que é pregador de deuses estranhos; porque lhes anunciava a Jesus e a ressurreição.).
Hoje não é diferente. A igreja luta em várias frentes com falsas narrativas que
a todo custo querem minar o seu testemunho e desacreditá-la. Você pode reconhecer
algumas dessas narrativas?
A fé de Estêvão foi desafiada por opositores, mas
ele permaneceu firme na verdade.
“ESTÊVÃO SE DEFENDE PERANTE O SINÉDRIO
Estêvão está onde seu Mestre estava quando Ele foi
condenado à morte. O Sinédrio se reuniu para condená-lo sob a semelhante
acusação de blasfêmia. O Estêvão cheio do Espírito deve ter sabido que ele
sofreria o mesmo destino que seu Salvador. Com suas palavras diante do
conselho, ele faz extraordinário discurso. Ele cita a história de Israel desde
Abraão até Salomão, narrando os procedimentos de Deus para com seu povo. Ele
escolhe do Antigo Testamento acontecimentos que confrontam seus ouvintes […].”
Amplie mais o seu conhecimento, lendo o Comentário Bíblico Pentecostal Novo
Testamento — Volume 1, editado pela CPAD, p.660.
II- ESTÊVÃO E A IGREJA
QUE DEFENDE SUA FÉ
1- Deus na história do seu povo.
Estêvão é
conhecido como o primeiro defensor da fé cristã e o primeiro mártir da Igreja.
Ele faz uma defesa apaixonada da fé, usando a própria história do povo de
Israel como base. No capítulo 7 do livro de Atos, encontramos seu discurso
completo, no qual, guiado pelo Espírito Santo, ele não apenas mostra como Deus
sempre agiu na história do seu povo, mas também revela o propósito principal
dessa história: provar que Jesus é o Cristo. Durante sua fala, Estêvão menciona
grandes nomes como Abraão, José e Moisés, destacando que todos eles viveram na
esperança da vinda do Messias, que mesmo sendo tão esperado, acabou rejeitado.
A defesa de Estêvão nos ensina que toda explicação e defesa da fé cristã — a
chamada apologética — deve sempre ter um objetivo central: apontar para Jesus
Cristo.
2- Corações endurecidos.
Concluindo sua defesa da
fé, Estêvão disse: “Homens de dura cerviz e incircuncisos de coração e ouvido,
vós sempre resistis ao Espírito Santo; assim, vós sois como vossos pais” (At
7.51). Mesmo diante dos fatos apresentados por Estêvão em uma defesa
suficientemente convincente, seus adversários preferiram ignorar. Na verdade,
ninguém convence quem não quer ser convencido. Deus não força ninguém a crer,
nem tampouco o condena sem lhe dar, antes, oportunidade. O texto mostra que o
Espírito Santo não tem espaço em corações endurecidos.
Estêvão defendeu o Evangelho com sabedoria e
coragem, mesmo diante da perseguição.
“ESTÊVÃO, além de ser um bom administrador, foi
também um poderoso orador. Quando confrontado no Templo por vários grupos
antagônicos ao Cristianismo, usou uma lógica convincente para refutá-los. Isto
está claro na defesa da fé que ele fez diante do Sinédrio. Estêvão apresentou
um resumo da história dos judeus e fez poderosas aplicações das Escrituras, o
que atormentou seus ouvintes. Durante seu discurso, ele provavelmente percebeu
que estava redigindo sua sentença de morte. Os membros do Sinédrio não podiam
suportar que suas motivações ‘malignas’ fossem expostas. Apedrejaram Estêvão
até à morte enquanto ele orava pedindo que o Senhor os perdoasse. As palavras
finais do discípulo demonstram o quanto se tornou parecido com Jesus em pouco
tempo. A morte de Estêvão causou um duradouro impacto sobre o jovem Saulo de
Tarso, que deixou de ser um violento perseguidor dos cristãos para tornar-se um
dos maiores defensores e pregadores do evangelho que a Igreja já conheceu.”
(Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2013, p.1490).
III- ESTÊVÃO E O
MARTÍRIO DA IGREJA
1- Contemplando a vitória da cruz.
Diante de um
grupo enfurecido (At 7.54 - ⁵⁴ E, ouvindo eles isto, enfureciam-se em seus corações, e rangiam os dentes contra ele. ), Estêvão contemplou a glória de Deus: “Eis que vejo
os céus abertos e o Filho do Homem, que está em pé à mão direita de Deus” (At
7.56). Uma igreja que contempla o Cristo glorificado não nega a sua fé, pois
ela contempla a vitória da cruz. Assim como Estêvão, o apóstolo Paulo
demonstrou estar pronto, não somente para sofrer pelo nome de Jesus, mas morrer
por Ele (At 21.13 - ¹³ Mas Paulo respondeu: Que fazeis vós, chorando e magoando-me o coração? Porque eu estou pronto não só a ser ligado, mas ainda a morrer em Jerusalém pelo nome do Senhor Jesus. ). Uma igreja que mantém seus olhos no Cristo glorificado não
tem nada a temer.
2- Perdoando o agressor.
A última declaração de
Estêvão antes de sua morte é marcante e cheia de significado: “E, pondo-se de
joelhos, clamou com grande voz: Senhor, não lhes imputes este pecado. E, tendo
dito isto, adormeceu” (At 7.60). Aqui vemos um cristão que não teme a morte
porque contempla a coroa da vida (Ap 2.10 - ¹⁰ Nada temas das coisas que hás de padecer. Eis que o diabo lançará alguns de vós na prisão, para que sejais tentados; e tereis uma tribulação de dez dias. Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida.). Temos aqui a figura de uma igreja
que, literalmente, se dá pelo perdido, que se sacrifica por ele. Esse deve ser
o modelo a seguir.
A fidelidade de Estêvão a Cristo o levou ao
martírio, tornando-o um exemplo de perseverança na fé.
HONRANDO A DEUS
“Estêvão viu a glória de Deus e Jesus, o Messias, à
direita do Pai. As palavras do discípulo foram semelhantes às de Jesus diante
do Sinédrio (Mt 26.64; Mc 14.62; Lc 22.69). A visão de Estêvão apoiava a
reivindicação de Jesus; ela irritou os líderes judeus que condenaram Jesus à
morte por blasfêmia. Por não tolerarem as palavras de Estêvão, mataram-no.
Talvez as pessoas não nos matem por testemunharmos a respeito de Cristo, mas
podem deixar claro que não desejam ouvir a verdade e tentar nos calar. Continue
honrando a Deus por meio de sua conduta e de suas palavras; embora muitos
possam rebelar-se contra você e sua mensagem, alguns seguirão a Cristo.
Lembre-se de que a morte de Estêvão causou um profundo impacto na vida de
Paulo, que mais tarde se tornou o maior missionário cristão. Mesmo aqueles que
se opõem a você agora, podem mais tarde se voltar para Cristo.” (Bíblia de
Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2013, p.1492).
Estêvão, um dos sete escolhidos para o trabalho
social da primeira igreja, representa o modelo de uma igreja verdadeiramente
bíblica. Qualificado, cheio de fé e do Espírito Santo, não teme se posicionar
diante de um mundo e de uma cultura contrários. Não teme o sofrimento e nem
mesmo a morte na defesa daquilo que acredita e prega. É o modelo de uma igreja,
que em vez de ficar no seu conforto, vai até as últimas consequências,
arriscando-se pelo seu Senhor.
1- O que podemos aprender com Estêvão?
Aprendemos que a fé cristã sempre será questionada,
será colocada à prova, mas não há espaço para indecisão. Estêvão nos ensina que
todo cristão deve saber defender a sua fé.
2- Quem foram os que se levantaram contra Estêvão?
Um grupo de judeus que viviam fora de Israel,
chamados de judeus helenistas, se levantaram contra ele. Esses judeus faziam
parte da Diáspora.
3- Contra o quê a Igreja sempre teve que lidar e
combater?
A igreja sempre teve que lidar e combater as falsas
narrativas. A igreja luta em várias frentes com falsas narrativas que a todo
custo querem minar o seu testemunho e desacreditá-la.
4- Como Estêvão fez uma defesa apaixonada da fé?
Ele faz uma defesa apaixonada da fé, usando a
própria história do povo de Israel como base.
5- O que Estêvão pôde contemplar diante de um grupo
enfurecido?
Diante de um grupo enfurecido (At 7.54), Estêvão
contemplou a glória de Deus: “Eis que vejo os céus abertos e o Filho do Homem,
que está em pé à mão direita de Deus” (At 7.56).
Escola
Bíblica ︱3º Trimestre de 2025︱Adultos︱A igreja em Jerusalém:
Doutrina, comunhão e fé; a base para o crescimento da igreja em meio as
perseguições ︱Neweb ︱Compromisso com a Palavra
Pb. Rogério Faustino
︱Escola
Bíblica ︱3º
Trimestre de 2025︱ Compromisso com a Palavra
ARQUIVOS:
Revista Ensinador Cristão
Amigo(a) professor(a), a paz do Senhor. A lição desta semana pretende
ensinar o que torna uma igreja destemida e disposta a sacrificar-se em favor da
causa do Reino de Deus. Estevão é apresentado na lição como um exemplo de cristão
sólido na fé, fundamentado nas Escrituras Sagradas e que enfrentou o ódio dos
perseguidores judeus helenistas. Mesmo diante das ameaças, assim como do
ultraje sofrido pelas mãos de seus algozes, ele não sucumbiu na fé, mas foi
fiel até a morte (At 6.8—7.60). O exemplo de Estevão nos ensina muitas lições e
nos encoraja a perse- verar na fé, mesmo sob incessantes ataques. Uma lição importante
se destaca na circunstância em que Estevão se encontrava. Ele soube manter uma
postura apologética, isto é, de defesa da fé cristã do início até o fim. Isso
se deve em razão do seu profícuo conhecimento sobre o que professava, bem como
de sua disposição para responder aos desafios decorrentes de ser um seguidor de
Jesus.
A igreja de Cristo na atualidade deve seguir o modelo de defesa da fé observado
em Estevão. Os crentes devem conhecer profundamente a fé que professam. A dificuldade
que muitas igrejas têm em relação à defesa da fé se deve ao fato de que muitos
irmãos não são frequentadores assíduos da Escola Dominical. Jesus afirmou que as Sagradas Escrituras
deveriam ser examinadas a fim de conhecermos os fundamentos da fé que nos mostram o trajeto à vida
eterna (Jo 5.39). Portanto, conhecer as Escrituras é primordial para que o
crente não seja levado por qualquer vento de doutrina (Ef 4.14,15). Outro
aspecto importante é a disposição para defesa da fé. Se o conhecimento bíblico
é indispensável, a prontidão por defender o que se acredita, quando se é
questionado sobre a razão da fé, requer o preparo espiritual e intelectual.
Na obra
Razões para crer, editada pela CPAD, os autores Norman L. Geisler e Chad V.
Meister discorrem que "[...] a Bíblia diz que devemos fazer o que for preciso
para estarmos preparados para dar uma resposta clara e abalizada. Primeira Pedro
3.15 diz: 'Estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer
que vos pedir a razão da esperança que há em vós'. Neste versículo, a palavra
grega original traduzida por 'responder' é apologia, que significa 'um discurso
de defesa'. É de onde vem a palavra apologética, que é uma defesa explicada e
interpretada da nossa fé" (2013, p. 16). Devemos estar preparados para
defender a doutrina bíblica pentecostal, afirmando e reafirmando a atualidade do
batismo no Espírito Santo e dos dons espirituais. As obras Bíblia de Estudo
Pentecostal, Declaração de Fé das Assembléias de Deus e Teologia Sistemática de
Stanley M. Horton, por exemplo, oferecem bastante apoio nesse sentido.
Ensinador Cristão 40
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