“Peso da
Palavra do Senhor sobre Israel. Fala o Senhor, o que estende o céu, e que funda
a terra, e que forma o espírito do homem dentro dele.” (Zc 12.1).
VERDADE
PRÁTICA
Uma vez
livre, nossa alma recebe vida espiritual e dirige nosso corpo para adorar e
servir ao Criador.
LEITURA
DIÁRIA
Segunda — Há um
espírito no homem
⁸ Na verdade, há um espírito no homem, e a inspiração do TodoPoderoso o faz entendido.
Jó 32.8
Terça — A graça no
espírito
²⁵ A graça de nosso Senhor Jesus Cristo seja com o vosso espírito. Amém.
Filemon 1.25
Quarta — Humilde de
espírito
¹⁸ A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito precede a queda.
¹⁹ Melhor é ser humilde de espírito com os mansos, do que repartir o despojo com os soberbos.
Provérbios 16.18,19
Quinta — Fervorosos
no espírito
¹¹ Não sejais vagarosos no cuidado; sede fervorosos no espírito, servindo ao Senhor;
Romanos 12.11
Sexta — A oração de
Estêvão
⁵⁹ E apedrejaram a Estêvão que em invocação dizia: Senhor Jesus, recebe o meu espírito.
Atos 7.59
Sábado — O Senhor
seja com o teu espírito
²² O Senhor Jesus Cristo seja com o teu espírito. A graça seja convosco. Amém
2 Timóteo 4.22
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE
Gênesis 2.7
⁷ E formou
o Senhor Deus o homem do pó da terra e soprou em seus narizes o fôlego da vida;
e o homem foi feito alma vivente.
⁷ e o pó
volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu.
Zacarias 12.1
¹ Peso da
Palavra do Senhor sobre Israel. Fala o Senhor, o que estende o céu, e que funda
a terra, e que forma o espírito do homem dentro dele.
João 4.24
²⁴ Deus é
Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade.
HINOS DA HARPA CRISTÃ
Neweb Harpa Cristã - Compromisso com o louvor cristão
171
400
614
PLANO DE
AULA
1.
INTRODUÇÃO
Nesta lição,
refletiremos sobre o espírito humano como o âmago da vida, segundo a revelação
bíblica. Veremos como essa parte da natureza humana, recebida de Deus, nos
permite verdadeira comunhão com o Criador. Aprofundaremos a distinção entre
espírito e alma, e destacaremos o papel do espírito humano na santificação e
adoração. Que o Espírito Santo nos conduza nesta preciosa reflexão.
2.
APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos
da Lição:
I) Expor que o espírito humano foi concedido diretamente por Deus
como parte essencial da natureza humana, capacitando o ser humano a ter
comunhão com o Criador;
II) Enfatizar que o pecado pode enraizar-se no
espírito, gerando atitudes como soberba e inveja;
III) Mostrar que a
regeneração espiritual é a base para uma vida de adoração genuína, vivida “em
espírito e em verdade”.
B)
Motivação:
Estudar sobre o espírito humano nos ajuda a compreender nossa
verdadeira essência como seres criados para a comunhão com Deus. Esse ensino
fortalece a fé ao mostrar como a regeneração interior impacta a santificação e
a adoração.
C) Sugestão
de Método:
Para reforçar o ensino do primeiro tópico, inicie uma leitura
pausada e expressiva de Gênesis 2.7, destacando o momento em que Deus sopra o
fôlego da vida no homem. Em seguida, promova uma reflexão com a classe,
perguntando: “O que diferencia o ser humano das demais criaturas?”. Incentive
os alunos a refletirem sobre a singularidade do espírito humano e sua origem
divina. Use recursos visuais, como um desenho que represente corpo, alma e
espírito, para ilustrar a tríplice composição do ser humano. Finalize esse
reforço, desafiando os alunos a pensar como estão nutrindo sua comunhão com
Deus, que habita e fala ao nosso espírito.
3. CONCLUSÃO
DA LIÇÃO
A)
Aplicação:
Essa lição nos convida a reconhecer a importância de manter o
espírito sensível à presença de Deus, buscando diariamente a santificação e
cultivando uma vida de adoração sincera e íntima com o Senhor.
4. SUBSÍDIO
AO PROFESSOR
A) Revista
Ensinador Cristão.
Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens,
artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição
103, p.41, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios
Especiais:
Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na
preparação de sua aula: 1) O texto “Alertas Contra Distorções do Ensino
Tricotomista”, localizado depois do primeiro tópico, aprofunda o assunto “O
Sopro Divino: A Concessão do Espírito”; 2) O texto “A Restauração da Imagem de
Deus”, ao final do terceiro tópico, aprofunda o assunto “Espírito, Pecado e
Santificação”.
INTRODUÇÃO
Palavra-Chave: ESPÍRITO
I. O SOPRO
DIVINO: A CONCESSÃO DO ESPÍRITO
Feito de uma matéria pré-existente, o pó da terra, o corpo humano
estava inerte até receber o sopro divino (o fôlego da vida), ato pelo qual Deus
deu ao homem o espírito e o tornou alma vivente (Gn 2.7). Até então, toda a
Criação havia sido feita mediante o emprego de ordens verbais: “Haja”,
“Ajuntem-se”, “Produza” (Gn 1.3-11). O homem,
contudo, recebeu vida por uma comunicação especial: o elemento espiritual
soprado por Deus. A matéria recebeu vida espiritual consciente, constituída de
espírito e alma. O espírito é a parte imaterial através da qual estabelecemos
nossa comunhão com o Criador. A vida que o espírito recebe de Deus é por Ele
transmitida à alma. Esta, por sua vez, a expressa por meio do corpo. Portanto,
o espírito é o âmago, a parte mais profunda e íntima do ser humano, entranhado
com a alma e inseparável dela.
2. A
singularidade do espírito.
Alma e espírito são mencionados ao longo do Antigo e
do Novo Testamento como componentes imateriais distintos. Zacarias 12.1 diz que
Deus “forma o espírito do homem dentro dele”. Jó faz referência ao corpo
(representado pela boca), ao espírito e à alma (Jó 7.11). Há, também, o bem
conhecido texto de Eclesiastes 12.7: “e o pó volte à terra, como o era, e o
espírito volte a Deus, que o deu”. O retorno do espírito para Deus se dá junto
com a alma, consciente das ações humanas, boas ou más (Lc 16.22-25; Ap 20.4).
Neste texto, como em outros, ruah, o termo hebraico para “espírito”, é
representativo dos dois elementos espirituais (Gn 45.27; Sl 146.4; 1Sm 30.12).
Da mesma sorte, em diversas passagens nephesh (alma) é tomada pelo todo
imaterial (Gn 35.18; 1Rs 17.21).
3. A tênue
divisão.
No Novo Testamento, 1 Tessalonicenses 5.23 e Hebreus 4.12 se destacam
em relação à distinção entre alma e espírito, pois os mencionam expressamente
sem qualquer aparência sinonímica. O segundo texto, aliás, refere-se à tênue
divisão que há entre os dois componentes imateriais e é acessada
sobrenaturalmente pela Palavra de Deus, que penetra até o mais íntimo de nosso
ser, onde alma e espírito estão entretecidos. Conclui-se, portanto, que apesar
das discussões teológicas a respeito da composição tríplice (espírito, alma e
corpo), as Escrituras Sagradas fazem claras referências às três partes,
distinguindo-as.
SINOPSE I
Deus
concedeu ao ser humano o fôlego da vida, tornando-o um ser espiritual com
capacidade de comunhão com o Criador.
AUXÍLIO
TEOLÓGICO
ALERTAS
CONTRA DISTORÇÕES DO ENSINO TRICOTOMISTA
II.
ESPÍRITO, PECADO E SANTIFICAÇÃO
Existem pecados do corpo, como a prostituição, e da alma, como os
maus pensamentos. Mas também existem pecados do espírito, como o orgulho, a
soberba, a vanglória, a arrogância e a inveja (Pv 16.18; 1Tm 3.6). Estes
costumam ser piores que os pecados do corpo. Sutis (e às vezes ocultos!), os
pecados do espírito causam terríveis males (Pv 15.25). Além de prejudicar seus
autores, afetam e destroem muitos relacionamentos (Tg 3.13-16). Certas
expressões pecaminosas da alma e do corpo, como iras, disputas e maledicências,
geralmente são reflexos de pecados do espírito (Ne 4.1-8). Em alguns casos não
é difícil percebê-los. Sambalate, Tobias e seus asseclas não contiveram sua
soberba e inveja, mas Neemias permaneceu firme, redobrando a vigilância e a
oração. Diante de capciosas e sistemáticas oposições, precisamos ter prudência
e resiliência, sem nos abalar (Rm 12.21).
2. Raízes do
pecado.
Em 1 Tessalonicenses 5.23, Paulo trata do processo de santificação que
deve atingir o ser humano por inteiro. A ordem por ele apresentada — espírito,
alma e corpo — não nos parece aleatória. O ato de criação se deu do material
para o imaterial (Gn 2.7), mas a Redenção se dá do espiritual para o físico
(1Pe 1.23; Rm 8.23). É no imaterial, que a Bíblia geralmente chama de
“coração”, que o pecado fica enraizado (Mt 15.19). Por isso, a verdadeira
santificação acontece de dentro para fora (Ez 36.26,27; Rm 8.10-13; Gl 5.22). A
falta dessa compreensão leva ao legalismo, além de representar grave distorção
da Doutrina da Graça, pela confiança nas próprias obras (Mt 23.25-28; Ef
2.8-10).
3. Vencendo
o pecado.
A força do pecado arraigado em nosso espírito somente é vencida
quando deixamos de confiar em nós mesmos, e dependemos inteiramente da graça de
Deus e seu poder salvador e santificador (Rm 6.14; Hb 10.10). Como ensina
Paulo, “a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, nos livrou da lei do pecado
e da morte” (Rm 8.2). O que é impossível à força humana torna-se possível
mediante o poder divino operante em nós (Rm 8.3,4). Revestir-se de mansidão e
humildade, no modelo de Cristo, é essencial para uma vida espiritual saudável e
frutífera (Fp 2.3-8). A arrogância sequer deveria ser nominada entre nós.
Quando contendas — inclusive públicas — são feitas “em nome de Cristo” é porque
ainda não compreendemos o que é o verdadeiro Cristianismo: “ao servo do Senhor
não convém contender” (2Tm 2.24). Purifiquemo-nos de todos os pecados
(inclusive do espírito) pelos meios da Graça, “aperfeiçoando a santificação no
temor de Deus” (2Co 7.1).
SINOPSE II
O pecado
pode enraizar-se no espírito, e a verdadeira santificação começa no interior,
pela ação transformadora da graça de Deus.
III.
REGENERAÇÃO E ADORAÇÃO
A vitória sobre o pecado começa necessariamente com a experiência
espiritual do Novo Nascimento, ato divino operado em nosso interior que nos
outorga um espírito regenerado (Jo 3.5-8; Ef 2.1-6). Isso era incompreensível
para Nicodemos e seu padrão religioso, assim como é para os que desejam mostrar
aparência de piedade sem terem experimentado o sobrenatural processo de
Regeneração (2Tm 3.5). Com espírito altivo, resistem à verdade e negam a
inerrância e a infalibilidade da Bíblia, considerando sua mensagem
ultrapassada. Interpretam as Escrituras conforme seus desejos já estabelecidos
(2Tm 2.8; 4.3). Não podemos ter comunhão com os tais (1Tm 6.1-5; 2Tm 2.5).
2. Em
espírito e em verdade.
A compreensão da imprescindível obra do novo nascimento
operada em nosso interior é fundamental também para uma vida correta de
adoração. Assim como Nicodemos, a mulher samaritana expressou um entendimento
religioso limitado ao visível, apontando o Monte Gerizim, conhecido lugar de
adoração de seus pais (Jo 4.20). Uma vida espiritual sadia não se fundamenta em
misticismos, mas em uma comunhão com Deus segundo as Escrituras (Jo 7.38).
3. Um
espírito quebrantado.
O Pentecostalismo Clássico sempre foi despido de crenças
e práticas alheias às Escrituras, buscando sempre refletir o autêntico
cristianismo bíblico. Como Jesus ensinou à samaritana, “Deus é Espírito, e
importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade” (Jo 4.24). A
verdadeira e pura adoração nasce de um espírito quebrantado, em simplicidade,
sem pretensão de louvor ou glória humana (Sl 51.17; 2Co 11.3).
“A respeito
da imagem moral de Deus nos seres humanos, ‘Deus fez ao homem reto’ (Ec 7.29).
Até mesmo os pagãos, que não possuem conhecimento da Lei escrita de Deus,
conservam uma Lei moral escrita por Ele em seus corações (Rm 2.14,15). Em
outras palavras, somente os seres humanos possuem a capacidade de sentir o que
é certo e errado, bem como o intelecto e a vontade necessários para escolher
entre eles. Por esta razão, os seres humanos são chamados livres agentes morais.
Diz-se também que possuem autodeterminação. Efésios 4.22-24 parece indicar que
a imagem moral de Deus, embora não completamente erradicada na Queda, foi
afetada negativamente até certo ponto. Para ter restaurada a imagem moral ‘em
verdadeira justiça e santidade’, o pecador precisa aceitar a Cristo e se tornar
uma nova criação.” (HORTON, Stanley (Ed.). Teologia Sistemática: Uma
Perspectiva Pentecostal. 1ª Edição. Rio de Janeiro: CPAD, 2024, p.260).
SINOPSE III
A
regeneração espiritual é essencial para uma adoração autêntica, que nasce de um
espírito quebrantado e alinhado com a verdade bíblica.
AUXÍLIO
TEOLÓGICO
A
RESTAURAÇÃO DA IMAGEM DE DEUS
CONCLUSÃO
REVISANDO O
CONTEÚDO
SUBSÍDIOS
ENSINADOR CRISTÃO
ESPÍRITO — O
ÂMAGO DA VIDA HUMANA

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