OBJETIVOS
MOSTRAR a ordem do culto;
COMPREENDER a diversidade do
culto;
CONSCIENTIZAR da importância da exposição das Escrituras no culto.
INTERAÇÃO
Professor (a), sabemos que o culto é essencial na vida de um crente. Por intermédio dele a nossa comunhão com Deus e com os irmãos é fortalecida e somos edificados. Na lição deste domingo, veremos que a liturgia deve estar pautada nas Escrituras Sagradas, conduzindo-nos à adoração. Aproveite a temática da lição para conscientizar seus alunos de que a adoração pública é um encontro com Deus para um diálogo, por meio da oração, dos cânticos, ofertas e a pregação e ensino. No decorrer da lição, explique que o culto é composto de elementos humanos e espirituais, daí a necessidade de uma ordem pré-estabelecida, com vistas à “decência e ordem” (1 Co 14.40).
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor (a), converse com os alunos explicando que “havia diversos elementos na adoração nos tempos do Antigo Testamento, como oração, sacrifício, oferta, louvor e cântico. Fazia parte da liturgia judaica nas sinagogas do primeiro século d. c. a oração antífona do Shema. ‘ouve’, a confissão de fé dos judeus, a leitura bíblica e a exortação. Nossa liturgia é simples e pentecostal, conforme o modelo do Novo Testamento (1 Co 14.26). Ela consiste em oração, Louvor, leitura bíblica, exposição das Escrituras Sagradas ou testemunho e contribuição financeira, ou seja, ofertas e dízimos. Entendemos que a adoração está incompleta na falta de pelo menos um desses elementos, exceto se as circunstâncias forem desfavoráveis ou contrárias” (Declaração de Fé das Assembleias de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, p. 145).
TEXTO BÍBLICO
INTRODUÇÃO
O culto é essencial na vida de um cristão. É nele que a comunhão é fortalecida, a edificação é possível, as responsabilidades cristãs são cumpridas em parte, o louvor congregacional acontece e a Palavra de Deus é pregada e ensinada. O culto cristão tem as suas normas, pois, pela sua Palavra, Deus orienta o seu povo a adorá-lo e de que forma deve fazê-lo. Mesmo nas diversidades, pessoais e culturais, a ordem do culto deve ser respeitada, principalmente no que se refere à centralidade das Escrituras no culto a Deus.
I – A ORDEM NO CULTO
1- Liturgia cristã.
O vocábulo “liturgia” advém dos termos gregos “leit” (“laós”, povo) e “urgia” (trabalho, ofício) que, conjuntamente, significam “serviço ou trabalho público”. É um termo amplo, mas que no mundo grego passou a ter uma conotação sagrada, indicando um “ofício religioso”. Foi usado, originalmente pelos sacerdotes levíticos no Templo de Jerusalém, e só mais tarde foi aplicado ao contexto do culto cristão. A liturgia cristã deve estar pautada nas Escrituras Sagradas, conduzindo os crentes à adoração. O Dicionário Teológico da CPAD afirma que “a liturgia, em si, não se constitui em culto; é necessário que venha acompanhada de verdadeira disposição espiritual para a adoração ao Senhor. A liturgia é a roupagem e o amor a Deus, a verdadeira substância do culto.” Rito e culto também são termos correlatos, contribuindo para que o culto tenha o padrão bíblico (Rm 12.1,2).
2- Ordem no culto.
A respeito do culto, a Declaração de Fé das Assembleias de Deus diz o seguinte: “Entendemos que a adoração pública é um encontro com Deus para um diálogo: nós conversamos com Ele por meio de nossas orações, cânticos e ofertas, e Deus fala conosco por meio de sua Palavra (pregação e ensino) e das manifestações dos dons espirituais.” Esse tema é importante e complexo, pois o culto é composto de elementos humanos e espirituais, daí a necessidade de uma ordem pré-estabelecida, com vistas à “decência e ordem” (1 Co 14.40). Isso não é negligenciar e nem desprezar a espiritualidade do culto, pois como afirma o Comentário Bíblico Beacon: “Onde a decência e a ordem não são observadas em cada parte da adoração a Deus, não se pode adorar de uma forma espiritual.” Um culto considerado bem ordenado e que agrada a Deus é aquele que cumpre o seu propósito de adoração, edificação, comunhão, exortação e pregação do Evangelho. A ordem no culto não serve para enrijecê-lo, mas para colocá-lo em direção ao propósito para o qual foi estabelecido.
3- Elementos do culto.
Ao invés de ser influenciada pelas religiões pagãs de seu tempo, a Igreja Primitiva influenciou e deu novo sentido a algumas práticas cultuais, como afirma o Dicionário Wycliffe: “em alguns exemplos particulares, o que parece mais provável é uma similaridade de terminologias, onde o cristianismo lhes dá um novo teor e significado.” Um culto bíblico tem oração, louvor, leitura bíblica, exposição das Escrituras Sagradas, testemunho, ofertas e dízimos.
SUBSÍDIO 1
Professor (a) , pergunte aos alunos o que vêm à mente deles quando ouvem a palavra “culto”. Muitas vezes essa palavra evoca a imagens de um templo, igreja. Entretanto, ‘Jesus mostra que não é o lugar ou formas externas do culto que realmente importam, mas a atitude do coração do adorador diante de Deus. O aprofundamento de nosso culto não se realiza com uma liturgia mais formal; aliás, isso pode ser de fato contra produtivo. O aprofundamento do verdadeiro culto ocorre quando o coração do adorador se tornar mais sincero e quando a verdade consome a sua mente. Todo o culto que não é oferecido em espírito e em verdade é totalmente inaceitável para Deus — por mais belas que sejam suas formas externas” “ADORAR, sanha é ‘prostrar-se, curvar-se’. Esta palavra é encontrada no hebraico moderno no sentido de ‘curvar-se’ ou ‘inclinarse’, mas não no sentido geral de ‘adorar’. O fato de que ocorre mais de 170 vezes na Bíblia hebraica mostra algo do seu significado cultural. Aparece pela primeira vez em Gênesis 18.2.0 ato de se curvar em homenagem é feito diante de um superior ou soberano. Davi ‘se curvou’ perante Saul (1 Sm 24.8). Às vezes, é um superior social ou econômico diante de quem a pessoa se curva, como quando Rute ‘se inclinou’ à terra diante de Boaz (Rt 2.10). Num sonho, José viu os molhos dos seus irmãos ‘inclinando-se’ diante do seu molho (Gn 375,7.8). A palavra sãhãh é usada com o termo comum para se referir a ir diante de Deus e na adoração (ou seja, adorar), como em 1 Samuel 15.25 e Jeremias 7.2. Às vezes está junto com outro verbo hebraico que designa curvar-se fisicamente, seguido por ‘adorar’, como em Êxodo 34.8: ‘E Moisés… encurvou-se [adorou, ARA]’. Outros deuses e ídolos também são o objeto de tal adoração mediante a ação de se prostrar diante deles (Is 2.20:44.1517).
Escola Bíblica︱1º Trimestre de 2024︱O Fundamento dos Apóstolos e dos Profetas - A Doutrina Bíblica como Base para uma Vida Vitoriosa.︱Neweb︱Compromisso com a Palavra
II – A DIVERSIDADE DO CULTO
1- O culto.
O termo culto tem sido definido a partir da palavra grega latreia e leitorgia, indicando o vocábulo adoratio, ou adoração, prática vital no culto cristão. Adorar é reverenciar, prostrar-se, curvar-se, reconhecer, celebrar e exaltar a majestade divina. Portanto, o culto leva o crente a reconhecer a grandeza e a santidade de Deus, assim como a sua própria pequenez e necessidade de perdão e santificação. Cultuar tem relação com adorar a Deus. Essas duas ações correspondem ao serviço em favor do Senhor e de sua Igreja. Isso levou Paulo a convocar os irmãos de Roma a que entregasse o corpo em “sacrifício” e renovassem mente (que equivale à totalidade do homem) como um “culto racional” a Deus (Rm 12.1). Culto é entrega. É uma forma de consagrar tudo a Deus como reconhecimento de sua grandeza e graça.
2- Diversidade no culto.
O culto dá ao crente a oportunidade de servir ao Senhor, como forma de adoração. Mas, como isso pode ser feito? Em Eclesiastes 9.10 está escrito: “Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças […]" Aquele que deseja agradar a Deus e servi-lo, deve fazê-lo por meio do que tem de melhor, e é aqui que a diversidade cumpre o seu papel de adoração, pois, cada um pode servir ao Senhor com o que é capaz de fazer. Paulo fala sobre a “diversidade de dons, de mistérios e de operações”, ao normatizar o uso dos dons espirituais, enfatizando que só há um Deus que opera soberanamente em favor do mesmo propósito (1 Co 12.1-11). Em outra ocasião, ele ensina sobre diferentes ministérios, dados pelo mesmo Senhor e com o mesmo objetivo de preparar os crentes para edificação do Corpo de Cristo (Ef 4.11,12). Portanto, a diversidade deve ser vista como um recurso precioso, que deve ser bem administrado no culto, para que cada um. na sua individualidade, adore ao Senhor e sirva à igreja, inclusive com os dons espirituais, com o propósito de honrar a Deus e edificar o Corpo de Cristo.
3- Unidade na diversidade.
O texto de Apocalipse 7.9-11 é uma referência a um culto universal que em breve ocorrerá, no qual todos os redimidos se prostrarão diante de Cristo para adorá-lo e reverenciá-lo. Deus constituiu a humanidade com características diversas, e em uma análise mais restrita, em certa medida, isso se reflete no culto, quer seja nos diferentes dons que o Senhor dá aos crentes, ou mesmo na forma com que cada um adora a Deus. No entanto, os diferentes dons e as diferentes personalidades não justificam a falta de reverência e a desordem que podem comprometer a adoração ao Senhor e a edificação do Corpo de Cristo.
¹⁰ E clamavam com grande voz, dizendo: Salvação ao nosso Deus, que está assentado no trono, e ao Cordeiro.
¹¹ E todos os anjos estavam ao redor do trono, e dos anciãos, e dos quatro animais; e prostraram-se diante do trono sobre seus rostos, e adoraram a Deus,
Apocalipse 7.9-11
SUBSÍDIO 2
O propósito do culto deve ser sempre glorificar a Deus. Isso acontece quando o culto promove a verdadeira adoração. Se Deus não é adorado e glorificado no culto ou na nossa forma e modo de cultuar, então, não existe culto de verdade. O culto, portanto, pode se desvirtuar, perder o seu propósito e deixar de ser um culto. Pode ser chamado de qualquer outra coisa, menos de culto. Quando isso acontece, nem Deus é glorificado nem a igreja é edificada. Dessa forma, precisamos destacar que o culto visto como uma expressão de adoração a Deus acontece em dois âmbitos: na esfera vocacional e na esfera celebrativa o culto como expressão da nossa própria vocação e o culto como celebração que se expressa em atos rituais. No primeiro âmbito, da vocação, o cristão adora a Deus quando O serve de modo digno perante um mundo perdido. Aqui não há ritos, mas o testemunho de vida. As atitudes demonstram que o cristão é um adorador. Ele cultua a Deus com sua vida em toda a sua extensão. Nesse caso, o culto não é visto apenas como um ato litúrgico realizado, por exemplo, em um templo ou em qualquer espaço físico, mas como a expressão de um modo de vida que reflete o caráter de Cristo em todos os aspectos. O apóstolo Paulo chamou atenção para essa expressão do culto na esfera vocacional na sua carta ao Romanos 12.1.2. O termo “culto” usado aqui por Paulo é a tradução do termo grego latreía. William Barclay observa que era a mesma palavra usada para um trabalhador que dava seu tempo e esforço a um empreiteiro em troca de um salário. Não se refere, portanto, a um trabalho escravo, mas um trabalho voluntário. Tem o sentido de “servir”, mas, sobretudo, “aquilo que uma pessoa dedica toda a sua vida”. O verdadeiro culto, portanto, é dedicar a vida a Deus diariamente. Não apenas na esfera de um templo, mas em todas as dimensões da vida privada e pública. Paulo lembra que tanto o corpo como a mente são expressões de uma autêntica adoração a Deus. Ele roga aos cristãos que se “apresentem diante de Deus” como sacrifícios. Não há dúvida de que Paulo tinha em mente o sistema de sacrifício quando disse que o cristão precisa apresentar-se diante de Deus como um sacrifício vivo. Ele tinha em mente o livro de Levítico quando escreveu essas recomendações de Romanos 12.1.2. Assim como um animal inocente era ofertado em sacrifício na antiga aliança, da mesma forma o cristão devia apresentar o seu corpo a Deus. A diferença era que lá a oferta era apresentada morta, e aqui a oferta é apresentada viva. Ao contrário do pensamento grego, que via o corpo como a prisão da alma, Paulo dá grande importância à nossa dimensão corpórea. Devemos, sim, cuidar e zelar do nosso corpo, pois ele é santuário do Espírito Santo (1 Co 6.19). Isso, evidentemente,’ envolve disciplina alimentar e exercícios físicos. Nesse sentido, não há nada de errado em cuidar do corpo. Contudo, devemos evitar a todo custo o “culto ao corpo.
PROFESSOR (a), a “Bíblia de Aplicação Pessoal” é uma grande ferramenta para quem deseja se aprofundar no conhecimento da Palavra de Deus.
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III – A EXPOSIÇÃO DAS ESCRITURAS
NO CULTO
1- Expondo as Escrituras.
A exposição fiel das Escrituras atinge o coração dos crentes (Lc 24.32) e converte o perdido, pois, a pregação do Evangelho é o instrumento pelo qual Deus decidiu salvar os que creem (1 Co 1.21). Portanto, a exposição da Palavra de Deus deve ser central no culto cristão. Na obra o Pastor Pentecostal (CPAD), o autor mostra que a igreja deve buscar se parecer com a Igreja Primitiva, principalmente na valorização da pregação da Palavra de Deus, como se lê: “A Igreja Primitiva pregou a Palavra e foi através desse ato que Deus fez com que a Igreja crescesse. Nós também devemos fazer o mesmo.” A exposição fiel das Escrituras deve ser central no culto genuinamente cristão.
2- Louvores que pregam as Escrituras.
Desde os primeiros dias da igreja até hoje, a pregação é o método mais comum e usado para a proclamação das Escrituras. Entretanto, há outras formas pelas quais essa verdade pode ser compartilhada, como pelo recurso dos hinos a serem cantados durante os cultos, já que por eles a doutrina bíblica pode ser bem fixada na mente e no coração dos presentes. Reafirmamos a importância da Harpa Cristã que, conforme consta no Dicionário do Movimento Pentecostal ela é o “hinário oficial de nossas igrejas”, que surgiu “em virtude das peculiaridades históricas e doutrinárias”, e “os pioneiros sentiram a necessidade de um hinário que também enfocasse as verdades pentecostais.” Há outros hinos que também cumprem este propósito, mas para nós, a Harpa Cristã cumpre esse papel com segurança, justamente porque nela constam as bases doutrinárias de nossa confissão.
3- Pregando as Escrituras.
Até aqui a ênfase tem sido sobre o dever de anunciar as Escrituras. Contudo, é preciso destacar o conteúdo a ser anunciado no culto prestado a Deus. Não basta saber o que fazer, é preciso saber como fazer. Jesus ordenou que os seus discípulos pregassem o Evangelho a toda criatura (Mc 16.15). Observe que o Mestre não só ordenou que pregassem, mas também orientou qual a mensagem que deveriam pregar. Quando a igreja deixa de ser fiel na entrega da mensagem genuinamente bíblica, ela, inevitavelmente, pregará mensagens contrárias à verdade de Deus, e isso é prejudicial à sua saúde espiritual. Portanto, a Igreja de Cristo deve expor as Escrituras em seus cultos, permanecendo fiel, certa de que será recompensada.
Escola Bíblica︱1º Trimestre de 2024︱O Fundamento dos Apóstolos e dos Profetas - A Doutrina Bíblica como Base para uma Vida Vitoriosa.︱Neweb︱Compromisso com a Palavra
CONCLUSÃO
Esta lição discorreu sobre o culto cristão genuinamente pentecostal, ressaltando o seu padrão bíblico. A ordem do culto não visa “engessá-lo”, mas norteá-lo. para que os seus objetivos de adoração e edificação sejam alcançados. Por isso, aprendemos a respeito da importância da ordem no culto, a diversidade e a exposição das Escrituras.
HORA DA REVISÃO
1- Qual o significado do termo “liturgia”?
O vocábulo “liturgia” advém dos termos gregos “leit” (laós, povo) e
“urgia’ (trabalho, oficio) que, conjuntamente, significa “serviço ou trabalho
público”.
2- O que o Dicionário Teológico afirma a respeito da liturgia?
Afirma que “a liturgia, em si, não se constitui
em culto: é necessário que venha acompanhada de verdadeira disposição
espiritual para a adoração ao Senhor. A liturgia é a roupagem e o amor a Deus,
a verdadeira substância do culto.
3- O que é adoração pública?
Entendemos que a adoração pública é um encontro com Deus para um diálogo.
4- O que é adorar?
Adorar é
reverenciar, prostrar-se, curvar-se, reconhecer, celebrar e exaltar a majestade
divina.
5- Qual o lugar da exposição das Escrituras Sagradas no culto?
A exposição fiel das Escrituras deve ser central
no culto genuinamente cristão.
Pb. Rogério Faustino
Neweb
Compromisso com a Palavra
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