TEXTO ÁUREO
“E a vida eterna é esta: que conheçam a ti só por
único Deus verdadeiro e a Jesus Cristo, a quem enviaste.” (Jo 17.3)
VERDADE PRÁTICA
A oração que Jesus fez ao Pai em favor de si
próprio, dos seus discípulos e da sua Igreja ressoa ainda nos dias atuais.
LEITURA DIÁRIA
Segunda – Uma oração que revelou o
coração do Pai.
¹ E depois disto Jesus andava pela Galiléia, e já não queria andar pela Judéia, pois os judeus procuravam matá-lo.
² E estava próxima a festa dos judeus, a dos tabernáculos.
³ Disseram-lhe, pois, seus irmãos: Sai daqui, e vai para a Judéia, para que também os teus discípulos vejam as obras que fazes.
⁴ Porque não há ninguém que procure ser conhecido que faça coisa alguma em oculto. Se fazes estas coisas, manifesta-te ao mundo.
⁵ Porque nem mesmo seus irmãos criam nele.
João 27.1-5
Terça – O sumo-sacerdócio de Jesus
diante do Pai.
¹⁴ Visto que temos um grande sumo sacerdote, Jesus, Filho de Deus, que penetrou nos céus, retenhamos firmemente a nossa confissão.
¹⁵ Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém, um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado.
¹⁶ Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno.
Hebreus 14.14-16
Quarta – O ministério sacerdotal dos
salvos em Cristo.
⁵ Vòs também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdòcio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo.
⁹ Mas vòs sois a geração eleita, o sacerdòcio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz;
1 Pedro 2.5-9
Quinta – Imitando a Deus à luz do
ministério do Senhor Jesus.
¹ Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados;
² E andai em amor, como também Cristo vos amou, e se entregou a si mesmo por nós, em oferta e sacrifício a Deus, em cheiro suave.
Efésios 5.1,2
Sexta – A vida em unidade na Igreja de
Deus.
¹ Oh! quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união.
² É como o óleo precioso sobre a cabeça, que desce sobre a barba, a barba de Arão, e que desce à orla das suas vestes.
³ Como o orvalho de Hermom, e como o que desce sobre os montes de Sião, porque ali o Senhor ordena a bênção e a vida para sempre.
Salmos 133.1-3
Sábado – Jesus intercede pela santidade
dos discípulos.
¹³ Todavia ninguém falava dele abertamente, por medo dos judeus.
¹⁴Mas, no meio da festa subiu Jesus ao templo, e ensinava.
¹⁵ E os judeus maravilhavam-se, dizendo: Como sabe este letras, não as tendo aprendido?
¹⁶ Jesus lhes respondeu, e disse: A minha doutrina não é minha, mas daquele que me enviou.
¹⁷ Se alguém quiser fazer a vontade dele, pela mesma doutrina conhecerá se ela é de Deus, ou se eu falo de mim mesmo.
¹⁸ Quem fala de si mesmo busca a sua própria glória; mas o que busca a glória daquele que o enviou, esse é verdadeiro, e não há nele injustiça.
¹⁹ Não vos deu Moisés a lei? e nenhum de vós observa a lei. Por que procurais matar-me?
João 17.13-19
HINOS DA HARPA CRISTÃ
1 Vem, outra vez, nosso Salvador;
Quem dera hoje vir!
Para reinar com poder e amor!
Quem dera hoje vir!
Já por Sua Esposa, vem esta vez;
Que O espera em oração;
Fora do mundo de entremez;
Quem dera hoje vir!
Glória, glória, gozo sem fim, trará;
Glória, glória, ao coroar o rei;
Glória, glória, nos arrebatará;
Glória, glória! Cristo vem outra vez!
2 Terminará o poder do mal;
Quem dera hoje ser!
Começará o prazer sem igual;
Quem dera hoje ser!
Todos os mortos em Cristo serão
Arrebatados por seu Senhor;
Quando estas glórias aqui virão?
Quem dera hoje ser!
3 Em santidade nos deve achar,
Eis quEle pode vir.
Todos, velando, com gozo e paz,
Eis quEle pode vir.
Multiplicados os sinais estão;
No oriente se vê o alvor;
Breve, os crentes subirão;
Quem dera hoje vir!
Autor ou Tradutor: J.T.L José T. De Lima
1 Soldados somos de Jesus
E campeões do bem, da luz;
Nos exércitos de Deus,
Batalhamos pelos céus,
Cantando, vamos combater.
O vil pecado e seu poder;
A batalha ganha está;
A vitória Deus nos dá.
Breve vamos terminar a batalha aqui,
E p ‘ra sempre descansar com Jesus ali;
Todos os que são fiéis ao bom Capitão,
Hão de receber lauréis como galardão.
2 Levai o escudo, sim, da fé,
Pois a peleja dura é,
Mas promessa temos nós
De jamais lutarmos sós.
- As flechas do mal não temer,
Mas combater até vencer,
Olham os campeões p’ros céus,
A vitória vem de Deus.
3 Se alguém cansado se encontrar,
Sem forças para pelejar,
O Senhor quer te ajudar
A vitória alcançar;
O mal vencendo avançai,
E hinos a Jesus cantai,
E da salvação falai;
Almas ao Senhor levai.
Autor ou Tradutor: E.K Eufrosine Kastberg
1 Antes eu não conhecia a Jesus o Salvador;
Pois vivia em pecados e temor;
Mas achei que minhas culpas, sobre Si Jesus levou
E meu gozo nunca mais aqui cessou.
É Jesus Cristo meu vero amigo,
Que minhas culpas perdoou.
É Jesus Cristo meu vero amigo,
Pois a minh’alma libertou.
2 Antes, eu não conhecia essa purificação
E o poder que desejava o coração.
Mas vigor das promessas a minh’a!ma transformou
E Jesus á fonte viva me levou.
3 Pronto estou pra ir com Cristo a mensagem proclamar,
Pelas vinhas onde vou a trabalhar;
Bem eu sei que é poderoso;
Sua graça me dará; E vitória plena me concederá.
Autor ou Tradutor: F.V Frida Vingren
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
João 17.1-3,11-17
¹ Jesus falou essas coisas e, levantando os olhos
ao céu, disse:? Pai, é chegada a hora; glorifica a teu Filho, para que também o
teu Filho te glorifique a ti,
² assim como lhe deste poder sobre toda carne,
para que dê a vida eterna a todos quantos lhe deste.
³ E a vida eterna é esta: que conheçam a ti só
por único Deus verdadeiro e a Jesus Cristo, a quem enviaste.
¹¹ E eu já não estou mais no mundo; mas eles
estão no mundo, e eu vou para ti. Pai santo, guarda em teu nome aqueles que me
deste, para que sejam um, assim como nós.
¹² Estando eu com eles no mundo, guardava-os em
teu nome. Tenho guardado aqueles que tu me deste, e nenhum deles se perdeu,
senão o filho da perdição, para que a Escritura se cumprisse.
¹³ Mas, agora, vou para ti e digo isto ao mundo,
para que tenham a minha alegria completa em si mesmos.
¹⁴ Dei-lhes a tua palavra, e o mundo os odiou,
porque não são do mundo, assim como eu não sou do mundo.
¹⁵ Não peço que tires do mundo, mas que os livre
do mal.
¹⁶ Não são do mundo, como eu do mundo não sou.
¹⁷ Santifica-os na verdade; a tua palavra é a
verdade.
PLANO DE AULA
1- INTRODUÇÃO
Esta lição sublinha a importância da oração de
Jesus, que manifesta o amor e o cuidado que Cristo tem por nós. Assim, o
capítulo 17 é uma das partes mais notáveis do Evangelho, pois nos oferece a
oportunidade de escutar Jesus dirigir-se ao Pai em prol dos seus discípulos.
Para aprofundar esse entendimento desse Evangelho, a lição está organizada da
seguinte maneira:
1) a oração de Jesus pela sua glorificação, que se
refere à sua missão redentora;
2) a oração pelos discípulos para que sejam protegidos
e santificados;
3) e a oração por aqueles que futuramente creiam,
evidenciando sua perspectiva eterna e inclusiva sobre o Reino de Deus.
2- APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição:
I) Meditar sobre a oração de Jesus pela sua
glorificação, que se refere à sua missão redentora;
II) Examinar a oração pelos discípulos para que
sejam protegidos e santificados;
III) Mostrar a oração por aqueles que futuramente
creiam, evidenciando sua perspectiva eterna e inclusiva sobre o Reino de Deus.
B) Motivação:
A oração de Jesus em João 17 revela o
cuidado genuíno de Cristo pelos seus discípulos, abrangendo todos nós. Dessa
forma, cada um de nós pode sentir-se incluído na intercessão do nosso Senhor,
sendo chamados a viver a unidade no Espírito Santo. Portanto, essa compreensão
da intercessão de Jesus por nós influencia significativamente a nossa prática
diária de oração e relacionamento com Deus.
C) Sugestão de Método:
Para trabalhar a lição de
forma dinâmica e envolvente, inicie a aula com uma leitura em grupo de João
17.1-3, 11-17, destacando as palavras de Jesus que expressam intercessão,
glorificação e santificação. Em seguida, utilize um quadro ou slides para
organizar os três tópicos da lição e conectá-los à vida dos alunos. Para isso,
você pode propor uma atividade em grupos pequenos, onde cada grupo reflita
sobre um tópico específico e discuta como podem aplicar os ensinamentos de
Jesus em sua vida.
3- CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação:
Assim como Jesus intercedeu a favor
dos seus discípulos, somos convidados a viver em santidade, unidade e comunhão
com Deus. Que esta oração sirva de estímulo para a nossa prática intercessora e
para a nossa confiança no amoroso cuidado de Cristo, reforçando assim a nossa
fé e o nosso compromisso com o Reino de Deus.
4- SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão.
Vale a pena conhecer
essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à
Lições Bíblicas Adultos. Na edição 101, p.41, você encontrará um subsídio
especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais:
Ao final do tópico, você
encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula:
1) O texto “A
Oração por Si Mesmo”, localizado após o primeiro tópico, aprofunda a oração de
Jesus por si mesmo a Deus”;
2) No final do segundo tópico, o texto “A Oração
pelos Discípulos” traz uma reflexão significativa a respeito das obras dos
discípulos como continuidade à obra de Cristo.
INTRODUÇÃO
Na presente lição, iremos explorar João 17. Este
capítulo descreve a oração mais significativa que o nosso Senhor fez em
benefício de si mesmo, ou seja, a sua glorificação, bem como a dos seus
discípulos e dos cristãos que viriam a crer num futuro próximo. A oração
sacerdotal de Jesus é uma importante lição sobre a unidade do povo de Deus no
seu Reino e o propósito de promover o Evangelho de Jesus no mundo.
Palavra-Chave: INTERCESSÃO
I- A ORAÇÃO DE JESUS E
SUA GLORIFICAÇÃO
1- A oração de Jesus.
Entre todas as orações do
Senhor documentadas nos Evangelhos, é indiscutível que foi João quem relatou,
possivelmente, a mais elevada oração de Jesus (17.1-26). No início de João 17.1
está escrito: “Jesus falou essas coisas”. Essa frase remete ao discurso do
Senhor sobre a vinda do Espírito como Consolador, conforme estudado
anteriormente (Jo 16.13 - ¹³ Mas quando o Espírito da verdade vier, ele os guiará a toda a verdade. Não falará de si mesmo; falará apenas o que ouvir, e lhes anunciará o que está por vir.). Certamente o local onde o Senhor se encontrava era o
mesmo em que partilhou a Última Ceia com seus discípulos. Em relação à oração
de Jesus no capítulo 17, os estudiosos costumam se referir a ela como “A Oração
Intercessora”, “A Oração Sacerdotal de Jesus” ou “A Oração da Consagração”.
Nosso Senhor apresentou essa oração em, pelo menos, três partes: Ele orou por
si mesmo (Jo 17.1-8), intercedeu pelos seus discípulos (Jo 17.9-19) e, também,
fez uma oração pela Igreja futura (Jo 17.20-26).
2- A oração de Jesus pela sua glorificação.
Na
oração de Jesus pedindo por sua “glorificação” havia um significado espiritual
mais profundo, que não se tratava de um ato egoísta. Como já abordamos, Ele
estava plenamente ciente de seu ministério e, portanto, da finalidade de sua
missão na Terra. Assim, em sua conversa direta com o Pai, Jesus declara que “é
chegada a hora”, referindo-se ao momento em que o Pai o glorificaria por meio
de seu sacrifício redentor no Calvário. Nosso Senhor expressa: “glorifica a teu
Filho para que também o teu Filho te glorifique a ti” (Jo 17.1). Que tipo de
glorificação seria essa? Mediante a sua morte, o mundo o conheceria e a vida
eterna seria oferecida a todos que o aceitassem como Salvador de suas vidas.
Glorificar alguém significa torná-lo conhecido. Jesus seria reconhecido como “o
Filho de Deus, o Salvador do mundo” (Jo 17.3,4).
3- A mesma glória com o Pai.
No versículo 5 está
escrito: “E, agora, glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela
glória que tinha contigo antes que o mundo existisse.” Essa referência à glória
se relaciona à divindade do nosso Senhor como o Verbo Divino, antes da sua
encarnação. Na realidade, o que Jesus solicita é a glorificação mútua entre o
Filho e o Pai (v. 5). Somente nosso Senhor, o Filho de Deus, poderia fazer tal
pedido por essa glorificação, uma honra que Ele possuía “antes que o mundo
existisse”. Essa declaração evidencia a divindade de Jesus, ao revelá-lo como
um com o Pai (Jo 17.11,21,24 - ¹¹E eu já não estou mais no mundo, mas eles estão no mundo, e eu vou para ti. Pai santo, guarda em teu nome aqueles que me deste, para que sejam um, assim como nós. ²¹ Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste. ²⁴ Pai, aqueles que me deste quero que, onde eu estiver, também eles estejam comigo, para que vejam a minha glória que me deste; porque tu me amaste antes da fundação do mundo.). Assim, com base nessa igualdade com o Pai, o
pecador que confessa e se arrepende de seus pecados recebe a vida eterna e
conhece, pela fé, “o único Deus verdadeiro e a Jesus Cristo, a quem enviaste”
(Jo 17.3).
SINÓPSE
I
A oração de Jesus demonstra o seu desejo em
glorificar o Pai e reafirmar a glória que compartilha com Ele desde toda a
eternidade.
AUXÍLIO
BÍBLICO-TEOLÓGICO
A ORAÇÃO POR SI MESMO
“Do ponto de vista de Jesus, quando Ele olha para os
anos passados da sua curta permanência na terra (1.14), há quatro coisas
específicas e evidentes que Ele realizou e que o haviam trazido até a hora.
1- Eu glorifiquei-te na terra (4). Ele teve uma
glória com o Pai antes que o mundo existisse e Ele antevia que isto seria
restaurado. Glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo (5; cf. 24). Colocado em
linguagem moderna, Ele estava dizendo que, a partir da perspectiva divina, a
Encarnação era um celebrado sucesso.
2- Tendo consumado a obra que me deste a fazer (4).
O verbo grego para consumar é teleiosas, que significa ‘completar, trazer ao
final, terminar, realizar… trazer ao objetivo ou à realização, no sentido de
superação ou suplantação de um estado imperfeito de coisas por alguém que está
livre de objeções’. A obra é a redenção do homem, e está consumada da maneira
mais perfeita (cf. 19.30). Não se pode deixar de exclamar ‘Aleluia, está
consumado!’
3- Manifestei o teu nome aos homens que do mundo me
deste (6). A palavra grega para manifestar é ephanerosa, que significa ‘tornar
conhecido pelas palavras transmitidas… embora aqui o ensino seja acompanhado
por uma revelação que vem da obra’. Na adoração judaica, era proibido
pronunciar o nome de Jeová (Yahweh). Mas agora o nome Pai tornou-se conhecido e
os homens “já não precisam ter medo de pronunciar o nome sagrado”.
4- Eu lhes dei as palavras que me deste (8). Ele, a
eterna Palavra viva, deu aos homens as palavras que eles receberam. Disto vem o
conhecimento — eles têm conhecido a verdadeira natureza [de Jesus]; saí de ti —
e a fé — e creram na sua missão; que me enviaste (8; cf.18,21,23,25). Strachan
comenta: ‘Os discípulos foram capazes, ouvindo as ‘palavras’ de Jesus, de
manter a Palavra de Deus (6). ‘Manter’ quer dizer mais do que obedecer. Quer
dizer proteger e comunicar ao mundo a revelação que Deus confiou à sua Igreja’”
(Comentário Bíblico Beacon. Vol. 7. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, pp.138-39).
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II- A ORAÇÃO DE JESUS
PELOS DISCÍPULOS
1- Intercessão pela proteção dos discípulos.
Nos
versículos 4 a 8, exceto o versículo 5, Jesus ora como se estivesse
apresentando um relato ao Pai sobre tudo o que realizou durante seu ministério
na Terra. No versículo 6, Ele intercede por seus discípulos e pela unidade
entre eles, uma vez que seriam os responsáveis por continuar a obra que Jesus
havia iniciado. Para o Pai, o nosso Senhor se refere aos discípulos como
“homens que do mundo me deste” (v.6). O Redentor revela que seus discípulos
pertenciam ao Pai e que Este os entregou a Ele: “Eram teus, e tu mos deste, e
guardaram a tua palavra” (Jo 17.6b). Ao longo de quase quatro anos, Jesus
investiu nesses homens, que se mostraram fiéis, prontos para prosseguir com a
missão de evangelização.
2- Os discípulos receberam a Palavra.
Apesar de, em
certas ocasiões, os discípulos terem encontrado dificuldades para compreender
completamente os ensinamentos de Jesus, as suas recordações foram reavivadas
pelo Espírito Santo quando receberam o poder no dia de Pentecostes,
permitindo-lhes assim entender e difundir o que aprenderam com o Mestre (At 2.14-36). No versículo 6, Jesus referiu-se ao Pai afirmando que os seus
discípulos mantiveram a mensagem recebida: “E guardaram a tua Palavra”. Ao
vivermos conforme a Palavra de Deus, aceitando e obedecendo aos ensinamentos de
Cristo, podemos testemunhar o Evangelho com credibilidade.
3- Protegidos do mundo.
O versículo 14 afirma:
“Dei-lhes a tua palavra, e o mundo os odiou, porque não são do mundo, assim
como eu não sou do mundo”. É importante prestar atenção ao termo “mundo”. Este
pode referir-se ao “universo criado” (Jo 17.5 - ⁵ E agora, Pai, glorifica-me junto a ti, com a glória que eu tinha contigo antes que o mundo existisse.) ou à humanidade (Jo 3.16 - ¹⁶ "Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna.). No
entanto, aqui Jesus se refere ao sistema espiritual governado por Satanás (Jo
17.14 - ¹⁴ Dei-lhes a tua palavra, e o mundo os odiou, pois eles não são do mundo, como eu também não sou.). O apóstolo Paulo descreve esse “mundo” como um governo espiritual
maligno (Ef 2.2 - ² Em que noutro tempo andastes segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobediência;). Por conseguinte, o nosso Senhor deseja que o Pai guarde os
seus discípulos desse sistema mundano, que é incompatível com o Evangelho, sob
a influência do “príncipe deste mundo” (Jo 12.31 - ³¹ Chegou a hora de ser julgado este mundo; agora será expulso o príncipe deste mundo.; 14.30 - ³⁰ Já não lhes falarei muito, pois o príncipe deste mundo está vindo. Ele não tem nenhum direito sobre mim.; 16.11 - ¹¹ e do juízo, porque o príncipe deste mundo já está condenado.).
SINÓPSE
II
Jesus pediu a proteção para os seus discípulos, que
acolheram a Palavra e necessitavam ser guardados do mal que existe no mundo.
AUXÍLIO
BIBLIOLÓGICO
A ORAÇÃO PELOS DISCÍPULOS
“A oração final de Jesus por seus discípulos mostra
os desejos mais profundos de nosso Senhor para os seus seguidores, tanto para
aquela época quanto para os nossos dias. Isto também é um exemplo inspirado
pelo Espírito de como todos os pastores e líderes de ministério devem orar
pelas pessoas, e como os pais cristãos devem orar por seus filhos. Ao orar por
aqueles que estão sob os nossos cuidados, nossas maiores preocupações devem
ser: (1) que essas pessoas possam conhecer a Jesus Cristo e à sua Palavra
intimamente (vv. 2-3,17,19; veja o v. 3, nota); (2) que Deus possa protegê-las das
más influências do mundo, impedindo que se afastem dele e dar-lhes
discernimento para reconhecer e rejeitar crenças ímpias e falsos ensinamentos
espirituais (vv. 6,11,14-17)” (Bíblia de Estudo Pentecostal: Edição Global. Rio
de Janeiro: CPAD, 2022, p.1891).
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III- A ORAÇÃO DE JESUS
PELOS QUE VIRIAM A CRER
1- Oração pela unidade da Igreja.
Nesta terceira
parte de sua súplica, Jesus pediu pela unidade da Igreja. Mais do que uma
unidade de natureza eclesiástica ou orgânica, Jesus intercedeu pela harmonia
espiritual do seu povo. Nosso Senhor ansiava por uma união genuína, tal como a
que existe entre Ele e o Pai. Essa foi a súplica do nosso Senhor: “para que
todos sejam um, assim como tu, ó Pai, estás em mim, e eu em ti” (Jo 17.21).
2- Propósito da unidade.
O propósito da unidade
espiritual da Igreja, conforme a intercessão do nosso Senhor, é que “o mundo
creia que tu me enviaste” (v.21). Assim, a Igreja revela essa unidade
espiritual com Cristo por pelo menos quatro motivos:
(1) união essencial dos salvos como membros do
Corpo de Cristo (1 Co 12.12 - ¹² Ora, assim como o corpo é uma unidade, embora tenha muitos membros, e todos os membros, mesmo sendo muitos, formam um só corpo, assim também com respeito a Cristo.);
(2) união essencial dos salvos promovida pelo
conhecimento crescente sobre Jesus Cristo (2 Pe 3.18 - ¹⁸ Cresçam, porém, na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A ele seja a glória, agora e para sempre! Amém. );
(3) união essencial dos salvos no desenvolvimento
do Fruto do Espírito (Gl 5.22,23 - ²² Mas o fruto do Espírito é amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, ²³ mansidão e domínio próprio. Contra essas coisas não há lei. );
(4) união essencial dos salvos manifestada na
glória como filhos de Deus e detentores da vida eterna (Jo 17.22 - ²² Dei-lhes a glória que me deste, para que eles sejam um, assim como nós somos um:).
3- Oração por encorajamento à unidade.
Em João
17.21,22, o nosso Senhor roga para que os discípulos sejam incentivados a
manter a unidade com Ele. A crença em Cristo como o único e suficiente Salvador
é a principal razão da unidade cristã, de modo que os discípulos sejam
encorajados a promover esse testemunho no mundo. Assim, sem essa unidade de fé,
o testemunho perde completamente a sua credibilidade.
SINÓPSE
III
Jesus fez uma oração pela unidade da Igreja,
promovendo a comunhão entre aqueles que viriam a crer.
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CONCLUSÃO
É extraordinário perceber que a oração sacerdotal
de Jesus Cristo continua a ressoar nos dias atuais. Fazemos parte do Corpo de
Cristo e esse privilégio deve manter-nos cientes da nossa função no Reino de
Deus. Por isso, temos a responsabilidade de nos apresentar entusiasmados para
testemunhar com coragem o Evangelho, revelando a obra que o Senhor Jesus
realizou no Calvário.
REVISANDO O CONTEÚDO
1- Em quais partes podemos apresentar a oração
sacerdotal de Jesus?
Nosso Senhor apresentou essa oração em, pelo menos,
três partes: Ele orou por si mesmo (Jo 17.1-8), intercedeu pelos seus
discípulos (Jo 17.9-19) e, também, fez uma oração pela Igreja futura (Jo
17.20-26).
2- A que se relaciona a menção à glória no
versículo 5?
Essa referência à glória se relaciona à divindade
do nosso Senhor como o Verbo Divino, antes da sua encarnação.
3- De que forma Jesus dirige a sua oração ao Pai
nos versículos 4 a 8?
Nos versículos 4 a 8, exceto o versículo 5, Jesus
ora como se estivesse apresentando um relato ao Pai sobre tudo o que realizou
durante seu ministério na Terra.
4- A que “Mundo” se refere Jesus em João 17.14?
Jesus se refere ao sistema espiritual governado por
Satanás (Jo 17.14).
5- Indique pelo menos dois motivos que evidenciam a
unidade espiritual dos salvos com Cristo.
(1) união essencial dos salvos como membros do
Corpo de Cristo (1 Co 12.12); (2) união essencial dos salvos promovida pelo
conhecimento crescente sobre Jesus Cristo (2 Pe 3.18).
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