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LIÇÃO 12 – O BANQUETE DE ESTER: DENÚNCIA E LIVRAMENTO

 

TEXTO ÁUREO
“Como ribeiros de águas, assim é o coração do rei na mão do Senhor; a tudo quanto quer o inclina.” (Pv 21.1)

VERDADE PRÁTICA
Devemos reconhecer as autoridades humanas, mas não podemos atribuir-lhes um poder acima do que elas têm. Há um Deus no céu.

LEITURA DIÁRIA
Segunda – Et 6.14 Hamã é levado apressadamente para o banquete preparado por Ester.
¹⁴ E estando eles ainda falando com ele, chegaram os camareiros do rei, e se apressaram a levar Hamã ao banquete que Ester preparara.
Ester 6.14

Terça – Et 7.2 A rainha Ester ofereceu um banquete denominado de “banquete de vinho”.
² Disse outra vez o rei a Ester, no segundo dia, no banquete do vinho: Qual é a tua petição, rainha Ester? E se te dará. E qual é o teu desejo? Até metade do reino, se te dará.
Ester 7.2

Quarta – Et 7.4-6 A rainha Ester denuncia Hamã e todo seu plano ao rei Assuero.
⁴ Porque fomos vendidos, eu e o meu povo, para nos destruírem, matarem, e aniquilarem de vez; se ainda por servos e por servas nos vendessem, calar-me-ia; ainda que o opressor não poderia ter compensado a perda do rei.
⁵ Então falou o rei Assuero, e disse à rainha Ester: Quem é esse e onde está esse, cujo coração o instigou a assim fazer?
⁶ E disse Ester: O homem, o opressor, e o inimigo, é este mau Hamã. Então Hamã se perturbou perante o rei e a rainha.
Ester 7.4-6
Quinta – Et 7.7,8 A ruína de Hamã é inevitavelmente confirmada.
⁷ E o rei no seu furor se levantou do banquete do vinho e passou para o jardim do palácio; e Hamã se pôs em pé, para rogar à rainha Ester pela sua vida; porque viu que já o mal lhe estava determinado pelo rei.
⁸ Tornando, pois, o rei do jardim do palácio à casa do banquete do vinho, Hamã tinha caído prostrado sobre o leito em que estava Ester. Então disse o rei: Porventura quereria ele também forçar a rainha perante mim nesta casa? Saindo esta palavra da boca do rei, cobriram o rosto de Hamã.
Ester 7.7,8
Sexta – Et 7.9-10; cf. Pv 20.2 A reação física e verbal de Assuero vista como o terror de Hamã.
⁹ Então disse Harbona, um dos camareiros que serviam diante do rei: Eis que também a forca de cinqüenta côvados de altura que Hamã fizera para Mardoqueu, que falara em defesa do rei, está junto à casa de Hamã. Então disse o rei: Enforcai-o nela.
¹⁰ Enforcaram, pois, a Hamã na forca, que ele tinha preparado para Mardoqueu. Então o furor do rei se aplacou.
Ester 7.9-10

² Como o rugido do leão é o terror do rei; o que o provoca à ira peca contra a sua própria alma.
Provérbios 20.2

Sábado – Lc 12.2 Nada fica oculto ou encoberto diante do Deus Todo-Poderoso.
² Mas nada há encoberto que não haja de ser descoberto; nem oculto, que não haja de ser sabido.
Lucas 12.2

392 - Peregrinos Somos
Manuel Augusto das Neves
Peregrinos somos aqui
Té o labor findar;
Deste mundo queremos ir
Ao celeste lar.
 
Oh! Pátria mui feliz
Em ti irei morar;
Eu irei morar
Eu irei morar
Jerusalém, oh meu país
E meu querido lar!
Jerusalém, oh meu país
E meu querido lar!
 
Minha grande consolação
É sempre em ti morar,
Oh, querida, bela Sião,
Meu eterno lar!
 
Como o povo de Abraão,
Sempre a viajar,
Para a terra da promissão,
Santo e doce lar.
 
Ó Senhor, queremos vencer,
E de Ti alcançar
Gozo, paz, eterno prazer,
No bendito lar!
 
É o meu desejo, Jesus,
Sempre peregrinar;
Dirigido por lua luz
Té que chegue ao lar.

1 Quem sua mão ao arado já pôs,
Constante precisa ser;
O sol declina e, logo após,
Vai escurecer.
Avante, em Cristo pensando,
Em oração vigiando,
Com gozo e amor trabalhando,
Pra teu Senhor.
 
2 Não desanimes, por ser tua cruz
Maior que a de teu irmão;
A mais pesada levou teu Jesus,
Te consola, então;
A tua cruz vai levando,
Como Jesus perdoando.
Alegremente andando
Pra o lindo céu.
 
3 Sê bom soldado de Cristo Jesus,
Sofrendo as aflições,
Não sufocando a mensagem da cruz,
Nas perseguições;
Vai Seu amor proclamando,
Novas de paz, sim, levando.
Aos que estão aguardando
A salvação.
 
4 Quando, enfim, tu largares a cruz,
Jesus te coroará;
Com santo gozo em glória e luz
Te consolará.
Esquecerás teus lidares.
Tribulações e pesares,
Quando no céu desfrutares,
Perfeita paz.

398 - Perto do Meu Redentor
Paulo Leivas Macalão 
1 Desejo estar em um lugar
Mui perto do meu Redentor;
Ali eu posso descansar,
Por Seu amparo e Seu amor.
 
Mui perto do meu Redentor,
Seguro abrigo encontrarei;
Me guardará do tentador,
Assim eu nada temerei.

 
2 Ninguém me poderá tirar
A paz que frui o coração;
Jesus bondoso vai me dar
A mais segura proteção.
 
3 Tristezas, nem temor terei,
Estando perto de Jesus;
Envolto sempre me verei,
Com Seu fulgor, com Sua luz.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Ester 7.1-10
¹ Vindo, pois, o rei com Hamã, para beber com a rainha Ester,
² disse também o rei a Ester, no segundo dia, no banquete do vinho: Qual é a tua petição, rainha Ester? E se te dará. E qual é o teu requerimento? Até metade do reino se fará.
³ Então, respondeu a rainha Ester e disse: Se, ó rei, achei graça aos teus olhos, e se bem parecer ao rei, dê-se-me a minha vida como minha petição e o meu povo como meu requerimento.
⁴ Porque estamos vendidos, eu e o meu povo, para nos destruírem, matarem e lançarem a perder; se ainda por servos e por servas nos vendessem, calar-me-ia, ainda que o opressor não recompensaria a perda do rei.
⁵ Então, falou o rei Assuero e disse à rainha Ester: Quem é esse? E onde está esse cujo coração o instigou a fazer assim?
⁶ E disse Ester: O homem, o opressor e o inimigo é este mau Hamã. Então, Hamã se perturbou perante o rei e a rainha.
⁷ E o rei, no seu furor, se levantou do banquete do vinho para o jardim do palácio; e Hamã se pôs em pé, para rogar à rainha Ester pela sua vida; porque viu que já o mal lhe era determinado pelo rei.
⁸ Tornando, pois, o rei do jardim do palácio à casa do banquete do vinho, Hamã tinha caído prostrado sobre o leito em que estava Ester. Então, disse o rei: Porventura, quereria ele também forçar a rainha perante mim nesta casa? Saindo essa palavra da boca do rei, cobriram a Hamã o rosto.
⁹ Então, disse Harbona, um dos eunucos que serviam diante do rei: Eis que também a forca de cinquenta côvados de altura que Hamã fizera para Mardoqueu, que falara para bem do rei, está junto à casa de Hamã. Então, disse o rei: Enforcai-o nela.
¹⁰ Enforcaram, pois, a Hamã na forca que ele tinha preparado para Mardoqueu. Então, o furor do rei se aplacou.

PLANO DE AULA
1- INTRODUÇÃO
A rainha Ester preparou um banquete e convidou o rei Assuero e Hamã. Neste banquete, a rainha revelaria o plano maligno de Hamã. Posteriormente, o rei Assuero ficaria furioso com toda a estratagema do agagita. Consequentemente, Hamã foi morto pelo instrumento preparado por ele mesmo. Nesta lição, veremos como Deus pune o ódio, a perversidade e a injustiça. O Deus Todo-Poderoso cuida do seu povo de maneira amorosa.

2- APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição:
I) Descrever o banquete preparado por Ester e a denúncia proferida por ela;
II) Remontar o contexto que desdobra a fúria do rei contra a injustiça;
III) Refletir a respeito do grande livramento providenciado por Deus.

B) Motivação: 
A injustiça é um vício da alma, isto é, contrário a virtude, que faz com o ser humano seja prejudicado. A lição de hoje nos estimula a declarar uma guerra contra qualquer prática de injustiça.

C) Sugestão de Método: 
Para concluir a lição e com base no primeiro Auxílio Bibliológico “O Perfil Maligno de Hamã” reproduza na lousa ou no datashow as seguintes sentenças: 1) O ódio será punido; 2) Deus possui um incrível registro para fazer com que os planos malignos se voltem contra os seus planejadores; 3) O orgulho e a presunção serão punidos; 4) Uma insaciável sede de poder e prestígio é autodestrutiva. Diga a classe que essas são lições de vida que aprendemos com a presente lição. Estimule os alunos a refletirem biblicamente a respeito do caminho da retidão e da justiça para a vida cristã.

3- CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: 
Incentive a classe a perseverar no caminho da retidão e da justiça. Nosso Senhor ensinou que bem-aventurado é o que “tem fome e sede de justiça” (Mt 5.6); nos ensinou também a buscar “primeiro o Reino de Deus e a sua justiça” (Mt 6.33). Justiça e retidão são virtudes que Deus espera dos que chamam pelo seu nome, amam o seu Reino e buscam a sua justiça.

4- SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. 
Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 98, p.42, você encontrará um subsídio especial para esta lição.

B) Auxílios Especiais: 
Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula:
1) O texto “O Perfil Maligno de Hamã”, ao final do segundo tópico, aprofunda a reflexão a respeito do perfil maligno de Hamã;
2) O texto “A Trama Maligna de Hamã voltou-se para ele”, localizado depois do terceiro tópico, aprofunda o desfecho da trama maligna de Hamã.

INTRODUÇÃO

Na lição anterior, vimos como Deus agiu para alterar todo o cenário em Susã. Mardoqueu foi honrado e Hamã humilhado. As condições agora eram outras. Até a mulher e os amigos de Hamã já prenunciavam a sua derrota. Tudo será resolvido no segundo banquete oferecido por Ester.

Palavra-chave: Denúncia e livramento

I – O BANQUETE E A DENÚNCIA

1- A instabilidade de Hamã. 
O dia foi terrível para Hamã. Cedo, saiu de casa determinado a conseguir do rei a ordem de enforcamento de Mardoqueu. Durante o dia, serviu de guia para o cavalo que transportou seu desafeto judeu pelas ruas de Susã. Em casa, enquanto ouvia uma sentença totalmente desfavorável, chegaram os servos do rei para levá-lo apressadamente ao banquete preparado por Ester (Et 6.14 - ¹⁴ E estando eles ainda falando com ele, chegaram os camareiros do rei, e se apressaram a levar Hamã ao banquete que Ester preparara.). Hamã estava, certamente, muito perturbado. Ir a um banquete naquelas circunstâncias deve ter sido muito desconfortável.

2- O banquete do vinho. 
O banquete para o qual Ester convidou Assuero é chamado de “banquete do vinho” (Et 7.2 - ² Disse outra vez o rei a Ester, no segundo dia, no banquete do vinho: Qual é a tua petição, rainha Ester? E se te dará. E qual é o teu desejo? Até metade do reino, se te dará.). O contexto é o reino da Pérsia, no qual, assim como nos demais reinos pagãos de toda a história, o uso do vinho era comum nas festas e banquetes. O Antigo Testamento é enfático quanto aos seus terríveis males (Gn 9.20-27 (Noé se embriaga com vinho e um de seus filhos ver sua nudez); 19.31-38 ( As filhas fe Ló lhe embreagam com vinho e detam- se com ele); Pv 20.1 - ¹ O vinho é escarnecedor, a bebida forte alvoroçadora; e todo aquele que neles errar nunca será sábio.; 23.29-35). Havia expressa proibição para os sacerdotes (Lv 10.8-11) numa demonstração da necessidade de se fazer uma clara distinção entre o santo e o profano, conforme acentua a Bíblia de Estudo Pentecostal. A abstinência total do vinho era condição para o voto do nazireado (Nm 6.2-4  - ² Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes: Quando um homem ou mulher se tiver separado, fazendo voto de nazireu, para se separar ao Senhor, 3 De vinho e de bebida forte se apartará; vinagre de vinho, nem vinagre de bebida forte não beberá; nem beberá alguma beberagem de uvas; nem uvas frescas nem secas comerá. ⁴ Todos os dias do seu nazireado não comerá de coisa alguma, que se faz da vinha, desde os caroços até às cascas.). Além disso, o texto veterotestamentário ressalta o belíssimo exemplo dos recabitas, que se abstiveram totalmente do vinho e foram honrados por Deus (Jr 35.6-19). No Novo Testamento, o ensino é não se embriagar com o vinho, mas encher-se do Espírito (Ef 5.18 - ¹⁸ E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito;). Devemos fugir de toda a aparência do mal e nos abster totalmente de tudo o que não convém aos santos (1 Ts 5.22 - ²² Abstende-vos de toda a aparência do mal.; 1 Co 6.10,12 - ¹⁰ Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de Deus. Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm. ¹² Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma.; 1 Pe 1.15  - ¹⁵ Mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver;).

3- “Qual é a tua petição?” 
Assuero estava mesmo determinado a saber o que inquietava a rainha, a fim de atendê-la. O fato de Ester comparecer em sua presença correndo risco de morte, e, no primeiro banquete, ter mantido suspense quanto ao que lhe afligia, deve ter levado Assuero a suspeitar que algo muito grave estava acontecendo. Daí sua prontidão a novamente inquirir-lhe: “Qual é a tua petição, rainha Ester? […] qual é o teu requerimento? Até metade do reino se fará” (Et 7.2). A essa altura, talvez o coração da rainha estivesse acelerado. Ela estava diante do rei e do algoz dos judeus e teria que ser firme em sua declaração. Ester se revelou uma mulher forte e decidida, denunciando o mau Hamã (Et 7.3-6 - ³ Então respondeu a rainha Ester, e disse: Se, ó rei, achei graça aos teus olhos, e se bem parecer ao rei, dê-se-me a minha vida como minha petição, e o meu povo como meu desejo. ⁴ Porque fomos vendidos, eu e o meu povo, para nos destruírem, matarem, e aniquilarem de vez; se ainda por servos e por servas nos vendessem, calar-me-ia; ainda que o opressor não poderia ter compensado a perda do rei. ⁵ Então falou o rei Assuero, e disse à rainha Ester: Quem é esse e onde está esse, cujo coração o instigou a assim fazer? ⁶ E disse Ester: O homem, o opressor, e o inimigo, é este mau Hamã. Então Hamã se perturbou perante o rei e a rainha.). A mulher virtuosa sabe “[abrir] a boca com sabedoria”, sem perder a compostura (Pv 31.26).

AMPLIANDO O CONHECIMENTO
“No segundo banquete, para o qual Ester convidou o rei e seu vizir Hamã, outra oportunidade lhe foi dada para realizar seu tão importante pedido. Ela o fez com palavras que trouxeram fúria e perturbação ao rei, e terror ao coração de Hamã. Na sua resposta ao monarca, ela se identificou pela primeira vez como pertencente à raça condenada dos judeus (sem realmente usar esta palavra) e pediu que sua vida e a de seu povo fosse poupada. Estamos vendidos, eu e o meu povo, para nos destruírem, matarem e lançarem a perder.” Amplie mais o seu conhecimento, lendo o Comentário Bíblico Beacon: Josué a Ester, vol.2, editada pela CPAD, p.554.

SINÓPSE I
O banquete e a denúncia de Ester demarcaram a tragédia de Hamã.

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II – A FÚRIA DO REI CONTRA A INJUSTIÇA

1- A revelação do plano. 
Ester detalhou ao rei o que havia acontecido. O que ela queria era a preservação de sua vida e da de seu povo, os judeus: “Porque estamos vendidos, eu e o meu povo, para nos destruírem, matarem e lançarem a perder” (Et 7.4). Ester fez ver ao rei o absurdo do plano, que visava o extermínio de toda uma raça, nada comparável a uma venda como escravos (ou servos), o que não era incomum na época. Se fosse isso, Ester disse que não incomodaria o rei.

2- Quem fez isso? 
A pergunta de Assuero pode parecer estranha. Não era razoável que não tivesse conhecimento da extensão do decreto assinado em seu nome (Et 3.12,13 - ¹² Então chamaram os escrivães do rei no primeiro mês, no dia treze do mesmo e, conforme a tudo quanto Hamã mandou, se escreveu aos príncipes do rei, e aos governadores que havia sobre cada província, e aos líderes, de cada povo; a cada província segundo a sua escrita, e a cada povo segundo a sua língua; em nome do rei Assuero se escreveu, e com o anel do rei se selou. ¹³ E enviaram-se as cartas por intermédio dos correios a todas as províncias do rei, para que destruíssem, matassem, e fizessem perecer a todos os judeus, desde o jovem até ao velho, crianças e mulheres, em um mesmo dia, a treze do duodécimo mês (que é o mês de Adar), e que saqueassem os seus bens.). Todavia, não se pode presumir que um rei ou qualquer governante saiba, em detalhes, tudo o que acontece em seu palácio ou jurisdição. Às vezes, até aos pais escapam fatos próximos de seus olhos. Não era de todo irrazoável, portanto, que Assuero estivesse surpreso com a notícia trazida pela rainha. Ou, então, a surpresa deveu-se ao fato de saber que se tratava do povo da rainha, já que até então Assuero não sabia que Ester era judia (Et 2.10 - ¹⁰ Ester, porém, não declarou o seu povo e a sua parentela, porque Mardoqueu lhe tinha ordenado que o não declarasse.). De qualquer forma, era resultado do excesso de poder concedido a Hamã. Mas conquanto tivesse concedido amplos poderes ao agagita, o quadro agora era outro. Assuero amava Ester (Et 2.17 - ¹⁷ E o rei amou a Ester mais do que a todas as mulheres, e alcançou perante ele graça e benevolência mais do que todas as virgens; e pôs a coroa real na sua cabeça, e a fez rainha em lugar de Vasti.). Hamã foi longe demais! Nas famílias ou em qualquer grupo social a convivência legítima deve ser respeitada. Cada um deve entender seu próprio limite e não abusar de direitos ou medir força, no estilo “ou ele(a) ou eu!”. Fazer isso é atrair o mal para si mesmo, em um efeito bumerangue, como aconteceu com Hamã.

3- A terrível reação do rei. 
É provável que a consciência de Assuero tenha sido ativada quando ele entendeu o tamanho da injustiça feita aos judeus, o povo de sua rainha. Com toda firmeza, Ester respondeu ao rei, cara a cara com Hamã: “O homem, o opressor e o inimigo é este mau Hamã” (Et 7.6). Deus nos capacita, no momento certo, a “[erguer] a voz em favor dos que não podem se defender” (Pv 31.8). Ester não agiu de forma temerária ou precipitada. Não instigou motim ou qualquer expediente violento, confiando em sua própria força (2 Co 10.4 - ⁴ Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas sim poderosas em Deus para destruição das fortalezas;). Manteve sua confiança em Deus e soube agir na hora certa, no lugar certo e da maneira certa. Assuero ficou tão furioso que se levantou do banquete e foi para o jardim do palácio (Et 7.7 - ⁷ E o rei no seu furor se levantou do banquete do vinho e passou para o jardim do palácio; e Hamã se pôs em pé, para rogar à rainha Ester pela sua vida; porque viu que já o mal lhe estava determinado pelo rei.). A essa altura, Hamã já estava apavorado. A reação que teve foi se lançar sobre o assento de Ester, rogando-lhe misericórdia. A situação ficou ainda pior. O rei voltou do jardim e viu Hamã prostrado sobre o divã da rainha e fez uma péssima interpretação da cena: Hamã estaria querendo desonrar a rainha diante do próprio rei? (Et 7.8 – NAA ⁸ Quando o rei voltou do jardim do palácio para a casa do banquete do vinho, Hamã tinha caído sobre o divã em que se achava Ester. Então o rei disse: — Será que ele queria desonrar a rainha diante de mim, aqui no meu palácio? Quando o rei acabou de dizer estas palavras, cobriram o rosto de Hamã.).

SINÓPSE II
Com a revelação do plano, o rei ficou furioso contra a injustiça.

AUXÍLIO VIDA CRISTÃ
O PERFIL MALIGNO DE HAMÃ
“Pontos fortes e êxitos:
Alcançou grande poder, e foi o segundo no comando do reino da Pérsia.
Fraquezas e erros:
O desejo de controlar as pessoas e receber honra era seu maior objetivo.
Foi cegado pela arrogância e presunção.
Planejou matar Mardoqueu e construiu para ele uma forca.
Orquestrou o plano para exterminar o povo de Deus espalhado por todo o império.
Lições de vida:
O ódio será punido.
Deus possui um incrível registro para fazer com que os planos malignos se voltem contra os seus planejadores.
O orgulho e a presunção serão punidos.
Uma insaciável sede de poder e prestígio é autodestrutiva.
Informações essenciais:
Local: Susã, a capital da Pérsia.
Ocupação: Segundo no comando do império.
Familiares: Esposa – Zeres.
Contemporâneos: Assuero, Mardoqueu e Ester”
(Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p.694).

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III – O GRANDE LIVRAMENTO

1- A história da forca chegou ao palácio. 
A reação física e verbal de Assuero levou seus servos a entender que a morte de Hamã estava decretada (Pv 20.2 - ² Como o rugido do leão é o terror do rei; o que o provoca à ira peca contra a sua própria alma.). Depois que o rei redobrou seu furor por vê-lo deitado junto à rainha, seus servos cobriram o rosto de Hamã. A história da forca, preparada no dia anterior, já havia chegado ao palácio. Nada fica oculto (Lc 12.2 - ² Mas nada há encoberto que não haja de ser descoberto; nem oculto, que não haja de ser sabido.). Um dos eunucos, Harbona, sabia até o tamanho: cinquenta côvados de altura – cerca de vinte e dois metros. Não se sabe por qual motivo Hamã teria preparado uma forca tão alta. Seria para promover um espetáculo público?

2- Os ventos mudaram. 
Até aquele dia, à exceção de Mardoqueu, todos os servos de Assuero se inclinavam e se prostravam diante de Hamã. Mas talvez ele não fosse tão querido assim na corte. Bastou uma oportunidade para um dos oficiais do rei ter a iniciativa de sugerir sua execução, informando Assuero da forca preparada por Hamã para Mardoqueu. Em ambientes de poder às vezes impera um certo de sistema de conveniência. Muda-se de lado com muita facilidade. Talvez Harbona até tenha feito parte do grupo de servos do rei que denunciou Mardoqueu para Hamã (Et 3.3,4 - ³ Então os servos do rei, que estavam à porta do rei, disseram a Mardoqueu: Por que transgrides o mandado do rei? ⁴ Sucedeu, pois, que, dizendo-lhe eles isto, dia após dia, e não lhes dando ele ouvidos, o fizeram saber a Hamã, para verem se as palavras de Mardoqueu se sustentariam, porque ele lhes tinha declarado que era judeu.). Agora, soube ser bem perspicaz para sugerir a forca para seu ex-superior. Ele não apenas informou ao rei que havia uma forca preparada por Hamã para Mardoqueu, mas foi sutil ao dizer: aquele que “falara para bem do rei” (Et 7.9). A insinuação foi explícita e o rei logo acatou.

SINÓPSE III
Deus providenciou um grande livramento na história do seu povo.

AUXÍLIO VIDA CRISTÃ
A TRAMA MALIGNA DE HAMÃ VOLTOU-SE PARA ELE
“A trama odiosa e maligna de Hamã se voltou contra ele quando o rei descobriu suas verdadeiras intenções. Ele foi pendurado na forca que havia construído para outra pessoa. Provérbios 26.27 ensina que se uma pessoa fizer uma armadilha para outra, ela própria nela cairá. O que aconteceu com Hamã demonstra os terríveis resultados na vida de alguém que arma ciladas para outrem. O véu era colocado sobre a face da pessoa condenada à morte, pois os reis persas se recusavam a olhar o rosto da pessoa condenada” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p.695).

CONCLUSÃO

Deus não tem prazer na morte do ímpio, mas que ele se converta e viva (Ez 33.11 - ¹¹ Dize-lhes: Vivo eu, diz o Senhor DEUS, que não tenho prazer na morte do ímpio, mas em que o ímpio se converta do seu caminho, e viva. Convertei-vos, convertei-vos dos vossos maus caminhos; pois, por que razão morrereis, ó casa de Israel?; 2 Pe 3.9 - ⁹ O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; mas é longânimo para conosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se.). É o espírito rebelde e contumaz do homem que o leva à perdição (Lm 3.39 - ³⁹ De que se queixa, pois, o homem vivente? Queixe-se cada um dos seus pecados.; Ez 18.20,21 - ²⁰ A alma que pecar, essa morrerá; o filho não levará a iniqüidade do pai, nem o pai levará a iniqüidade do filho. A justiça do justo ficará sobre ele e a impiedade do ímpio cairá sobre ele. ²¹
 Mas se o ímpio se converter de todos os pecados que cometeu, e guardar todos os meus estatutos, e proceder com retidão e justiça, certamente viverá; não morrerá.). Hamã deu lugar ao ódio e planejou, de forma implacável e cruel, a morte de Mardoqueu e de todos os judeus do reino da Pérsia. Foi enforcado na própria forca que preparou (Et 8.10 - ¹⁰ E escreveu-se em nome do rei Assuero e, selando-as com o anel do rei, enviaram as cartas pela mão de correios a cavalo, que cavalgavam sobre ginetes, que eram das cavalariças do rei.). Que o Senhor guarde nosso coração de toda a maldade!

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REVISANDO O CONTEÚDO

1- Como foi a atitude de Ester diante de Assuero e Hamã?
Ester se revelou uma mulher forte e decidida, denunciando o mau Hamã (Et 7.3-6).

2- Qual a reação do rei diante da revelação do plano de extermínio do povo da rainha?
De surpresa ao fato de saber que se tratava do povo da rainha, já que até então Assuero não sabia que Ester era judia (Et 2.10).

3- Seria razoável que Assuero não conhecesse detalhes de seu próprio decreto?
Não era razoável que não tivesse conhecimento da extensão do decreto assinado em seu nome (Et 3.12,13). Todavia, não se pode presumir que um rei ou qualquer governante saiba, em detalhes, tudo o que acontece em seu palácio ou jurisdição.

4- Como Assuero interpretou a atitude de Hamã, de se lançar sobre o leito da rainha?
O rei voltou do jardim e viu Hamã prostrado sobre o divã da rainha e fez uma péssima interpretação da cena: Hamã estaria querendo desonrar a rainha diante do próprio rei? (Et 7.8 – NAA).

5- Como se deu o fim de Hamã?
Haborna soube ser bem perspicaz para sugerir a forca para seu ex-superior. Ele não apenas informou ao rei que havia uma forca preparada por Hamã para Mardoqueu, mas foi sutil ao dizer: aquele que “falara para bem do rei” (Et 7.9). A insinuação foi explícita e o rei logo acatou.

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Pb. Rogério Faustino
Escola Bíblica ︱3º Trimestre de 2024︱

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O 3º TRIMESTRE DE 2024

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1º TRIMESTRE DE 2024

  O 1º TRIMESTRE DE 2024 ESTÁ CHEGANDO E MUITAS BENÇÃOS DE DEUS CONTINUARÁ SOBRE SUA VIDA ATRAVÉS DAS LIÇÕES BÍBLICAS E A NEWEB ESTARÁ JUNTO COM VOCÊ. Veja as próximas LIÇÕES DE ADULTOS Veja as próximas LIÇÕES DE JOVENS Pb. Rogério Faustino Neweb Compromisso com a Palavra Acompanhe todos os slides da lição clicando aqui

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