TEXTO
PRINCIPAL
“E disse-me
o SENHOR: Viste bem; porque eu velo sobre a minha palavra para a cumprir.” (Jr
1.12).
RESUMO DA
LIÇÃO
A destruição
de Jerusalém e o cativeiro babilônico não pararam o profeta Jeremias, que
continuou a anunciar a mensagem de arrependimento.
LEITURA DA
SEMANA
SEGUNDA — Jr
40.1-16
A libertação
definitiva de Jeremias
TERÇA — Jr
42.1-22
Deus ordena
que o povo não saia de Jerusalém
QUARTA — Dn
2.21-27
Deus conhece
os tempos e as estações
QUINTA — 1Co
10.14-21
Deus condena
a idolatria
SEXTA — 1Co
4.1-5
Seja fiel a
Deus em todo o seu ministério
SÁBADO — Mt
24.35  
A Palavra do
Senhor é eterna
OBJETIVOS
MOSTRAR como
se deu a libertação do profeta Jeremias;
REFLETIR a
respeito do remanescente judeu que optou pelo Egito;
DESPONTAR a
respeito da continuidade do ministério do profeta Jeremias.
INTERAÇÃO
Professor(a),
no decorrer desta lição, enfatize que o ministério de Jeremias não se limitou
apenas em anunciar as tragédias que estavam por ocorrer, mas consistiu também
na convocação ao arrependimento e à obediência para que a restauração fosse
possível. Jeremias foi
um profeta fiel a Deus até o fim de seus dias. Mesmo depois da destruição de
Jerusalém, ele seguiu cumprindo a sua missão profética. Na lição
deste domingo, estudaremos o capítulo 43 e parte do 44. Veremos que os
primeiros seis versículos do capítulo 43 concluem a seção que informa a
respeito da libertação do profeta. Veremos a sequência do ministério de
Jeremias e a dureza do coração de parte do povo de Judá.
ORIENTAÇÃO
PEDAGÓGICA
Professor(a),
reproduza no quadro de escrever o esboço abaixo. Utilize-o na introdução da
lição com o objetivo de enfatizar os últimos acontecimentos narrados no livro
de Jeremias.  
• A queda de
Jerusalém (39.1-18)
• Gedalias é
assassinado e Jeremias é levado ao Egito (40-43.13)
• O
ministério de Jeremias depois da queda de Jerusalém (44; 45.5)
• As
profecias de Jeremias às nações (46-51.64):
     a. Egito (46.1-28)
     b. Filístia (47.1-7)
     c. Moabe (48.1-47)
     d. Amom (49.1-6)
     e. Edom (49.7-22)
     f. Damasco (49.23-27)
     g. Arábia (49.28-33)
     h. Elão (49.34-39)
     i. Babilônia (50-51.64)
Revisão histórica do fim de Jerusalém
(52.1-34).
TEXTO
BÍBLICO
Jeremias
43.1-4
1 — E
sucedeu que, acabando Jeremias de anunciar a todo o povo todas as palavras do
SENHOR, Deus deles, com as quais o Senhor, Deus deles, o havia enviado, e que
foram todas aquelas palavras,
2 — então,
falou Azarias, filho de Hosaías, e Joanã, filho de Careá, e todos os homens
soberbos, dizendo a Jeremias: Tu dizes mentiras, o SENHOR, nosso Deus, não te
enviou a dizer: Não entreis no Egito, para lá peregrinardes.
3 — Baruque,
filho de Nerias, é que te incita contra nós, para nos entregar nas mãos dos
caldeus, para eles nos matarem ou para nos transportarem para a Babilônia.
4 — Não
obedeceu, pois, Joanã, filho de Careá, nem nenhum de todos os príncipes dos
exércitos, nem o povo todo à voz do Senhor, para ficarem na terra de Judá.
INTRODUÇÃO
I. A
LIBERTAÇÃO DE JEREMIAS
Os primeiros seis versículos de Jeremias, no capítulo
40, concluem a seção que informa a respeito da libertação do profeta e mostra a
desobediência de uma parte do povo que decidiu ir para o Egito (Jr 39.11-18). A
sequência do ministério de Jeremias e a dureza do coração de parte do povo de
Judá, são bem compreendidas à luz da libertação do profeta.Nebuzaradã
era o capitão da guarda do exército de Babilônia. Ele chegou a Jerusalém um mês
após a sua queda para concluir sua destruição e liderar a condução dos
prisioneiros ao cativeiro. Outro nome que aparece é o de Gedalias, escolhido
para governar Judá como representante de Nabucodonosor (Jr 39.14). O seu avô,
Safã, foi secretário de Josias e atuou diretamente na leitura do livro, por
ocasião do reavivamento de seus dias (2Rs 22.3-13), já seu pai, Aicão, foi
amigo de Jeremias (2Rs 22.12,14; Jr 26.24).
 
 2. A
libertação definitiva de Jeremias. 
Por ordem de Nabucodonosor, Jeremias deveria
ser liberto e receber bom tratamento dos babilônios. Entretanto, por razões
desconhecidas, ele é visto “atado com cadeias no meio de todos os do cativeiro
de Jerusalém” com os demais em Ramá, pronto para ser levado para a Babilônia
(39.11-14; 40.1). Nebuzaradã
foi o responsável pela libertação de Jeremias e, por duas vezes, libertou o
profeta (39.11-14; 40.4). A segunda libertação do profeta foi definitiva e
Nebuzaradã reconheceu o cumprimento da mensagem de Jeremias acerca de Judá, e a
soberania de Deus e rememorou o teor da profecia (40.2,3). Liberto, Jeremias
pôde escolher entre ficar com o povo em Judá ou ir para a Babilônia e juntar-se
aos que lá estavam (40.4). A libertação
definitiva de Jeremias confirma que o povo de Judá estava dividido entre os que
tinham sido levados para a Babilônia, e os que tinham sido deixados em sua
terra, impondo a necessidade de uma atenção especial.
 
 3. O futuro
do povo. 
Por cerca de quarenta e seis anos, Jeremias advertiu Judá,
principalmente sobre a necessidade da obediência a Deus (7.23,24). O Senhor
ordenou que o povo que estava em Jerusalém não se ausentasse da cidade, sob a
promessa de abençoá-lo e sustentá-lo, em meio ao caos no qual se encontrava
(42.8-22). A invasão e
destruição de Jerusalém que resultou no cativeiro babilônico dos judeus dividiu
o povo entre os que foram levados para a Babilônia, e os que ficaram em
Jerusalém. O futuro dependia, diretamente, da obediência à voz de Deus. O livro de
Jeremias retrata a desobediência dos que não foram levados para a Babilônia, do
mal que fizeram a Gedalias e a insana decisão de ir para o Egito, atraindo o
juízo divino sobre si. Este foi o futuro desse grupo, enquanto o povo do futuro,
pelo qual a restauração viria e o plano de Deus continuaria, foi formado por
aqueles que estavam no cativeiro na Babilônia (29.8-20).
 “Depois que
Gedalias foi morto, o povo temeu a retaliação da Babilônia. Assim, eles
procuraram Jeremias em busca de uma palavra de Deus. No entanto, já tendo
decidido fugir para o Egito, eles queriam apenas ouvir se a mensagem estaria de
acordo com as intenções deles. A resposta de Deus foi que ficassem na terra em
que estavam (v.10). Os líderes rejeitaram esta mensagem e foram para o Egito
assim mesmo, levando consigo Jeremias, mesmo contra a vontade do profeta. O povo
apenas fingia que iria obedecer a vontade de Deus. A contínua desonestidade
deles para com Deus traria consequências severas, incluindo violência fatal,
fome e pragas. Certamente pode ser um sério erro orar, frequentar a igreja,
participar da Ceia do Senhor ou cultivar outras práticas religiosas sem desejar
sinceramente servir ao Senhor. O povo
desobedeceu ao mandamento de Deus e foi para o Egito, levando Jeremias consigo.
Talvez eles pensassem que a presença de Jeremias garantiria a proteção de Deus.
Não seria esse o caso, porém, porque Jeremias profetizou que Deus mandaria o
exército de Nabucodonosor contra o Egito e destruiria os seus exércitos e todos
os seus deuses. Ironicamente, o país no qual o povo judeu buscou segurança
seria derrotado. Isto demonstra o princípio espiritual de que não há segurança
ou proteção real fora da vontade Deus (isto é, de seus planos e desejos
expressos, que refletem o seu caráter e os seus propósitos).” (Bíblia de Estudo
Pentecostal Para Jovens. Rio de Janeiro: CPAD, 2023, p.963).
 
 
 1. Egito, o
refúgio de alguns judeus. 
SUBSÍDIO I
II. UM
REMANESCENTE JUDEU NO EGITO
O Egito aparece em diferentes momentos da história de
Israel (Êx 1—22; Jr 43—44; Mt 2.13-23). Nos dias de Jeremias, mais
especificamente após a invasão e destruição de Jerusalém, o Egito serviu de
refúgio para um grupo de judeus que, em desobediência à voz de Deus, decidiram
ali viver (43.4-7). Uma parte dos judeus que ficaram em Jerusalém se instalou
em Migdol, que ficava a leste de Tafnes (Ez 29.10; 30.6), outra parte deles
escolheu Nofe e a região de Patros (Jr 44.1). Ao que tudo indica, Patros sediou
um encontro de “todo o povo que habitava no Egito” (v.15), ao que a ira de Deus
se acendeu e o seu juízo foi proclamado (vv.26-30).
 
 2. O
argumento dos judeus. 
Nesse tempo, a idolatria passou a ser parte da
constituição familiar destes judeus no Egito. As mulheres, com a anuência dos
maridos, ofereciam adoração à chamada “Rainha dos Céus” (Jr 24.25). A ira de
Deus se acendeu e a punição foi anunciada, ao que estes judeus se defenderam
sob o argumento de que, embora estivessem contrariando ao Senhor, todavia, não
lhes faltava pão, alegria e tempos bons (v.17).
 
 3. O juízo
divino. 
A desobediência (Jr 43.1-7) e a idolatria deliberada (44.3,15-18) foram
os principais pecados destes judeus que foram para o Egito, razão pela qual
Deus falou sobre o seu juízo (vv.20-30). Estes judeus se lembraram dos dias de
Manassés e transferiram os méritos da prosperidade desses dias a “Rainha dos
Céus”. Jeremias 7.18 faz referência a esta divindade que no Oriente Médio se
aplica a várias deusas, e aqui diz respeito à deusa da fertilidade Astarte ou
Ishtar e que nada de mal tinha lhes acontecido (44.17). Em meio ao
anúncio de seu juízo, Deus não deixou de demonstrar a sua bondade e o seu
compromisso com o seu povo, na promessa de que preservaria alguns que
conseguiriam escapar (v.14). Eis aí uma fagulha da misericórdia de Deus em meio
à escuridão, pois ela continua, mesmo quando tudo parece acabado (Lm 3.22,23).
  
  
 “Jeremias
entregou a sua última mensagem aos judeus rebeldes e infiéis no Egito. O juízo
de Deus contra eles era certo porque rejeitaram persistentemente o único Deus
verdadeiro, e tentaram encontrar a satisfação e a segurança nos falsos deuses e
em outras fontes diferentes de Deus. Judá pecou
falhando em ouvir a Palavra de Deus e em levar a sério o que Ele disse. Muitas
pessoas continuam a desafiar a Deus e a viver de forma egoísta porque ignoram a
sua Palavra ou consideram-na como algo comum. Eles simplesmente não acreditam
que Deus esteja falando sério. Há até mesmo alguns membros da igreja que não
temem as advertências de Deus e não respeitam os seus mandamentos
suficientemente para segui-los. Os exilados
judeus que tinham fugido para o Egito deixaram de lado o seu relacionamento de
aliança com Deus (que estava baseado em suas leis e promessas, e na obediência
e fidelidade deles para com Deus). Em vez disso, eles se converteram aos deuses
do Egito na esperança de ganharem a prosperidade e a proteção que queriam.
Jeremias lhes rogou que se voltassem ao Senhor, e que renovassem a aliança.
Jeremias entendeu e proclamou a verdade de que as pessoas só podem servir a
Deus sendo completamente leais e devotadas a Ele, e obedecendo a sua Palavra
revelada. Por causa da
desobediência, rebelião e incredulidade que demonstraram, os judeus no Egito
perderam as promessas de Deus de ajuda e restauração. Por esse motivo, Jeremias
profetizou que o juízo de Deus contra eles seria completo, todos eles
pereceriam. Aqueles que obstinadamente rejeitam o caminho de Deus e andam em
seus próprios caminhos não lhe dão outra escolha senão permitir que o desastre
do seu egoísmo se volte sobre eles.” (Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de
Janeiro: CPAD, 2023, p.964).
 
 
 1. A
história continua. 
SUBSÍDIO II
III. O
MINISTÉRIO CONTINUA
O remanescente de Judá desobedeceu a ordem divina e, ao
invés de ficar em Jerusalém, optou pelo Egito (42.19-22). O tempo passou, as
experiências foram muitas e profundamente duras para Judá, contudo, não foram
capazes o suficiente para quebrantar o coração desse povo, que optou por
continuar no caminho da desobediência. Além da desobediência, esses judeus
praticaram a idolatria em níveis inimagináveis, o que mostra a sua obstinação e
dureza de coração (44.1-10). Deus continuou falando, o profeta seguiu
profetizando, e boa parte do povo seguia no mesmo caminho. Definitivamente, a
história continua, e com ela devemos aprender a reconhecer os próprios erros,
nos humilhar e clamar a misericórdia divina.
 
 2. O
ministério continua. 
A última mensagem de Jeremias foi em 585 a.C.,
evidenciando a sua perseverança e o seu compromisso ministerial, mesmo diante
da rejeição de seus ouvintes e da terra estranha em que estavam (43.2; 44.1). O
conteúdo desta mensagem confirma a fidelidade ministerial de Jeremias,
contrastando a longanimidade divina com a dureza de coração do povo, e
alertando sobre as consequências da idolatria (44.2,6). Há também um forte
contraste entre a perseverança do profeta com a fragilidade da fé, e do
compromisso do povo.
  
  
 “[...]
Jeremias anunciou que o exílio duraria setenta anos, mas a restauração da nação
não seria automática. Dependia de um genuíno arrependimento nacional (29.10).
Em 536 a.C. um remanescente retornou para a terra, cumprindo a profecia de
Jeremias acerca dos setenta anos de exílio (2Cr 36.22; Ed 1.1). Daniel, no
entanto, informa que a descrição apresentada por Jeremias de uma gloriosa
restauração do reino (Dn 9.1,2) não se cumpriu completamente no século VI a.C.,
mas foi postergada e deverá se cumprir no futuro (Dn 9.24-27). Um remanescente
arrependeu-se, mas a nação não voltou para Deus nem permaneceu fiel durante o
período pós-exílico (Ag 1.2-11; Ml 1.6-14).Jeremias
predisse o exílio babilônico, mas também previu um dia em que Deus restauraria
os exilados. Deus traria de volta os exilados de Judá e Israel, reunificando a
nação. Aparentemente, eles viriam de todas as partes e de todas as nações.
Formariam uma grande multidão, incluindo até aqueles que normalmente seriam
incapazes de viajar, como os cegos, os coxos e as mulheres grávidas prestes a
dar à luz (31.7,8).” (LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica.
Rio de Janeiro: CPAD, 2008, p.190).
  
 O ministério
de Jeremias não se limitou apenas em anunciar as tragédias que estavam por
ocorrer pela indiferença do povo com Deus, mas consistiu também na convocação
ao arrependimento e à obediência com vistas à restauração. Jeremias foi profeta
até o final de seus dias e, mesmo depois da destruição de Jerusalém, ele seguiu
em sua missão profética.
 
 1. Qual o
nome do capitão da guarda do exército de Babilônia que foi enviado depois da
queda de Jerusalém?
 Nebuzaradã.
 2. Quem deu
ordens para libertar Jeremias e dar a ele um bom tratamento?
 Por ordem de
Nabucodonosor, Jeremias deveria ser liberto e receber bom tratamento dos
babilônios.
 3. Quais
foram os principais pecados dos judeus que foram para o Egito?
 A
desobediência e a idolatria deliberada foram os principais pecados destes judeus
que foram para o Egito.
  
 4. A invasão
e destruição de Jerusalém que resultaram no cativeiro babilônico dos judeus
dividiu o povo de que forma?
 A invasão e
destruição de Jerusalém que resultaram no cativeiro babilônico dos judeus
dividiu o povo entre os que foram levados para a Babilônia, e os que ficaram em
Jerusalém.
 5. Em que
ano se deu a última mensagem de Jeremias e o que ela evidenciava?
 A última
mensagem de Jeremias foi em 585 a.C., evidenciando a sua perseverança e o seu
compromisso ministerial.
SUBSÍDIO III
CONCLUSÃO
HORA DA
REVISÃO

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