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LIÇÃO 12: DO JULGAMENTO À RESSURREIÇÃO

 
TEXTO ÁUREO
“E, quando Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito.” (Jo 19.30)
 
VERDADE PRÁTICA
Na cruz, Jesus triunfou sobre o pecado; na Ressurreição, conquistou a vitória sobre a Morte.
 
LEITURA DIÁRIA
Segunda – Uma mensagem de despedida antes de enfrentar a Cruz.
¹ Tenho-vos dito estas coisas para que vos não escandalizeis.
² Expulsar-vos-ão das sinagogas; vem mesmo a hora em que qualquer que vos matar cuidará fazer um serviço a Deus.
³ E isto vos farão, porque não conheceram ao Pai nem a mim.
⁴ Mas tenho-vos dito isto, a fim de que, quando chegar aquela hora, vos lembreis de que já vo-lo tinha dito. E eu não vos disse isto desde o princípio, porque estava convosco.
⁵ E agora vou para aquele que me enviou; e nenhum de vós me pergunta: Para onde vais?
⁶ Antes, porque isto vos tenho dito, o vosso coração se encheu de tristeza.
João 16.1-6

Terça – A ausência de Jesus traria um período de tristeza.
¹⁶ Um pouco, e não me vereis; e outra vez um pouco, e ver-me-eis; porquanto vou para o Pai.
João 16.16

Quarta – Oração para o fortalecimento dos discípulos.
¹⁴ Dei-lhes a tua palavra, e o mundo os odiou, porque não são do mundo, assim como eu não sou do mundo.
¹⁵ Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal.
¹⁶ Não são do mundo, como eu do mundo não sou.
¹⁷ Santifica-os na tua verdade; a tua palavra é a verdade.
¹⁸ Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo.
¹⁹ E por eles me santifico a mim mesmo, para que também eles sejam santificados na verdade.
²⁰ E não rogo somente por estes, mas também por aqueles que pela tua palavra hão de crer em mim;
²¹ Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste.
²² E eu dei-lhes a glória que a mim me deste, para que sejam um, como nós somos um.
²³ Eu neles, e tu em mim, para que eles sejam perfeitos em unidade, e para que o mundo conheça que tu me enviaste a mim, e que os tens amado a eles como me tens amado a mim.
João 17.14-23

Quinta – A prisão de Jesus no Jardim do Getsêmani.
¹ Tendo Jesus dito isto, saiu com os seus discípulos para além do ribeiro de Cedrom, onde havia um horto, no qual ele entrou e seus discípulos.
² E Judas, que o traía, também conhecia aquele lugar, porque Jesus muitas vezes se ajuntava ali com os seus discípulos.
³ Tendo, pois, Judas recebido a coorte e oficiais dos principais sacerdotes e fariseus, veio para ali com lanternas, e archotes e armas.
⁴ Sabendo, pois, Jesus todas as coisas que sobre ele haviam de vir, adiantou-se, e disse-lhes: A quem buscais?
⁵ Responderam-lhe: A Jesus Nazareno. Disse-lhes Jesus: Sou eu. E Judas, que o traía, estava com eles.
⁶ Quando, pois, lhes disse: Sou eu, recuaram, e caíram por terra.
⁷ Tornou-lhes, pois, a perguntar: A quem buscais? E eles disseram: A Jesus Nazareno.
⁸ Jesus respondeu: Já vos disse que sou eu; se, pois, me buscais a mim, deixai ir estes;
⁹ Para que se cumprisse a palavra que tinha dito: Dos que me deste nenhum deles perdi.
¹⁰ Então Simão Pedro, que tinha espada, desembainhou-a, e feriu o servo do sumo sacerdote, cortando-lhe a orelha direita. E o nome do servo era Malco.
¹¹ Mas Jesus disse a Pedro: Põe a tua espada na bainha; não beberei eu o cálice que o Pai me deu?
¹² Então a coorte, e o tribuno, e os servos dos judeus prenderam a Jesus e o maniataram.
¹³ E conduziram-no primeiramente a Anás, por ser sogro de Caifás, que era o sumo sacerdote daquele ano.
¹⁴ Ora, Caifás era quem tinha aconselhado aos judeus que convinha que um homem morresse pelo povo.
João 18.14-23

Sexta – A condenação de Jesus por Pilatos.
¹² Desde então Pilatos procurava soltá-lo; mas os judeus clamavam, dizendo: Se soltas este, não és amigo de César; qualquer que se faz rei é contra César.
¹³ Ouvindo, pois, Pilatos este dito, levou Jesus para fora, e assentou-se no tribunal, no lugar chamado Litóstrotos, e em hebraico Gabatá.
¹⁴ E era a preparação da páscoa, e quase à hora sexta; e disse aos judeus: Eis aqui o vosso Rei.
¹⁵ Mas eles bradaram: Tira, tira, crucifica-o. Disse-lhes Pilatos: Hei de crucificar o vosso Rei? Responderam os principais dos sacerdotes: Não temos rei, senão César.
¹⁶ Então, consequentemente entregou-lho, para que fosse crucificado. E tomaram a Jesus, e o levaram.
João 19.12-16

Sábado – Jesus foi crucificado, morto e sepultado.
¹⁷ E, levando ele às costas a sua cruz, saiu para o lugar chamado Caveira, que em hebraico se chama Gólgota,
¹⁸ Onde o crucificaram, e com ele outros dois, um de cada lado, e Jesus no meio.
¹⁹ E Pilatos escreveu também um título, e pô-lo em cima da cruz; e nele estava escrito: JESUS NAZARENO, O REI DOS JUDEUS.
João 19.17-19

²⁸ Depois, sabendo Jesus que já todas as coisas estavam terminadas, para que a Escritura se cumprisse, disse: Tenho sede.
²⁹ Estava, pois, ali um vaso cheio de vinagre. E encheram de vinagre uma esponja, e, pondo-a num hissopo, lha chegaram à boca.
³⁰ E, quando Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito.
João 19.28-30

³⁸ Depois disto, José de Arimatéia (o que era discípulo de Jesus, mas oculto, por medo dos judeus) rogou a Pilatos que lhe permitisse tirar o corpo de Jesus. E Pilatos lho permitiu. Então foi e tirou o corpo de Jesus.
³⁹ E foi também Nicodemos (aquele que anteriormente se dirigira de noite a Jesus), levando quase cem arráteis de um composto de mirra e aloés.
⁴⁰ Tomaram, pois, o corpo de Jesus e o envolveram em lençóis com as especiarias, como os judeus costumam fazer, na preparação para o sepulcro.
⁴¹ E havia um horto naquele lugar onde fora crucificado, e no horto um sepulcro novo, em que ainda ninguém havia sido posto.
⁴² Ali, pois (por causa da preparação dos judeus, e por estar perto aquele sepulcro), puseram a Jesus.
João 19.38-42

HINOS DA HARPA CRISTÃ


1 Bendito seja o Cordeiro,
Que na cruz por nós padeceu!
Bendito seja o Seu sangue,
Que por nós, ali Ele verteu!
Eis nesse sangue lavados,
Com roupas que tão alvas são,
Os pecadores remidos,
Que perante seu Deus já estão!

Alvo mais que a neve!
Alvo mais que a neve!
Sim, nesse sangue lavado,
Mais alvo que a neve serei.

2 Quão espinhosa a coroa
Que Jesus por nós suportou!
Oh! Quão profundas as chagas,
Que nos provam quanto Ele amou!
Eis nessas chagas pureza
Para o maior pecador!
Pois que mais alvo que a neve,
O Teu sangue nos torna, Senhor!

3 Se nós a Ti confessarmos,
E seguirmos na Tua luz,
Tu não somente perdoas,
Purificas também, ó Jesus;
Sim, e de todo o pecado!
Que maravilha de amor!
Pois que mais alvo que a neve.
O Teu sangue nos torna, Senhor.

Autor ou Tradutor: H.M.W H. Maxwell Wrigth


Rude cruz se erigiu,
Dela o dia fugiu,
Como emblema de vergonha e dor;
Mas contemplo esta cruz.
Porque nela Jesus
Deu a vida por mim, pecador.

Sim, eu amo a mensagem da cruz
Té morrer eu a vou proclamar;
Levarei eu também minha cruz
Té por uma coroa trocar.

Desde a glória dos céus,
O Cordeiro de Deus,
Ao Calvário humilhante baixou;
Essa cruz tem pra mim
Atrativos sem fim,
Porque nela Jesus me salvou.

Nesta cruz padeceu
E por mim já morreu,
Meu Jesus, para dar-me o perdão
E eu me alegro na cruz,
Dela vem graça e luz,
Para minha santificação.

Eu aqui com Jesus,
A vergonha da cruz
Quero sempre levar e sofrer;
Cristo vem me buscar,
E com Ele, no lar,
Uma parte da glória hei de ter.

Autor ou Tradutor: A.A Antônio Almeida


Em fervente oração, vem o teu coração
Na presença de Deus derramar!
Mas só podes fruir o que estás a pedir,
Quando tudo deixares no Altar.

Quando tudo perante o Senhor estiver,
E todo o teu ser Ele controlar,
Só, então, hás de ver que o Senhor tem poder,
Quando tudo deixares no Altar.

Maravilhas de amor te fará o Senhor.
Atendendo à oração que aceitar.
Seu imenso poder, te virá socorrer,
Quando tudo deixares no Altar.

Se orares, porém, sem o teu coração
Ter a paz que o Senhor pode dar,
Foi por Deus não Sentir que tua alma se abriu,
Tudo, tudo, deixando no Altar.

Autor ou Tradutor: *** Autor desconhecido

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
João 19.17,18, 28-30
¹⁷ E, levando ele às costas a sua cruz, saiu para o lugar chamado Calvário, que em hebraico se chama Gólgota,
¹⁸ onde o crucificaram, e, com ele, outros dois, um de cada lado, e Jesus no meio.
²⁸ Depois, sabendo Jesus que já todas as coisas estavam terminadas, para que a Escritura se cumprisse, disse: Tenho sede.
²⁹ Estava, pois, ali um vaso cheio de vinagre. E encheram de vinagre uma esponja e, pondo-a num hissopo, lhe chegaram à boca.
³⁰ E, quando Jesus tomou o vinagre, disse:?Está consumado. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito.

João 20.6-10
⁶ Chegou, pois, Simão Pedro, que o seguia, e entrou no sepulcro, e viu no chão os lençóis
⁷ e que o lençol que tinha estado sobre a sua cabeça não estava com os lençóis, mas enrolado, num lugar à parte.
⁸ Então, entrou também o outro discípulo, que chegara primeiro ao sepulcro, e viu, e creu.
⁹ Porque ainda não sabiam a Escritura, que diz que era necessário que ressuscitasse dos mortos.
¹⁰ Tornaram, pois, os discípulos para casa.
 
PLANO DE AULA
1- INTRODUÇÃO
O Evangelho de João, ao narrar o sacrifício e a vitória de Jesus, revela a concretização do plano redentor de Deus. Para uma melhor compreensão desse plano, esta lição aborda três momentos essenciais: 
1) a prisão e condenação de Jesus; 
2) a sua crucificação, morte e sepultamento; e, por fim, 
3) a sua gloriosa ressurreição. Podemos incentivar os alunos a perceberem como os textos bíblicos da Leitura Bíblica em Classe demonstram o cumprimento das Escrituras e a manifestação do amor divino. Esses textos nos convidam a refletir sobre a cruz e a ressurreição como pilares da nossa fé e esperança.
 
2- APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição:
I) Descrever o contexto da prisão e condenação de Jesus;
II) Explicar o significado teológico da crucificação, morte e sepultamento de Jesus;
III) Incentivar os alunos a celebrarem a ressurreição de Cristo como uma vitória sobre o pecado e a morte.
 
B) Motivação: 
Os acontecimentos relacionados com a prisão, crucificação e ressurreição de Jesus transcendem meros relatos históricos; constituem verdades que transformam e influenciam a fé cristã. Portanto, entender o sacrifício de Cristo enriquece a nossa gratidão e dedicação a Deus. Assim, ao reconhecer a importância da cruz e celebrar a ressurreição, somos motivados a viver com esperança, firmados na vitória de Cristo sobre o pecado e a morte.
 
C) Sugestão de Método: 
Para o fechamento da lição, sugerimos que utilize o método da Leitura Dirigida e Reflexiva. Divida a classe em três grupos, cada um responsável por um dos tópicos da lição. Oriente cada grupo a ler e refletir sobre as passagens de João 19.17,18, 28-30; 20.6-10 relacionadas ao tema do julgamento à ressurreição. Após a leitura, peça que cada grupo destaque aspectos-chave do texto, como a submissão de Jesus ao plano de Deus, o significado de seu sacrifício e o impacto transformador de sua ressurreição. Conclua com um momento de compartilhamento, no qual cada grupo apresenta suas reflexões. Finalize ligando os insights às aplicações práticas, reforçando como a compreensão, reconhecimento e celebração desses eventos moldam nossa fé e vida cristã.
 
3- CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: 
O tema desta semana convida-nos a viver todos os dias à luz do Sacrifício e da Ressurreição de Cristo, tendo consciência do preço que foi pago pela nossa redenção e da vitória que Ele nos proporciona. Que a nossa fé se fortaleça e a nossa esperança se renove ao recordarmos que Jesus triunfou sobre a morte para nos conceder a vida eterna.
 
4- SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. 
Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 101, p.42, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
 
B) Auxílios Especiais: 
Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 
1) O texto “O Sepultamento de Jesus”, localizado após o segundo tópico, aprofunda acerca do processo de sepultamento do Senhor; 
2) No final do terceiro tópico, o texto “Ressurreição” traz uma contextualização a respeito da Ressurreição de Jesus.
 

INTRODUÇÃO


Nesta lição, iremos abordar a prisão, a condenação, a crucificação, a morte, o sepultamento e a ressurreição de Jesus. Estes eventos demonstram o cumprimento da missão do nosso Salvador. Toda essa missão pode ser resumida na frase: “Está consumado”. A obra de Cristo no Calvário e a sua Ressurreição constituem a base da esperança cristã.
 
PALAVRA-CHAVE: RESSURREIÇÃO
 

I- A PRISÃO E A CONDENAÇÃO DE JESUS


1- A prisão. 
Nos capítulos 17 e 18 deste Evangelho, após ter proferido o seu último discurso aos discípulos e os ter preparado para a traição de Judas Iscariotes. Jesus atravessou o ribeiro de Cedrom e fez uma paragem no Jardim do Getsêmani. Este jardim era também conhecido como “o Monte das Oliveiras”, devido à grande quantidade de oliveiras que ali existia. Naquela madrugada, o ambiente neste local parecia carregado de tristeza e angústia. Os soldados romanos e os membros da guarda do sumo sacerdote foram guiados por Judas Iscariotes até ao local onde Jesus se encontrava com os seus discípulos. Tendo concordado com a traição em troca de 30 moedas de prata, o traidor identificou Jesus com um beijo traiçoeiro, indicando aos soldados romanos quem Ele era, levando à sua prisão e conduzindo-o até Anás, o sumo sacerdote, para ser interrogado. Em seguida, depois de ter sido agredido, o nosso Senhor foi levado perante o governador Pilatos (18.28 - ²⁸ Em seguida, de Caifás os judeus levaram Jesus para o Pretório. Já estava amanhecendo e, para evitar contaminação cerimonial, os judeus não entraram no Pretório; pois queriam participar da Páscoa. – 19.6 - ⁶ Ao vê-lo, os chefes dos sacerdotes e os guardas gritaram: "Crucifica-o! Crucifica-o! " Mas Pilatos respondeu: "Levem-no vocês e crucifiquem-no. Quanto a mim, não encontro base para acusá-lo". ).
 
2- O interrogatório. 
De início, Pilatos questiona a acusação feita pelos judeus. Jesus fora detido durante a madrugada e, ao amanhecer, depois de ter passado pela casa de Caifás, o sumo sacerdote, os judeus preferiram que a condenação viesse do governador Pilatos. Assim, levaram Jesus até ele, apesar de este preferir que fossem os próprios judeus a julgar Jesus conforme as leis judaicas (Jo 18.28,31 - ¹⁸ Fazia frio; os servos e os guardas estavam ao redor de uma fogueira que haviam feito para se aquecerem. Pedro também estava em pé com eles, aquecendo-se. ³¹  Pilatos disse: "Levem-no e julguem-no conforme a lei de vocês". "Mas nós não temos o direito de executar ninguém", protestaram os judeus.). Por sua vez, Pilatos, na tentativa de aliviar a pressão política dos judeus, cedeu à hostilidade deles e decidiu colocar Jesus ao lado de Barrabás (18.38-40 - ³⁸ "Que é a verdade? ", perguntou Pilatos. Ele disse isso e saiu novamente para onde estavam os judeus e disse: "Não acho nele motivo algum de acusação. ³⁹ Contudo, segundo o costume de vocês, devo libertar um prisioneiro por ocasião da Páscoa. Querem que eu solte ‘o rei dos judeus’? " ⁴⁰ Eles, em resposta, gritaram: "Não, ele não! Queremos Barrabás! " Ora, Barrabás era um bandido.). Este último era um criminoso notório e escolheram libertá-lo em vez de desistirem da crucificação de Jesus. O ódio religioso do povo era tão intenso que eles não conseguiam ver nada que pudesse impedir a condenação de Jesus.
 
3- A condenação. 
Pilatos mandou que Jesus fosse açoitado e, posteriormente, os soldados romanos, para o humilhá-lo ainda mais, colocaram sobre a sua cabeça uma “coroa de espinhos afiados”, provocando-lhe ferimentos e fazendo o sangue escorrer pelo seu rosto. Essa era uma maneira de escarnecer da sua suposta realeza. O instrumento utilizado para os castigos era um chicote com tiras de couro afiadas, que tinham pedaços de ossos ou pedras cortantes na ponta. Jesus foi ferido e teve a sua carne dilacerada pelos golpes (Jo 19.1,2 - ¹ Então Pilatos mandou açoitar Jesus. ² Os soldados teceram uma coroa de espinhos e a puseram na cabeça dele. Vestiram-no com uma capa de púrpura.). Nesse momento, nosso Senhor assumiu as nossas enfermidades e dores; foi afligido e oprimido, foi castigado pelas nossas transgressões e iniquidades; cumprindo assim a profecia do profeta Isaías (Is 53.4-5 - ⁴ Certamente ele tomou sobre si as nossas enfermidades e sobre si levou as nossas doenças, contudo nós o consideramos castigado por Deus, por ele atingido e afligido. ⁵ Mas ele foi transpassado por causa das nossas transgressões, foi esmagado por causa de nossas iniqüidades; o castigo que nos trouxe paz estava sobre ele, e pelas suas feridas fomos curados.).
 

SINÓPSE I


A prisão, o interrogatório e a condenação de Jesus revelam a injustiça dos homens e o cumprimento do plano divino para a nossa redenção.

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II- CRUCIFICAÇÃO, MORTE E SEPULTAMENTO DE JESUS


1- O caminho do Calvário. 
Após a tentativa de Pilatos evitar a crucificação e libertar Jesus, não conseguiu impedir o castigo mais severo. Finalmente, no versículo 16, lê-se: “Então, entregou-lhe, para que fosse crucificado” (Jo 19.16). Sob os açoites dos soldados, Jesus carregava a sua cruz até chegar ao Gólgota, local conhecido como “Lugar da Caveira”, devido à forma que o monte apresentava. Em João 19.18 - (¹⁸ Ali o crucificaram, e com ele dois outros, um de cada lado de Jesus.), menciona-se que o “Gólgota” era um lugar público onde as pessoas podiam testemunhar o horrível drama ao qual os soldados romanos submetiam os condenados. Nos Evangelhos Sinóticos (Mateus, Marcos e Lucas), foram registrados detalhes sobre os eventos durante a crucificação do Senhor. Ao lado de Jesus, à sua esquerda e à sua direita, estavam dois outros homens acusados como criminosos (Lc 23.40-43 - ⁴⁰ Mas o outro criminoso o repreendeu, dizendo: "Você não teme a Deus, nem estando sob a mesma sentença? ⁴¹ Nós estamos sendo punidos com justiça, porque estamos recebendo o que os nossos atos merecem. Mas este homem não cometeu nenhum mal". ⁴² Então ele disse: "Jesus, lembra-te de mim quando entrares no teu Reino". ⁴³ Jesus lhe respondeu: "Eu lhe garanto: Hoje você estará comigo no paraíso".), sendo que Lucas narra o arrependimento de um deles enquanto o outro zombava de Jesus. É curioso notar que o profeta Isaías também mencionou isso anteriormente, no capítulo 53.12, afirmando que ele “foi contado com os transgressores”.
 
2- A missão foi encerrada. 
Como homem, Jesus experimentou a sede, que foi a sua última necessidade humana, antes de morrer na cruz. A sua sede física foi momentânea e aliviada por uma esponja, que não continha água, mas vinagre, oferecida pelos soldados romanos. Ao pedir “água para saciar sua sede”, nosso Senhor tinha plena consciência de que a Escritura estava se cumprindo e que aquele momento final “como homem” se aproximava. Assim, ciente de que sua missão na Terra estava completada (v.28), não hesitou em proclamar a vitória do plano divino ao afirmar: “Está consumado!” (Jo 19.30). A obra de Jesus estava concluída. O seu grito não era de derrota, mas sim uma declaração da realização de uma tarefa confiada pelo Pai.
 
3- O Sepultamento. 
No versículo 38, aparece um homem que admirava Jesus e era um discípulo discreto e reservado, chamado José de Arimateia. Ele fazia parte do Sinédrio (Mc 15.43 - ⁴³ José de Arimatéia, membro de destaque do Sinédrio, que também esperava o Reino de Deus, dirigiu-se corajosamente a Pilatos e pediu o corpo de Jesus.) e era uma pessoa abastada (Mt 27.57 - ⁵⁷ Ao cair da tarde chegou um homem rico, de Arimatéia, chamado José, que se tornara discípulo de Jesus.). Devido ao temor que tinha dos judeus, mantinha-se afastado dos discípulos, mas conseguiu vencer esse medo ao reunir coragem para se dirigir a Pilatos e solicitar o corpo de Jesus para o sepultamento (Jo 19.42 - ⁴² Por ser o Dia da Preparação para os judeus e visto que o sepulcro ficava perto, colocaram Jesus ali.). A informação contida no texto sugere que o túmulo onde Jesus foi sepultado não ficava longe do Monte do Calvário.
 

SINÓPSE II


O caminho do Calvário, o desfecho da missão de Jesus e o seu sepultamento ilustram o sacrifício redentor e o cumprimento das Escrituras.
 

AUXÍLIO  BÍBLICO-TEOLÓGICO


“O SEPULTAMENTO DE JESUS (19.38-42).
 Mais tarde (v. 38), certo José pede a Pilatos o corpo de Jesus, e Pilatos lhe concede o pedido. João conta duas coisas sobre este homem: Ele é de Arimateia e é crente secreto em Jesus. Este José só aparece no relato do sepultamento de Jesus nos Evangelhos. Lucas 23.50,51 diz que Arimateia era uma cidade dos judeus. José também tinha envolvimento com o Sinédrio e tinha um sepulcro perto de Jerusalém, o que significa que ele morava em Jerusalém. Lucas também nos fala que ele era homem piedoso. João enfatiza que ele era um crente secreto em Jesus por medo dos líderes judeus. Este tipo de crente, que frequentava a sinagoga, tornou-se numeroso mais tarde, quando os líderes do judaísmo o perseguiram” (Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Vol. 1. Rio de Janeiro: CPAD, 2024, p.603).

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III- A RESSURREIÇÃO DE JESUS


1- O Túmulo Vazio. 
Na manhã do primeiro dia da semana (domingo), correu um terremoto na área do sepulcro, e um anjo de Deus deslocou a pedra, sentando-se sobre ela (Mt 28.2 - ² E eis que sobreveio um grande terremoto, pois um anjo do Senhor desceu do céu e, chegando ao sepulcro, rolou a pedra da entrada e assentou-se sobre ela.). Foi nesse instante que Jesus ressuscitou do lugar onde o seu corpo se encontrava. O túmulo ficou vazio, servindo como uma evidência clara da ressurreição de Jesus dentre os mortos. No Evangelho de João, é relatado que, após o sábado judaico, Maria Madalena dirigiu-se ao sepulcro (Jo 20.1 - ¹ No primeiro dia da semana, bem cedo, estando ainda escuro, Maria Madalena chegou ao sepulcro e viu que a pedra da entrada tinha sido removida.), acompanhada por Maria, mãe de Tiago, e Salomé (Mc 16.1-3 - ¹ Quando terminou o sábado, Maria Madalena, Salomé e Maria, mãe de Tiago, compraram especiarias aromáticas para ungir o corpo de Jesus. ² No primeiro dia da semana, bem cedo, ao nascer do sol, elas se dirigiram ao sepulcro, ³ perguntando umas às outras: "Quem removerá para nós a pedra da entrada do sepulcro? "), com a intenção de ungir o corpo de Jesus. Ao chegarem lá, a pedra já tinha sido retirada (Mc 16.4 - ⁴ Mas, quando foram verificar, viram que a pedra, que era muito grande, havia sido removida.) e ao entrarem no sepulcro escavado na rocha, não encontraram o corpo de Jesus. O túmulo estava vazio.
 
2- A Ressurreição como base da Fé Cristã. 
Em sua abordagem sobre a importância da Ressurreição, o apóstolo Paulo dirigiu-se aos coríntios afirmando que “Cristo ressuscitou dos mortos” e que, se essa afirmação não fosse verdadeira, a nossa fé e a nossa mensagem seriam inúteis (1 Co 15.12-14 - ¹² Ora, se está sendo pregado que Cristo ressuscitou dentre os mortos, como alguns de vocês estão dizendo que não existe ressurreição dos mortos? ¹³ Se não há ressurreição dos mortos, então nem mesmo Cristo ressuscitou; ¹⁴ e, se Cristo não ressuscitou, é inútil a nossa pregação, como também é inútil a fé que vocês têm. ). Existem pelo menos duas razões para crermos na ressurreição do Senhor. A primeira baseia-se nas palavras de Jesus que afirma ser necessário que Ele ressuscitasse dentre os mortos (Jo 20.9 - ⁹ ( Eles ainda não haviam compreendido que, conforme a Escritura, era necessário que Jesus ressuscitasse dos mortos. )). A segunda razão é o fato de Pedro e João terem verificado que Jesus já não estava no sepulcro quando souberam do túmulo vazio (20.6-7 - ⁶ A seguir Simão Pedro, que vinha atrás dele, chegou, entrou no sepulcro e viu as faixas de linho, ⁷ bem como o lenço que estivera sobre a cabeça de Jesus. Ele estava dobrado à parte, separado das faixas de linho. ). No entanto, quando Maria Madalena olhou novamente para dentro do túmulo e viu dois anjos de Deus que lhe asseguraram que Jesus estava vivo, ela não conseguiu imaginar que seria a primeira pessoa a contemplar Jesus de forma gloriosa (Jo 20.11-17). Ele a instruiu para comunicar aos discípulos que Ele estava vivo e que brevemente teriam a oportunidade de vê-lo também (20.18,19 - ¹⁸ Maria Madalena foi e anunciou aos discípulos: "Eu vi o Senhor! " E contou o que ele lhe dissera. ¹⁹ Ao cair da tarde daquele primeiro dia da semana, estando os discípulos reunidos a portas trancadas, por medo dos judeus, Jesus entrou, pôs-se no meio deles e disse: "Paz seja com vocês!).
 
3- O Cristo Ressurreto quebra a incredulidade. 
Apesar do receio e da incredulidade de alguns dos discípulos, mesmo após ouvirem o testemunho de Pedro e João, e em especial, de Maria Madalena, que viu Jesus e falou com Ele pessoalmente, Jesus apareceu entre os discípulos no primeiro dia da semana. Ele surgiu no meio deles e disse: “Paz seja convosco!” (Jo 20.19). Em outras ocasiões, nosso Senhor também se manifestou aos discípulos antes da sua ascensão ao céu (Jo 21.1,2 - ¹ Depois disso Jesus apareceu novamente aos seus discípulos, à margem do mar de Tiberíades. Foi assim: ² Estavam juntos Simão Pedro; Tomé, chamado Dídimo; Natanael, de Caná da Galiléia; os filhos de Zebedeu; e dois outros discípulos. ). A Pedro e a alguns outros que o seguiam, Jesus revelou-se novamente e realizou o milagre da pesca abundante (Jo 21.3-11), uma prova do poder do Cristo ressuscitado. Seria impossível permanecer incrédulo depois de testemunhar o Cristo que venceu a morte.
 

SINÓPSE III


A Ressurreição de Jesus, evidenciada pelo túmulo vazio, é a base da fé cristã e transforma a incredulidade em convicção.
 

AUXÍLIO  BÍBLICO-TEOLÓGICO


RESSURREIÇÃO
“O capítulo 20 é o clímax do Evangelho. Quatro das cinco seções neste capítulo contêm estados semelhantes para os discípulos. Cada seção começa com um estado de medo e/ou dúvida (i.e., fé fraca) e termina com alegria e fé fortalecida. As aparições pós-ressurreição fazem com que a fé vivifique. No capítulo 20, todas estas aparições acontecem em Jerusalém. […] A crença vem com esta compreensão da ressurreição. A ressurreição é a base da fé cristã. Paulo em 1 Coríntios 15 também confirma este fato concernente à fundação do cristianismo. Agora a fé pode vir à existência. Sua meta está no lugar certo. Esta é a razão das pessoas não serem salvas à parte de Jesus e sua ressurreição. É essencial que os dois apóstolos mais importantes vejam o sepulcro vazio, e que sua fé se complete, depois de ter começado em João 2.11. Este é o testemunho apostólico. Contudo João comenta que eles ainda não entendem a Escritura; em outras palavras, algo está faltando, se bem que eles passaram do medo para a fé. No Novo Testamento, o fator mais importante que o sepulcro vazio é as aparições pós-ressurreição” (Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Vol. 1. Rio de Janeiro: CPAD, 2024, pp.605,06). 

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CONCLUSÃO


A Ressurreição do Senhor Jesus é o evento mais significativo do Novo Testamento. Este acontecimento concretiza a nossa esperança na Ressurreição do Corpo, tal como está expresso no Credo Apostólico, um importante documento da tradição cristã: “Creio na ressurreição da carne”. Assim, à luz deste fato, somos encorajados a manter a nossa fé, pois depositamos a nossa esperança naquEle que triunfou sobre a morte de forma definitiva.
 

REVISANDO O CONTEÚDO


1- De que maneira Jesus foi reconhecido e traído por Judas?
Tendo concordado com a traição em troca de 30 moedas de prata, o traidor identificou Jesus com um beijo traiçoeiro, indicando aos soldados romanos quem Ele era.
 
2- Em que momento se concretizou a profecia de Isaías?
Jesus foi ferido e teve a sua carne dilacerada pelos golpes (Jo 19.1,2). Nesse momento, nosso Senhor assumiu as nossas enfermidades e dores; foi afligido e oprimido, foi castigado pelas nossas transgressões e iniquidades; cumprindo assim a profecia do profeta Isaías (Is 53.4-5).
 
3- De acordo com Isaías 53.12, o que se realizou durante a crucificação de Jesus?
Ao lado de Jesus, à sua esquerda e à sua direita, estavam dois homens acusados como criminosos. É curioso notar que o profeta Isaías também mencionou isso anteriormente, no capítulo 53.12, afirmando que ele “foi contado com os transgressores”.
 
4- Segundo a lição, quem acompanhava Maria Madalena na visita ao túmulo?
por Maria, mãe de Tiago, e Salomé (Mc 16.1-3), com a intenção de ungir o corpo de Jesus.
 
5- Indique uma das razões plausíveis para acreditar na ressurreição do Senhor Jesus.
A primeira baseia-se nas palavras de Jesus que afirmara ser necessário que Ele ressuscitasse dentre os mortos (Jo 20.9).

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