Pular para o conteúdo principal

Lição 3 - O Cativeiro Motivado Pelo Desprezo ao Ensino.

TEXTO PRINCIPAL

“E sede cumpridores da palavra e não somente ouvintes, enganando-vos com falsos discursos.” (Tg 1.22)

RESUMO DA LIÇÃO

Muitas são as consequências decorrentes do abandono do ensino das Escrituras, por isso precisamos priorizar o estudo bíblico.

LEITURA SEMANAL

SEGUNDA – Jr 18.1-6 O Senhor é livre para fazer o que e como quiser.

¹ A palavra do SENHOR, que veio a Jeremias, dizendo:

² Levanta-te, e desce à casa do oleiro, e lá te farei ouvir as minhas palavras.

³ E desci à casa do oleiro, e eis que ele estava fazendo a sua obra sobre as rodas,

⁴ Como o vaso, que ele fazia de barro, quebrou-se na mão do oleiro, tornou a fazer dele outro vaso, conforme o que pareceu bem aos olhos do oleiro fazer.

⁵ Então veio a mim a palavra do Senhor, dizendo:

⁶ Não poderei eu fazer de vós como fez este oleiro, ó casa de Israel? diz o Senhor. Eis que, como o bar

Jeremias 18.1-6

TERÇA – Hb 12.6 A correção divina.

⁶ Porque o Senhor corrige o que ama, e açoita a qualquer que recebe por filho.

Hebreus 12.6

QUARTA – Mt 7.24-27 A segurança daqueles que praticam a Palavra.

²⁴ Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras, e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha;

²⁵ E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e não caiu, porque estava edificada sobre a rocha.

²⁶ E aquele que ouve estas minhas palavras, e não as cumpre, compará-lo-ei ao homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia;

²⁷ E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e caiu, e foi grande a sua queda.

Mateus 7.24-27

QUINTA – At 8.14-24 O espírito do engano é vencido pelo Espírito de Deus.

¹⁴ Os apóstolos, pois, que estavam em Jerusalém, ouvindo que Samaria recebera a palavra de Deus, enviaram para lá Pedro e João.

¹⁵ Os quais, tendo descido, oraram por eles para que recebessem o Espírito Santo

¹⁶ (Porque sobre nenhum deles tinha ainda descido; mas somente eram batizados em nome do Senhor Jesus).

¹⁷ Então lhes impuseram as mãos, e receberam o Espírito Santo.

¹⁸ E Simão, vendo que pela imposição das mãos dos apóstolos era dado o Espírito Santo, lhes ofereceu dinheiro,

¹⁹ Dizendo: Dai-me também a mim esse poder, para que aquele sobre quem eu puser as mãos receba o Espírito Santo.

²⁰ Mas disse-lhe Pedro: O teu dinheiro seja contigo para perdição, pois cuidaste que o dom de Deus se alcança por dinheiro.

²¹ Tu não tens parte nem sorte nesta palavra, porque o teu coração não é reto diante de Deus.

²² Arrepende-te, pois, dessa tua iniqüidade, e ora a Deus, para que porventura te seja perdoado o pensamento do teu coração;

²³ Pois vejo que estás em fel de amargura, e em laço de iniqüidade.

²⁴ Respondendo, porém, Simão, disse: Orai vós por mim ao Senhor, para que nada do que dissestes venha sobre mim.

Atos 8.14-24

SEXTA – 2 Co 4-1.2 Não negocie e nem altere as Escrituras Sagradas.

¹ Por isso, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não desfalecemos;

² Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, não andando com astúcia nem falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos à consciência de todo o homem, na presença de Deus, pela manifestação da verdade.

2 Coríntios 4-1.2

SÁBADO – Ne 8.1-12 Em tempos de apostasia, devemos nos voltar para a Palavra.

¹ E chegado o sétimo mês, e estando os filhos de Israel nas suas cidades, todo o povo se ajuntou como um só homem, na praça, diante da porta das águas; e disseram a Esdras, o escriba, que trouxesse o livro da lei de Moisés, que o SENHOR tinha ordenado a Israel.

² E Esdras, o sacerdote, trouxe a lei perante a congregação, tanto de homens como de mulheres, e todos os que podiam ouvir com entendimento, no primeiro dia do sétimo mês.

³ E leu no livro diante da praça, que está diante da porta das águas, desde a alva até ao meio-dia, perante homens e mulheres, e os que podiam entender; e os ouvidos de todo o povo estavam atentos ao livro da lei.

⁴ E Esdras, o escriba, estava sobre um púlpito de madeira, que fizeram para aquele fim; e estava em pé junto a ele, à sua mão direita, Matitias, Sema, Anaías, Urias, Hilquias e Maaséias; e à sua mão esquerda, Pedaías, Misael, Melquias, Hasum, Hasbadana, Zacarias e Mesulão.

⁵ E Esdras abriu o livro perante à vista de todo o povo; porque estava acima de todo o povo; e, abrindo-o ele, todo o povo se pôs em pé.

⁶ E Esdras louvou ao Senhor, o grande Deus; e todo o povo respondeu: Amém, Amém! levantando as suas mãos; e inclinaram suas cabeças, e adoraram ao Senhor, com os rostos em terra.

⁷ E Jesuá, Bani, Serebias, Jamim, Acube, Sabetai, Hodias, Maaséias, Quelita, Azarias, Jozabade, Hanã, Pelaías, e os levitas ensinavam o povo na lei; e o povo estava no seu lugar.

⁸ E leram no livro, na lei de Deus; e declarando, e explicando o sentido, faziam que, lendo, se entendesse.

⁹ E Neemias, que era o governador, e o sacerdote Esdras, o escriba, e os levitas que ensinavam ao povo, disseram a todo o povo: Este dia é consagrado ao Senhor vosso Deus, então não vos lamenteis, nem choreis. Porque todo o povo chorava, ouvindo as palavras da lei.

¹⁰ Disse-lhes mais: Ide, comei as gorduras, e bebei as doçuras, e enviai porções aos que não têm nada preparado para si; porque este dia é consagrado ao nosso Senhor; portanto não vos entristeçais; porque a alegria do Senhor é a vossa força.

¹¹ E os levitas fizeram calar a todo o povo, dizendo: Calai-vos; porque este dia é santo; por isso não vos entristeçais.

¹² Então todo o povo se foi a comer, a beber, a enviar porções e a fazer grande regozijo; porque entenderam as palavras que lhes fizeram saber.

Neemias 8.1-12

OBJETIVOS

CONSCIENTIZAR do perigo de se esquecer da Lei do Senhor;

EXPLICAR porque não podemos deixar de ouvir as Escrituras;

COMPREENDER o perigo dos falsos ensinos.

INTERAÇÃO

Prezado(a) professor(a), nesta lição veremos as duas naturezas do cativeiro babilônico. Sabemos que um dos motivos que fizeram com que o povo de Deus fosse levado cativo para a Babilônia, foi ter negligenciado os ensinos do Senhor. Utilize a temática da lição para advertir seus alunos a respeito dos grandes prejuízos oriundos do desprezo à Palavra de Deus, Precisamos estar conscientes dos perigos que nos cercam se descuidarmos em ouvir e obedecer a lei divina. Vivemos na Nova Aliança, um tempo de graça e misericórdia, mas jamais podemos deixar de ouvir e praticar o que está revelado nas Escrituras Sagradas. Precisamos também estar vigilantes quanto aos falsos ensinos na atualidade, disseminado pelos falsos profetas.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Professor (a), converse com seus alunos explicando que a “transgressão irrestrita acaba levando a um estado de impudência (falta de vergonha) onde o indivíduo é incapaz de se importar. Isso agora pode ser visto em relação ao povo de Deus, no tempo do profeta Jeremias, embora apanhado em seu pecado como um ladrão e envergonhado por causa de sua conduta, seus reis […] príncipes […] e os seus profetas continuaram praticando a prostituição espiritual. Apesar do fato de Deus permitir o sofrimento para afastá-los do seu pecado, eles não aprenderam da sua experiência. Eles não aceitaram a correção, mas mataram os verdadeiros profetas com a espada, na sua loucura em servir outros deuses. Essas pessoas tinham um espírito indisciplinado; elas não tinham consideração pelas leis de Deus ou dos homens. Imaturas e inconstantes como crianças, insistiam em vir a Deus somente quando lhes agradava” (Adaptado de Comentário Bíblico Beacon. Vol. 4: Isaías a Daniel. Rio de Janeiro, CPAD, 2005, pp. 268,269).

TEXTO BÍBLICO

Jeremias 27.4-11

⁴ E lhes darás uma mensagem para seus senhores, dizendo: Assim diz o SENHOR dos Exércitos, o Deus de Israel: Assim direis a vossos senhores:

⁵ Eu fiz a terra, o homem e os animais que estão sobre a face da terra, pelo meu grande poder e com o meu braço estendido, e os dou a quem me agrada.

⁶ E, agora, eu entreguei todas estas terras nas mãos de Nabucodonosor, rei da Babilônia, meu servo, e até os animais do campo lhe dei, para que o sirvam.

⁷ E todas as nações servirão a ele, e a seu filho, e ao filho de seu filho, até que também venha o tempo da sua própria terra, quando muitas nações e grandes reis se servirão dele.

⁸ E acontecerá que, se alguma nação e reino não servirem o mesmo Nabucodonosor, rei da Babilônia, e não puserem o pescoço debaixo do jugo do rei da Babilônia, visitarei com espada, e com fome, e com peste essa nação, diz o SENHOR, até que a consuma pelas suas mãos.

⁹ E não deis ouvidos aos vossos profetas, e aos vossos adivinhos, e aos vossos sonhos, e aos vossos agoureiros, e aos vossos encantadores, que vos falam, dizendo: Não servireis ao rei da Babilônia.

¹⁰ Porque mentiras vos profetizam, para vos mandarem para longe da vossa terra, e para que eu vos lance dela, e vós pereçais.

¹¹ Mas a nação que meter o pescoço sob o jugo do rei da Babilônia e o servir, eu a deixarei na sua terra, diz o SENHOR, e lavrá-la-á e habitará nela.

INTRODUÇÃO

Nesta lição, vamos ver duas naturezas do cativeiro babilônico: histórica e exortativa. No aspecto histórico, veremos o período em que o povo de Deus estava prestes a ser levado cativo para a Babilônia, principalmente por ter negligenciado o ensino de Deus; quanto à ação exortativa, esta lição assume a responsabilidade de advertir a todos os crentes sobre os grandes prejuízos oriundos do desprezo à Palavra de Deus.

Com base nessas duas linhas de abordagem, inicialmente, a lição trata sobre os perigos que cercam o crente no sentido de se esquecerem da Lei do Senhor, seguido do alerta para que não se deixe de ouvir a Palavra de Deus, culminando assim com uma denúncia sobre os falsos ensinos na atualidade.

I – O PERIGO DE SE ESQUECER DA LEI DO SENHOR

1. O povo de Deus e o cativeiro na Babilônia. 

Por ocasião de seu chamado, Jeremias teve duas visões da parte de Deus. A primeira foi a de uma vara de amendoeira como clara referência à infalibilidade da Palavra de Deus (Jr 1.11,12), enquanto a segunda foi a de uma panela a ferver inclinada para o norte, indicando a mensagem de juízo que ele teria de transmitir e que viria da região do norte (Jr 1.13,14). Portanto, desde o início, o ministério e a mensagem de Jeremias estiveram relacionados com a convocação divina para o arrependimento de seu povo com vistas ao escape do juízo. No Livro de 2 Reis, nos capítulos 24 e 25, encontramos detalhes sobre o processo pelo qual o povo de Deus foi levado para a Babilônia. Antes disso, Deus comunicou através de Jeremias que o cativeiro teria a duração de setenta anos (Jr 25.9,11). Segundo a Palavra de Deus, o cativeiro faria desaparecer “dentre eles a voz de folguedo e a voz de alegria” (Jr 25.10). Como era de esperar, essa mensagem fez de Jeremias um perseguido e odiado pela maioria de seus irmãos em seus dias que, inclusive, projetaram matá-lo (Jr 26.7-24). No entanto, o profeta não desfaleceu e cumpriu a missão de anunciar a mensagem (Jr 27.1-11).

2. Propósito e causa do cativeiro. 

Além de avisar sobre o que seu povo sofreria, Deus informou também que o propósito disso era de que seu povo se arrependesse, se convertesse e, então, pudesse habitar na terra que deu a vossos pais (Jr 25.5). Note, portanto, que o propósito do cativeiro não foi o de destruir e nem de humilhar, mas o de disciplinar e corrigir (Hb 12.11). Além disso, o Senhor apresentou também o que o levou a permitir seu povo sofrer durante longos 70 anos nas mãos dos babilônios: “Todavia, não me destes ouvidos, diz o SENHOR […]. Portanto, assim diz o SENHOR dos Exércitos: Visto que não escutastes as minhas palavras” (Jr 257,8). O cativeiro foi uma oportunidade para que o povo pudesse reconhecer o erro de ter rejeitado ao Senhor e seus ensinos.

3. A saída do cativeiro. 

Depois do que foi abordado até aqui, é momento de conhecer a saída que Deus providenciou e apontou para que seu povo pudesse evitar o cativeiro, ou sair dele, já que a rejeição à lei de Deus foi a principal causa do cativeiro. O desejo de Deus foi de que seu povo se submetesse à sua vontade, a fim de preservá-lo e abençoá-lo (Jr 27.6,11). A submissão a Deus e à sua Palavra foi o caminho proposto pelo Senhor para a restauração de seu povo (Ed 1.1-4: Ne 8.1-18).

SUBSÍDIO 1

Jeremias foi nomeado profeta para Judá, mas também para as nações. Ele é comissionado por Deus. Sua tarefa consistia em se apresentar na intima assembleia divina e então ir e proclamar o que havia visto e ouvido. Ele foi comissionado com estas palavras: “tudo quanto te mandar dirás. Eis que ponho as minhas palavras na tua boca”. A fidelidade de Jeremias em relação a essa tarefa resultou em oposição feroz da sua própria família, dos seus vizinhos, do seu rei e dos seus amigos. Embora vacilasse às vezes, ele nunca falhou na sua comissão divina. Qual é a mensagem recebida por Jeremias para o seu povo? […] Todos os homens são culpados e responsáveis diante de Deus (1.5,10). Judá é responsável porque abandonou o Senhor para servir a falsos deuses (1,10,15,16). As nações estão debaixo do juízo divino porque sua conduta está abaixo da justiça humana comum. Os culpados sofrerão destruição e dificuldade, porque Deus certamente virá para julgar. Quando Ele vier, os reinos e povos serão arrancados e derribados, Deus não está dormindo como supõem os homens, mas está alerta para cumprir sua palavra (1.11,12). […] Essa advertência oportuna é seguida por uma palavra de esperança: O castigo e o julgamento de Deus são redentores; isto é, Ele aflige para curar. Além do julgamento, há esperança de uma restauração — um povo redimido e um dia novo.

Escola Bíblica︱1º Trimestre de 2024O Fundamento dos Apóstolos e dos Profetas - A Doutrina Bíblica como Base para uma Vida Vitoriosa.︱Neweb︱Compromisso com a Palavra

II – NÃO SE PODE DEIXAR DE OUVIR AS ESCRITURAS

1. Causas da indiferença às Escrituras. 

Na atualidade, temos visto um esfriamento espiritual que tem causado desinteresse, afastamento e aversão aos ensinos de Deus, O homem tomou, erradamente, a decisão de viver independente do Criador, como Adão e Eva (Gn 3.5). O conhecimento sobre o Senhor e sua vontade passa pelas Escrituras (Jo 5.39), pois por meio delas a humanidade é informada a respeito do plano divino. O ser humano é, por natureza, inclinado aos seus próprios desejos e a ser independente de Deus, sendo tendencioso a negligenciar e a desprezar as Escrituras (Jr 6.16,17). Portanto, a principal e maior causa da indiferença às Escrituras advêm da natureza humana que, além de contrária a Deus e à sua vontade, traz a rebeldia.

2. Consequências da indiferença às Escrituras. 

Ao pecar, o primeiro casal negligenciou e desobedeceu a ordem de Deus (Gn 2.15-17:3.6,7). Os acontecimentos sucedentes mostram a tragédia oriunda do desprezo à Palavra de Deus, pois tudo o que o ser humano precisa para viver bem está em sua submissão a ela (Sl 1.1-3). As terríveis consequências da desobediência aos ensinos divinos ocorrem em três dimensões, isto é, na relação do homem com Deus, consigo mesmo e com as outras pessoas, Adão e Eva tentaram se esconder de Deus quando pecaram (Gn 3.8), perceberam que estavam nus (Gn 3.7) e o homem culpou à mulher por sua atitude (Gn 3.12). A fonte de toda insatisfação individual e dos conflitos interpessoais é a rejeição da vontade de Deus e de sua Palavra (Tg 4.1-7), e o pecado só poderá ser vencido através do compromisso renovado e resoluto com os ensinos divinos (Sl 119.11).

3. O caminho de volta às Escrituras. 

Que caminho é este? Esta questão pode ser respondida de diferentes formas, e aqui será utilizado o texto de Neemias 8.1-12. Em um contexto de contraste entre a realidade da destruição e o trabalho de restauração, o texto mostra a atitude do povo de Israel diante da lei de Deus, indicando o caminho aos que desejam reencontrar-se com a Palavra de Deus, como podemos ver: o povo solicitou que o livro da Lei de Moisés pudesse estar entre eles para ser lido; o povo deu atenção aos ensinos do Livro e se dispôs a ouvir longamente sua Leitura; o livro da Lei de Moisés foi colocado acima do povo, que o reverenciou (v. 5); a mensagem foi centrada em Deus e o povo se quebrantou e adorou: o povo desejou aprender: quebrantado e arrependido, o povo chorou (v. 9) e a vida do povo melhorou porque entendeu a palavra explicada (v. 12). Portanto, o caminho de volta às Escrituras é pavimentado através do temor a Deus, da consciência do próprio estado espiritual e do arrependimento sincero.

SUBSÍDIO 2

Professor (a), inicie o tópico fazendo a seguinte pergunta: “Porque não podemos deixar de ouvir, estudar e praticar as Escrituras?” Incentive a participação de todos e ouça os alunos com atenção. Em seguida, explique que um dos motivos porque não devemos negligenciar o estudo da Palavra de Deus está no fato de que ela oferece luz para o nosso caminho (Sl 119.105). Ela é lâmpada para os nossos pés. Sem a Palavra de Deus nos tornamos uma presa fácil para o Inimigo e acabamos sucumbindo em meio às falsas doutrinas da atualidade. Precisamos fazer como o salmista, Ele fez dos testemunhos de Deus o seu tesouro, e se regozija neles.

Escola Bíblica︱1º Trimestre de 2024O Fundamento dos Apóstolos e dos Profetas - A Doutrina Bíblica como Base para uma Vida Vitoriosa.︱Neweb︱Compromisso com a Palavra

III – O PERIGO DOS FALSOS ENSINOS

1. A triste realidade dos falsos ensinos. 

O primeiro passo é reconhecer a realidade dos falsos ensinos em todas as épocas da história. Paulo mostra que os falsos ensinos são suscitados e disseminados por espíritos enganadores (Tm 4.1). A Bíblia mostra que o Diabo é enganador (Jo 8.44). Ele enganou Adão e Eva no jardim do Éden, levando-os à desobediência, cujas consequências atormentam os homens até hoje. O Inimigo continua operando mediante os ensinos enganosos a fim de trazer confusão e o enfraquecimento espiritual para a igreja. Nos dias de Elias, falsos profetas enganavam o povo de Deus (1 Rs 18.20-22), assim como nos dias de Jeremias, o espírito de engano atuava abertamente (Jr 5.30,31), bem como no período dos apóstolos (1 Jo 4.5). Sendo assim, a igreja da atualidade deve reconhecer que o espírito de engano que atua na disseminação de falsos ensinos ainda opera, e que os seus frutos são amargos e prejudiciais.

2. Identificando os falsos ensinos. 

Diante da realidade dos falsos ensinos e de seus males, é preciso identificá-los, por meio da própria Bíblia. Conforme analisado, a fonte dos falsos ensinos é o espírito de engano, e de acordo com 1 João 4.1-6, é possível identificá-los e resisti-los. A igreja não deve acreditar em tudo, mas deve provar os espíritos e reconhecer a existência do engano, pois somente pelo Espírito é que Cristo pode ser confessado como vindo de Deus, sendo o critério final de verificação (vv. 2,3). É também importante ressaltar que aqueles que conhecem a voz de seu Senhor não serão enganados (vv. 4-6). Em Gálatas 1.6-11, Paulo fala sobre esse espírito de engano, que ele chamou de “outro evangelho”. Paulo mostra que o “veneno” do engano deve ser rejeitado pela igreja e essa rejeição se dá por meio do conhecimento do verdadeiro Evangelho (Rm 1.16,17). Portanto, no combate aos falsos ensinos sempre deve ter o ensino do verdadeiro Evangelho como referência e ponto de partida.

3. Vencendo os falsos ensinos. 

Impõe-se a necessidade de uma saída pela qual a igreja possa enfrentar e vencer o problema dos falsos ensinos. No texto base dessa lição é possível identificar a orientação de Deus para o seu povo e pode ser dividido em dois pontos: ouça a Palavra de Deus (Jr 27.4,5,11) e identifique os falsos profetas e não dê ouvidos aos seus ensinos, que contrariam à mensagem de Deus (Jr 27.9,10). Paulo teve de lidar com a astúcia dos falsos mestres que aproveitaram a sua ausência da igreja em Corinto para destilar o veneno dos falsos ensinos, questionando a autenticidade do ministério do apóstolo, com base principalmente em suas limitações físicas e na simplicidade de sua mensagem. O enfrentamento de Paulo aos ataques daqueles falsos mestres passou pela confirmação de que o serviço é o principal objetivo do ministério, e mesmo que em meio às mais terríveis adversidades, o importante é que a igreja desfrute da obra de Deus realizada em Cristo (2 Co 3). O apóstolo mostrou também que diante dos falsos ensinos ele não desfaleceria, não agiria com interesses pessoais e não falsificaria a Palavra de Deus (2 Co 4.1,2). Portanto, podemos afirmar que a forma mais eficaz de enfrentar e vencer os falsos ensinos é manter viva a confiança na verdade do Evangelho, pregando-o em todo o tempo sem adulterá-lo (2 Tm 4.2-4).

SUBSÍDIO 3

A missão de Timóteo em Éfeso era combater os falsos mestres e zelar pela pureza do ensino na igreja, o que Paulo chama seguidas vezes de “sã doutrina” nas Pastorais (1 Tm 1.10; 2 Tm 4.3; Tt 1.9; 2.1); “boa doutrina” (1Tm 4.6) e “sãs palavras” (1 Tm 6.3; 2 Tm 1.13). Hoje, de forma semelhante, precisamos estar cada vez mais apegados ao detido estudo das Escrituras em nossa vida devocional e valorizar o genuíno ensino bíblico em nossas Escolas Bíblicas Dominicais, cultos de ensino e outras oportunidades que temos em nossa igreja local. Assim fazendo, estaremos bem fundamentados para discernir entre o certo e o errado, o verdadeiro e o falso, no turbilhão de informações e opiniões teológicas que estão ao nosso alcance, especialmente na Web, a rede mundial de computadores, e em todos os demais recursos da Internet. Fica claro no texto de Paulo a sua pouca preocupação com a descrição da natureza em si das heresias que estavam sendo pregadas. Ele não as expõe em detalhes. Duas explicações podem ser dadas para isso: a primeira é que Timóteo já as conhecia bem. Por isso, era desnecessário ao apóstolo detalhá-las na carta. A segunda é que não interessaria ao jovem pastor analisar os falsos ensinos, mas transmitir o ensino verdadeiro, o que bastaria para prevenir a igreja de qualquer falsificação doutrinária. Há, ainda, uma terceira observação que geralmente é feita quanto a esse ponto, que é o fato de Paulo preocupar-se mais em estampar os desvios de caráter dos falsos mestres, na linha do que Jesus já havia dito: “Por seus frutos os conhecereis” (Mt 716). No caso dos falsos mestres de Éfeso, as suas heresias seriam detectadas pelo resultado produzido: questões, debates e litigiosidade em vez de edificação na fé (1 Tm 1.4). Se isso já era perceptível naqueles dias — o que exigia, seguramente, um contato muito próximo com a comunidade cristã local — o que dizer hoje, com o advento da Internet, quando todos os dias são produzidas novas polêmicas, alimentadas de um ciclo doentio de contendas e debates! O combate às heresias é necessário, só que é preciso refletir quando, como e onde isso realmente deve ser feito. Fomentar o debate em torno de declarações ou ensinos heréticos pode representar, na verdade, um verdadeiro desserviço ao Reino de Deus. Sim! Ir as redes sociais para fazer críticas ou fomentar confrontos a toda e qualquer declaração que destoe da ortodoxia bíblica pode não passar de mais um sinal pecaminoso, qual seja, a revanche contra o irmão para ganhar visualizações, likes e mais seguidores”.

CONCLUSÃO

Partindo do exemplo histórico do cativeiro babilônico que o povo de Deus sofreu, essa lição é um alerta à Igreja e aos crentes da atualidade acerca dos perigos e das terríveis consequências advindas do desprezo aos ensinos divinos. Precisamos reconhecer a realidade dos falsos ensinos, identificando-os e combatendo-os com a verdade de Deus.

Escola Bíblica︱1º Trimestre de 2024O Fundamento dos Apóstolos e dos Profetas - A Doutrina Bíblica como Base para uma Vida Vitoriosa.︱Neweb︱Compromisso com a Palavra

HORA DA REVISÃO

1. Por ocasião do seu chamado, Jeremias teve duas visões. Quais foram? 

A primeira foi a de uma vara de amendoeira como clara referência à infalibilidade da Palavra de Deus (Jr 1,11,12), enquanto a segunda foi a de uma panela a ferver inclinada para o norte, indicando a mensagem de juízo que ele teria de transmitir e que viria da região do norte (Jr 1.13,14).

2. Quanto tempo duraria o cativeiro segundo o profeta Jeremias? 

Duraria 70 anos.

3. Qual era o propósito do Cativeiro Babilónico? 

O propósito era de que seu povo se arrependesse, se convertesse e, então, pudesse habitar na terra que deu a vossos pais (Jr 25.5). O propósito do cativeiro não foi o de destruir e nem de humilhar, mas o de disciplinar e corrigir (Hb 12.11).

4. Segundo a lição, qual foi o caminho proposto pelo Senhor para a restauração? 

O caminho de volta às Escrituras, pavimentado através do temor a Deus, da consciência do próprio estado espiritual e do arrependimento sincero.

5. Segundo a lição, como podemos vencer os falsos ensinos? 

A forma mais eficaz de enfrentar e vencer os falsos ensinos é manter viva a confiança na verdade do Evangelho, pregando-o em todo o tempo sem adulterá-lo (2 Tm 4.2-4).

Pb. Rogério Faustino

Neweb

Compromisso com a Palavra

Acompanhe todos os slides da lição clicando aqui


 

 

 

 

 

 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Nossas Mídias

  SE INSCREVA, CURTA E COMPARTILHE NOSSAS MÍDIAS! Pb. Rogério Faustino Escola Bíblica  ︱ Neweb

2º Trimestre de 2025

  2º TRIMESTRE DE  2025 LIÇÕES BIBLICAS DE ADULTOS LIÇÕES BIBLICAS DE JOVENS Pb. Rogério Faustino Escola Bíblica ︱2º Trimestre de 2025︱

3º Trimestre de 2025

  3º TRIMESTRE DE  2025 LIÇÕES BIBLICAS DE ADULTOS LIÇÕES BIBLICAS DE JOVENS Pb. Rogério Faustino Escola Bíblica ︱3º Trimestre de 2025︱