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Lição 4 - A Igreja e o Reino de Deus.

TEXTO ÁUREO
“[…] O tempo está cumprido, e o Reino de Deus está próximo. Arrependei-vos e crede no evangelho.” (Mc 1.15)

VERDADE PRÁTICA
Pregar a mensagem do Reino de Deus é uma importante missão da Igreja.

LEITURA DIÁRIA

Segunda – Sl 47.7 A universalidade do Reino de Deus.
⁷ Pois Deus é o Rei de toda a terra, cantai louvores com inteligência.
 Salmos 47.7

Terça – Is 43.15 O Reino de Deus é de natureza teocrática.
¹⁵ Eu sou o Senhor, vosso Santo, o Criador de Israel, vosso Rei.
Isaias 43.15

Quarta – Rm 14.17 O Reino de Deus como realidade presente.
¹⁷ Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo.
Romanos 14.17

Quinta – 1 Co 6.9,10 O Reino de Deus como realidade futura.
⁹ Não sabeis que os injustos não hão de herdar o reino de Deus?
¹⁰ Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de Deus.

1 Coríntios 6.9,10

Sexta – Ef 1.10 A Igreja como manifestação do Reino de Deus.
¹⁰ De tornar a congregar em Cristo todas as coisas, na dispensação da plenitude dos tempos, tanto as que estão nos céus como as que estão na terra;
Efésios 1.10

Sábado – At 19.8 A pregação do Reino como missão da Igreja.
⁸ E, entrando na sinagoga, falou ousadamente por espaço de três meses, disputando e persuadindo-os acerca do reino de Deus.
Atos 19.8

Autor: Henry Maxwell Wrigth

Proclamei a todo o mundo que o Senhor é Rei!
Proclamai! Proclamai!
Proclamai que suave e doce é Sua santa lei!
Proclamai! Proclamai!
Proclamai como Ele se chama Salvador Jesus,
Como Ele por nós morreu na ensanguentada cruz,
Como Ele – o Cordeiro – sobre o trono está
O Deus de toda graça, que de graça tudo dá.

Proclamai a todo o mundo
que o Senhor é Rei!
Proclamai! Proclamai!
Proclamai que suave e doce
é Sua santa lei!
Proclamai! Proclamai!

Proclamai que reina em graça nosso Salvador!
Proclamai! Proclamai!
Que por cetro de Seu reino ele tem o amor!
Proclamai! Proclamai!
Anunciai aos tristes que Ele vive lá;
E a todos os cansados que descanso Ele dá;
Contai aos pecadores que Ele veio salvar,
E a todos os cativos que Ele os pode libertar.

Proclamai que Ele, do céu em breve descerá!
Proclamai! Proclamai!
E com todos os Seus santos aparecerá!
Proclamai! Proclamai!
Que, sem demora, venham todos se render
E, com amor, em tudo e Cristo obedecer
Que estejam todos prontos quando Ele voltar,
E alegres, naquele dia, “Rei dos reis”, o aclamar

Autor: Paulo Leivas Macalão

Jesus é meu Rei glorioso,
É grato cantar-Lhe louvor;
É Rei, mas me torna ditoso,
Enchendo-me do Seu amor;
Deixando Seu trono de glória
Me veio livrar desta escória.
Já sou mui feliz, já sou mui feliz com Deus!

Jesus é meu Rei mui amado,
Nas lutas, na dor, sempre está
Paciente e humilde ao meu lado,
Ajuda e consolo me dá;
Por isso constante O sigo,
Pois é meu Pastor e amigo.
Já sou mui feliz, já sou mui feliz com Deus!

Jesus, que pudera eu dar-Te
Por tanto amor para mim?
Bastante é servir-Te e amar-Te?
E tudo entregar-me a Ti?
Aceita, então, minha vida,
Que a Ti só, se prostra rendida.
Já sou mui feliz, já sou mui feliz com Deus!

Autores: A.L / A.G / G.F.K / B.G

Os fiéis são trasladados; seu trabalho aqui findou.
A carreira desses santos, nesta vida já cessou.
Do Senhor os bons ceifeiros, terminaram seu labor;
A colheita completou-se: é a vinda do Senhor!

O Rei está voltando! o Rei está voltando!
A trombeta está soando, para os santos trasladar.
Sim, o Rei está voltando! o Rei está voltando!
Aleluia! Ele vem nos buscar!

Desta Terra estão subindo os remidos para o céu,
Ao encontro do Deus Filho, que aparece além do véu.
E o templo está deserto; sua pregação cessou.
É noticia em toda parte: “Jesus Cristo já voltou!”

Os remidos vão subindo: é a festa celestial:
Todo o Céu está se abrindo, num “Bem-vindo!” sem igual,
Qual o som de muitas águas, nós ouvimos entoar
Aleluias ao Cordeiro! – vamos indo para o Lar!

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Marcos 1.14-17
¹⁴ E, depois que João foi entregue à prisão, veio Jesus para a Galileia, pregando o evangelho do Reino de Deus
¹⁵ e dizendo: O tempo está cumprido, e o Reino de Deus está próximo. Arrependei-vos e crede no evangelho.
¹⁶ E, andando junto ao mar da Galileia, viu Simão e André, seu irmão, que lançavam a rede ao mar, pois eram pescadores.
¹⁷ E Jesus lhes disse: Vinde após mim, e eu farei que sejais pescadores de homens.

PLANO DE AULA

1- INTRODUÇÃO

Professor(a), a lição desta semana tem como finalidade apresentar a natureza universal do Reino de Deus e a Igreja como parte integrante e representativa desse Reino no mundo. Nesse sentido, a Igreja faz parte da realidade presente do Reino de Deus e, por conseguinte, fará parte também da realidade vindoura.

2- APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO

A) Objetivos da Lição:

I) Relacionar a natureza do Reino de Deus com a nação de Israel, bem como o seu propósito com a existência da Igreja;

II) Apontar as dimensões do Reino de Deus nas realidades presente e futura;

III) Destacar a Igreja como projeto de Deus e expressão de seu Reino na plenitude dos tempos.

B) Motivação: 

Nosso Senhor afirmou que o Reino de Deus não tem aparência visível como se estivesse localizado em uma posição geográfica. Antes, o Reino de Deus, disse Jesus, está entre vocês (Lc 17.20, 21). Isso significa que a natureza do Reino é espiritual. Ele se manifesta por meio da justiça, paz e alegria do Espírito. A maior vitória do Reino de Deus é sobre o pecado, a morte e Satanás.

C) Sugestão de Método: 

Nesta lição, a classe aprenderá que há uma distinção entre Igreja e Reino de Deus. Ambos possuem características específicas que estão presentes nas Escrituras Sagradas. Para estimular a participação dos alunos, elabore na lousa duas colunas. Em cada uma delas, com a ajuda da classe, relacione as características específicas da Igreja e do Reino de Deus respectivamente. Ao final, ressalte que, nesta lição, vamos estudar com maiores detalhes que o Reino de Deus é mais abrangente. A Igreja, porém, está inserida no Reino de Deus.

3- CONCLUSÃO DA LIÇÃO

A) Aplicação: 

A Igreja tem a responsabilidade de transmitir a mensagem do Reino de Deus ao mundo. Essa missão só pode ser alcançada a partir do testemunho vivo dos crentes, que coadune os ensinamentos da Palavra de Deus com um estilo de vida que expresse a prática de boas obras.

4- SUBSÍDIO AO PROFESSOR

A) Revista Ensinador Cristão. 

Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 96, p.38, você encontrará um subsídio especial para esta lição.

B) Auxílios Especiais: 

Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula:

1) O texto “O Reino e a Vinda do Filho do Homem”, localizado depois do primeiro tópico, destaca a qualidade invisível do Reino de Deus, porém, presente no que Jesus dizia e fazia;

2) O texto “Jesus Voltará”, ao final do terceiro tópico, destaca a importância do serviço cristão em prol do Reino de Deus enquanto nosso Senhor não retorna para buscar a sua Igreja.

INTRODUÇÃO

A Bíblia apresenta Deus como um rei (Sl 47.6; 52.7) que exerce o seu governo e domina sobre tudo o que há (Sl 22.28). Sobre o seu reino, governa soberanamente. Nesta lição, apresentaremos uma compreensão do Reino de Deus a partir de sua natureza e da sua relação com a Igreja. Nesse aspecto, mostraremos o reino divino na sua dimensão universal e soberana, bem como sua realidade presente e futura. A Igreja é vista como parte desse reino e, por isso, Deus a estabeleceu para viver, pregar e manifestar a vida do reino divino.

Palavra chave: Reino

I – A NATUREZA DO REINO DE DEUS

1- O Reino de Deus é universal. 

O salmista diz que “Deus é o Rei de toda a terra” (Sl 47.7) e, da mesma forma, Daniel afirma que Deus domina sobre o reino dos homens (Dn 4.25). Assim, as Escrituras revelam um importante aspecto da natureza do Reino de Deus: a sua universalidade (Qualidade ou caráter de universal; Que se estende a tudo ou a todos). Deus é o Rei universal e, como tal, tem domínio absoluto sobre sua criação, sobre reinos e governos humanos, bem como sobre todas as hostes angelicais (Dn 4.35). Isso significa que nada nem ninguém está fora do seu domínio (Dn 2.21).

2- A soberania divina e os acontecimentos do mundo. 

Observamos que, embora o mundo siga o seu curso, Deus não perdeu nem deixou de exercer domínio sobre ele, tampouco sobre o universo criado. Um Deus que não tivesse o controle de tudo não seria Deus. Isso não significa dizer que Ele seja a causa de tudo o que acontece no mundo. Significa que, embora os homens e, até mesmo o Diabo e seus demônios, tenham liberdade e permissão para agirem neste mundo, contudo, essas ações não se sobrepõem à soberania de Deus. Assim Deus domina sobre todos (Sl 103.19).

A soberania divina significa que Deus tem o poder de governar, controlar e dominar sobre tudo e todos que Ele criou. Embora nem tudo seja como deveria ser, nada acontece sem o seu consentimento.  Porém devemos entender que os acontecimentos adversos que se mostram são consequências das ações humanas que Deus permite que aconteça. Do que se culpa os homens dos males que lhes sobreveem,  dos resultados dos seus pecados. 

3- O Reino de Deus, a nação de Israel e a Igreja. 

O Antigo Testamento revela que Deus escolheu um povo, Israel, para reinar sobre ele e através dele em um governo soberano e teocrático ( O conceito de teocracia surgiu do grego, em que teo significa "deus" e cracia quer dizer "governo", ou seja, teocracia significa "Governo de Deus" ou "governo divino".). Quando Israel estava organizado em um regime tribal ( Regime de governo onde a sociedade é governada por líderes tribais, ou seja, a organização se dá por varias tribos, onde cada uma tem o seu líder. O tegime tribal de Israel se dá pelas suas 12 tribos, os 12 filhos de Israel), Deus reinava sobre ele (Nm 23.21), de forma soberana, exercendo o seu governo teocrático sobre seu antigo povo (Is 43-15)- Israel, por isso, era um reino sacerdotal ( Reino sacerdotal foi o regime de governo teocrático do antigo israel, onde Deus governava seu povo pela pessoa do sacerdote, lider do Judaísmo) (Êx 19-5,6). Dessa forma, quando escolheu Israel, Deus tinha o propósito de abençoar essa nação e, por meio dela, todos os povos (Gn 12.1-3; Is 45.21,22). Esse propósito se concretizou na pessoa de Jesus Cristo, o Filho de Davi, que por intermédio de sua morte e ressurreição estabeleceu a Igreja (Ef 2.14; Gl 3-14; 4-28; 1 Pe 2.9).

SINOPSE I

As Escrituras Sagradas revelam a universalidade do Reino de Deus, bem como o seu propósito específico para com Israel e a Igreja.

AUXÍLIO TEOLÓGICO

O REINO E A VINDA DO FILHO DO HOMEM (Lc 17.20-37)

Jesus explica que o Reino de Deus é distinto dos reinos com os quais os fariseus estão familiarizados. Sua vinda não corresponderá com sinais visíveis para que ninguém possa predizer o tempo exato de sua chegada. As pessoas entendem mal o caráter do Reino de Deus, quando dizem: ‘Ei-lo aqui! Ou: Ei-lo ali!’ Tais predições são arrogantes e mostram-se falsas e decepcionantes as pessoas persuadidas por elas (cf. At 1.6, 7). Jesus afirma que a fase inicial do Reino não vem desse jeito; de fato, já veio (Lc 17-21). Jesus usa a palavra ‘entos‘ para descrever sua presença — palavra que significa ‘dentro’ de vocês ou ‘entre, no meio de’ vocês. Jesus está falando a fariseus, que sem dúvida o rejeitaram. Ele não diria que o reinado de Deus está dentro dos corações deles. Contudo, o Reino é um fato histórico. Jesus quer dizer que o Reino está ‘entre vós’ — presente no que Ele faz e diz —, ainda que os fariseus permaneçam cegos diante dessa realidade (cf. Lc 11.20). Eles esperam ver sinais da vinda do Reino algum dia futuro. Mas não há necessidade de procurar sinais futuros da vinda do governo de Deus. Hoje pode-se entrar nele, embora sua consumação final venha depois” (ARRINGTON, French L; STRONSTAD, Roger (Eds). Comentário Bíblico Pentecostal – Novo Testamento. Vol. 1 – Mateus-Atos. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p.432).

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II – A IGREJA E AS DIMENSÕES DO REINO DE DEUS

1- O Reino de Deus como realidade presente. 

Nos Evangelhos, vemos Jesus chamando a atenção para a dimensão presente do Reino de Deus. Por exemplo, Mateus registra Jesus libertando e curando um endemoninhado cego e mudo (Mt 12.22). Esse fato extraordinário provocou o ciúme e a ira dos fariseus que o acusaram de fazer isso pelo poder de Belzebu (Mt 12.24). A resposta de Jesus foi reveladora: “Mas, se eu expulso os demônios pelo Espírito de Deus, é conseguintemente chegado a vós o Reino de Deus” (Mt 12.28). Nessas palavras do Senhor, vemos um aspecto importantíssimo na compreensão da identidade do Reino de Deus: a sua realidade presente. Em outras palavras, com advento de Jesus, o Reino de Deus já estava presente entre os homens. Nosso Senhor disse que o Reino de Deus havia chegado (Mt 3.2). Logo, esse reino não é algo subjetivo ( O que é ser algo subjetivo? A subjetividade é a opinião pessoal de cada individuo à respeito de algo ou alguém. Não existe um padrão de definição para esta opinião variando de pessoa para pessoa, sofrendo influências por cultura, religião, politica, região geográfica, instrução, conhecimentos. É algo que varia, muda, sem padrão ou norma.), mas concreto, real.

O Reino de Deus se manifestou com a vinda de Jesus ao mundo, e continua hoje com a presença da Igreja proclamando o Evangelho das boas novas, trazendo salvação,  libertação e transformação a todos.

2- Onde está o Reino de Deus? 

O Reino de Deus como realidade presente não está relacionado ao espaço geográfico, mas com a presença de Jesus, pois onde a presença dEle está, o Reino de Deus se manifesta (Lc 17.20,21). Em outras palavras, toda vez que pessoas são salvas (At 8.12), curadas e libertadas do poder do Diabo (At 8.6,7), o Reino de Deus está presente (Rm 14.17; 1 Co 4.20). Ora, o Reino de Deus estava presente no ministério de Jesus, pois Ele mesmo era a manifestação do reino, estava presente no ministério apostólico na Igreja Primitiva e, finalmente, está presente por intermédio da Igreja de Cristo da presente era.

A presença de Cristo na vida de uma igreja (local) representa a presença do Reino de Deus. Ali verdadeiramente as pessoas são libertas, curadas e transformadas pelo poder do Evangelho. Diferente do que vemos hoje, onde certas reuniões que se dizem ter a presença de Jesus são mais parecidas com espetáculos humanos,  shows e exibicionismo de uma interpretação errada do que realmente é igreja.

Certas reuniões que ao invés de manifestarem o verdadeiro Evangelho transformador são momentos de exibição de uma teologia antibiblica,  distorcida de toda verdade, que tenta maquiar os erros e pecados de seus precursores,  onde a ganância financeira tem mais espaço do que a pregação da palavra, o anseio e a realização humana tende a ter primazia sobre a vontade divina.

Que Deus tenha misericórdia de igrejas (locais) que se desviam da verdade do Evangelho,  que em vez de serem testemunhas de homens sejam testemunhas de Cristo. 

3- O Reino de Deus como realidade futura. 

Assim como o Reino de Deus possui uma dimensão presente, ele também possui uma dimensão futura. Esse é o aspecto escatológico do Reino de Deus. Escrevendo aos coríntios, o apóstolo Paulo destaca os tipos de pessoas que ficariam de fora desse reino vindouro (1 Co 6.9,10). Embora o Reino de Deus seja uma realidade presente hoje e mesmo sendo possível já experimentá-la agora (Hb 6.5), contudo, ele se manifestará na sua plenitude na era vindoura (Mt 13.49). O Milênio, o reinado de mil anos sobre a Terra, faz parte dessa dimensão futura do Reino de Deus (Ap 20.1-5).

Como já sabemos o Reino de Deus tem aspecto presente com a vinda de Jesus e de sua Igreja testemunhando das verdades da Bíblia.

Porém o Reino de Deus tem aspecto futuro quando então teremos esse reino na sua plenitude. Onde os santos herdarão a vida eterna e pra sempre reinarão com Cristo. O Milênio faz parte do Reino de Deus, mas não o é por completo. Quando tudo se cumprir e Cristo aniquilar o diabo e toda sua hoste, aniquilando pra sempre a morte e o inferno, reservando o futuro dos salvos e ímpios então a plenitude do seu reino será estabelecida. 

SINOPSE II

O Reino de Deus possui uma dimensão presente, mas ele também possui uma dimensão futura, ou seja, escatológica.

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III – A IGREJA NO CONTEXTO DO REINO DE DEUS

1- A distinção entre Igreja e Reino de Deus. 

Deve ser destacado que a Igreja faz parte do Reino de Deus. Contudo, ela não é o Reino de Deus em toda a sua expressão. O Reino de Deus é mais amplo e envolve todo o povo de Deus na Antiga bem como na Nova Aliança. A Igreja, mesmo inserida no contexto do reino, não existia no Antigo Testamento, todavia, o Reino de Deus já existia no Antigo Pacto. Assim como debaixo do Antigo Pacto, em que Israel era a comunidade do reino (Êx 19.5,6), a Igreja é a comunidade do reino no Novo Pacto (1 Pe 2.9).

A Igreja faz parte do Reino de Deus,  porém o Reino de Deus é bem mais amplo, pois o constitui todos aqueles que esperaram o Reino de Deus na Antiga Aliança como também na presente aliança. 

Sabemos que muitos foram os que esperaram ansiosamente a vinda de Jesus para trazer consigo o Reino de Deus. Muitos santos da antiga aliança foram a sepultura com a esperança da vinda do Messias, esse é o povo de Deus que andou nos seus caminhos na época dos patriarcas, profetas, juízes e Reis. Todos eles fazem parte do Reino de Deus no Antigo pacto.

2- A Igreja expressa o Reino de Deus. 

A Igreja foi idealizada e projetada por Deus para ser a expressão de seu reino na plenitude dos tempos (Gl 4.4 cf. Ef 1.10). Ela não é um improviso de Deus nem um remendo que Ele fez na história da salvação. Ela foi projetada e planejada, é a eleita de Deus (Ef 1.4-6; 1 Pe 1.2). Isso significa que debaixo do Novo Pacto, Deus deu à Igreja a missão de fazer conhecido o seu plano e projeto de salvação para a humanidade. É por intermédio dela que as insondáveis riquezas de Cristo se tornaram conhecidas dos principados e potestades (Ef 3.10). Por meio da Igreja que Reino de Deus será conhecido na Terra.

Não há outro caminho de se conhecer visivelmente o Reino de Deus em nossa época se não for pela igreja. Ela foi comissionada pra apresentar esse reino com milagres,  prodígios e maravilhas.

3- A Igreja e a mensagem do Reino de Deus. 

Pregar o Reino de Deus é a importante missão da Igreja (At 19.8). Falando aos presbíteros de Éfeso, Paulo recordou que pregou a eles o Reino de Deus (At 20.25). Quando já prisioneiro em Roma, vemos Paulo “pregando o Reino de Deus” (At 28.31). Os novos na fé eram conscientizados da realidade do Reino de Deus (At 14.22). O Reino de Deus é a mensagem de esperança feita àqueles que o amam (Tg 2.5). Portanto, pregar a mensagem do reino é a missão da Igreja. Essa missão só é executada quando a igreja local possui uma visão de reino. Isso significa que a igreja sabe o que o Reino de Deus é e que importância ele tem. Quando esse entendimento não é claro, então, a igreja local acaba saindo da sua rota e envereda por outros caminhos que a distanciam da sua missão, que é pregar a mensagem do Reino de Deus. A esse respeito, Jesus foi bem claro em dizer que o seu “Reino não é deste mundo” (Jo 18.36).

A missão primordial da igreja é anunciar a mensagem do Reino de Deus,  a mensagem de Cristo, a  mensagem de salvação.

SINOPSE III

O Reino de Deus é mais amplo e envolve todo o povo de Deus em todas as épocas. A Igreja, porém, está inserida no Reino de Deus.

AUXÍLIO TEOLÓGICO

JESUS VOLTARÁ

“O ensino sobre a Segunda Vinda de Cristo também estimula o serviço cristão. Os crentes que ardentemente aguardam a volta de Cristo, reavaliam constantemente as prioridades que lhes governam a maneira de viver. Sempre colocam, em primeiro lugar, o Reino de Deus e a sua justiça. Não querem ser surpreendidos tendo as mãos vazias. Eles sabem que, um dia, todos teremos de comparecer ante o Tribunal de Cristo. Por isso alertam constantemente seus parentes, amigos, conhecidos e os demais pecadores, a que estejam preparados à vinda do Senhor (Mt 24.45,46; Lc 19.13 e 2 Co 5.10, 11). Mas como Jesus voltará? Ele voltará pessoalmente (Jo 14.3; 21.20-23; At 1.11) e de forma inesperada (Mt 24.32-51; Mc 13.33-37). Ele voltará em glória (Mt 16.27; 19-28 e Lc 19.11-27) e de maneira visível como o anunciou o anjo à multidão no monte da Ascensão: ‘Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir’ (At 1.11). O retomo real, visível e literal do Senhor Jesus Cristo a esta terra, exclui qualquer interpretação espiritualizada, como se a sua vinda tivesse ocorrido quando da descida do Espírito no Pentecoste, ou quando da conversão de alguém, ou ainda por ocasião da morte do crente” (MENZIES, Willian W.; HORTON, Stanley M. Doutrinas Bíblicas: Os Fundamentos da Fé Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, p. 178).

CONCLUSÃO

Nesta lição aprendemos um pouco mais sobre o Reino de Deus. Como disse alguém, a Igreja não é idêntica ao Reino de Deus, pois este é maior do que ela; todavia, a Igreja é o instrumento presente do reino e herdará o reino (2 Pe 1.11). Assim, o Reino de Deus, em sua plenitude, ou na sua manifestação final, incluirá todos os crentes que professaram e professarão sua fé em Cristo, o Filho de Deus.

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REVISANDO O CONTEÚDO

1- Qual é o importante aspecto da natureza do Reino de Deus que as Escrituras revelam?

A sua universalidade.

2- O que o Antigo Testamento revela quanto ao Reino de Deus em relação a Israel?

O Antigo Testamento revela que Deus escolheu um povo, Israel, para reinar sobre ele e através dele.

3- Qual é o aspecto importante destacado na lição, a respeito da identidade do Reino de Deus?

A sua realidade presente.

4- Além da dimensão presente do Reino de Deus, qual é a outra dimensão abordada na lição?

O Reino de Deus também possui uma dimensão futura.

5- Explique a distinção entre a Igreja e o Reino de Deus.

A Igreja faz parte do Reino de Deus. Contudo, ela não é o Reino de Deus em toda a sua expressão. O Reino de Deus é mais amplo e envolve todo o povo de Deus na Antiga bem como na Nova Aliança.

Pb. Rogério Faustino

Neweb

Compromisso com a Palavra

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