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Lição 6 – A consciência — O tribunal interior

TEXTO ÁUREO

“E, por isso, procuro sempre ter uma consciência sem ofensa, tanto para com Deus como para com os homens.” (At 24.16).
 
VERDADE PRÁTICA

Diante da crescente degradação do padrão moral do mundo, o cristão deve apegar-se cada vez mais à sã doutrina para ter sempre uma boa consciência.

LEITURA DIÁRIA

Segunda —  Fé e consciência pura devem caminhar juntas.
⁵ Ora, o fim do mandamento é o amor de um coração puro, e de uma boa consciência, e de uma fé não fingida.
¹⁹ Conservando a fé, e a boa consciência, a qual alguns, rejeitando, fizeram naufrágio na fé.
1 Timóteo 1.5,19

⁹ Guardando o mistério da fé numa consciência pura.
1 Timóteo 3.9

Terça — Devemos nos preocupar com a consciência dos outros.
¹⁰ Porque, se alguém te vir a ti, que tens ciência, sentado à mesa no templo dos ídolos, não será a consciência do que é fraco induzida a comer das coisas sacrificadas aos ídolos?
¹¹ E pela tua ciência perecerá o irmão fraco, pelo qual Cristo morreu.
¹² Ora, pecando assim contra os irmãos, e ferindo a sua fraca consciência, pecais contra Cristo.
¹³ Por isso, se a comida escandalizar a meu irmão, nunca mais comerei carne, para que meu irmão não se escandalize.
1 Coríntios 810-13

Quarta —  A consciência regula nossa conduta perante o Estado.
¹ Toda a alma esteja sujeita às potestades superiores; porque não há potestade que não venha de Deus; e as potestades que há foram ordenadas por Deus.
²Por isso quem resiste à potestade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos a condenação.
³Porque os magistrados não são terror para as boas obras, mas para as más. Queres tu, pois, não temer a potestade? Faze o bem, e terás louvor dela.
⁴ Porque ela é ministro de Deus para teu bem. Mas, se fizeres o mal, teme, pois não traz debalde a espada; porque é ministro de Deus, e vingador para castigar o que faz o mal.
⁵ Portanto é necessário que lhe estejais sujeitos, não somente pelo castigo, mas também pela consciência.
⁶ Por esta razão também pagais tributos, porque são ministros de Deus, atendendo sempre a isto mesmo.
⁷ Portanto, dai a cada um o que deveis: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem temor, temor; a quem honra, honra.
Romanos 13.1-7

Quinta —  Peso de consciência compromete a oração.
¹⁹Tendo, pois, irmãos, ousadia para entrar no santuário, pelo sangue de Jesus,
²⁰ Pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou, pelo véu, isto é, pela sua carne,
²¹ E tendo um grande sacerdote sobre a casa de Deus,
²² Cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé, tendo os corações purificados da má consciência, e o corpo lavado com água limpa,
²³ Retenhamos firmes a confissão da nossa esperança; porque fiel é o que prometeu.
Hebreus 10.19-23

Sexta — O sangue de Jesus purifica nossas consciências.
¹³ Porque, se o sangue dos touros e bodes, e a cinza de uma novilha esparzida sobre os imundos, os santifica, quanto à purificação da carne,
¹⁴ Quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará as vossas consciências das obras mortas, para servirdes ao Deus vivo?
Hebreus 9.13,14


SábadoDeus sonda o nosso interior e os desígnios de nosso coração.
²³ Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e conhece os meus pensamentos.
²⁴ E vê se há em mim algum caminho mau, e guia-me pelo caminho eterno.

¹² Quem pode entender os seus erros? Expurga-me tu dos que me são ocultos.
¹³ Também da soberba guarda o teu servo, para que se não assenhoreie de mim. Então serei sincero, e ficarei limpo de grande transgressão.
Salmos 19.19,30

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Romanos 2.12-16.
¹² Porque todos os que sem lei pecaram sem lei também perecerão; e todos os que sob a lei pecaram pela lei serão julgados.
¹³ Porque os que ouvem a lei não são justos diante de Deus, mas os que praticam a lei hão de ser justificados.
¹⁴ Porque, quando os gentios, que não têm lei, fazem naturalmente as coisas que são da lei, não tendo eles lei, para si mesmos são lei,
¹⁵ os quais mostram a obra da lei escrita no seu coração, testificando juntamente a sua consciência e os seus pensamentos, quer acusando-os, quer defendendo-os,
¹⁶ no dia em que Deus há de julgar os segredos dos homens, por Jesus Cristo, segundo o meu evangelho.

HINOS DA HARPA CRISTÃ

Bem-aventurado o que confia
No Senhor, como fez Abraão;
Ele creu, ainda que não via,
E, assim, a fé não foi em vão.
É feliz quem segue, fielmente,
Nos caminhos santos do Senhor,
Na tribulação é paciente,
Esperando no seu Salvador.

Os heróis da Bíblia Sagrada,
Não fruíram logo seus troféus;
Mas levaram sempre a cruz pesada,
Para obter poder dos céus,
E depois, saíram pelo mundo,
Como mensageiros do Senhor,
Com coragem e amor profundo,
Proclamando Cristo, o Salvador.

Quem quiser de Deus ter a coroa,
Passará por mais tribulação;
Às alturas santas ninguém voa,
Sem as asas da humilhação;
O Senhor tem dado aos Seus queridos,
Parte do Seu glorioso ser;
Quem no coração for mais ferido,
Mais daquela glória há de ter.

Quando aqui as flores já fenecem,
As do céu começam a brilhar;
Quando as esperanças desvanecem,
O aflito crente vai orar;
Os mais belos hinos e poesias,
Foram escritos em tribulação,
E do céu, as lindas melodias,
Se ouviram, na escuridão.

Sim, confia tu, inteiramente;
Na imensa graça do Senhor;
Seja de ti longe o desalento
E confia no Seu santo amor.
Aleluia seja a divisa,
Do herói e todo o vencedor;
E do céu mais forte vem a brisa,
Que te leva ao seio do Senhor.

Autor ou Tradutor: F.V Frida Vingren

388 - Canta, ó Crente

Canta com vida, ó crente!
Doce será Cantar!
Anda só para a frente,
Deixa o teu pesar;
Canta nas noites tristes,
Canta no sol, na luz;
O mal assim resistes:
Canta pra Jesus!

Canta com vida, á crente,
Alegra o coração!
Louva ao Deus clemente,
Com feliz canção!
Cheio está o mundo
De turbação e dor;
Canta o amor profundo
Do teu Salvador.

Canta com vida, ó crente!
Deus teu socorro é;
Guarda-te a mão potente,
Se tiveres fé.
Cristo, sim, te levanta,
Quando medroso estás,
Se confiando cantas
Seu amor veraz.

Autor ou Tradutor: P.L.M Paulo Leivas Macalão

519 - Achei Jesus, Meu Salvador

Achei Jesus, o meu Salvador,
De amor fiel, veraz;
Não cessarei de Lhe dar louvor,
Pois tenho a salvação e paz.

Salvo por Cristo sou,
Salvo por quem me amou!
Perfeita paz, Ele agora me traz,
Porque salvo estou!

Vem me guardar Sua forte mão,
De todo o vício e mal;
Vencendo vou cada tentação;
Sustém-me o braço divinal.

Jesus me achou, tão aflito e mal,
Sem ter consolação;
Chamou-me a Si, com amor real;
Cheguei-me e achei a salvação.

Da morte eterna me resgatou,
Da dura escravidão;
Na rocha eterna seguro estou;
Cantando vou, com gratidão.

Autor ou Tradutor: E.W Ernesto Wootton

PLANO DE AULA

1. INTRODUÇÃO

Esta lição convida seus alunos a refletirem sobre a consciência como tribunal interior, dado por Deus, que acusa, defende e julga nossos atos. Em meio a um mundo moralmente corrompido, esta é uma oportunidade de destacar a importância da consciência guiada pela Palavra e pelo Espírito Santo. Que o ensino desta semana fortaleça a fé, promova arrependimento sincero e desperte o desejo por uma vida santa diante de Deus e dos homens.

2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO

A) Objetivos da Lição: 
I) Mostrar aos alunos a origem da consciência humana como um senso moral dado por Deus, reconhecendo seu papel antes e depois da Queda
II) Ensinar que a consciência atua como um tribunal interior, capaz de acusar ou defender, incentivando o autoexame constante; 
III) Alertar os alunos para as falhas e deformações que a consciência pode sofrer quando não é orientada pela verdade bíblica.
 
B) Motivação: 
É essencial fortalecer o discernimento moral do cristão, num tempo em que os padrões do mundo tentam silenciar a voz da consciência. À luz da Bíblia, entenderemos como manter a consciência pura diante de Deus e dos homens.
 
C) Sugestão de Método: 
Para ensinar o terceiro tópico, e concluir a lição, utilize o método do estudo de caso seguido de debate orientado. Apresente aos alunos situações reais ou hipotéticas nas quais a consciência individual foi enganada, distorcida ou manipulada. Em seguida, promova uma discussão bíblica com base nos textos de 1 Timóteo 4.2, Tito 1.15 e 1 Coríntios 8.7-12, destacando como a consciência pode ser deformada quando não está submissa à Palavra de Deus. Encerre com uma reflexão em classe sobre como manter uma consciência saudável por meio da oração, da comunhão com o Espírito Santo e do constante estudo das Escrituras. Esse método favorece o pensamento crítico, a aplicação prática e o engajamento ativo dos alunos.

3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO

A) Aplicação: 
Conclua enfatizando que a consciência, embora importante, só é confiável quando iluminada pela Palavra de Deus e guiada pelo Espírito Santo. Ensine que, diante de qualquer acusação interior, o cristão deve buscar perdão e purificação no sangue de Cristo.
 
4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR

A) Revista Ensinador Cristão. 
Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 103, p.39, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
 
B) Auxílios Especiais: 
Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 
1) O texto “Transgressões contra a Consciência”, localizado depois do primeiro tópico, aprofunda o assunto “Antes e depois da Queda”; 
2) O texto “Também Perecerão”, ao final do segundo tópico, aprofunda o assunto “O Funcionamento da Consciência”.
 
INTRODUÇÃO

Deus fez o ser humano com um senso moral chamado consciência, que acusa, defende e julga. Funciona segundo a Lei moral (comum a todas as pessoas), as Escrituras Sagradas e outras fontes normativas, como a família, a Igreja e o Estado. A consciência escrutina e emite juízo sobre todo o comportamento humano.
 
Palavra-Chave: CONSCIÊNCIA
 
I. ANTES E DEPOIS DA QUEDA

1. A primeira manifestação. 
Do grego syneidesis (“saber com”), a consciência é uma faculdade inata, ou seja, todos nascem com ela. É como um sensor instalado na alma humana. (Alguns teólogos consideram que seja no espírito. Não há consenso sobre isso). É uma capacidade dada por Deus para o homem discernir entre o certo e o errado, e, assim, orientar-se em suas decisões. Gênesis 2.16,17 e 3.6-10 tratam da primeira manifestação da consciência na experiência humana. Deus estabeleceu uma lei específica — a proibição de comer do fruto da árvore da ciência do bem e do mal — com o anúncio da penalidade: “no dia em que dela comeres, certamente morrerás” (Gn 2.17). O homem transgrediu e experimentou o funcionamento acusativo da consciência: culpa, vergonha e medo.
 
2. O direito natural. 
Todo o ser humano nasce com um conteúdo normativo fundamental na alma, que é a lei moral, também chamada de lei da natureza ou direito natural. No Gênesis isso é visto pela primeira vez em Caim, que feriu o direito natural tirando a vida do próprio irmão (Gn 4.8) e experimentou uma trágica consequência. Sua consciência o afligiu com pesada culpa, dada a gravidade do seu pecado: “É maior a minha maldade que a que possa ser perdoada. [...] da tua face me esconderei; e serei fugitivo e errante na terra [...]” (4.13,14). Quando a consciência acusa, não adianta tentar se esconder (Sl 139.7,8; Jn 1.3-12).
 
3. Escrita no coração. 
Em Romanos 2.12-16 Paulo faz referência à Lei mosaica, dada a Israel, e à lei moral, o direito natural, comum a todos os homens, inclusive aos gentios, “os quais mostram a obra da lei escrita no seu coração” (2.15). Em princípio, é com base nessa lei geral que a consciência atua, “quer acusando-os, quer defendendo-os” (v.15). O que ocorreu em relação aos hebreus foi a positivação do direito natural: a escrita, em pedras, dos preceitos comuns a todos os homens, como a proibição de matar (Êx 20.13). Além disso, houve ampla regulação da vida civil (direito de propriedade e direito de família, por exemplo: Êx 22; Dt 24) e o estabelecimento de leis cerimoniais (Lv 1 — 7). Antes da codificação do direito natural pela lei mosaica, outras sociedades antigas tinham seus regramentos. Os principais eram os códigos mesopotâmicos de Ur-Nammu (2070 a.C.), Lipit-Ishtar (1850 a.C.) e Hamurabi (1792-1750 a.C.), o mais conhecido deles. O que há de bom nas imperfeitas leis humanas é inspirado na Lei moral escrita no coração de todos os povos.
 
SINOPSE I

A consciência foi dada por Deus como senso moral inato, mas sofreu distorções após a Queda.
 
AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO
"TRANSGRESSÕES CONTRA A CONSCIÊNCIA"

“As pessoas não serão condenadas por aquilo que desconhecem, mas pela atitude que demonstraram em relação ao que sabem. Aqueles que conhecem a Palavra de Deus e sua Lei, serão julgados de acordo. Os que jamais viram uma Bíblia, mas sabem discernir entre o certo e o errado, serão julgados pelas transgressões que cometeram contra a própria consciência. A Lei de Deus está inscrita nas pessoas. [...] Aqueles que viajarem para outros países, poderão encontrar evidências da Lei moral de Deus em cada cultura e sociedade. Por exemplo, em todas elas o assassinato é proibido, embora esta Lei tenha sido transgredida em todas.” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, p.1555).

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II. O FUNCIONAMENTO DA CONSCIÊNCIA

1. Acusação, defesa e julgamento. 
A consciência funciona como um órgão de acusação ou defesa, mas também exerce função judicante (Sl 51.3). Gênesis 3.7 diz que tão logo Adão e Eva pecaram “foram abertos os olhos de ambos, e conheceram que estavam nus”. O verbo “conhecer”, yada, traduz o apontamento negativo feito pela consciência, reprovando a conduta do primeiro casal. Antes do pecado, conheciam somente o bem, e viviam em plena alegria e paz (Gn 2.25). Ao pecarem, a consciência ecoou na alma, como uma voz secreta e incômoda (Gn 3.7-10). Às vezes essa experiência é de dor no coração, como aconteceu com Davi após contar o povo (2Sm 24.10). Uma consciência pesada produz males ao espírito, à alma e ao corpo (Sl 31.9,10; 32.1-5; 38.1-8).
 
2. Vãs justificativas. 
A expressão “foram abertos os olhos” (Gn 3.7) também significa experimentação imediata da malícia, antes inexistente em Adão e Eva. Ao ouvirem a voz do Criador, se esconderam com medo. Deus dirigiu uma pergunta retórica a Adão: “Quem te mostrou que estavas nu? Comeste tu da árvore de que te ordenei que não comesses?” (Gn 3.11). Não houve uma resposta direta. Impossibilitado de negar seu pecado, Adão fez o que se tornaria comum ao ser humano: tentou se justificar, certamente buscando aplacar a consciência: “A mulher que me deste por companheira, ela me deu da árvore, e comi” (Gn 3.12). Eva seguiu o mesmo caminho, culpando a serpente (Gn 3.13). Tentativas como estas são meros placebos. A consciência é implacável e não cede a vãs formulações humanas, ainda que teológicas, como as inclusivas (Rm 1.18-27; 2Tm 4.3). A confissão e o afastamento do pecado são o remédio para a alma (Sl 41.4; Pv 28.13; Tg 5.16).
 
3. O debate no tribunal. 
A consciência é como um tribunal que julga condutas, aprovando-as ou reprovando-as. Atua em relação ao presente (At 23.1), passado (1Co 4.4; 2Sm 24.10) e futuro (1Sm 24.6; At 24.16). Funciona interagindo com as demais faculdades da alma, principalmente os pensamentos e os sentimentos (Rm 2.15; 9.1; 1Co 8.12). A consciência costuma entrar em longos debates com os pensamentos, que a questionam e aprofundam a análise das ações. Esse processo gera na mente um exame interior, uma investigação pessoal (1Co 11.28), com o objetivo de alcançar um veredicto favorável — o testemunho de uma consciência limpa (2Co 1.12). Em casos assim, mesmo que acusações externas prevaleçam, como ocorria com Paulo em Cesareia, há paz interior em função da consciência estar sem ofensa (At 24.1-16). Então, há descanso para a alma.
 
SINOPSE II

A consciência atua como um tribunal interior que acusa, defende e julga nossas atitudes diante de Deus e dos homens.

AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO
“TAMBÉM PERECERÃO"

Todos os que continuam no pecado (isto é, que se opõem e desafiam a Deus e seguem seus próprios caminhos), ainda que tenham pouco ou nenhum conhecimento da Lei de Deus, serão julgados e condenados, porque têm uma ciência de Deus e algum conhecimento de certo e errado (vv.14,15). Deus não salvará automaticamente os que não ouvirem a sua mensagem, nem lhes dará uma segunda chance depois da morte. Embora Ele os julgue de acordo com o conhecimento que eles têm e a oportunidade que tiveram, eles ainda terão que responder com fé ao único Deus verdadeiro — confiando nEle para obterem a vida eterna e o cumprimento dos seus propósitos. A consequência eterna para aqueles que não tiveram uma oportunidade adequada de ouvir e receber a mensagem de perdão e nova vida por intermédio de Jesus Cristo, deve nos motivar a fazer todos os esforços para levar a sua mensagem a todas as pessoas, de todas as nações (veja Mt 4.19, nota; 9.37, nota).” (Bíblia de Estudo Pentecostal — Edição Global. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, p.2019).

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III. A CONSCIÊNCIA É FALÍVEL

1. Defeitos da consciência. 
A Bíblia menciona consciências defeituosas: cauterizada (insensível ao pecado) (Ef 4.19; 1Tm 4.2), fraca (legalista) (1Co 8.7-12) e contaminada ou corrompida (Tt 1.15). Para a consciência funcionar bem, é preciso estar corretamente educada e cuidada à luz da genuína Palavra de Deus, no Espírito Santo (1Tm 1.5,19; Rm 9.1). Todo desequilíbrio é perigoso. A insensibilidade leva à complacência com o pecado, mas a hipersensibilidade produz extremismo, onde tudo é pecado. E é nesse campo que agem as seitas, manipulando e aprisionando almas incautas, como faziam os falsos mestres do primeiro século (Cl 2.16-23).
 
2. Deus, o Supremo-Juiz. 
Apesar de sua grande importância no exercício de juízo moral, o pronunciamento da consciência não tem valor absoluto ou definitivo. Como disse Paulo: “Porque em nada me sinto culpado; mas nem por isso me considero justificado, pois quem me julga é o Senhor” (1Co 4.4). Devemos sempre nos submeter humildemente a Deus, ainda que nossa consciência não nos acuse. Somente Ele, o Supremo-Juiz, pode sondar nosso interior e expor os mais profundos desígnios de nosso coração, mesmo os que nos sejam ocultos (Sl 139.23,24; 19.12,13). Às vezes nos consideramos corretos e precisamos ser confrontados para reconhecer nossos pecados. Davi permaneceu insensível e rigoroso até ser repreendido através do profeta Natã (2Sm 12.1-13). Pedro precisou ouvir o canto do galo (Lc 22.54-62). Pecados do espírito, como soberba e orgulho, são os que mais se escondem (Pv 16.18).
 
SINOPSE III

A consciência pode ser corrompida ou enganada, e só funciona corretamente quando guiada pela Palavra e pelo Espírito Santo.

CONCLUSÃO

Devemos manter nossa consciência sempre pura; renovada e iluminada por meio do contínuo estudo da Bíblia, nossa infalível regra de fé e prática (Sl 119.18,34,130; 2Tm 3.16,17). Se ela nos acusar, não nos esqueçamos: o sangue de Cristo é poderoso para purificar a consciência de todo aquele que, arrependido, confiar no poder do seu sacrifício (Hb 9.14). Cheguemo-nos sempre a Ele com inteira certeza de fé (Hb 10.22).

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REVISANDO O CONTEÚDO

1. O que é a consciência?
Do grego syneidesis (“saber com”), a consciência é uma faculdade inata, ou seja, todos nascem com ela. É como um sensor instalado na alma humana.

2. Como se deu a primeira manifestação da consciência?
Deus estabeleceu uma lei específica — a proibição de comer do fruto da árvore da ciência do bem e do mal — com o anúncio da penalidade: “no dia em que dela comeres, certamente morrerás” (Gn 2.17). O homem transgrediu e experimentou o funcionamento acusativo da consciência: culpa, vergonha e medo.

3. O que é o direito natural?
Todo o ser humano nasce com um conteúdo normativo fundamental na alma, que é a lei moral, também chamada de lei da natureza ou direito natural.

4. Como a consciência funciona?
A consciência funciona como um órgão de acusação ou defesa, mas também exerce função judicante (Sl 51.3).

5. A consciência é infalível?
A Bíblia menciona consciências defeituosas: cauterizada (insensível ao pecado) (Ef 4.19; 1Tm 4.2), fraca (legalista) (1Co 8.7-12) e contaminada ou corrompida (Tt 1.15).

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ARQUIVOS:

PDF DO ESBOÇO DA LIÇÃO
VIDEO DO ESBOÇO DA LIÇÃO

REVISTA ENSINADOR CRISTÃO 
A CONSCIÊNCIA: O TRIBUNAL INTERIOR

Nesta lição, veremos como funciona a consciência. Criada por Deus, é por meio dela que tomamos conhecimento daquilo que agrada a Deus ou não. Infelizmente, a entrada do pecado no mundo, decorrente da Queda, descaracterizou a consciência humana criada por Deus. Somente o conhecimento das Escrituras Sagradas pode trazer renovação para consciência humana e trazê-la de volta ao pleno conhecimento da verdade. O apóstolo Paulo discorre sobre o tratamento dado à consciência quando escreve a Carta aos Romanos. Ele instrui que somos transformados pela renovação do nosso entendimento a fim de que experimentemos a boa, agradável e perfeita vontade de Deus (Rm 12.1). O primeiro passo é a submissão do corpo à vontade divina. Jesus nos ensinou que o espírito está pronto, mas a carne é fraca (Mt 26.41). Logo, precisamos submetermo-nos como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus (Rm 12.1). A segunda lição ensinada pelo apóstolo diz respeito a não se conformar com este mundo. Literalmente, significa não assumir a mesma forma que o mundo, isto é, o comportamento, a maneira de agir e pensar das pessoas que não creem no Evangelho (Rm 12.2). Essas atitudes devem ser lembradas por quem deseja guardar os preceitos e valores da Palavra de Deus.
Por último, o apóstolo menciona que somos transformados pela renovação do nosso entendimento. Conforme discorre Lawrence O. Richards, na obra Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento(CPAD), “a palavra usada aqui para ‘entendimento’ é nous, e não deve ser confundida com ‘conhecimento’ nem com ‘razão’. O que Paulo tem em mente é expresso mais apropriadamente como ‘perspectiva’ ou ‘modo de pensamento’. Os crentes devem resistir às pressões exercidas pelo mundo para nos conformar com seu modo de pensamento, e em vez disso ter cada uma de nossas perspectivas sobre as questões da vida renovada e transformada. A única maneira de você ou eu podermos fazer a vontade de Deus é reconhecê-la. E nós só podemos reconhecer a vontade de Deus se aprendermos a ver as questões da vida a partir da perspectiva de Deus. Que grande dádiva é a Escritura. E que grande dádiva é o Espírito, que usa a Palavra para renovar nosso entendimento e transformar nossa vida” (2007, p.317).
A consciência do homem sem Deus fica entenebrecida. Graças a Deus pelo Evangelho de Jesus, que nos trouxe a luz da verdade. Acerca disso, o apóstolo João enfatizou que devemos andar na luz, e “se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado” (1Jo 1.7). Permaneçamos nessa luz!

Pb. Rogério Faustino 
Neweb 



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