TEXTO
PRINCIPAL
“Porque,
como o cinto está ligado aos lombos do homem, assim eu liguei a mim toda a casa
de Israel e toda a casa de Judá [...].” (Jr 13.11).
RESUMO DA
LIÇÃO
LEITURA DA
SEMANA
SEGUNDA — Deus fala e
o profeta obedece.
¹ Assim me disse o SENHOR: Vai, e compra um cinto de linho e põe-no sobre os teus lombos, mas não o coloques na água.
² E comprei o cinto, conforme a palavra do Senhor, e o pus sobre os meus lombos.
Jeremias 13.1 2
TERÇA — A podridão
da soberba de Judá e Jerusalém.
¹⁰ Este povo maligno, que recusa ouvir as minhas palavras, que caminha segundo a dureza do seu coração, e anda após deuses alheios, para servi-los, e inclinar-se diante deles, será tal como este cinto, que para nada presta.
Jeremias 13.10
QUARTA — Um povo
obstinado, rebelde.
¹⁰ Este povo maligno, que recusa ouvir as minhas palavras, que caminha segundo a dureza do seu coração, e anda após deuses alheios, para servi-los, e inclinar-se diante deles, será tal como este cinto, que para nada presta.
Jeremias 13.10
QUINTA — O julgamento
divino.
¹⁴ E fá-los-ei em pedaços atirando uns contra os outros, e juntamente os pais com os filhos, diz o Senhor; não perdoarei, nem pouparei, nem terei deles compaixão, para que não os destrua.
Jeremias 13.14
SEXTA — Escutai ao
Senhor.
¹⁵ Escutai, e inclinai os ouvidos; não vos ensoberbeçais; porque o Senhor falou:
Jeremias 13.15
SÁBADO — Se
esqueceram de Deus e confiaram em mentiras.
²⁵ Esta será a tua sorte, a porção que te será medida por mim, diz o Senhor; pois te esqueceste de mim, e confiaste em mentiras.
Jeremias 13.25
OBJETIVOS
DESTACAR as
parábolas como recursos literários;
INTERAÇÃO
Professor(a),
na lição deste domingo, veremos um ato simbólico de Jeremias envolvendo o cinto
de linho que serviu como uma lição para o povo. Isso se encontra no capítulo
13. Alguns autores, como no Comentário Bíblico Beacon, chamam esses atos
simbólicos de parábolas de fé, assim como vamos denominá-los nesta lição. No
decorrer da aula, explique que Jeremias se utiliza desses atos simbólicos com o
objetivo de mostrar que Israel e Judá eram como um cinto de linho usado pelo
Senhor. Mas agora o povo havia se tornado inútil para Deus, e deveria ser
deixado de lado, exatamente como Jeremias fez com o cinto.
ORIENTAÇÃO
PEDAGÓGICA
Professor(a),
converse com os alunos explicando que “a vida dos profetas estava longe do
comum. Geralmente tinham de abandonar caminhos e modos de vida normais já que a
sua existência girava quase inteiramente em torno de receber e entregar as
mensagens de Deus. Eles protestavam fortemente contra a idolatria (isto é,
adorar falsos deuses e outras coisas no lugar do verdadeiro Deus), a
imoralidade e todo tipo de mal entre o povo de Deus. Eles também falavam contra
a corrupção na vida dos reis e sacerdotes, e lutavam por mudanças positivas em
Israel. A principal missão dos profetas era promover o Reino de Deus e a sua
justiça (isto é, uma conduta correta e um relacionamento correto com Deus), e
eles ousadamente entregavam as suas mensagens sem se importar com o risco
pessoal”. (Bíblia de Estudo Pentecostal para Jovens. Rio de Janeiro: CPAD,
p.933).
TEXTO
BÍBLICO
Jeremias
13.1-11.
¹ Assim me
disse o Senhor: Vai, e compra um cinto de linho, e põe-no sobre os teus lombos,
mas não o metas na água.
² E
comprei o cinto, conforme a palavra do SENHOR, e o pus sobre os meus lombos.
³ Então,
veio a palavra do SENHOR a mim, segunda vez, dizendo:
⁴ Toma o
cinto que compraste, e trazes sobre os teus lombos, e levanta-te; vai ao
Eufrates e esconde-o ali na fenda de uma rocha.
⁵ E fui e
escondi-o junto ao Eufrates, como o SENHOR me havia ordenado.
⁶ Sucedeu,
pois, ao cabo de muitos dias, que me disse o SENHOR: Levanta-te, vai ao
Eufrates e toma dali o cinto que te ordenei que escondesses ali.
⁷ E fui ao
Eufrates, e cavei, e tomei o cinto do lugar onde o havia escondido; e eis que o
cinto tinha apodrecido e para nada mais prestava.
⁸ Então,
veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo:
⁹ Assim
diz o SENHOR: Do mesmo modo farei apodrecer a soberba de Judá e a muita soberba
de Jerusalém.
¹⁰ Este
povo maligno, que se recusa a ouvir as minhas palavras, que caminha segundo o
propósito do seu coração e anda após deuses alheios, para servi-los e
inclinar-se diante deles, será tal como este cinto, que para nada presta.
¹¹ Porque,
como o cinto está ligado aos lombos do homem, assim eu liguei a mim toda a casa
de Israel e toda a casa de Judá, diz o SENHOR, para me serem por povo, e por
nome, e por louvor, e por glória; mas não deram ouvidos.
INTRODUÇÃO
I. A
PARÁBOLA COMO RECURSO LITERÁRIO
O termo “parábola” vem do grego parabole, composto de uma
preposição: para, “ao lado de” e “próximo de”; ballo, “colocar”, “lançar” e
“pôr”. Portanto, parábola dá a ideia de colocar uma coisa ao lado de outra para
transmitir, vívida e claramente, uma verdade. A parábola
permite que uma mensagem espiritual e teológica seja transmitida de forma
concreta e dramática. No Novo Testamento, as parábolas mostram a natureza, os
princípios e os valores do Reino de Deus, além de ensinar o modo pelo qual o
crente deve agir e reagir no mundo.
2. A
interpretação de uma parábola.
As parábolas bíblicas foram contadas há muito
tempo e em um contexto cultural bem diferente do que nós vivemos, e isso
aumenta as dificuldades de interpretação. Mas existem caminhos para a
compreensão de sua mensagem, tornando-a possível e segura. O primeiro passo é
identificar se a parábola tem ou não pessoas envolvidas, qual seria este
contexto, e quais as circunstâncias em que estavam para que ela fosse usada. Em
segundo lugar, é preciso conhecer, minimamente, a cultura dos personagens e os
elementos inseridos, identificando assim a representatividade de cada um deles.
3. Jesus e
as parábolas.
Em seu ministério terreno, principalmente na comunicação do
Evangelho do Reino, Jesus utilizou-se das parábolas (Mc 4.2). Contar parábolas
foi o método mais usado pelo Mestre, reafirmando, com simplicidade e
profundidade, os princípios de seu Reino: o amor, a forma de viver de seus
discípulos e o alerta sobre a Sua segunda vinda e a eternidade. Jesus
contava as suas parábolas aos que se interessavam, mas aos que endureciam o
coração e não buscavam compreender os seus ensinamentos, as mesmas parábolas
serviam de julgamento divino. O uso das parábolas por Jesus foi algo previsto,
e com o propósito de tornar claras as verdades antes ocultas.
SUBSÍDIO I
Parábolas.
“A palavra ‘parábola’ é usada para falar de determinada forma literária que se
comunica indiretamente por meio de linguagem comparativa, muitas vezes com o
propósito de desafiar o ouvinte a aceitar ou rejeitar uma nova maneira de
pensar sobre certo assunto. As parábolas geralmente incorporam imagens
concretas e acessíveis da vida cotidiana do público e muitas vezes são concisas
e pontuais, mencionando apenas os detalhes relevantes para uma comparação
eficaz. No entanto, qualquer tentativa de definir o termo ‘parábola’ de maneira
clara e concisa é complicada pelo fato de que tanto a palavra hebraica (mashal)
quanto a grega (parabole), regularmente traduzidas por ‘parábola’, têm
conotações muito mais amplas. Por exemplo, no AT, mashal pode designar
provérbios (Pv 1.1), enigmas (Ez 17.2), declarações proféticas (Nm 23.7,18;
24.3,15,20,21,23) e ditos (1Sm 10.12). Semelhantemente, no NT, parabole denota
provérbios (Lc 4.23), enigmas (Mc 3.23), analogias (Mc 7.17) e muito mais.
Nenhuma definição abrangente de parábolas é, portanto, aceita pelos estudiosos
bíblicos, e muito pouco do que é dito sobre parábolas em geral será aplicado a
todas elas.” (Dicionário Bíblico Baker. Rio de Janeiro: CPAD, 2023, p.376).
PENSE!
Por que Jesus usou parábolas em seu ensino?
PONTO IMPORTANTE!
Porque esse recurso literário torna a transmissão de uma mensagem ainda mais clara e acessível.
II. O ANTIGO
TESTAMENTO E AS PARÁBOLAS
O uso de parábolas não é exclusivo do Novo Testamento, é
encontrado também no Antigo. Masal é o termo hebraico no Antigo Testamento,
enquanto parabole é do Novo Testamento. Estes dois termos falam do ato de
comparar, ou de corresponder com o ensino de algum valor espiritual. Há
diferenças, inclusive estruturais, entre as parábolas do Antigo e as do Novo
Testamento (1Sm 24.13; Ez 17.2; 18.2). Contudo, elas se assemelham no objetivo
que é transmitir de forma clara e acessível, ensinamentos que de outra forma
não seriam facilmente assimilados. Sendo assim, a parábola é um recurso
literário bem presente nos escritos bíblicos, daí porque precisam ser bem
compreendidas.
2. As
parábolas do Antigo Testamento.
Os hebreus sempre usaram histórias para
transmitir valores e princípios, conforme se vê no contexto do Antigo
Testamento. Estas parábolas são representações curtas e que, à semelhança de
histórias longas, transmitem verdades eternas e espirituais dentro do contexto
e da realidade dos ouvintes. Observe algumas parábolas no Antigo Testamento: a de
Jotão, sobre as árvores que escolheram um rei (Jz 9.7-15); a de Natã ao tratar
sobre o pecado de Davi (2Sm 12.1-5); a da mulher de Tecoa (2Sm 14.4-17) e a de
Jeoás, rei de Israel, sobre o cedro e o espinheiro (2Rs 14.9). Além destas, há
parábolas contadas por profetas, com o mesmo objetivo das demais.
3. Os
profetas e as parábolas.
Os profetas foram responsáveis pela exposição dos
ensinamentos de Deus ao seu povo. Certamente, esta não foi uma tarefa simples e
nem fácil, por isso eles eram separados, consagrados e dedicados a uma vida de
comunhão com Deus. Além da relação do profeta com Deus, há também sua relação
com o povo, na entrega da mensagem que deveria ser inteligível e acessível.
Diante disso, estes homens escolhidos por Deus, em algum momento, usaram as
parábolas para transmitir a mensagem divina. Além de
Balaão e Natã, a Bíblia registra outros profetas que falaram dos oráculos
divinos por meio de parábolas, como Isaías que falou da “Parábola da Vinha Má”
(Is 5.1-7) e Ezequiel, contemporâneo de Jeremias, que apresentou as seguintes
parábolas: a das duas águias e da videira (Ez 17.3-10); a do leão enjaulado
(19.2-9) e a da panela (24.3-5). Os profetas também falaram por parábolas ao
povo.
PENSE!
Qual a relação entre o uso de parábolas e o Antigo Testamento?
PONTO IMPORTANTE!
O uso de parábolas não é restrito somente ao Novo Testamento, é possível encontrá-la no Antigo, inclusive no ministério de alguns profetas
III.
PARÁBOLAS DE JEREMIAS
O capítulo 13 de Jeremias têm duas parábolas: a do
cinto de linho (vv.1-11) e a do odre de vinho (vv.12-14). A semelhança entre
elas é que, tanto o cinto de linho quanto os odres de vinho deveriam ser
destruídos e ambas alertavam a respeito do juízo de Deus sobre Judá e
Jerusalém. Seguindo a ordem divina, Jeremias comprou um cinto de linho,
usando-o em sua cintura e depois o enterrou junto ao rio Eufrates (Jr 13.1-5).
Depois de “muitos dias”, o profeta desenterrou o cinto que já se encontrava
“apodrecido” e sem nenhuma utilidade (Jr 13.6,7). O linho era o tecido usado
pelos sacerdotes, e este cinto, certamente, foi uma referência à missão de Judá
em ser uma nação sacerdotal (Lv 16.4). À semelhança do cinto que perdeu o seu
valor, Judá perderia o sentido de ser, caso deixasse de cumprir o seu propósito
(Jr 13.7). Assim como
um cinto abraça o corpo do seu usuário, assim também Deus desejou abraçar Judá.
Entretanto, Judá não permitiu e negligenciou a sua missão. O povo não se
arrependeu de seus pecados e por isso teve o seu orgulho ferido pelo Senhor (Jr
13.9).
2. Os dois
cestos de figos (Jr 24.1-10).
Por meio de uma visão, Jeremias recebeu a
parábola de dois cestos de figos e isso se deu no período da primeira
deportação, no reinado de Jeoaquim, por volta de 597 a.C. Nos dois cestos havia
o mesmo tipo de fruto, sendo que em um deles havia figos bons para serem
consumidos e, no outro, estavam os figos ruins, e que não serviam de alimento.
Qual o valor de um figo se não serve como alimento? Conforme visto, Judá
deveria servir como um sacerdote, refletindo a santidade divina e abençoando os
povos (Êx 19.6; Is 27.6). Nesta
parábola fica claro que, mesmo tendo sido levado à Babilônia, os judeus da
primeira deportação tinham alcançado o favor divino, provavelmente porque foram
generosos com Jeremias (Jr 26; 36); já os que ficaram em Jerusalém — que foram
hostis a Jeremias — seriam punidos mais tarde (Jr 24.8-10). A disciplina serve
de aperfeiçoamento para alguns e de punição para outros. O povo não
aprendeu a lição e pôs a confiança em Zedequias, que por sua vez, firmou-se em
seu próprio caminho e desprezou a Palavra de Deus (Jr 27).
3. Uma
aplicação necessária.
Estas duas parábolas alertaram o povo dos dias de
Jeremias e continua servindo de lição à Igreja da atualidade. Na igreja há os
que cumprem a sua missão — e agradam a Deus —, mas há também aqueles que, ao
contrário, desagradam ao Senhor. A Igreja deve ser o que foi chamada para ser,
e fazer o que efetivamente o Senhor a mandou fazer (Mt 28.18-20). A motivação
para que a igreja cumpra o seu papel é a consciência de que ela depende de Deus
em tudo, por isso deve confiar inteiramente no Senhor, afinal de contas, é Ele
quem dá crescimento à sua igreja (1Co 3.6). A igreja é chamada a agradar a Deus
(At 5.29), mas para isso ela deve cumprir — com fidelidade — o seu papel, ou à
semelhança do cinto de linho e dos figos ruins, ela perderá a razão de ser.
SUBSÍDIO III
13.1-11 UM
CINTO DE LINHO.
O ato simbólico de Jeremias envolvendo o cinto de linho serviu
como uma lição para o povo. Israel e Judá eram como um cinto de linho usado
pelo Senhor, simbolizando o íntimo relacionamento que Ele tivera antes com
eles. Agora o povo havia se tornado inútil para Deus, e deveria ser deixado de
lado, exatamente como Jeremias fez com o cinto. Durante o exílio do povo (isto
é, a deportação de sua terra natal para vários lugares, por todo o Império
Babilônico; veja a Introdução de Jeremias) na área do rio Eufrates, eles seriam
inúteis para Deus, por causa do seu pecado. Todo o seu orgulho e honra seriam
perdidos.” (Bíblia de Estudo Pentecostal para Jovens. Rio de Janeiro: CPAD,
p.933).
PENSE!
Como as parábolas do cinto de linho e dos dois cestos de figos do profeta Jeremias podem contribuir com a igreja da atualidade?
PONTO IMPORTANTE!
À semelhança de Judá, a igreja recebeu uma missão e ela deve cumpri-la, caso contrário, será como 0 cinto de linho e os figos ruins que não cumpriram com a sua missão.
CONCLUSÃO
HORA DA
REVISÃO
1. Segundo a lição, qual o método de ensino mais utilizado por Jesus?
PDF DO ESBOÇO DA LIÇÃO
VIDEO DO ESBOÇO DA LIÇÃO
Pb. Rogério Faustino
Neweb

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