“E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores.” (Ef 4.11)
VERDADE PRÁTICA
¹ Esta é uma palavra fiel: se alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja.
Segunda – 1 Tm 3.1 A excelência do chamado ministerial.
¹ Esta é uma palavra fiel: se alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja.
1 Timóteo 3.1
Terça – 1 Pe 2.9 O sacerdócio universal de todos os crentes.
⁹ Mas vòs sois a geração eleita, o sacerdòcio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz;
1 Pedro 2.9
Quarta – Ef 4.11 O ministério quíntuplo da Igreja.
¹¹ E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores,
Efésios 4.11
² E os doze, convocando a multidão dos discípulos, disseram: Não é razoável que nós deixemos a palavra de Deus e sirvamos às mesas.
³ Escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete homens de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, aos quais constituamos sobre este importante negócio.
⁴ Mas nós perseveraremos na oração e no ministério da palavra.
⁵ E este parecer contentou a toda a multidão, e elegeram Estêvão, homem cheio de fé e do Espírito Santo, e Filipe, e Prócoro, e Nicanor, e Timão, e Parmenas e Nicolau, prosélito de Antioquia;
⁶ E os apresentaram ante os apóstolos, e estes, orando, lhes impuseram as mãos.
⁷ E crescia a palavra de Deus, e em Jerusalém se multiplicava muito o número dos discípulos, e grande parte dos sacerdotes obedecia à fé.
Atos 6.1-7
² Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma mulher, vigilante, sóbrio, honesto, hospitaleiro, apto para ensinar;
³ Não dado ao vinho, não espancador, não cobiçoso de torpe ganância, mas moderado, não contencioso, não avarento;
⁴ Que governe bem a sua própria casa, tendo seus filhos em sujeição, com toda a modéstia
⁵ (Porque, se alguém não sabe governar a sua própria casa, terá cuidado da igreja de Deus?);
⁶ Não neófito, para que, ensoberbecendo-se, não caia na condenação do diabo.
⁷ Convém também que tenha bom testemunho dos que estão de fora, para que não caia em afronta, e no laço do diabo.
1 Timotéo 3.2-7
⁷ Porque convém que o bispo seja irrepreensível, como despenseiro da casa de Deus, não soberbo, nem iracundo, nem dado ao vinho, nem espancador, nem cobiçoso de torpe ganância;
Tito 1.7
Henry Maxwell Wrigth
Há trabalho pronto para ti, cristão;
Que demanda toda a tua devoção;
Vem, alegremente, a Cristo obedecer,
Pois só tu, ó crente, o poderás fazer!
Por Jesus a trabalhar,
Prontamente, fielmente, trabalhar!
Em Servi-Lo, que prazer!
E só tu, ó crente, o poderás fazer.
Para cada crente, o Mestre preparou
Um trabalho certo, quando o resgatou,
O trabalho a que Jesus te chama aqui.
Como será feito, se não for por ti?
Pode ser humilde, mas se for p’ra Deus,
Ele é contemplado lá dos altos céus.
E o esforço feito não será em vão
Se tiver de Cristo, plena aprovação!
Quantos há perdidos, sem a salvação!
Quantos que precisam de consolação!
Como Cristo os ama, fá-los entender,
Pois só tu, á crente, o poderás fazer!
Levando a Palavra com amor;
Quero eu cantar e orar,
E ocupado quero estar,
Sim, na vinha do Senhor.
Na seara e na vinha do Senhor;
Meu desejo é orar,
E ocupado quero estar
Sim, na vinha do Senhor.
Eu quero, cada dia, trabalhar;
Conduzi-los a Jesus,
Nosso guia, nossa luz,
Sim, na vinha do Senhor.
Eu quero ser obreiro de valor,
Confiando no poder do Salvador;
Se quiseres trabalhar,
Acharás também lugar,
Sim, na vinha do Senhor.
132 - Obreiros do Senhor
Paulo Leivas Macalão
Somos obreiros do Senhor,
À messe vamos, com amor,
A proclamar a salvação
De Cristo e o Seu perdão;
Pois trabalhemos por amor
De Cristo, nosso Salvador,
Que por nós o sangue derramou,
E no Calvário expirou.
À colheita vinde já, pois Jesus vos chama;
“Todos devem trabalhar”, o Senhor proclama,
Breve, tudo findará, não se poderá segar;
Vinde crentes, vinde trabalhar.
O Evangelho, ó pregai,
E, sem temor, as novas dai
E a bandeira levantai
Em nossas mãos Deus confiou,
A graça que nos enviou.
As novas dai, não vacileis,
Que a vitória obtereis.
As horas, prestes, passarão,
E nunca mais a vós virão,
Se não falardes de Jesus,
Alguns jamais verão a luz.
Ainda hoje há perdão,
O mundo jaz na perdição,
Oh! não desprezeis o favor
Do amoroso Salvador.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Efésios 4.11-16
¹² querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo,
¹³ até que todos cheguemos à unidade da fé e ao conhecimento do Filho de Deus, a varão perfeito, à medida da estatura completa de Cristo,
¹⁴ para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo vento de doutrina, pelo engano dos homens que, com astúcia, enganam fraudulosamente.
¹⁵ Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo,
¹⁶ do qual todo o corpo, bem-ajustado e ligado pelo auxílio de todas as juntas, segundo ajusta operação de cada parte, faz o aumento do corpo, para sua edificação em amor.
PLANO DE AULA
1- INTRODUÇÃO
Prezado (o) professor(a), nesta
lição, veremos a natureza do ministério sacerdotal ( O ministério se dava pela intercessão do povo a Deus a adoração e a execução de todo culto levitico. Saiba mais: Estilo Adoração.) praticado entre os hebreus
na Antiga Aliança, bem como do exercício ministerial na Nova Aliança ( O exercicio do ministério sacerdotal na nova aliança se dápor cada crente . De modo
geral, todo crente é chamado a exercer o sacerdócio universal (O sacerdócio universal ou o sacerdócio de todos os crentes é uma doutrina cristã que afirma que todos os cristãos compartilham um sacerdócio comum, independentemente de serem ou não ministros religiosos. Saiba mais: Estilo Adoração) conforme o
propósito divino predeterminado para sua Igreja. Em contrapartida, quanto aos
ofícios ministeriais, o Senhor escolheu pessoas específicas para edificar a
igreja por meio dos dons ministeriais ( São dons ou dádivas distribuidas especificamente a determinadas pessoas para edificação espirituas da igreja.), visando o aperfeiçoamento dos santos.
2- APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição:
I) Apresentar a doutrina bíblica
do ministério sacerdotal observada na Antiga Aliança e praticada pelos crentes
na Nova Aliança;
II) Elencar os cargos ministeriais
instituídos na Igreja Primitiva;
III) Explicar as qualificações de
natureza moral e social exigidas para o exercício ministerial.
B) Motivação:
O crente foi chamado
por Deus para exercer o sacerdócio real e, como nação santa, anunciar as
virtudes do Reino Celestial. Como sacerdote da Nova Aliança, o crente oferece a
Deus sacrifícios agradáveis, isto é, a própria vida em serviço santo e o louvor
como fruto dos lábios. Além disso, o crente intercede pelos salvos e proclama a
salvação aos que precisam ser alcançados.
C) Sugestão de Método:
Nesta
lição, a classe estudará a natureza dos dons ministeriais e suas respectivas
características. Para verificar o nível de conhecimento dos seus alunos acerca
dos dons ministeriais, solicite que a classe registre em uma folha de papel à
parte quais são as qualificações exigidas para o exercício ministerial,
conforme estão registradas nas Cartas Pastorais de Timóteo, 2 Timóteo e Tito.
3 – CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação:
A multiforme
sabedoria de Deus encarregou a cada crente com qualificações específicas para o
exercício de dons ministeriais e espirituais específicos. Cabe ao crente buscar
o discernimento para identificar a natureza do seu chamado espiritual.
4- SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão.
Vale
a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e
subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 96, p. 39, você
encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais:
Ao final do
tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula:
1) O texto “‘A Geração Eleita, o Sacerdócio Real’ (1 Pe 2.9,10)”, localizado depois do primeiro tópico, aponta para a natureza do chamado sacerdotal da Igreja e sua missã
o como anunciadora
das virtudes do Reino de Deus;
2) O texto “O chamado para o
Ministério”, ao final do terceiro tópico, destaca a rica diversidade, produzida
pela obra do Espírito Santo, dentro da admirável unidade do Corpo de Cristo.
INTRODUÇÃO
Nesta lição, veremos o ministério
em suas diferentes funções e ofícios, bem como as qualificações que,
biblicamente, são exigidas para o seu exercício. Primeiramente, mostraremos
que, de modo bíblico, todo cristão exerce um ministério sacerdotal que o habilita
a ministrar diante de Deus. Nesse sentido, não há diferença entre o membro e a
liderança. Todos são sacerdotes de Deus. Por outro lado, as Escrituras mostram
claramente que Deus escolheu determinadas pessoas para funções e ofícios
específicos. Esses ministros chamados por Deus têm a função de servir à Igreja
de Cristo e trabalhar no aperfeiçoamento dos santos.
Palavra-Chave: Ministério
I – O MINISTÉRIO SACERDOTAL DE
TODO CRENTE
1- O Sacerdócio no Antigo Testamento.
A prática do sacerdócio (Pratica religiosa onde uma pessoa ou líder é chamado por Deus para exercer o culto a Ele.) é bem antiga entre os hebreus. Ela saiu da
esfera familiar para se tornar uma complexa prática cerimonialista. Dessa
forma, a evolução do sacerdócio na Antiga Aliança (Pacto estabelecido entre Deus e seu povo, Israel atraves de Moisés onde estabeleceu uma série de leis e mandamentos que os israelitas deveriam seguir para serem considerados fiéis a Deus.) é como segue:
(1) no princípio, quando surgiu a
necessidade de se oferecer sacrifícios, os cabeças das famílias eram seus
próprios sacerdotes (Gn 4.3; Jó 1.5);
(2) Assim, na era dos patriarcas, ( Os patriarcas foram os homens de Deus que Ele usou para estabelecer a nação de Israel. Temos aqui os primeiros patriarcas nas pessoas de Abraão, Isaque e Jacó. ) encontramos o chefe da família exercendo essa função (Gn 12.8);
"⁸ E moveu-se dali para a montanha do lado oriental de Betel, e armou a sua tenda, tendo Betel ao ocidente, e Ai ao oriente; e edificou ali um altar ao Senhor, e invocou o nome do Senhor." (Gn. 12.8)
(3) Israel, como nação, foi posta como sacerdote para outros povos (Êx 19.6);
"⁶ E vós me sereis um reino sacerdotal e o povo santo. Estas são as palavras que falarás aos filhos de Israel." (Ex. 19.6)
(4) no Monte Sinai, ( Do grego, o Monte Sinai (também conhecido em hebraico como Monte Horebe,[1] ou em árabe como Jebel Muça, que significa “Monte de Moisés”) está situado no sul da península do Sinai, no Egito.) o Senhor
limitou a prática sacerdotal à família de Arão (Arão foi o primeiro líder dos sacerdotes hebreus. Ele era filho de Anrão e Joquebede, e irmão de Moisés e Miriã. Arão era três anos mais velho que Moisés, e provavelmente mais novo que Miriã e à tribo de Levi.) (Êx 28.1; Nm
3.5-9).
"¹ Depois tu farás chegar a ti teu irmão Arão, e seus filhos com ele, do meio dos filhos de Israel, para me administrarem o ofício sacerdotal; a saber: Arão, Nadabe, e Abiú, Eleazar e Itamar, os filhos de Arão." (Ex.281)
"⁵ E falou o Senhor a Moisés, dizendo:
⁶ Faze chegar a tribo de Levi, e põe-na diante de Arão, o sacerdote, para que o sirvam,
⁷ E tenham cuidado da sua guarda, e da guarda de toda a congregação, diante da tenda da congregação, para administrar o ministério do tabernáculo.
⁸ E tenham cuidado de todos os utensílios da tenda da congregação, e da guarda dos filhos de Israel, para administrar o ministério do tabernáculo.
⁹ Darás, pois, os levitas a Arão e a seus filhos; dentre os filhos de Israel lhes são dados em dádiva." (Num.3.5-9)
2- Uma doutrina bíblica confirmada no Novo Testamento.
O Novo Testamento apresenta o sacerdócio da Antiga Aliança
como um tipo de Cristo (Hb 8.1) que operou o derradeiro sacrifício pelos
pecados do povo. Assim, não mais uma família, tribo ou nação é detentora do
sistema sacerdotal. Agora, é a Igreja que constitui o sacerdócio universal de
todos os crentes (1 Pe 2.5; Ap 5.10; cf. Jr 31.34). Logo, se debaixo da Antiga
Aliança o sacerdote era um ministro do culto, agora, sob a Nova Aliança, como
sacerdotes, oferecemos o próprio corpo em sacrifício vivo (Rm 12.1,2);
ministramos o louvor como fruto de nossos lábios (Hb 13.15); intercedemos pelos
outros (1 Tm 2.1; Hb 10.19,20); proclamamos as virtudes daquele que nos chamou
das trevas para a sua maravilhosa luz (1 Pe 2.9); e mantemos comunhão direta
com Deus (2 Co 13.13).
3- Uma doutrina bíblica resgatada na Reforma Protestante.
No catolicismo romano, (O Catolicismo é uma vertente do Cristianismo, que acredita que Jesus é o Salvador do mundo. ) o sacerdócio é limitado à figura
dos padres (Padre é o título atribuído ao ministro religioso na Igreja Católica). Não há a função sacerdotal para os membros da igreja. Nesse caso, o
Papa (Papa (do latim "Papa",[1][2] do grego πάππας,[3] Pappas[4] uma palavra carinhosa para pai), também chamado de Santo Padre, é o Bispo de Roma, e como tal, é o líder mundial da Igreja Católica Apostólica Romana.) é considerado o vigário de Cristo na Terra. Por isso, cabe destacar aqui
que o resgate da doutrina bíblica do sacerdócio universal dos crentes, tal qual
se encontra no Novo Testamento, foi uma obra da Reforma Luterana (A Reforma Luterana foi um movimento de caráter religioso, surgido na Alemanha na segunda década do século XVI, liderado por Martinho Lutero. Este movimento criticava várias ações da Igreja Católica, propôs novos caminhos para o cristianismo e resultou na criação da Igreja Luterana.) do século 16.
Para o reformador alemão, “qualquer cristão verdadeiro participa dos benefícios
de Cristo e da Igreja”. A Reforma pregou um retorno radical às Escrituras, como
bem definiu seu slogan no Sola Scriptura (somente a Escritura). Nas páginas das
Escrituras Sagradas, podemos ver a grandeza dessa preciosa doutrina.
SINOPSE I
A doutrina bíblica do sacerdócio
universal do crente é um fato na Nova Aliança. A Igreja constitui o sacerdócio
universal de todos os crentes.
AMPLIANDO O CONHECIMENTO
SACERDÓCIO UNIVERSAL DO CRENTE
“A Igreja, no decurso dos séculos,
sempre tendeu a dividir-se em duas categorias gerais: o clero (Clero é a palavra que descreve a classe clerical, ou seja, são os religiosos, conhecidos como sacerdotes, que fazem parte de uma Igreja, do latim cleru. ) (gr. klêros –
‘sorte, porção’, isto é, porção que Deus separou para si) e o laicato (O laicato se refere aos laicos, ou seja, aos leigos. Aqueles homens e mulheres, batizados, mas não ordenados.) (gr. laos
– povo). O Novo Testamento, no entanto, não faz uma distinção tão marcante.
Pelo contrário, a ‘porção’ ou klêros de Deus, sua própria possessão, refere-se
a todos os crentes nascidos de novo, e não somente a um grupo seleto.” Amplie
mais o seu conhecimento, lendo a obra Teologia Sistemática: Uma Perspectiva
Pentecostal, Editora CPAD, p.564.
AUXÍLIO DEVOCIONAL
A GERAÇÃO ELEITA, O SACERDÓCIO
REAL’ (1 PE 2.9,10)
É simplesmente correto que nós decidamos viver de acordo com os valores de Deus, pois Ele nos escolheu. No Antigo Testamento, os sacerdotes oficiavam em sacrifícios e lideravam a adoração a Deus. Na cultura romana do século I, os sacerdotes pagãos também lideravam os adoradores na oferta de sacrifícios e louvores aos deuses. Em ambos os contextos, servir como sacerdote era considerado uma grande honra. Assim, a imagem de sacerdócio real cristão era clara e poderosa. Nós, que, por causa do pecado, nem mesmo éramos um povo de Deus, fomos chamados das trevas e recebemos a posição mais elevada! Nos tempos antigos, a pedra de esquina era a âncora do alicerce de um edifício. Os textos de Salmos 118.22 e Isaías 28.16, que se referem a pedras de esquina, foram interpretados, por rabinos de Israel, como tendo implicações messiânicas e são aplicados a Jesus nos Evangelhos (Mt 24.42; Mc 12.10; Lc 20.17), por Paulo (Rm 9.33; Ef 2.20) e por Pedro. Jesus Cristo é o alicerce da nossa fé, como também da igreja; nEle, os crentes são pedras vivas (1 Pe 2.4-7). É simplesmente apropriados, então, que sirvamos como sacerdotes e ‘anunciemos as virtudes’ daquele que nos chamou das trevas para a luz” (RICHARDS, Lawrence O. Comentário Devocional da Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p.965).
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II – A ESTRUTURA MINISTERIAL DO
NOVO TESTAMENTO
1- O ministério quíntuplo.
O texto
de Efésios 4.11 diz que Deus pôs na Igreja apóstolos, profetas, evangelistas,
pastores e mestres. Essa relação é descrita comumente como “ministério
quíntuplo” da Igreja.
"¹¹ E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores," (Ef. 4.11)
a) Apóstolo.
Alguém enviado em uma missão (Mt 10.2; Lc 22.14; At 13.2). Alguns requisitos podem ser destacados para alguém ser um apóstolo:
Ter estado com o Senhor Jesus (At 1.21,22);
ter sido uma testemunha da ressurreição de Jesus (At 1.22);
ter visto o Senhor (At 9.1-5);
ter operado sinais e maravilhas (2 Co 12.1-5).
Assim, no Novo
Testamento, o apostolado pode ser visto mais como uma função do que um ofício.
b) Profeta.
O profeta era alguém
inspirado e autorizado para falar em nome de Deus. Nesse aspecto, ele era um
porta-voz de Deus. No Novo Testamento, o profeta exortava e consolava (At
15.32) e trazia revelação do futuro (At 11.27-29). Contudo, a Escritura
distingue o ministério de profeta do dom da profecia. Assim, somente alguns
eram chamados para ser profetas (Ef 4.11) enquanto todos poderiam exercer o dom
da profecia, (De acordo com Stanley Horton, o dom de profecia relatado por Paulo em 1 Coríntios 14 refere-se a mensagens espontâneas, inspiradas pelo Espírito, em uma língua conhecida para quem fala e também para quem ouve, objetivando edificar, exortar ou consolar a pessoa destinatária da mensagem.) (1 Co 14.5,31).
c) Evangelista.
É alguém cujo
ministério é centrado na salvação de almas (At 8.5; 21.8).
O pastor possui a função de apascentar (Jo 21.16) enquanto o mestre, a de ensinar (Rm 12.7).
2- O serviço de diáconos e presbíteros.
O Novo Testamento mostra como o diaconato foi instituído (At 6.1-7). O sentido do verbo grego diakoneo é “servir” e ocorre 37 vezes ao longo do Novo Testamento. Esse significado aparece em Atos 6.2. Da mesma forma, o substantivo grego diakonia, ocorre 34 vezes no texto neotestamentário. Ele também aparece com esse sentido de “servir” em Atos 6.1. À luz do contexto de Atos 6, observamos que o diaconato era um serviço dedicado mais à esfera social da igreja. Por outro lado, o presbyteros, traduzido como “presbíteros”, ocorre 66 vezes no texto grego do Novo Testamento. Em Atos 14.23, o termo é usado para se referir aos anciãos que presidiam as igrejas. Esse mesmo sentido é usado por Lucas em Atos 20.17, quando Paulo se encontra com os presbíteros de Éfeso. Dessa forma, o presbítero era alguém que supervisionava, presidia ou ainda exercia alguma função pastoral.
SINOPSE II
Deus pôs na Igreja apóstolos,
profetas, evangelistas, pastores e mestres.
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III – AS QUALIFICAÇÕES PARA O
MINISTÉRIO
1- Qualificações de natureza moral.
- Não apegado ao dinheiro, ou seja, não avarento (1 Tm 3.3);
- ser irrepreensível (Que não dá margem a repreensão ou censura. ) (1 Tm 3.2; Tt 1.6), ou seja, alguém que não possua nenhuma acusação válida (1 Tm 3.10), o que não significa ausência de pecado, mas uma vida pessoal ilibada, acima de qualquer acusação legítima e de algum escândalo público.
2- Qualificações de natureza social.
- o aspirante ao ministério não pode ser soberbo, isto é, arrogante e orgulhoso (Tt 1.7), uma pessoa de difícil convívio social, alguém que, devido a sua soberba, mantém-se obstinado em sua própria opinião, age com teimosia e arrogância;
- o aspirante também não pode ser irascível (Tt 1.7), truculento, violento, aquele que possui um temperamento mais colérico, uma pessoa que não pensa duas vezes antes de agir de forma descontrolada contra outro, desqualificando-o para ser ministro do Senhor.
3- Qualificados para o ministério.
De acordo com as cartas pastorais, podemos afirmar que há qualificações claras
para o exercício do ministério da Igreja de Cristo. Nesse sentido, os ministros
do Corpo de Cristo têm como requisitos inegociáveis para o exercício do
ministério as qualificações morais e sociais conforme estudados aqui.
SINOPSE III
Há qualificações claras para o
exercício do ministério na Igreja de Cristo.
AUXÍLIO TEOLÓGICO
O CHAMADO PARA O MINISTÉRIO
Paulo salientou, com muito
critério, uma importante verdade concernente à diversidade de ministérios (Rm
12.3-8; 1 Co 12.1-30). Dentro da admirável unidade do Corpo de Cristo,
produzida pela obra do Espírito Santo, há uma rica diversidade. Nem todos os ministérios
têm a mesma função, o mesmo dom ou o mesmo ofício. Assim como o corpo humano
tem uma grande variedade de órgãos a fim de funcionar apropriadamente, o Corpo
de Cristo requer diversidade de ministérios para que a Igreja possa cumprir com
eficiência as ordens de Cristo. Na ‘diversidade da unidade’, brilha o interesse
de Deus pelo indivíduo. A despeito de função, dom ou ofício: a despeito de quão
atraente, ou oculta, seja a tarefa confiada a alguém, todos, aos olhos de Deus,
são importantes. Cada crente será recompensado de acordo com a sua fidelidade”
(MENZIES, Willian W.; HORTON, Stanley M. Doutrinas Bíblicas: Os Fundamentos da
Fé Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p.153).
CONCLUSÃO
Nesta lição, vimos o ministério
sob diferentes aspectos. Vimos que a doutrina do sacerdócio universal dos
crentes é inteiramente bíblica. Todo crente tem o privilégio de apresentar a si
mesmo e a outros diante de Deus, sem a necessidade de mediadores terrenos.
Vimos também que Deus pôs na Igreja alguns para o exercício de determinadas
funções específicas. Esses ministérios devem ser vistos como dons de Deus à
Igreja.
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REVISANDO O CONTEÚDO
1- Como o Novo Testamento
apresenta o sacerdócio da Antiga Aliança?
O Novo Testamento apresenta o
sacerdócio da Antiga Aliança como um tipo de Cristo (Hb 8.1) que operou o
derradeiro sacrifício pelos pecados do povo.
2- Qual movimento histórico fez o
resgate da doutrina bíblica do sacerdócio universal de todos os crentes?
Foi uma obra da Reforma Luterana
do século 16.
3- Cite os cinco ministérios de
Efésios 4.11.
O texto de Efésios 4.11 diz que
Deus pôs na Igreja apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e mestres.
4- Segundo a lição, qual é a
distinção entre o ministério de Profeta e o dom da profecia?
A Escritura distingue o ministério
de profeta do dom da profecia. Assim, somente alguns eram chamados para ser
profetas (Ef 4.11) enquanto todos poderiam exercer O dom da profecia (1 Co
14.5,31).
5- Quais as naturezas da
qualificação ministerial?
São duas: qualificação de natureza
moral e qualificação de natureza social.
Pb. Rogério Faustino
Neweb
Compromisso com a Palavra
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