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Lição 8 – Emoções e sentimentos — A Batalha do equilíbrio interior

 
TEXTO ÁUREO

“E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus.” (Fp 4.7).

VERDADE PRÁTICA

Acima de todo e qualquer método humano, devemos confiar em Deus, único que pode nos dar a verdadeira paz e guardar nossos sentimentos.

LEITURA DIÁRIA

Segunda — Jesus se alegrou no Espírito.
¹⁷ E voltaram os setenta com alegria, dizendo: Senhor, pelo teu nome, até os demônios se nos sujeitam.
¹⁸ E disse-lhes: Eu via Satanás, como raio, cair do céu.
¹⁹ Eis que vos dou poder para pisar serpentes e escorpiões, e toda a força do inimigo, e nada vos fará dano algum.
²⁰ Mas, não vos alegreis porque se vos sujeitem os espíritos; alegrai-vos antes por estarem os vossos nomes escritos nos céus.
²¹ Naquela mesma hora se alegrou Jesus no Espírito Santo, e disse: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, que escondeste estas coisas aos sábios e inteligentes, e as revelaste às criancinhas; assim é, ó Pai, porque assim te aprouve.
Lucas 10.17-21

Terça — 
 A música é uma das formas de expressão emocional.
²¹ E o nome do seu irmão era Jubal; este foi o pai de todos os que tocam harpa e órgão.
Gênesis 4.21
 
Quarta — Moisés, embora muito manso, teve momentos de ira.
³ E era o homem Moisés mui manso, mais do que todos os homens que havia sobre a terra.
Números 12.3

¹⁵ Então Moisés irou-se muito, e disse ao Senhor: Não atentes para a sua oferta; nem um só jumento tomei deles, nem a nenhum deles fiz mal.
Números 16.15
 
Quinta O descontrole de Moisés lhe trouxe grande prejuízo.
¹⁰ E Moisés e Arão reuniram a congregação diante da rocha, e Moisés disse-lhes: Ouvi agora, rebeldes, porventura tiraremos água desta rocha para vós?
¹¹ Então Moisés levantou a sua mão, e feriu a rocha duas vezes com a sua vara, e saiu muita água; e bebeu a congregação e os seus animais.
¹² E o Senhor disse a Moisés e a Arão: Porquanto não crestes em mim, para me santificardes diante dos filhos de Israel, por isso não introduzireis esta congregação na terra que lhes tenho dado.
Números 20.10-12

Sexta — 2Sm 13.1,2,14,15 O coração humano é sujeito às paixões perversas.
¹ E aconteceu depois disto que, tendo Absalão, filho de Davi, uma irmã formosa, cujo nome era Tamar, Amnom, filho de Davi, amou-a.
² E angustiou-se Amnom, até adoecer, por Tamar, sua irmã, porque era virgem; e parecia aos olhos de Amnom dificultoso fazer-lhe coisa alguma.
¹⁴ Porém ele não quis dar ouvidos à sua voz; antes, sendo mais forte do que ela, a forçou, e se deitou com ela.
¹⁵ Depois Amnom sentiu grande aversão por ela, pois maior era o ódio que sentiu por ela do que o amor com que a amara. E disse-lhe Amnom: Levanta-te, e vai-te.
2 Samuel 13.1,2; 14,15
 
Sábado —  O Espírito comunica sentimentos comuns.
¹ Portanto, se há algum conforto em Cristo, se alguma consolação de amor, se alguma comunhão no Espírito, se alguns entranháveis afetos e compaixões,
² Completai o meu gozo, para que sintais o mesmo, tendo o mesmo amor, o mesmo ânimo, sentindo uma mesma coisa.
Filipenses 2.12
 
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Filipenses 4.4-7
⁴ Regozijai-vos, sempre, no Senhor; outra vez digo: regozijai-vos.
⁵ Seja a vossa equidade notória a todos os homens. Perto está o Senhor.
⁶ Não estejais inquietos por coisa alguma; antes, as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus, pela oração e súplicas, com ação de graças.
⁷ E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus.

Mateus 9.36
³⁶ E, vendo a multidão, teve grande compaixão deles, porque andavam desgarrados e errantes como ovelhas que não têm pastor.

João 11.35,36
³⁵ Jesus chorou.
³⁶ Disseram, pois, os judeus: Vede como o amava.

HINOS DA HARPA CRISTÃ


175 - Irmãos Amados

Irmãos amados - E resgatados,
Segui avante - E triunfantes,
Combateremos - E venceremos,
No nome santo de Jesus!

No nome santo - alegre canto:
Eu fui lavado - Santificado;
Vivi perdido - Mas sou remido.
No nome santo de Jesus!

2 Irmãos amados - Santificados,
Vivei unidos - Pois sois remidos,
Não mais temendo - O bem fazendo,
No nome santo de Jesus!

Irmãos amados - Purificados,
Sede valentes - E mui prudentes,
Estais lavados - E libertados,
No nome santo de Jesus!

Autor ou Tradutor: P.L.M Paulo Leivas Macalão

182 - Jesus no Getsêmane

Jesus no Getsêmane foi ligado,
E pelos ímpios foi arrastado
A corte, onde foi muito insultado,
E atingido, por meu pecado;
E a sentença da turba foi o brado:
"Que seja Cristo crucificado."
Vituperado e flagelado
Jesus sofreu o meu pecado.
Vituperado e flagelado
Jesus sofreu o meu pecado.

Então, na cruz, foi o Cristo pendurado
E duma lança foi traspassado;
Ali estava Jesus ensangüentado,
Por meus pecados atormentado!
“Deus meu, Deus meu, por que tens m’abandonado?"
Clamava Cristo crucificado;
“Perdoa o povo tão enganado,
Que cometeu um tal pecado”.
“Perdoa o povo tão enganado,
Que cometeu um tal pecado".

Depois Jesus Cristo foi da cruz tirado,
E ao sepulcro foi carregado;
Por santos, Seu corpo foi embalsamado,
E entre ricos foi sepultado;
Estando Cristo Jesus já enterrado;
O Seu sepulcro foi bem guardado;
Após três dias, Jesus amado,
Da morte foi ressuscitado.
Após três dias Jesus amado,
Da morte foi ressuscitado.

Autor ou Tradutor: P.L.M Paulo Leivas Macalão

299 - Há um Canto Novo

Há um canto novo no meu ser,
É a voz de meu Jesus,
Que me chama: ‘Vem em mim obter
A paz, que eu ganhei na cruz”.

Cristo, Cristo, Cristo, nome sem igual;
Enches o contrito, de prazer celestial.

Preso no pecado eu me achei,
Sem paz no meu coração;
Mas em Cristo eu já encontrei
Doce paz e proteção.

Tenho Sua graça divinal,
Sob as asas de amor,
E riquezas que fluem em caudal,
Lá do trono do Senhor.

Pelas águas fundas me levou,
Provas muitas encontrei;
Mas Jesus bendito me guiou
Por Seu sangue vencerei.

Cristo, numa nuvem voltará,
Baixará do céu em luz;
Pelo Seu poder me levará,
Pra Seu lar, o bom Jesus.

Autor ou Tradutor: P.L.M Paulo Leivas Macalão
 
PLANO DE AULA

1. INTRODUÇÃO

No assunto desta lição, trataremos das emoções e sentimentos à luz da Palavra de Deus, compreendendo sua influência sobre nossas decisões e atitudes. Em um tempo marcado por crises emocionais, esta é uma oportunidade valiosa para ajudar seus alunos a reconhecerem a ação do Espírito Santo como fonte de equilíbrio interior. Que o ensino desta aula fortaleça a fé, traga consolo e conduza todos a uma vida emocionalmente saudável e espiritualmente madura.

2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO

A) Objetivos da Lição: 
I) Explicar ao aluno a natureza afetiva do ser humano, reconhecendo a diferença entre emoções e sentimentos e sua relação com o pensamento e a vontade; 
II) Ensinar que, embora muitas emoções sejam instintivas, é responsabilidade do cristão administrar suas reações com base na Palavra de Deus; 
III) Demonstrar que o verdadeiro controle dos sentimentos não vem apenas de métodos humanos, mas da paz de Deus, que guarda os corações dos que creem.
 
B) Motivação: 
Temos uma excelente oportunidade de levar os nossos alunos a compreenderem que emoções e sentimentos fazem parte da criação de Deus e devem ser submetidos à direção do Espírito Santo. Em um mundo emocionalmente instável, a Palavra de Deus oferece equilíbrio, cura e paz interior.
 
C) Sugestão de Método: 
Para reforçar o ensino do segundo tópico, sugerimos que dê oportunidade aos alunos para compartilharem situações em que experimentaram emoções fortes (como ira ou medo) e como reagiram a elas. Utilize as passagens bíblicas de Efésios 4.26,27 e Colossenses 3.5-8 para fundamentar a reflexão, enfatizando que a emoção em si nem sempre é pecado, mas a forma como decidimos agir diante dela e se a cultivamos é que pode torná-la pecaminosa. Aborde o perigo de justificar descontrole emocional com a frase “Eu sou assim mesmo!” e a importância de permitir que a obra de Cristo transforme o coração.
 
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO

A) Aplicação: 
A presente lição nos desafia a entregar as nossas emoções e sentimentos a Deus, lembrando que a verdadeira paz que excede todo entendimento guardará nossos corações em Cristo Jesus, permitindo que o Espírito Santo os domine e guie em toda a vida cristã. Assim, a vontade de Deus é que seus filhos tenham bem-estar na área emocional.
 
4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR

A) Revista Ensinador Cristão. 
Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 103, p.40, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
 
B) Auxílios Especiais: 
Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 
1) O texto “Emoções e Sentimentos”, localizado depois do primeiro tópico, aprofunda o assunto “O Homem, um ser afetivo”; 
2) O texto “Emoções e Sentimentos protegidos”, ao final do segundo tópico, aprofunda o assunto “Emoções: Experiência e Controle”.
 
INTRODUÇÃO

O homem é, essencialmente, um ser pensante, afetivo, volitivo (vontade) e livre: pensa, sente, deseja e age. Na lição anterior estudamos a respeito dos pensamentos. Vimos como eles podem influenciar os sentimentos e a vontade, e refletir em nossas decisões. Nesta lição abordaremos a parte afetiva do ser humano, buscando definir e diferenciar emoções e sentimentos e compreender sua importância na experiência humana e espiritual.
 
Palavras-Chave: EMOÇÕES e SENTIMENTOS
 
I. O HOMEM, UM SER AFETIVO

1. Propósitos do estudo. 
Há um evidente e preocupante agravamento da crise de saúde mental em todo o mundo, inclusive no Brasil. Transtornos depressivos e de ansiedade são os que mais crescem. Como já ressaltado, uma compreensão correta do ser humano, à luz da Palavra de Deus, é fundamental para uma vida integralmente equilibrada. Isso inclui entender (1) o que são emoções e sentimentos e como podem e devem ser geridos, (2) qual a conexão existente entre o que pensamos e o que sentimos e (3) qual a relação desses fenômenos com a vontade e as decisões humanas: Pensar, sentir, desejar e agir. Nada em nós deve estar fora do propósito de amar a Deus, servi-lo e adorá-lo (Sl 103.1; Mc 12.30).
 
2. Afetividade: emoções e sentimentos. 
De forma simples, a afetividade é a nossa capacidade de sentir e demonstrar emoções e sentimentos. Esses processos envolvem tanto o nosso corpo quanto a alma (Sl 31.9), e também o espírito (Jo 13.21; Lc 1.47). A Bíblia nos mostra que somos seres completos — corpo, alma e espírito — e que nossas emoções e sentimentos fazem parte da nossa natureza, criada por Deus. Podemos entender melhor assim: a) Emoções: são reações rápidas e geralmente acontecem sem a gente pensar, como por exemplo, quando sentimos medo ou alegria de repente; b) Sentimentos: por outro lado, são mais duradouros, eles nascem das emoções, mas permanecem por mais tempo e são percebidos de forma mais consciente, como por exemplo, quando sentimos gratidão ou solidão. A principal diferença é que a emoção passa rápido, tem pouca duração e é intensa; o sentimento é menos intenso, mas pode perdurar bastante tempo (Mt 26.38; Gn 47.9; Rm 9.2). Como servos de Deus, precisamos aprender a lidar com nossas emoções e sentimentos, buscando equilíbrio através da Palavra de Deus e da ação do Espírito Santo em nossa vida.
 
3. Principais afetos. 
Alegria, medo, raiva, surpresa, nojo e tristeza são as seis emoções básicas. Quando ocorrem, provocam alterações corporais, como coração acelerado, respiração ofegante, tensão muscular, secura na boca e náuseas. Adão expressou alegria ao acordar e contemplar Eva (Gn 2.23), emoção que se tornou um sentimento igualmente prazeroso durante a feliz convivência que tiveram, plena de cumplicidade (Gn 2.25). Depois do pecado, experimentaram vergonha e medo, duas emoções negativas ou desagradáveis. Dentre as reações externas imediatas ocorreram a percepção da nudez, cobrir o corpo e se esconder de Deus (Gn 3.7-10). Tristeza e dor se tornaram sentimentos constantes na vida do primeiro casal (Gn 3.16-18). A tragédia da expulsão do Éden certamente lhes causou profunda frustração e angústia (Gn 3.23).
 
4. Inveja, ira e ódio. 
Em Caim também se observa a presença de emoção e sentimento. Sua ira em relação a Abel ficou estampada em seu rosto, um claro exemplo de reação fisiológica (Gn 4.6). Mesmo advertido por Deus, permitiu que a emoção se transformasse em um sentimento de ódio e matou o irmão (Gn 4.8). Outros sentimentos negativos, como culpa e medo, o acompanhariam por toda a vida (Gn 4.10-14).
 
SINOPSE I

A afetividade humana, que inclui emoções e sentimentos, é uma capacidade criada por Deus, de sentir e demonstrar afetos.
 
AUXÍLIO DE VIDA CRISTÃ
“EMOÇÕES E SENTIMENTOS"

Um dos grandes desafios dos tempos atuais é cultivar a harmonia e o equilíbrio das emoções e dos sentimentos, pois é na desarmonia delas que se encontra a origem da maioria das enfermidades emocionais. [...] Todo o aparelho social em que estamos inseridos em contato com nossas emoções, gera uma tensão. Nessa tensão, ocorre a anulação do pensamento, do processamento do intelecto, acabando por exacerbar as emoções; então, elas acabam assumindo o comando. Assim, um dos maiores desafios para nossas emoções e sentimentos tem a ver com cultivar sentimentos e virtudes que a Palavra de Deus denomina como Fruto do Espírito. Não se trata de uma obra meramente humana, mas desenvolvida pelo Espírito Santo de Deus em nós (Gl 5.22).” (OLIVEIRA, Marcelo. Alcance um Futuro Feliz e Seguro. 1ª Edição. Rio de Janeiro: CPAD, 2024, p.41).

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II. EMOÇÕES: EXPERIÊNCIA E CONTROLE

1. Reação e decisão. 
Como reações instintivas, muitas emoções estão fora do controle humano. Em casos assim, não constituem um pecado em si mesmas. Mas é responsabilidade nossa decidir como agir diante de uma reação emocional. A frase do apóstolo Paulo “Irai-vos e não pequeis” (Ef 4.26) expõe essa verdade. Paulo aconselha os efésios controlarem a ira e não deixarem que os dominem, tornando-se um sentimento pecaminoso. Permanecer irado é dar lugar ao Diabo e abrir caminho para terríveis pecados (Ef 4.27). A ira, portanto, é uma experiência emocional que deve ser repelida e jamais cultivada. Em Efésios 4.31 Paulo diz que devemos nos livrar de toda amargura, ira e cólera. Assim, admite-se a ira como emoção, mas não como sentimento. O verdadeiro cristão não pode alimentar emoções ruins, como a ira (Cl 3.5-8). Dizer “Eu sou assim mesmo!” para justificar arroubos emocionais e permanecer neles é negar a eficácia da obra de Cristo (Rm 8.13; 2Co 5.17).
 
2. Emoção e pecado. 
O fato de uma emoção ser instintiva não retira, de forma absoluta, seu caráter pecaminoso. Raiva, inveja, tristeza e outras emoções reiteradas podem ser expressões de pecados enraizados no coração. Uma pessoa orgulhosa, por exemplo, é muito suscetível a reações emocionais negativas, como ira, rejeição e outros comportamentos hostis às pessoas com quem convive. Nabal era um personagem assim: soberbo, mal-humorado e ingrato (1Sm 25.10,11). Sua insensatez lhe custou a vida (1Sm 25.36-38). Um coração altivo é muito propenso a emoções negativas e sentimentos facciosos (Pv 13.10; 21.24). Como Davi, devemos rogar a Deus que nos livre da soberba, para que ela não nos domine e leve a transgressões (Sl 19.13).
 
3. O aspecto positivo das emoções. 
Mesmo desagradáveis, certas emoções nos trazem muitos benefícios. O medo é um exemplo. Quando sentimos esta emoção, o cérebro inicia um processo instantâneo de descarga de adrenalina, hormônio que põe o corpo em imediato movimento para luta ou fuga. Serve, portanto, como um ativador de nosso mecanismo de defesa. Sem essa emoção o corpo ficaria inerte, sem ação, totalmente vulnerável. Nossos afetos, portanto, podem ser direcionados para o bem ou para o mal. Foi tomado de uma justa indignação que Jesus expulsou os vendilhões do templo (Mt 21.12). Muitas outras emoções o Mestre expressou durante sua vida e ministério (Mt 9.36; Jo 11.35,36; Mc 3.5).

SINOPSE II

Embora as emoções não sejam pecaminosas em si, a decisão de como agir diante delas é nossa responsabilidade para não dar lugar ao pecado.
 
AUXÍLIO DE VIDA CRISTÃ
“EMOÇÕES E SENTIMENTOS PROTEGIDOS"

As emoções e os sentimentos cumprem um papel muito importante em nossa vida em sociedade. Quando se desequilibram, toda a nossa vida também se desequilibra. Quando isso acontece, o medo vira pânico; a tristeza vira depressão; a ira vira cólera — resumindo: o pecado jaz em nossa porta (Gn 4.6,7). Do ponto de vista bíblico, a melhor forma de equilibrar e proteger nossas emoções, bem como nossos sentimentos, é tendo as virtudes do Espírito cuja porta de entrada é o amor (1Co 13.13; Gl 5.22,23). Trata-se do sentimento mais virtuoso da Bíblia. O fruto do Espírito é o antídoto celestial para ordenar nossas emoções. Aqui, a respeito da questão de lidar com nossas emoções, o domínio próprio — ou temperança — é uma virtude especialíssima para nosso equilíbrio. [...] Por que a ênfase na temperança como uma virtude importante? Porque essa virtude ordena nossas emoções. Quando essa virtude está presente em nossa vida, cuidamos para não sermos escravizados por emoção ou paixão. [...] Assim, um coração temperado é um coração protegido.” (OLIVEIRA, Marcelo. Alcance um Futuro Feliz e Seguro. 1ª Edição. Rio de Janeiro: CPAD, 2024, p.42).
 
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III. SENTIMENTOS GUARDADOS POR DEUS

1. A falsa autonomia humana
Como em tantas outras áreas da vida, no aspecto das emoções e dos sentimentos muitos têm preferido acreditar em sua própria capacidade. O mercado está cheio de conteúdos sobre inteligência emocional e gestão emocional. São diversas as técnicas com as quais se promete o reconhecimento, a compreensão e o controle não somente das próprias emoções, mas também das dos outros. Não podemos negar alguma eficácia de métodos coerentes de ajuda ao ser humano nesse tão complexo processo. Todavia, é enganoso e perigoso acreditar no fantástico controle que alguns “mestres” das emoções prometem. Não raro se surpreendem com seus próprios fracassos, na inglória empreitada de serem emocionalmente invencíveis (Jr 17.5,9).
 
2. Obediência, humildade e oração
Em Filipenses 4.7 Paulo se refere ao processo sobrenatural de guarda de nossos corações e sentimentos, que ocorre através da paz de Deus, que excede todo o entendimento. Mas isso somente acontece quando vivemos em abnegação, obediência e humildade, no modelo de Cristo (Fp 2.3-8). O apóstolo exorta os crentes de Filipos a terem o mesmo amor, o mesmo ânimo e o mesmo sentimento, renunciando os interesses pessoais (2.2-4). Quando há esta disposição interior e uma permanente confiança no cuidado divino, demonstrada através de orações e súplicas e um coração agradecido, cumpre-se o que o apóstolo Paulo anuncia no versículo 7: a paz de Deus guarda nossos corações e sentimentos em Cristo Jesus (Fp 4.7).
 
SINOPSE III

A verdadeira guarda dos nossos corações e sentimentos vem da paz de Deus, alcançada através da obediência, humildade e oração, em Cristo Jesus.
 
CONCLUSÃO

Não somos nós, com nossa própria capacidade, que dominaremos nossas emoções e sentimentos, mas sim o próprio Deus, se vivermos em humildade e fé, sob o domínio do Espírito (Gl 5.22).

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REVISANDO O CONTEÚDO

1. O que é afetividade?
De forma simples, a afetividade é a nossa capacidade de sentir e demonstrar emoções e sentimentos.

2. Qual a diferença básica entre emoção e sentimento? 
a) Emoções: são reações rápidas e geralmente acontecem sem a gente pensar, como por exemplo, quando sentimos medo ou alegria de repente; b) Sentimentos: por outro lado, são mais duradouros, eles nascem das emoções, mas permanecem por mais tempo e são percebidos de forma mais consciente, como por exemplo, quando sentimos gratidão ou solidão.

3. Quais são as seis emoções básicas?
Alegria, medo, raiva, surpresa, nojo e tristeza são as seis emoções básicas.

4. Quais as reações fisiológicas mais comuns de uma emoção?
Coração acelerado, respiração ofegante, tensão muscular, secura na boca e náuseas.
 
5. Como ter os sentimentos guardados por Deus?
Em Filipenses 4.7 Paulo se refere ao processo sobrenatural de guarda de nossos corações e sentimentos, que ocorre através da paz de Deus, que excede todo o entendimento. Mas isso somente acontece quando vivemos em abnegação, obediência e humildade, no modelo de Cristo (Fp 2.3-8).
 
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ARQUIVOS:

PDF DO ESBOÇO DA LIÇÃO
VIDEO DO ESBOÇO DA LIÇÃO

REVISTA ENSINADOR CRISTÃO 
EMOÇÕES E SENTIMENTOS — A BATALHA DO EQUILÍBRIO INTERIOR

Muitas decisões e reflexões são influenciadas por aquilo que pensamos e temos vontade (Pv 4.23). Mas há também um aspecto da constituição humana que influencia diretamente nossas decisões, bem como nosso comportamento. Estamos falando da emoção, a parte afetiva do ser humano, que é diretamente impactada em função da nossa experiência diária. Lidar com as emoções não é uma tarefa fácil. Em razão disso, é comum encontrar uma diversidade de conteúdos sobre este tema na internet. A busca demasiada por orientações sobre saúde emocional é reflexo de uma sociedade doente emocionalmente. É crescente o número de pessoas com depressão, transtornos de ansiedade e fobias, resultados do estilo de vida acelerado e consumista. Excesso de exposição a telas, uso excessivo de redes sociais e as exigências de uma sociedade onde as pessoas se sentem na obrigação de mostrar boa aparência ou sustentar uma imagem de perfeição têm levado muitos a sucumbir emocionalmente.
Diante desse cenário, a igreja precisa aprender a lidar com a saúde emocional. Como servos de Deus, as Escrituras são nossa fonte de conhecimento e orientação para lidarmos com as escolhas da vida (Fp 4.7). Para compreender melhor esse tema, pastor Gil Dias aborda o papel da inteligência, faculdade dada por Deus, que se direciona em diferentes áreas. Conforme explica em seu livro Um Alerta Contra a Ansiedade (CPAD), “o psicólogo e consultor corporativo Richard Griffiths define a inteligência espiritual como: ‘Uma dimensão mais complexa de inteligência que ativa as qualidades e capacidades do verdadeiro ‘self’, na forma de sabedoria, compaixão, integridade, alegria, amor, criatividade e paz. É um senso de significado e propósito, que pode ser combinado com o desenvolvimento de habilidades pessoais e profissionais’. A definição de Griffith parte da ideia de que existem três dimensões ou tipos de inteligência: 1. Inteligência racional: refere-se à capacidade de resolução de problemas e ao pensamento lógico. Representada pelo Quociente de Inteligência (QI); 2. Inteligência emocional: capacidade de reconhecer e lidar com as próprias emoções, além de responder adequadamente às emoções das outras pessoas. Representada pelo Quociente Emocional (QE); 3. Inteligência espiritual: capacidade de dar propósito às ações e dar significado à vida. Representada pelo Quociente Espiritual (QE). As dimensões não estão isoladas umas das outras no cérebro humano, mas estão interligadas entre si. Uma não existe sem a outra”. (2025, pp.42,43). O aprendizado contínuo dessas três inteligências é indispensável para lidarmos melhor com as emoções e encontrarmos o equilíbrio interior.

Pb. Rogério Faustino 
Neweb 

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