Lição 8 - O conselho de Jeremias aos reis


TEXTO PRINCIPAL

“Muitos propósitos há no coração do homem, mas o conselho do SENHOR permanecerá.” (Pv 19.21).
 
RESUMO DA LIÇÃO

À semelhança de alguns reis, o homem que rejeita o conselho divino certamente perecerá.

LEITURA DA SEMANA

SEGUNDA —  É Deus que estabelece e remove os reis.
²⁰Falou Daniel, dizendo: Seja bendito o nome de Deus de eternidade a eternidade, porque dele são a sabedoria e a força;
²¹ E ele muda os tempos e as estações; ele remove os reis e estabelece os reis; ele dá sabedoria aos sábios e conhecimento aos entendidos.
²² Ele revela o profundo e o escondido; conhece o que está em trevas, e com ele mora a luz.
Daniel 2.20-22

TERÇA — Aqueles que anunciam a Palavra.
¹⁶ Eis que vos envio como ovelhas ao meio de lobos; portanto, sede prudentes como as serpentes e inofensivos como as pombas.
¹⁷ Acautelai-vos, porém, dos homens; porque eles vos entregarão aos sinédrios, e vos açoitarão nas suas sinagogas;
¹⁸ E sereis até conduzidos à presença dos governadores, e dos reis, por causa de mim, para lhes servir de testemunho a eles, e aos gentios.
¹⁹ Mas, quando vos entregarem, não vos dê cuidado como, ou o que haveis de falar, porque naquela mesma hora vos será ministrado o que haveis de dizer.
²⁰ Porque não sois vós quem falará, mas o Espírito de vosso Pai é que fala em vós.
Mateus 10.16-20
 
QUARTA — A trajetória de Jeoaquim.
⁵ Tinha Jeoiaquim vinte e cinco anos de idade, quando começou a reinar, e reinou onze anos em Jerusalém; e fez o que era mau aos olhos do Senhor seu Deus.
⁶ Subiu, pois, contra ele Nabucodonosor, rei de babilônia, e o amarrou com cadeias, para o levar a babilônia.
⁷ Também alguns dos vasos da casa do SENHOR levou Nabucodonosor a babilônia, e pô-los no seu templo em babilônia.
⁸ Quanto ao mais dos atos de Jeoiaquim, e as abominações que fez, e o mais que se achou nele, eis que estão escritos no livro dos reis de Israel e de Judá; e Joaquim, seu filho, reinou em seu lugar.
⁹ Tinha Joaquim a idade de oito anos, quando começou a reinar; e reinou três meses e dez dias em Jerusalém; e fez o que era mau aos olhos do Senhor.
¹⁰ E no decurso de um ano enviou o rei Nabucodonosor, e mandou trazê-lo a babilônia, com os mais preciosos vasos da casa do SENHOR; e pôs a Zedequias, seu irmão, rei sobre Judá e Jerusalém.
2 Crônicas 36.5-10

QUINTA —  As bênçãos para os que deixam o mal.
¹ Ó VÓS, todos os que tendes sede, vinde às águas, e os que não tendes dinheiro, vinde, comprai, e comei; sim, vinde, comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite.
² Por que gastais o dinheiro naquilo que não é pão? E o produto do vosso trabalho naquilo que não pode satisfazer? Ouvi-me atentamente, e comei o que é bom, e a vossa alma se deleite com a gordura.
³ Inclinai os vossos ouvidos, e vinde a mim; ouvi, e a vossa alma viverá; porque convosco farei uma aliança perpétua, dando-vos as firmes beneficências de Davi.
⁴ Eis que eu o dei por testemunha aos povos, como líder e governador dos povos.
⁵ Eis que chamarás a uma nação que não conheces, e uma nação que nunca te conheceu correrá para ti, por amor do Senhor teu Deus, e do Santo de Israel; porque ele te glorificou.
⁶ Buscai ao Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto.
⁷ Deixe o ímpio o seu caminho, e o homem maligno os seus pensamentos, e se converta ao Senhor, que se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso é em perdoar.
⁸ Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos, diz o Senhor.
⁹ Porque assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos.
Isaías 55.1-9
 
SEXTA —  A triste trajetória do rei Zedequias.
¹¹ Tinha Zedequias a idade de vinte e um anos anos, quando começou a reinar; e onze anos reinou em Jerusalém.
¹² E fez o que era mau aos olhos do Senhor seu Deus; nem se humilhou perante o profeta Jeremias, que falava da parte do Senhor.
¹³ Além disto, também se rebelou contra o rei Nabucodonosor, que o tinha ajuramentado por Deus. Mas endureceu a sua cerviz, e tanto se obstinou no seu coração, que não se converteu ao Senhor Deus de Israel.
¹⁴ Também todos os chefes dos sacerdotes e o povo aumentavam de mais em mais as transgressões, segundo todas as abominações dos gentios; e contaminaram a casa do Senhor, que ele tinha santificado em Jerusalém.
¹⁵ E o Senhor Deus de seus pais, falou-lhes constantemente por intermédio dos mensageiros, porque se compadeceu do seu povo e da sua habitação.
¹⁶ Eles, porém, zombaram dos mensageiros de Deus, e desprezaram as suas palavras, e mofaram dos seus profetas; até que o furor do Senhor tanto subiu contra o seu povo, que mais nenhum remédio houve.
¹⁷ Porque fez subir contra eles o rei dos caldeus, o qual matou os seus jovens à espada, na casa do seu santuário, e não teve piedade nem dos jovens, nem das donzelas, nem dos velhos, nem dos decrépitos; a todos entregou na sua mão.
¹⁸ E todos os vasos da casa de Deus, grandes e pequenos, os tesouros da casa do SENHOR, e os tesouros do rei e dos seus príncipes, tudo levou para babilônia.
¹⁹ E queimaram a casa de Deus, e derrubaram os muros de Jerusalém, e todos os seus palácios queimaram a fogo, destruindo também todos os seus preciosos vasos.
²⁰ E os que escaparam da espada levou para babilônia; e fizeram-se servos dele e de seus filhos, até ao tempo do reino da Pérsia.
²¹ Para que se cumprisse a palavra do Senhor, pela boca de Jeremias, até que a terra se agradasse dos seus sábados; todos os dias da assolação repousou, até que os setenta anos se cumpriram.
²² Porém, no primeiro ano de Ciro, rei da Pérsia (para que se cumprisse a palavra do Senhor pela boca de Jeremias), despertou o Senhor o espírito de Ciro, rei da Pérsia, o qual fez passar pregão por todo o seu reino, comotambém por escrito, dizendo:
²³ Assim diz Ciro, rei da Pérsia: O Senhor Deus dos céus me deu todos os reinos da terra, e me encarregou de lhe edificar uma casa em Jerusalém, que está em Judá. Quem há entre vós, de todo o seu povo, o Senhor seu Deus seja com ele, e suba.
2 Crônicas 36.11-23

SÁBADO — A Palavra permanece para sempre.
²⁴ Porque toda a carne é como a erva,e toda a glória do homem como a flor da erva.Secou-se a erva, e caiu a sua flor;
²⁵ Mas a palavra do Senhor permanece para sempre.E esta é a palavra que entre vós foi evangelizada.
1 Pedro 1.24, 25

OBJETIVOS

DESTACAR o ministério profético de Jeremias junto aos reis;
REFLETIR a respeito da vida de Jeoaquim, o rei que rejeitou a Palavra de Deus;
MOSTRAR que Zedequias foi o rei das incertezas.

INTERAÇÃO

Professor(a), aproveite o tema central da lição deste domingo para enfatizar, no decorrer da lição, que ouvir os conselhos divinos e viver de acordo com eles é ter a garantia de uma vida protegida pelo Senhor. Contudo, rejeitá-los, assim como fizeram Jeoaquim e Zedequias, é uma escolha insensata e que trará sérias consequências. O princípio da obediência aos conselhos de Deus serve para todos, indistintamente. A obediência à Palavra de Deus é o caminho para uma vida longa, sossegada e abençoada.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Professor(a), reproduza a tabela abaixo (adaptada da Bíblia de Estudos Pentecostal, CPAD) no quadro de escrever. A tabela mostra os principais cargos, designados por Deus para apascentar seu povo. Utilize-a para explicar à classe qual era a real missão do rei, do sacerdote e do profeta. Enfatize o fato de que estes não estavam cumprindo com a missão que fora designada a eles por Deus. Agiam de modo irresponsável. Como líderes, eles eram os responsáveis pela degradação espiritual e moral que havia em Judá.

Função - Missão - Recomendação Bíblica
Rei - Governante do povo de Deus. - Aconselhar e guiar o povo de Deus (1 Sm 9.16} - Dt 17.14-20

Sacerdote - No Antigo Testamento, era o ministro designado para representar o homem diante de Deus -  Santificar o povo, oferecer dons e sacrifícios pelo povo e interceder pelos transgressores (Hb S i-3) - Lv 10.8-11; 21.124

Profeta - Porta-voz oficial de Deus - Preservar o conhecimento e manifestar a vontade do Único e Verdadeiro Deus (Ez 21-10). - Dt 1820-22; 2 Co 14.26-40
 
TEXTO BÍBLICO

Jeremias 34.1-6.
¹ A palavra que do SENHOR veio a Jeremias quando Nabucodonosor, rei da Babilônia, e todo o seu exército, e todos os reinos da terra que estavam sob o domínio da sua mão, e todos os povos pelejavam contra Jerusalém e contra todas as suas cidades, dizendo:
² Assim diz o SENHOR. Deus de Israel: Vai, e fala a Zedequias, rei de Judá, e dize-lhe: Assim diz o SENHOR: Eis que eu entrego esta cidade nas mãos do rei da Babilônia, o qual a queimará.
³ E tu não escaparás das suas mãos; antes, decerto, serás preso e serás entregue nas suas mãos; e teus olhos verão os olhos do rei da Babilônia, e ele te falará boca a boca, e entrarás na Babilônia.
⁴ Todavia ouve a palavra do SENHOR, ó Zedequias, rei de Judá. Assim diz o SENHOR a teu respeito: Não morrerás à espada.
⁵ Em paz morrerás, e, conforme as incinerações de teus pais, os reis precedentes, que foram antes de ti, assim te queimarão a ti e prantear-te-ão, dizendo: Ah! SENHOR! Porque sou eu que digo a palavra, diz o SENHOR.
⁶ E anunciou Jeremias, o profeta, a Zedequias, rei de Judá, todas estas palavras, em Jerusalém.

INTRODUÇÃO

Na lição deste domingo, vamos aprender a respeito da resposta negativa dos reis Jeoaquim e Zedequias à Palavra de Deus transmitida por Jeremias. Veremos as terríveis consequências que sofreram em decorrência disso.
 
I. UM PROFETA ENTRE OS REIS

1. Jeremias, enviado aos reis. 
Deus escolheu e enviou Jeremias como profeta às nações. Ele também seria responsável por transmitir a mensagem divina “sobre os reinos” (v.10). A monarquia foi instituída nos dias de Samuel por apelo do povo (1Sm 8.1-22). Entretanto, desde a época de Moisés, Deus já mostrava que o rei deveria ser escolhido dentro de seus critérios, pois teria a missão de cumprir a Sua vontade (Dt 17.15). Na missão de liderar o povo sob a vontade divina, os reis eram orientados pelos profetas de seus dias.
 
2. O preço por profetizar aos reis. 
O ministério de Jeremias foi extraordinário, primeiro porque foi chamado por Deus, depois pela mensagem que entregou, pelo contexto histórico no qual estava inserido, pelos efeitos de seu ofício profético e o público a quem foi enviado, composto tanto pelo povo como também pela sua liderança, inclusive os reis de seus dias.Jeremias é conhecido não somente pelas mensagens que entregou durante o seu ministério, mas também pelo sofrimento que isso lhe causou. Isso se confirma em diversos episódios da trajetória deste profeta, especialmente na ordem divina que o privou de “se casar”, “não lamentar os mortos” e “não ir a banquetes” (Jr 16.2,5,8). Por entregar a mensagem de Deus ao povo e principalmente aos reis de seu tempo, Jeremias foi perseguido (Jr 36.26), posto em prisão (37.15-21) e lançado numa cisterna (Jr 38.1-6).
 
3. Um profeta e cinco reis. 
O texto de abertura do livro de Jeremias informa que a palavra do Senhor foi a ele nos dias de Josias, e nos dias de Jeoaquim até ao fim do ano undécimo de Zedequias (Jr 1.2,3). O destaque a estes três reis se dá em virtude de que eles reinaram por longo tempo, razão pela qual as suas ações são fundamentais no ministério de Jeremias e para a compreensão de suas lições na atualidade. Jeremias profetizou por aproximadamente 40 anos, compreendendo o governo dos seguintes reis: Josias, Joacaz, Jeoaquim, Joaquim e Zedequias. Destes cinco reis, Joacaz e Joaquim reinaram somente três meses cada um, e ambos “fizeram o que era mal aos olhos do Senhor” (2Rs 23.31,32; 24.8,9).

SUBSÍDIO I

“O ofício de profeta — [...] Os verdadeiros profetas de Deus foram levantados por Ele para servir como um tipo de terceira ordem, juntamente com o sacerdote e o rei. Seu papel era de origem mais divina e importante do que o rei e o sacerdote: não era, entretanto, ‘oficializado’ no sentido que eram os outros. De fato, ao invés de transitar nos círculos da política e da religião estabelecida, os profetas agiam por fora, como instrumentos de correção ou conselheiros. Todas as sociedades do mundo antigo tinham seus profetas, mas os de Israel destacavam-se em vários sentidos. Em primeiro lugar, eles tinham a total consciência de que eram chamados por Deus e, se de fato eram servos de Yahweh, adaptavam-se aos estritos critérios necessários à função, a fim de provar a sua credibilidade e genuidade.” (MERRILL, Eugene H. História de Israel no Antigo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2001, pp.401,402).

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II. JEOAQUIM: O REI QUE REJEITOU A DEUS E À SUA PALAVRA

1. Quem foi o rei Jeoaquim. 
Com a morte de Josias, o rei da maior reforma religiosa da história de Israel, Jeoacaz, seu filho, o substituiu e reinou por três meses (2Rs 23.31). Eliaquim, seu irmão, assumiu o trono em seu lugar e teve o seu nome mudado para Jeoaquim pelo Faraó — Neco a quem serviu como rei vassalo. A expressão “e fez o que era mau aos olhos do Senhor, seu Deus” (2Cr 36.5) define a triste trajetória deste rei, cujas marcas centrais de seu governo foram a introdução de práticas pagãs e idólatras (Jr 7.16-18; 11.9-13; Ez 8), a frouxidão moral (Jr 5.26-29; 7.1-15) e a perseguição a profetas fiéis (Jr 26.20-23). Jeremias profetizou contra a injustiça praticada por este rei na construção de seu palácio. Ele usou mão de obra escrava (Jr 22.13-19), razão pela qual foi perseguido de forma implacável (11.18-23). Jeoaquim contribuiu diretamente com o enfraquecimento dos efeitos positivos da reforma religiosa promovida por Josias, seu pai, e veio a morrer no ano 598 a.C.
 
2. Jeoaquim, o rei que rejeitou a mensagem de Deus. 
Jeoaquim reinou por cerca de onze anos, período no qual Jeremias atuou como profeta. O episódio em que Jeoaquim corta e lança ao fogo o pergaminho com a mensagem de Deus enviada por Jeremias através de Baruque, além de ser um dos mais marcantes, mostra de forma clara como o rei lidava, não somente com o profeta, mas principalmente com a Palavra de Deus (Jr 36.1-32). Aproveitando o grande número de pessoas em torno do Templo, por causa da convocação de um jejum, sob a orientação divina, Jeremias, que estava impedido de ir à Casa do Senhor, ditou a mensagem ao escriba Baruque lhe dando a missão de transmiti-la ao povo (Jr 36.5,6). A mensagem proclamada na Casa do Senhor repercutiu junto ao rei que, ao ouvi-la, cortou em pedaços o pergaminho e lançou-os no fogo (vv.22,23). De todos os erros de Jeoaquim, este, certamente, foi o mais grave, pois o texto informa que “não temeram, nem rasgaram as suas vestes o rei e todos os seus servos que ouviram todas aquelas palavras” (v.24). Além de rejeitar a palavra de Deus, o rei ordenou que o mensageiro fosse perseguido, entrando assim para a história como um dos reis que não deu ouvidos ao conselho de Deus pelo profeta (v.26).
 
3. A rejeição da Palavra de Deus e as suas consequências. 
Rejeitar a Palavra de Deus é um ato de insubmissão e de rebeldia. Contudo, aceitá-la e submeter-se a ela é demonstração de amor ao Senhor (Jo 14.15,21,23,24). O rei Jeoaquim rejeitou a Palavra do Senhor, perseguiu o profeta e decidiu andar pelos seus próprios caminhos, como se vê na decisão que tomou em rebelar-se contra Nabucodonosor (2Rs 24.1), vindo a ser duramente punido (2Rs 24.2; Jr 35.11) e, na sua morte não foi honrado e nem por ele houve quem lamentasse (Jr 22.18,19; 36.30). Já o profeta que por ele foi perseguido, experimentou a proteção divina (Jr 36.26), e quanto à Palavra de Deus que Jeoaquim rejeitou, Jeremias ditou o mesmo conteúdo para que Baruque reescrevesse “e ainda se acrescentaram a elas muitas palavras semelhantes” (36.32).
 
SUBSÍDIO II

“Jeoaquim. O segundo dos filhos do rei Josias a reinar sobre Judá (r. 609-598 a.C.). A sua mãe era Zebida. Jeoaquim ‘fez o que era mal aos olhos do Senhor’ (2Rs 23.37), e o seu reinado de onze anos está registrado em 2 Reis 23.34-37; 24.1-6 e 2 Crônicas 36.4-8. Ele tinha vinte e cinco anos quando o faraó Neco depôs o seu irmão Jeoacaz e fê-lo rei, mudando o seu nome de nascimento, ‘Eliaquim’, para ‘Jeoaquim’. Inicialmente, pagou tributo ao Egito, mas tornou-se vassalo da Babilônia quando Nabucodonosor derrotou Neco em 605 a.C. Jeremias profetizou exílio e morte por causa da sua ganância e opressão dos pobres (Jr 22.13-19). Jeoaquim queimou o rolo de Jeremias e tentou prender o profeta, mas foi frustrado por Deus (Jr 36.20-26); matou, no entanto, o profeta Urias (Jr 26.20-23). Jeoaquim ignorou o conselho de Jeremias e rebelou-se contra a Babilônia, de modo que Nabucodonosor revidou primeiro, enviando pequenos bandos militares, depois sitiando Jerusalém e capturando Jeoaquim. Provavelmente, morreu no exílio.” (Dicionário Bíblico Baker. Rio de Janeiro: CPAD, 2023, p.270).

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III. ZEDEQUIAS: O REI DAS INCERTEZAS

1. Quem foi o rei Zedequias. 
Joaquim reinou no lugar de Jeoaquim por apenas três meses e foi substituído por seu tio Matanias, que teve o seu nome mudado pelo rei da Babilônia para Zedequias (2Rs 24.17). De acordo com o registro bíblico, Zedequias andou nos mesmos caminhos de Jeoaquim e “fez o que era mal aos olhos do Senhor” (2Rs 24.19) e o seu governo foi, ao que parece, a aplicação da ira de Deus contra Judá. Zedequias assumiu o trono de Judá aos vinte e cinco anos de idade e reinou por onze anos. Ele não se rendeu à vontade de Deus, nem aceitou a mensagem dEle por meio de Jeremias e, pela dureza de seu coração “não se converteu ao Senhor” (2Cr 36.11-13). Zedequias teve de amargar a experiência da última e mais trágica das invasões da Babilônia em Jerusalém, culminando com a sua destruição total conforme profetizado por Jeremias (Jr 34.1-6). Isso tudo porque, à semelhança de Jeoaquim, Zedequias não deu ouvidos à voz de Deus e padeceu de um grande mal.
 
2. Zedequias, o rei das incertezas. 
Como se sabe, Zedequias era ainda bem jovem quando assumiu o reinado de Judá e, embora, segundo as Escrituras, tenha trilhado por caminhos que não agradaram a Deus, ele consultou Jeremias por algumas vezes (Jr 21.1-7; 37.3,17-21; 38.7-28), o que demonstra, em alguma medida, um certo interesse por tentar andar pelo caminho correto. Há duas situações por meio das quais é possível notar a fraqueza deste rei: a primeira é que não tinha forças suficientes para liderar os oficiais de seu governo (Jr 38.5) e a segunda é que não tinha medo da opinião popular (Jr 19; 24).Definitivamente, o reino de Zedequias foi marcado por incertezas advindas de sua fraqueza pessoal, como se vê no episódio em que o profeta o aconselha a entregar-se ao governo de Babilônia, como sinal de humilhação e aceitação da disciplina de Deus. No entanto, ainda que por um momento ele tenha pensado em cumprir a ordem divina, todavia, por causa de suas preocupações com os de fora, optou por ir contra a vontade divina (Jr 38.14-23). Zedequias, portanto, foi um rei que sofreu os danos, e ainda submeteu uma nação inteira à vergonha e à destruição, por causa de sua fraqueza, demonstrada na incerteza em relação a aceitar e obedecer a Palavra de Deus.
 
3. A incerteza de um rei e as suas consequências. 
Uma das qualidades que Deus requer daqueles que lideram sobre o seu povo é “força e coragem” como se vê em suas palavras quando Josué recebeu a incumbência de substituir Moisés (Js 1.9). Estas qualidades são encontradas em Gideão, aliás, elas lhes renderam o elogio que recebeu do próprio Senhor (Jz 6.12,14). Ao contrário disso, o rei Zedequias teve em sua fraqueza a raiz de todos os males em sua trajetória, pois dela resultou a sua incerteza nos momentos nos quais ele teve de tomar decisões importantes. Ele não se submeteu à mensagem de Deus transmitida por meio do profeta Jeremias. Como consequência, o juízo de Deus se manifestou, permitindo que o rei da Babilônia matasse os seus filhos à sua vista, lhe tirasse os seus olhos e destruísse as casas de seu povo e a própria Jerusalém (Jr 39.6-8). Não ouvir os conselhos de Deus por meio de Jeremias custou caro a Zedequias.

PENSE!

Como 0 rei Zedequias lidou com o conselho de Deus? Como você lida com eles?

PONTO IMPORTANTE!

Zedequias agradou aos homens e decidiu não ouvir os conselhos de Deus através de Jeremias. Existe uma sentença para aqueles que desprezam os conselhos de Deus.

CONCLUSÃO

Ouvir os conselhos divinos e viver de acordo com eles é ter a garantia de uma vida protegida pelo Senhor. Por outro lado, rejeitá-los, à semelhança de Jeoaquim e de Zedequias, é uma escolha insensata, arriscada e perigosa. Vimos nesta lição que o princípio da obediência aos conselhos de Deus serve para todos indistintamente, e que este é o caminho para uma vida longa, sossegada e abençoada.

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HORA DA REVISÃO

1. Segundo a lição, quando foi instituída a monarquia?
A monarquia foi instituída nos dias de Samuel por apelo do povo; entretanto, desde a época de Moisés, Deus já mostrava que o rei deveria ser escolhido dentro de seus critérios, pois teria a missão de cumprir a Sua vontade.

2. Qual deveria ser a missão do rei?
Liderar o povo sob a vontade divina.

3. Quem orientava os reis?
Os reis eram orientados pelos profetas de seus dias.

4. Qual o nome dos 3 reis que aparecem na abertura do livro do profeta Jeremias?
Jeremias profetizou por aproximadamente 40 anos, compreendendo o governo dos seguintes reis: Josias, Joacaz, Jeoaquim, Joaquim e Zedequias.

5. Qual o nome do escriba para quem Jeremias ditou as palavras do Senhor?
Baruque.

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 Pb. Rogério Faustino 

 Neweb 


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