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LIÇÃO 8 - A PROMESSA DA PAZ

TEXTO ÁUREO
“Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize.” (Jo 14.27)

VERDADE PRÁTICA
A Paz do Senhor Jesus traz quietude e calma para a nossa alma, principalmente, nos momentos difíceis da vida.

LEITURA DIÁRIA
Segunda
– Fp 4.9 O Deus de paz está conosco em todo o tempo.
⁹ O que também aprendestes, e recebestes, e ouvistes, e vistes em mim, isso fazei; e o Deus de paz será convosco.
Filipenses 4.9

Terça – Cl 3.15 A paz de Deus domina os corações dos que o temem.
¹⁵ E a paz de Deus, para a qual também fostes chamados em um corpo, domine em vossos corações; e sede agradecidos.
Colossenses 3.15

Quarta – Mt 5.9 Os pacificadores são bem- aventurados.
⁹ Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus;
Mateus 5.9

Quinta – Rm 5.1 Por meio de Cristo temos paz com Deus.
¹ Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo;
Romanos 5.1

Sexta – Is 9.6,7 Jesus, o nosso Senhor, é o “Príncipe da Paz”.
⁶ Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.
⁷ Do aumento deste principado e da paz não haverá fim, sobre o trono de Davi e no seu reino, para o firmar e o fortificar com juízo e com justiça, desde agora e para sempre; o zelo do Senhor dos Exércitos fará isto.
Isaias 9.6,7

Sábado – Fp 4.6,7 A paz de Deus excede todo o entendimento.
⁶ Não estejais inquietos por coisa alguma; antes as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus pela oração e súplica, com ação de graças.
⁷ E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos pensamentos em Cristo Jesus.
Filipenses 4.6,7

HINOS DA HARPA CRISTà

A.N Adriano Nobbre
1 Plena paz e santo gozo,
Tenho em ti, ó meu Jesus!
Pois eu cri em Tua morte sobre a cruz;
No Senhor só confiando
Neste mundo viverei,
Entoando aleluias ao meu Rei!

Oh! glória ao meu Jesus!
Pois é digno de louvor;
É meu Rei, meu bom Pastor,
E meu Senhor.
Como os anjos, que O louvam,
Eu também O louvarei,
Entoando aleluias ao meu Rei!

2 O amor de Jesus Cristo
É mui grande para mim,
Pois Sua graça me encheu de amor sem fim.
Meu Jesus foi para a glória,
Mas um dia eu O verei,
Entoando aleluias ao meu Rei!

3 Este mundo não deseja
Tão bondoso Salvador,
Não sabendo agradecer Seu grande amor.
Eu, porém, estou gozando
Do favor da Sua lei,
Entoando aleluias ao meu Rei!

4 Quando o povo israelita
Com Jesus se concertar,
Dando glória ao Seu nome, sem cessar.
Nesse tempo, céu e terra
Hão de ser a mesma grei,
Entoando aleluias ao meu Rei!

Paulo Leivas Macalão
1 Crendo em Cristo Jesus vim obter
Gloriosa paz, perfeita paz:
Inda que dores açoitem meu ser,
Tenho doce paz!

Paz, paz, gloriosa paz;
Paz, paz, perfeita paz;
Desde que Cristo minh’alma salvou,
Tenho doce paz!

2 Paz insondável, qual um grande mar,
Gloriosa paz, perfeita paz;
Posso nos braços de Deus repousar,
Tenho doce paz!

3 Paz inefável de Deus, que faz bem,
Gloriosa paz, perfeita paz;
Que dá alento à alma também,
Tenho doce paz!

4 E, nos conflitos com o tentador,
Gloriosa paz. perfeita paz,
Cristo Jesus me fará vencedor,
Tenho doce paz!

Paulo Leivas Macalão
1 Oh! Que paz eu sinto no Senhor Jesus
Paz eterna, que me faz andar na luz,
E está em mim na prova e na dor;
Minha paz é o Senhor!

Oh! Que paz recebo pela cruz
Paz eterna no Senhor.
Se viver sempre em Jesus
E vencer por Seu amor!
Oh! Que paz que luz tem o pecador
Quando vem a TI, Jesus!

2 Oh! Que paz eu tenho no meu coração,
Paz eterna, que me dá consolação!
E a paz que goza todo o fiel;
De Jesus: o Emanuel!

3 Oh! Que paz celeste me dá o Senhor!
Paz eterna, que me enche de amor;
Essa é Cristo, a vitória d’israel.
Que possui quem for fiel!

4 Oh! Amados, caminhemos com Jesus!
Só pensando nEle e na Sua cruz;
Ele é a paz que alegra o coração
Pois nos dá o Seu perdão!

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Números 6.24-26

²⁴ O Senhor te abençoe e te guarde;
²⁵ O Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre ti e tenha misericórdia de ti;
²⁶ O Senhor sobre ti levante o seu rosto e te dê a paz.

Filipenses 4.6,7
⁶ Não estejais inquietos por coisa alguma; antes, as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus, pela oração e súplicas, com ação de graças.
⁷ E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus.

Pedro 3.10,11
¹⁰ Porque quem quer amar a vida e ver os dias bons, refreie a sua língua do mal, e os seus lábios não falem engano;
¹¹ Aparte-se do mal e faça o bem; busque a paz e siga-a.

PLANO DE AULA
1- INTRODUÇÃO

Nesta lição, veremos que a Bíblia descreve uma paz que excede todo o entendimento humano. Esta paz faz parte do plano de Deus para a humanidade. Infelizmente, ela foi interrompida no jardim do Éden por conta do pecado original. Mas Jesus, o Príncipe da Paz, prometeu resgatá-la, reconciliando o ser humano novamente com Deus por meio de seu sacrifício na cruz. Enquanto esteve com os seus discípulos, o Senhor Jesus adiantou que essa paz estaria sempre disponível aos seus discípulos e a classificou como uma paz diferente daquela prometida pelo mundo. Essa paz traz calma para o coração diante das aflições deste mundo.

2- APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição:

I) Ressaltar que a paz faz parte do plano de Deus para a humanidade;
II) Apontar que a paz do mundo é ilusória e consiste em promessas superficiais;
III) Elencar as características da paz prometida pelo Senhor Jesus.

B) Motivação: 
O ser humano é continuamente compelido a buscar a paz para suas aflições. Essa paz, muitas vezes, é oferecida de forma enganosa pelo mundo. Mas a paz que nosso Senhor Jesus oferece é sublime e verdadeira. Vale ressaltar que receber a paz de Cristo não significa viver a ausência plena de conflitos ou intempéries, e sim que essa paz leva o crente a superar as aflições deste mundo com bom ânimo (cf. Jo 16.33). Assim sendo, reflita com seus alunos a respeito da forma como eles lidam com as aflições. Reforce que a paz de Deus nos proporciona a tranquilidade para crer que Deus continua no controle de todas as coisas.

C) Sugestão de Método: 
O terceiro tópico da lição ressalta a paz que Jesus prometeu. Essa paz coaduna com o Reino de Paz que será instalado por Ele, o Messias, o Príncipe da Paz. Com efeito, os seguidores do Reino podem desfrutar ainda hoje dessa paz. Para reforçar a compreensão a respeito da paz que excede todo o entendimento, organize um mapa conceitual com seus alunos. Destaque a palavra PAZ na lousa ou confeccione um cartão. Os alunos terão a tarefa de elencar quais são os efeitos dessa paz para a vida cristã. À medida que eles forem expressando, organize as informações de modo que o conceito de paz seja ampliado e explicado à luz da Bíblia.

3- CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: 
Ter a paz de Deus no coração tem sido mal compreendido por muitos crentes. Há quem pense que desfrutar da verdadeira paz é viver plenamente sem enfrentar problemas, desafios ou adversidades na vida. Entretanto, o Evangelho anunciado por Jesus caracteriza a paz como um recurso que encoraja e anima o crente a ter bom ânimo. Ao encerrar a aula, endosso que o Senhor Jesus afirmou que a verdadeira paz só pode ser encontrada nEle e, portanto, Ele nos fortalece para que possamos vencer o mundo mediante a fé.

4- SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. 
Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 99, P. 40, você encontrará um subsídio especial para esta lição.

B) Auxílios Especiais: 
Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula:
1) O texto “O ESPÍRITO E O MUNDO”, localizado após o primeiro tópico, explica a paz de Cristo a partir da nova relação com Deus;
2) O texto “A RESTAURAÇÃO DA PAZ”, localizado após o segundo tópico, destaca que a paz com Deus exige que estejamos unidos a Cristo pela fé.

INTRODUÇÃO

O Senhor Jesus é identificado na profecia de Isaías como o “Príncipe da Paz”. De seu principado deriva a paz de que todo ser humano precisa. Por isso, nesta lição, estudaremos a respeito da promessa de paz que está presente na Palavra de Deus. Veremos como a paz é representada no plano de Deus, bem como é apresentada na perspectiva do mundo e, principalmente, a paz que Jesus prometeu para cada um de seus seguidores.

PALAVRA-CHAVE: Paz

I- A PAZ NO PLANO DE DEUS

1- O significado de paz. 
No dicionário, encontramos os seguintes sinônimos para a palavra “paz”: “tranquilidade”, “repouso”, “silêncio”, “sossego”. No Antigo Testamento, encontramos a palavra “shalom” para “paz”, que tem o sentido de segurança, bem-estar, saúde, prosperidade, paz (Nm 6.26 - ²⁶ O Senhor sobre ti levante o seu rosto e te dê a paz. ); representando tudo o que há de melhor para a vida. No Novo Testamento, em grego, a palavra “paz” é “eirene”, com significado semelhante, contudo, enfatizando a ideia de quietude e repouso (Fp 4.6 - ⁶ Não estejais inquietos por coisa alguma; antes as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus pela oração e súplica, com ação de graças.).

2- A Paz na bênção sacerdotal. 
Os versículos 24-26 de Números 6 expressam a bênção sacerdotal sobre os filhos de Israel. Entre a bênção de proteção, benevolência e de misericórdia, encontra-se a bênção de paz (v.26). O sentido de paz que a palavra hebraica shalom carrega é de completude, satisfação e plena felicidade. Trata-se de uma bênção em que a ansiedade, a tensão e a contenda não teriam vez entre os filhos de Israel. A paz, em Números 6, revela um estado de plena satisfação em Deus a qual o povo judeu poderá desfrutar na sua peregrinação pelo deserto e ao entrar na Terra Prometida.

3- A Paz do Senhor. 
O Texto Áureo traz consigo a Paz do Senhor Jesus, em que nos lembra uma das principais características do Messias: “o Príncipe da Paz” (Is 9.6). Essa paz do Senhor Jesus é assunto do apóstolo Paulo em Filipenses, quando ele exorta a igreja a não ficar inquieta pelos últimos acontecimentos, pois a paz de Deus nos fortalece e protege o nosso coração e sentimentos em Cristo, o nosso Senhor (Fp 4.6,7 - ⁶ Não estejais inquietos por coisa alguma; antes as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus pela oração e súplica, com ação de graças. ⁷ E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos pensamentos em Cristo Jesus.). O apóstolo Pedro também reflete o mesmo ensino de Jesus no sentido de levar a vida numa perspectiva de paz, refreando a língua para não entrar em contendas e mentiras, apartando-se do mal, buscando a paz com os outros (1 Pe 3.10,11 - ¹⁰ Porque Quem quer amar a vida, E ver os dias bons, Refreie a sua língua do mal, E os seus lábios não falem engano. ¹¹ Aparte-se do mal, e faça o bem; Busque a paz, e siga-a.). Dessa forma, como a paz reina em nossa vida, devemos buscar ter essa paz com outras pessoas.

SINOPSE I
Se a paz reina em nossa vida, devemos buscar ter essa paz com outras pessoas.

AUXÍLIO TEOLÓGICO
“O ESPÍRITO E O MUNDO

[…] Jesus deixa a paz aos discípulos. Como isto se encaixa com o que vem antes, e qual é o significado de que vem antes, e qual é o significado de ‘paz’? O Espírito vem pelo nome de Jesus (v. 26), ou seja, através da obra redentora de Jesus. ‘Paz’, neste contexto, refere-se ao que Paulo chama ‘justificação’ e ‘reconciliação’. Quer dizer, por causa da obra de Jesus, as pessoas estão numa nova relação com Deus. Tal relação é tornada real quando a pessoa crê em Jesus. Esta nova relação é expressa simultaneamente de duas maneiras. Por um lado, a pessoa tem uma nova posição diante de Deus por causa da obra de Jesus. Jesus está no céu com o Pai, declarando que Ele fez a paz com Deus para as pessoas pecadoras. (Note que esta é a parte advocatícia do Consolador, mas no céu). Por outro lado, o Espírito traz essa paz ao crente. É quando a reconciliação e a justificação tornam-se pessoais. (Note que esta é a outra parte advocatícia do Consolador, que afirma e assegura ao crente que este tem uma posição boa com o Pai no céu. […] Esta ideia de paz está embutida na ideia de shalom (a palavra hebraica que significa ‘paz’), que tem longa história e está carregada de rico significado. Esta ideia havia juntado o significado do tempo do fim associado com o Messias. O termo shalom significava a presença da salvação de Deus, da inteireza de mente, corpo e alma, com pessoas que estão em relações certas com as outras. Na aparição da ressurreição em Jo 20.19-23, Jesus fala a paz para os discípulos covardes. Lá, como aqui, Ele os consola no meio de um tempo muito aterrorizante. Assim, pela segunda vez (cf. Jo 14.1) Ele diz: ‘Não se turbe 0 vosso coração, nem se atemorize’ (v. 27b)” (Comentário Bíblico Pentecostal — Novo Testamento. Vol. 1. Mateus — Atos. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p. 583)

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II – A PAZ ILUSÓRIA DO MUNDO

1- Uma paz enganosa. 
Muitos buscam a paz nos vícios, em substâncias tanto ilegais quanto legalizadas, nos jogos, nas baladas, em falsas religiões. Ao longo da história, as pessoas procuram sempre preencher uma lacuna em suas vidas com aquilo que não tem a capacidade de preenchê-las. Outras entendem que a paz é meramente a ausência de guerra, de dificuldades e problemas. A Bíblia revela que a paz do mundo é enganosa porque não tem como fundamento o que é eterno, celestial e divino, mas temporal, terreno e puramente humano (Jo 14.27 - ²⁷ Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize.). O que Jesus oferece advém da eternidade e, por isso, preenche todas as nossas necessidades independente das circunstâncias que vivemos (Jo 7.38 - ³⁸ Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre.). A paz do Senhor Jesus não é enganosa, mas verdadeira e sublime.

2- A “paz” das obras da carne. 
A Carta aos Gálatas apresenta uma lista das “obras da carne” que, muitas vezes, expressa a ilusão de uma falsa paz na vida das pessoas, e muitas confundem o prazer e os deleites da vida com a paz (Gl 5.19-21 - ¹⁹ Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: adultério, fornicação, impureza, lascívia, ²⁰ Idolatria, feitiçaria, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, ²¹ Invejas, homicídios, bebedices, glutonarias, e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o reino de Deus.). Na verdade, é uma satisfação que ocorre por meio dos sentidos e, logo, se volta ao estágio de necessidade anterior. Assim, quem vive na prática das Obras da Carne imagina que desfruta de uma pretensa paz e, como consequência, pensa que vive uma vida feliz. Ledo engano! É impossível desfrutar da verdadeira paz que o Senhor Jesus oferece quando se vive na prática do pecado. Quem vive assim está se enganando, atendendo à vontade do Mundo, da Carne e do Diabo (Ef 2.3 - ³ Entre os quais todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros também.).

3- Uma falsa paz. 
Ensinando à igreja em Tessalônica, a respeito do Dia do Senhor, o apóstolo Paulo escreveu: “Pois que, quando disserem: Há paz e segurança, então, lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto àquela que está grávida; e de modo nenhum escaparão” (1 Ts 5.3 - ³ Pois que, quando disserem: Há paz e segurança, então lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto àquela que está grávida, e de modo nenhum escaparão.). Aqui, somos lembrados de uma falsa paz que haverá na Grande Tribulação. Uma paz superficial, frágil e apenas aparente. Quem se compromete com a falsa paz não saberá discernir os tempos de oposição tanto no presente quanto no futuro. Mas com Jesus, desfrutamos de uma paz verdadeira e duradoura.

SINOPSE II
Com Jesus Cristo, o nosso Senhor, desfrutamos de uma paz verdadeira e duradoura.

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III- A PAZ QUE JESUS PROMETEU

1- O Príncipe da Paz. 
O Profeta Isaías teve a revelação divina das características do Messias prometido a Israel e ao mundo. Uma de suas principais características é ser “O Príncipe da Paz” (Is 9.6,7 - ⁶ Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz. ⁷ Do aumento deste principado e da paz não haverá fim, sobre o trono de Davi e no seu reino, para o firmar e o fortificar com juízo e com justiça, desde agora e para sempre; o zelo do Senhor dos Exércitos fará isto.). A vinda do Messias trará uma paz que o mundo não conheceu. Os Evangelhos apresentam o Senhor Jesus, o nosso Salvador, como esse “Príncipe da Paz”. Seus discípulos podem desfrutar hoje dessa paz que só Ele pode dar. Seu principado assegura-nos a verdadeira paz (Jo 14.27 - ²⁷ Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize.), que deve nos acompanhar, como seguidores de Jesus, onde colocarmos os nossos pés (Mt 10.12,13 - ¹² E, quando entrardes nalguma casa, saudai-a; ¹³ E, se a casa for digna, desça sobre ela a vossa paz; mas, se não for digna, torne para vós a vossa paz.).

2- Uma promessa redentora. 
Em Gênesis, a paz foi transtornada por causa da estratégia do Diabo que iludiu o primeiro casal, fazendo-o desobedecer à ordem de Deus (Gn 3.1-7). Nesse contexto, Deus prometeu redimir o ser humano por meio da “semente da mulher” (Gn 3.15 - ¹⁵ E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.). Essa promessa se cumpriu em Cristo, reconciliando-nos e estabelecendo a nossa paz com Deus (Rm 5.1 - ¹ Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo;). Ao mesmo tempo, a parede da separação foi derrubada e toda inimizade entre judeus e gentios foi desfeita, de modo que de ambos os povos Ele fez uma Igreja (Ef 2.14,15 - ¹⁴ Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos os povos fez um; e, derrubando a parede de separação que estava no meio, ¹⁵ Na sua carne desfez a inimizade, isto é, a lei dos mandamentos, que consistia em ordenanças, para criar em si mesmo dos dois um novo homem, fazendo a paz,). Por isso, no Novo Testamento há várias referências que nos mostram que a paz de Cristo está ao alcance de todos que nEle creem. Essa paz estará conosco (Fp 4.9 - ⁹ O que também aprendestes, e recebestes, e ouvistes, e vistes em mim, isso fazei; e o Deus de paz será convosco. ), dominará os nossos corações (Cl 3.15 - ¹⁵ E a paz de Deus, para a qual também fostes chamados em um corpo, domine em vossos corações; e sede agradecidos.) e, como pessoas pacíficas, desfrutaremos de verdadeira felicidade (Mt 5.9 - ⁹ Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus;).

3- Uma promessa que excede todo o entendimento. 
A paz que excede todo o entendimento nos acalma diante das inquietações da vida (Fp 4.6 - ⁶ Não estejais inquietos por coisa alguma; antes as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus pela oração e súplica, com ação de graças.). Essa paz acalmará o nosso coração, nos fortalecerá para resistir às intempéries diante de nós, assim como aconteceu com o apóstolo Pedro que, mesmo preso numa cadeia típica do primeiro século, dormia um sono profundo e sereno (At 12.5-7 - ⁵ Pedro, pois, era guardado na prisão; mas a igreja fazia contínua oração por ele a Deus. ⁶ E quando Herodes estava para o fazer comparecer, nessa mesma noite estava Pedro dormindo entre dois soldados, ligado com duas cadeias, e os guardas diante da porta guardavam a prisão. ⁷ E eis que sobreveio o anjo do Senhor, e resplandeceu uma luz na prisão; e, tocando a Pedro na ilharga, o despertou, dizendo: Levanta-te depressa. E caíram-lhe das mãos as cadeias.). Esse episódio está de pleno acordo com o que o Senhor Jesus prometeu: “Tenho-vos dito isso, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo” (Jo 16.33). Mesmo diante de aflições e lutas, podemos confiar no Senhor e experimentar a paz que só Ele pode nos dar. Portanto, confiemos nas promessas de Jesus, bem como em sua providência!

SINOPSE III
A paz que excede todo o entendimento é uma paz que nos acalma diante das inquietações da vida.

AUXÍLIO TEOLÓGICO
A RESTAURAÇÃO DA PAZ

“[…] Experimentar a paz com Deus exige que estejamos unidos a Cristo pela fé. O primeiro passo é crer no Senhor Jesus Cristo. Esta ‘crença’ é mais do que apenas uma concordância ou aceitação intelectual. É uma confiança ativa pela qual uma pessoa aceita o sacrifício de Cristo pelos pecados e entrega o controle de sua vida à liderança de Cristo. Uma pessoa que responde a Cristo dessa forma é perdoada e justificada (isto é, torna-se reta diante de Deus) através da fé (Rm 3.21-28; 4.1-13; Gl 2.16). Junto com a fé, devemos seguir as diretrizes de Deus e obedecer aos seus mandamentos, a fim de vivermos em paz (Lv 26.3, 6). Os profetas do Antigo Testamento declaram frequentemente que não há paz real para os ímpios (Is 57.21; 59.8; Jr 6.14; 8.11; Ez 13.10, 16). A fim de que possamos experimentar continuamente a paz de Deus, ele nos deu o Espírito Santo, que desenvolve o seu caráter e os seus propósitos em nós, o que envolve a paz de Deus (Gl 5.22; cf. Rm 14.17; Ef 4.3). Com a ajuda do Espírito, devemos orar pela paz (Sl 122.6, 7; Jr 29.7; Fp 4.7, nota), deixando que a paz dirija nossos corações (Cl 3.15), desejando e buscando a paz (Sl 34.14; Jr 29.7; 2 Tm 2.22; 1 Pe 3.11) e fazendo o melhor que pudermos para vivermos em paz com os outros (Rm 12.18; 2 Co 13.11; 1 Ts 5.13; Hb 12.14)” (Bíblia de Estudo Pentecostal Edição Global. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, p. 1288).

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CONCLUSÃO

Vimos que a paz de Deus tem a ver com bem-estar, repouso e quietude, mesmo nas horas de grandes tormentos. Contrastamos essa perspectiva de paz com a do mundo que compreende que a paz é a mera ausência de guerra ou se resume a períodos limitados de prazeres. Aprendemos que a Paz de Deus é uma virtude profunda, elevada e eterna. Não se trata de algo passageiro, mas de um estado permanente, que independe das circunstâncias. É a paz que Jesus prometeu.

REVISANDO O CONTEÚDO

1- Escreva a respeito do conceito de paz. 
No Antigo Testamento, encontramos a palavra “shalom” para “paz”, que tem o sentido de segurança, bem-estar, saúde, prosperidade, paz (Nm 6.26); representa tudo o que há de melhor para a vida. No Novo Testamento, em grego, a palavra “paz” é “eirene”, com significado semelhante, contudo, enfatizando a ideia de quietude e repouso (Fp 4.6).

2- O que a paz em Números 6 revela? 
A paz, em Números 6, revela um estado de plena satisfação em Deus a qual o povo poderá desfrutar na sua peregrinação pelo deserto.

3- Por que podemos dizer que a paz que o mundo oferece é enganosa? 
A paz do mundo é enganosa porque não tem como fundamento o que é eterno, celestial e divino, mas temporal, terreno e puramente humano.

4- Como os Evangelhos apresentam o Senhor Jesus? 
Os Evangelhos apresentam o Senhor Jesus, o nosso Salvador, como esse “Príncipe da Paz”.

5- De acordo com a lição, o que é a paz que excede todo o entendimento? 
A paz que excede o todo entendimento é uma paz que nos acalma diante das inquietações da vida.

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Pb. Rogério Faustino
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