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Lição 9 - A fidelidade dos Recabitas

 

TEXTO PRINCIPAL

“Para que sejais irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio duma geração corrompida e perversa, entre a qual resplandeceis como astros no mundo.” (Fp 2.15).
 
RESUMO DA LIÇÃO

Deus usou os recabitas como um exemplo de fidelidade aos seus princípios, para advertir Judá.
 
LEITURA DA SEMANA

SEGUNDA — A origem dos recabitas
⁵⁵  E as famílias dos escribas que habitavam em Jabez foram os tiratitas, os simeatitas e os sucatitas; estes são os queneus, que vieram de Hamate, pai da casa de Recabe.
1 Crônicas 2.55

TERÇA — ¹⁸ A diferença entre o justo e o ímpio
Então voltareis e vereis a diferença entre o justo e o ímpio; entre o que serve a Deus, e o que não o serve.
Malaquias 3.18
 
QUARTA — Apartar-se da iniquidade o que profere o nome de Cristo
¹⁹ Todavia o fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são seus, e qualquer que profere o nome de Cristo aparte-se da iniqüidade.
2 Timóteo 2.19
 
QUINTA — Se desvie da tortuosidade
²⁴ Desvia de ti a falsidade da boca, e afasta de ti a perversidade dos lábios.
Provérbios 4.24
 
SEXTA — É da vontade de Deus a nossa santificação
¹ Finalmente, irmãos, vos rogamos e exortamos no Senhor Jesus, que assim como recebestes de nós, de que maneira convém andar e agradar a Deus, assim andai, para que possais progredir cada vez mais.
² Porque vós bem sabeis que mandamentos vos temos dado pelo Senhor Jesus.
³ Porque esta é a vontade de Deus, a vossa santificação; que vos abstenhais da fornicação;
⁴ Que cada um de vós saiba possuir o seu vaso em santificação e honra;
⁵ Não na paixão da concupiscência, como os gentios, que não conhecem a Deus.
⁶ Ninguém oprima ou engane a seu irmão em negócio algum, porque o Senhor é vingador de todas estas coisas, como também antes vo-lo dissemos e testificamos.
⁷ Porque não nos chamou Deus para a imundícia, mas para a santificação.
⁸ Portanto, quem despreza isto não despreza ao homem, mas sim a Deus, que nos deu também o seu Espírito Santo.
⁹ Quanto, porém, ao amor fraternal, não necessitais de que vos escreva, visto que vós mesmos estais instruídos por Deus que vos ameis uns aos outros;
¹⁰ Porque também já assim o fazeis para com todos os irmãos que estão por toda a macedônia. Exortamo-vos, porém, a que ainda nisto aumenteis cada vez mais.
¹¹ E procureis viver quietos, e tratar dos vossos próprios negócios, e trabalhar com vossas próprias mãos, como já vo-lo temos mandado;
¹² Para que andeis honestamente para com os que estão de fora, e não necessiteis de coisa alguma.
1 Tessalonicenses 4.1-12

SÁBADO — Tenha um coração sincero
² Portar-me-ei com inteligência no caminho reto. Quando virás a mim? Andarei em minha casa com um coração sincero.
Salmos 101.2

OBJETIVOS

MOSTRAR quem são os recabitas;
REFLETIR a respeito do exemplo de vida de Jeremias e dos recabitas;
RECONHECER o nosso chamado à santidade.

INTERAÇÃO

Professor(a), a lição deste domingo é um convite para nós vivermos em santidade e fidelidade a Deus. Veremos que o comportamento de Judá, assim como de alguns crentes da atualidade, não refletia a sua identidade como povo de Deus. Contudo, os recabitas se tornaram um exemplo de fidelidade e santidade. Essas são virtudes que agradam a Deus independente dos tempos e da cultura. A santidade traz a presença de Deus para a nossa vida e não há nada melhor do que a presença divina em nós.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Professor(a), sugerimos que você reproduza o quadro abaixo e utilize-o para mostrar aos alunos o contraste existente entre os recabitas e os israelitas. Destaque que a obediência aos preceitos divinos deve ser eterna.

RECABITAS  - ISRAELITAS
Mantinham os votos feitos a um líder humano.  -  Quebraram a aliança com o Todo-Poderoso.

Obedeciam às leis que tratavam de questões temporais.  -  Se recusaram a obedecer às leis divinas.

Obedeceram por duzentos anos.  -  Desobedeceu por centenas de anos

Seriam recompensados.   -  Seriam castigados.

Adaptado da Bíblia de Estudos Aplicaçào PessoaL CPAD p 1000
 
TEXTO BÍBLICO

Jeremias 35.1-14.
¹ Palavra que do Senhor veio a Jeremias, nos dias de Jeoaquim, filho de Josias, rei de Judá, dizendo: 
² Vai à casa dos recabitas, e fala com eles, e leva-os à Casa do SENHOR, a uma das câmaras, e dá-lhes vinho a beber.
³ Então, tomei a Jazanias, filho de Jeremias, filho de Habazinias, e a seus irmãos, e a todos os seus filhos, e a toda a casa dos recabitas;
⁴ e os levei à Casa do SENHOR, à câmara dos filhos de Hanã, filho de Jigdalias, homem de Deus, que está junto à câmara dos príncipes, que está sobre a câmara de Maaseias, filho de Salum, guarda do vestíbulo;
⁵ e pus diante dos filhos da casa dos recabitas taças cheias de vinho e copos e disse-lhes: Bebei vinho.
⁶ Mas eles disseram: Não beberemos vinho, porque Jonadabe, filho de Recabe, nosso pai, nos mandou, dizendo: Nunca bebereis vinho, nem vós nem vossos filhos;
⁷ não edificareis casa, nem semeareis semente, não plantareis, nem possuireis vinha alguma, mas habitareis em tendas todos os vossos dias, para que vivais muitos dias sobre a face da terra em que vós andais peregrinando.
⁸ Obedecemos, pois, à voz de Jonadabe, filho de Recabe, nosso pai, em tudo quanto nos ordenou, de maneira que não bebemos vinho em todos os nossos dias, nem nós, nem nossas mulheres, nem nossos filhos, nem nossas filhas;
⁹ nem edificamos casas para nossa habitação, nem temos vinha, nem campo, nem semente,
¹⁰ mas habitamos em tendas. Assim, ouvimos e fizemos conforme tudo quanto nos mandou Jonadabe, nosso pai.
¹¹ Sucedeu, porém, que, subindo Nabucodonosor, rei da Babilônia, a esta terra, dissemos: Vinde, e vamo-nos a Jerusalém, por causa do exército dos caldeus e por causa do exército dos siros; e assim ficamos em Jerusalém.
¹² Então, veio a palavra do Senhor a Jeremias, dizendo:
¹³ Assim diz o SENHOR dos Exércitos, o Deus de Israel: Vai e dize aos homens de Judá e aos moradores de Jerusalém: Porventura, nunca aceitareis instrução, para ouvirdes as minhas palavras? — diz o SENHOR.
¹⁴ As palavras de Jonadabe, filho de Recabe, que ordenou a seus filhos que não bebessem vinho, foram guardadas, pois não beberam até este dia; antes, ouviram o mandamento de seu pai; a mim, porém, que vos tenho falado a vós, madrugando e falando, vós não me ouvistes.
 
INTRODUÇÃO

O Senhor ordenou que Jeremias tomasse os recabitas como exemplo de fidelidade para contrastar com a infidelidade e a dureza do coração de Judá. O objetivo divino era despertar o seu povo para que se arrependesse. Na lição desta semana, vamos estudar a respeito da necessidade de o crente manter-se santo e fiel a Deus em um mundo caído, partindo do exemplo dos recabitas (Rm 12.2).
 
I. OS RECABITAS

1. Quem são os recabitas? 
Segundo o Dicionário Bíblico Baker, os recabitas são “uma família ou, talvez, uma ordem, que tem as suas origens em Jonadabe (2Rs 10), um filho queneu ou descendente de Recabe (veja 1Cr 2.55), cujos integrantes são zelosos pelo Senhor”. Eles são citados no capítulo 35 do livro de Jeremias como exemplo para Judá. O profeta, mediante a orientação do Senhor, usa esse grupo com a finalidade de proferir uma mensagem ao povo de Judá. No entanto, pouco se sabe sobre a origem deste grupo, mas o que se sabe é suficiente para chamar a atenção, principalmente pelo compromisso que tinham com o seu modo de viver que receberam de seus patriarcas.
 
2. Como viviam os recabitas. 
Eles levavam uma vida simples e isso se deu porque Recabe, seu líder-fundador, estabeleceu limites com a intenção de protegê-los da imoralidade. Eles habitavam em tendas e viviam como peregrinos, andando pela terra, daí porque não construíam, não plantavam e nem cultivavam vinhas (Jr 35.7). A maneira de viver deles era fruto de uma decisão pessoal a partir de seu líder. Não era uma exigência de Deus, já que o seu povo recebeu promessas de que na Terra Prometida teria casas bem construídas, plantações em abundância, bens dos mais diversos e fartura de alimento (Dt 6.11,12; 7.13). A vida dos recabitas se assemelha, em certa medida, com a vida dos nazireus, pois também viviam em abstinência de vinho e com hábitos que os distinguiam da maioria das pessoas (Jz 6; Jz 13.4-7; 1Sm 1.11).
 
3. Os recabitas e os seus valores. 
A identificação dos valores dos recabitas passa, em primeiro lugar, por relembrar, ordenadamente, daquilo que eles abriram mão em cumprimento à ordem de seu líder-fundador. Já sabemos que os recabitas não bebiam vinho, não construíam casas e não plantavam vinhas. Deus não exigiu que este grupo vivesse dessa forma, esta atitude parece exagerada e sem propósito. Contudo, no que se refere a não beber vinho, essa comunidade estava obedecendo a voz de seu líder em uma orientação de sabedoria e que não desonrava a Deus. Quanto a não construir casas, eles demonstraram desapego às coisas transitórias desta vida. Inquestionavelmente, essas atitudes estiveram pautadas em valores que fundamentavam a vida dos recabitas, tais como: obediência; limites a serem observados; vida separada e prevenir-se para não agir imoralmente e não cair na idolatria. Estes valores contribuíram para que Jeremias tomasse esta comunidade como exemplo de fidelidade e de advertência a Judá.
 
SUBSÍDIO I

“O pai de Jonadabe e fundador da família dos recabitas. Recabe pode ter sido de uma das famílias de queneus que entraram na Palestina com os israelitas (1Cr 2.55). Nos dias do reino dividido, Recabe determinou que a causa da apostasia e da imoralidade do povo era a cultura palestina, e comandou seus filhos a voltarem ao seu antigo modo nômade de vida com toda sua simplicidade. Nos dias de Jeú, Jonadabe, o líder dos recabitas, auxiliou aquele rei em sua destruição ao culto a Baal (2Rs 10.15,23). Nos dias de Jeremias, o profeta usou os recabitas como uma lição objetiva. Ele os levou até a Casa do Senhor, e lhes ofereceu vinho. Eles recusaram por causa de sua lealdade para com o seu ancestral Recabe, e sua ordem. Jeremias usou a fidelidade deles como uma censura à infidelidade de Israel para com o Senhor. Por causa de sua fidelidade, o Senhor lhes prometeu: ‘Nunca faltará varão... que assista perante a minha face todos os dias’ (Jr 35.19). Diz-se que Rab Judah registrou que as filhas recabitas se casaram com os levitas, e assim esta linda promessa foi cumprida. Hegessippus disse que ‘sacerdotes recabitas’ intercederam por Tiago, o irmão do Senhor Jesus Cristo, mas não conseguiram salvar sua vida. Malquias, ‘o filho de Recabe’, reparou a Porta do Monturo de Jerusalém sob o governo de Neemias (Ne 3.14). Ele pode ter sido o líder dos recabitas depois do exílio.” (Dicionário Bíblico Wyclitfe. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p.1653).
 
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II. JEREMIAS E OS RECABITAS

1. Compreendendo o texto. 
Em obediência à ordem divina, Jeremias levou “os da casa dos recabitas” à “Casa do Senhor, à câmara dos filhos de Hanã” (Jr 35.1-4). Sobre Hanã, a mesma referência bíblica informa que Jigdalias foi o seu pai, além de dizer que ele foi “homem de Deus” o que aponta para a possibilidade de ele ter sido um profeta e que a sua câmara ficava “junto à câmara dos príncipes”, o que se leva a crer ter sido ele uma pessoa de grande influência e que respeitava o ministério de Jeremias (1Sm 2.27; 9.6,8,10; 1Rs 12.22). Frente à proposta do profeta para que eles tomassem vinho, os recabitas não só rejeitaram, como reafirmaram o compromisso com os ensinamentos de seu líder-fundador, sem deixar de mencionar que estavam em Jerusalém de passagem, isto é, não tinham nenhuma intenção de fazer alianças duráveis (vv.6-11). Depois disto, o texto informa que Jeremias recebeu a mensagem de Deus a ser transmitida a Judá com base nesse episódio (vv.12-15), seguido da promessa de Deus aos recabitas pela sua fidelidade (vv.16-19). Essa estrutura do texto refere-se à atitude de Jeremias em usar a fidelidade dos recabitas como exemplo para Judá.
 
2. O exemplo dos recabitas. 
O exemplo dos recabitas é mais um ato simbólico do ministério de Jeremias e, naturalmente possui alguns elementos que, além de importantes, são também muito bem empregados no texto bíblico. No entanto, mais importante que o seu aspecto literário, é identificar a motivação e o propósito de Deus, e consequentemente do profeta já que ele estava sob a sua ordem (Jr 35.1,2). É possível perceber o propósito no uso do exemplo dos recabitas. Deus já vinha usando os profetas para falar a Judá há algum tempo, mas sem mudança alguma em suas atitudes, como se vê nas expressões: “vós não me ouvistes [...] mas não inclinastes os ouvidos, nem me obedecestes a mim [...] mas este povo não me obedeceu [...] pois lhes tenho falado, e não ouviram; e clamei a eles, e não responderam” (vv.14-17). Deus também mostrou a fidelidade dos recabitas em contraste à indiferença de Judá diante da sua Palavra, com o propósito de ativar a consciência de seu povo, sob a promessa de não o tirar de sua terra (v.15).
 
3. A mensagem. 
Ao ressaltar a fidelidade dos recabitas, Jeremias acentuou a desobediência do povo de Judá. Ali estava, diante de todo o povo, um exemplo vivo da fidelidade de um grupo às ordens de seu líder, já morto há cerca de dois séculos, contrastando com a infidelidade de Judá frente ao Deus vivo e Todo-Poderoso. Enquanto os recabitas guardavam, com diligência, uma tradição humana, o povo de Judá desprezava a Lei do Eterno. Portanto, a mensagem é a de arrependimento, não destoando das demais que já havia transmitido e nem das que ainda transmitiria. A expressão “convertei-vos” aponta para o conteúdo da mensagem, enquanto “madrugando” indica a urgência, a seriedade e a insistência de Deus com o seu povo (v.15). Sendo assim, o tema central neste ato simbólico a partir do exemplo dos recabitas, é a infidelidade de Judá e o seu chamado ao arrependimento. Entretanto, os ouvidos e o coração fechados não contribuíram para que o povo se arrependesse, vindo então o juízo, ainda que mensagem tenha sido anunciada (v.17).
 
SUBSÍDIO II

“Os recabitas permaneceram leais às suas convicções, recusando-se a desobedecer às regras estabelecidas pelo seu ancestral. (1) Jonadabe tinha dado estas regras para que os seus descendentes pudessem manter um estilo de vida simples, separados dos Ímpios cananeus e evitando o modo maligno de vida que os israelitas haviam adotado como resultado de sua constante rebelião e incredulidade para com Deus. A abstinência de vinho os ajudava a evitar a imoralidade da adoração a Baal, a qual envolvia frequentemente a embriaguez e o comportamento lascivo. As outras restrições praticadas pelos recabitas os ajudavam a escapar das influências da degradação espiritual, moral e social em sua própria nação. (2) Embora algumas das regras dos recabitas não precisem ser seguidas pelos cristãos hoje, seu objetivo de permanecerem separados das crenças e comportamentos maus e iníquos ainda deve ser o objetivo dos verdadeiros servos de Cristo. Como Jonadabe, os pais devem ter padrões para os seus filhos que os ajudem a se manter fiéis a Deus e à sua Palavra. 35.19 — A fidelidade dos recabitas ao seu antepassado seria recompensada. Eles sempre teriam descendentes que serviriam a Deus. Todos os servos de Cristo que permanecerem leais aos padrões, convicções e princípios piedosos por respeito a Deus, à igreja e aos pais, receberão a bênção e as recompensas de Deus.” (Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2023, p.955).
 
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III. UM CHAMADO À SANTIDADE 

1. O que é santidade? 
Santidade é aquilo que é próprio do que é santo. Quando relacionada a Deus, a santidade é um de seus atributos, geralmente relacionado ao aspecto moral, embora as suas implicações sejam muito mais amplas. A santidade diz respeito também ao que ou a quem está próximo de Deus, como o seu povo que, além de ser convocado a viver em santidade e denominado como “nação santa” (1Ts 5.23; 1Pe 2.9). Santidade é a qualidade de alguém que se entrega sem reservas a Deus e para Ele vive de forma exclusiva, com vistas a agradá-lo.
 
2. Santidade como fruto da fidelidade. 
Santidade e fidelidade são virtudes que o Espírito Santo desenvolve na vida do crente. Mas qual a relação entre santidade e fidelidade? O termo fidelidade vem do latim fidelis e diz respeito a quem é fiel, leal, constante, consistente e comprometido com algum compromisso assumido. Os recabitas são um bom exemplo de fidelidade, pois, diante da oferta feita por Jeremias para que eles tomassem vinho, eles preferiram manter-se firmes em seguir o compromisso de honrarem a diretriz de um líder que já não estava entre eles (Jr 35.8). Daniel, o profeta, também serve como um exemplo de que a fidelidade é a base sólida de uma vida construída no propósito de honrar a Deus com uma vida de santidade, pois, no mesmo contexto de Jeremias, nos dias do rei Jeoaquim, junto de outros nobres, ele foi levado à Babilônia e, longe de sua terra, teve a possibilidade de se contaminar com as suas iguarias. Entretanto, decidiu firmemente não o fazer, mantendo-se fiel a Deus e em santidade (Dn 1.1-8).
 
3. A santidade que abençoa. 
Depois de mostrar o contraste entre a fidelidade dos recabitas e a infidelidade de Judá, o Senhor vaticinou o mal que viria sobre o seu povo e o bem que faria aos filhos de Jonadabe (Jr 35.17-19). A fidelidade e a vida separada dos recabitas atraiu a atenção de Deus que garantiu a perpetuação deste povo, somada à promessa de que os seus descendentes assistiriam em sua presença (v.19). Deus quer que o seu povo seja santo e aos que fazem a sua vontade têm a promessa de que permanecerão para sempre (1Ts 4.3; 1Jo 2.17). Portanto, a santidade e a fidelidade agradam a Deus e permitem que os crentes sejam beneficiados com as bênçãos divinas.
 
SUBSÍDIO III

“No sentido bíblico, a palavra ‘santificação’ relaciona-se diretamente com as palavras hebraicas e gregas para designar ‘santo’. Apesar da ênfase contínua de muitos escritores de que ‘santo’ fala de separação e que ‘ser santo’ significa ‘ser separado’, os termos bíblicos são relacionais e falam principalmente de pertencimento. ‘Ser santo’ (santificado) significa ‘pertencer a Deus’; a separação segue-se apenas quando se estabelece a exclusividade do relacionamento. A gradação do sacerdócio do AT em níveis de santidade que capacitava a entrada e o serviço em menor ou maior intensidade da presença de Deus, ressalta ainda mais essa qualidade dinâmica da santidade. Embora todo o povo de Israel fosse santo (pertencente ao Senhor Deus), os sacerdotes desfrutavam de um grau mais alto de santidade do que o israelita comum. Nos cargos dos sacerdotes, o sumo sacerdote passava por rituais mais rígidos de consagração, visto que somente ele poderia ministrar na presença mais intensa de Deus (Lv 16.1-17). Os israelitas comuns possuíam um nível mais baixo de santidade que os levitas e os sacerdotes, mas podiam, individualmente, adquirir maior nível de santidade através da obediência. Além disso, votos especiais — como o do nazireu, por exemplo — aumentavam a qualidade do israelita comum como santo.” (Adaptado de Dicionário Bíblico Baker. Rio de Janeiro: CPAD, 2023, p.451).
 
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CONCLUSÃO

A lição que estudamos é um convite aos crentes deste tempo a viverem em santidade e em fidelidade a Deus. O comportamento de Judá não refletia a sua identidade de povo de Deus, daí porque Ele contrastou a sua infidelidade com a fidelidade dos recabitas, ensinando a esta geração que a fidelidade e a santidade são virtudes que o agradam e abrem as portas para que as suas bênçãos sejam derramadas aos que assim decidem viver.
 
HORA DA REVISÃO

1. Segundo o Dicionário Bíblico Baker, quem são os recabitas?
Segundo o Dicionário Bíblico Baker, os recabitas são “uma família ou, talvez, uma ondem, que tem as suas origens em Jonadabe, um filho queneu ou descendente de Recabe, cujos integrantes são zelosos pelo Senhor”.
 
2. Qual a finalidade do profeta, mediante a orientação do Senhor, usar os recabitas como exemplo?
O profeta, mediante a orientação do Senhor, usa esse grupo com a finalidade de proferir uma mensagem ao povo de Judá.

3. Segundo a lição, o que é santidade?
Santidade é aquilo que é próprio do que é santo.
 
4. Quem desenvolve no crente a virtude de santidade e fidelidade?
Santidade e fidelidade são virtudes que o Espírito Santo desenvolve na vida do crente.

5. Qual a origem do termo “fidelidade” e qual o seu significado?
O termo fidelidade vem do latim fidelis e diz respeito a quem é fiel, leal, constante, consistente e comprometido com algum compromisso assumido.

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Pb. Rogério Faustino 
Neweb 


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