“Digo,
porém: Andai em Espírito e não cumprireis a concupiscência da carne.” (Gl
5.16).
VERDADE
PRÁTICA
Guiada por
Deus, a vontade é uma bênção extraordinária, vital para a existência humana.
LEITURA
DIÁRIA
Segunda — Poder sobre
a própria vontade
³⁷ Todavia o que está firme em seu coração, não tendo necessidade, mas com poder sobre a sua própria vontade, se resolveu no seu coração guardar a sua virgem, faz bem.
³⁸ De sorte que, o que a dá em casamento faz bem; mas o que não a dá em casamento faz melhor.
³⁹ A mulher casada está ligada pela lei todo o tempo que o seu marido vive; mas, se falecer o seu marido fica livre para casar com quem quiser, contanto que seja no Senhor.
1 Coríntios 7.37-39
Terça — Jesus
cumpriu inteiramente a vontade do Pai
³⁸ Porque eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou.
³⁹ E a vontade do Pai que me enviou é esta: Que nenhum de todos aqueles que me deu se perca, mas que o ressuscite no último dia.
⁴⁰ Porquanto a vontade daquele que me enviou é esta: Que todo aquele que vê o Filho, e crê nele, tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia.
João 6.38-40
Quarta — A mulher
virtuosa trabalha de boa vontade
¹⁰ Mulher virtuosa quem a achará? O seu valor muito excede ao de rubis.
¹¹ O coração do seu marido está nela confiado; assim ele não necessitará de despojo.
¹² Ela só lhe faz bem, e não mal, todos os dias da sua vida.
¹³ Busca lã e linho, e trabalha de boa vontade com suas mãos.
Provérbios 31.10-13
Quinta — Trabalhando
de boa vontade
⁵ Vós, servos, obedecei a vossos senhores segundo a carne, com temor e tremor, na sinceridade de vosso coração, como a Cristo;
⁶ Não servindo à vista, como para agradar aos homens, mas como servos de Cristo, fazendo de coração a vontade de Deus;
⁷ Servindo de boa vontade como ao Senhor, e não como aos homens.
⁸ Sabendo que cada um receberá do Senhor todo o bem que fizer, seja servo, seja livre.
⁹ E vós, senhores, fazei o mesmo para com eles, deixando as ameaças, sabendo também que o Senhor deles e vosso está no céu, e que para com ele não há acepção de pessoas.
Efésios 6.5-9
Sexta — Renunciando
à própria vontade
¹⁵ Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele.
¹⁶ Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo.
¹⁷ E o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre.
1 João 2.15-17
Sábado — Deus
implanta bons desejos em nós
¹² De sorte que, meus amados, assim como sempre obedecestes, não só na minha presença, mas muito mais agora na minha ausência, assim também operai a vossa salvação com temor e tremor;
¹³ Porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade.
Filipenses 2.12,13
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE
Gálatas 5.16-21
¹⁶ Digo,
porém: Andai em Espírito e não cumprireis a concupiscência da carne.
¹⁷ Porque
a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne; e estes opõem-se
um ao outro; para que não façais o que quereis.
¹⁸ Mas, se
sois guiados pelo Espírito, não estais debaixo da lei.
¹⁹ Porque
as obras da carne são manifestas, as quais são: prostituição, impureza,
lascívia,
²⁰ idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas,
dissensões, heresias,
²¹ invejas, homicídios, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas,
acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais
coisas não herdarão o Reino de Deus.
Tiago 1.14,15
¹⁴ Mas
cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência.
¹⁵ Depois,
havendo a concupiscência concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, sendo
consumado, gera a morte.
Tiago 4.13-17
¹³ Eia,
agora, vós que dizeis: Hoje ou amanhã, iremos a tal cidade, e lá passaremos um
ano, e contrataremos, e ganharemos.
¹⁴ Digo-vos que não sabeis o que acontecerá amanhã. Porque que é a vossa vida? É
um vapor que aparece por um pouco e depois se desvanece.
¹⁵ Em
lugar do que devíeis dizer: Se o Senhor quiser, e se vivermos, faremos isto ou
aquilo.
¹⁶ Mas,
agora, vos gloriais em vossas presunções; toda glória tal como esta é maligna.
¹⁷ Aquele,
pois, que sabe fazer o bem e o não faz comete pecado.
HINOS DA HARPA CRISTÃ
Neweb Harpa Cristã - Compromisso com o louvor cristão
73 - Vem, Vem a Mim
1 Pecador escuta a voz do Senhor:
"Se estás cansado, ó vem descansar;
Vem, não te detenhas; sem nenhum temor,
Deixa o teu fardo e vem repousar”.
Vem, vem a Mim e descansarás;
Toma o Meu Jugo e Te guiarei;
Sou humilde, manso, dou-Te minha paz;
Ó vem, hoJe mesmo, e Te salvarei.
2 Vem a Deus, faminto, pobre mesmo assim;
Há maná celeste, preparado já;
Grátis é a festa, p'ra ti e p'ra mim,
Cristo te convida, vem e cearás.
3 Andas desviado, longe do redil?
Deixa de vagar e vem ao bom Pastor;
Pelos montes, vales, há perigos mil?
Volta ao rebanho do teu Salvador.
4 Crendo tu, em Cristo, salvação terás;
Gozo, paz perfeita, tudo que é mister;
Cristo não despreza, nem rejeitará
Todo o que contrito a Ele vier.
Autor ou Tradutor: P.L.M Paulo Leivas Macalão
360 - A Preciosa Fonte
1 Vem à fonte sanadora,
Que abriu o Salvador,
Cujas águas sedutoras
Têm um divinal sabor.
Oh! Preciosa fonte sanadora
Para todos corre, sim!
Oh! Preciosa fonte sanadora!
Glória a Deus, me sara a mim!
2 Nesta fonte, que nos sara,
Encontrei real perdão;
Minha veste fez-se clara,
Tenho purificação.
3 Nesta fonte, que nos cura,
Deu-me Cristo, salvação;
Sã tornou minh'alma e pura,
E lhe deu consolação.
4 Vem à fonte que te cura;
Hoje vem purificar
A tu'alma. que impura,
Lá no céu não pode entrar.
Autor ou Tradutor: P.L.M Paulo Leivas Macalão
568 - Manso e Suave
1 Manso e suave, é Cristo chamando:
Chama por ti e por mim.
Eis que Ele às portas espera velando:
Vela por ti e por mim,
Vem já! vem já! alma cansada, vem já!
Manso e suave, Jesus convidando,
Chama: - “Vem, pecador, vem!”
2 Com paciência, Ele está esperando,
Hoje, por ti e por mim.
Oh! não desprezes a quem, convidando,
Chama por ti e por mim.
3 Correm os dias, as horas se passam,
Passam por ti e por mim.
Transes de morte, por fim, vão chegando,
Tanto por ti e por mim.
4 Oh! quanto amor que Jesus nos tem dado!
Tudo por ti e por mim!
Seu sangue foi sobre a Cruz derramado,
Sim, foi por ti e por mim.
Autor ou Tradutor: B.S Bruno Skolimowsky
PLANO DE
AULA
1.
INTRODUÇÃO
Nesta lição,
vamos refletir biblicamente sobre a vontade humana - faculdade essencial que,
quando guiada por Deus, se torna uma poderosa ferramenta para escolhas sábias e
vida frutífera. Ao explorar o conflito entre carne e Espírito, estimule seus
alunos a entenderem como pensamentos e desejos moldam ações. Que esta aula seja
marcada por despertamento espiritual e prática cristã consciente.
2.
APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos
da Lição:
I) Explicar o conceito bíblico de vontade capacidade dada por
Deus para escolher e agir;
II) Mostrar como os desejos podem escravizar o ser
humano, mas também como a redenção em Cristo capacita o crente a vencer a carne
e viver guiado pelo Espírito;
III) Ensinar a identificar o processo de
tentação, compreendendo como o desejo se desenvolve até o pecado.
B)
Motivação:
As nossas escolhas refletem nossa maturidade espiritual.
Teologicamente, a vontade revela o conflito entre carne e Espírito e a
necessidade de rendição ao senhorio de Cristo. Pedagogicamente, ela desperta
consciência e responsabilidade diante das decisões diárias.
C) Sugestão
de Método:
Para introduzir a lição, sugerimos que escreva em cartazes ou
projete no quadro algumas frases como “Eu faço o que quero”, “Sigo meu
coração”, “Minha vontade é lei”, e peça que os alunos opinem sobre cada uma,
relacionando-as com atitudes do cotidiano. Em seguida, conduza um breve debate
perguntando: “Nossa vontade sempre nos leva ao melhor caminho?”. Essa abordagem
desperta o interesse, estimula a reflexão e prepara os alunos para entender, à
luz da Bíblia, como a vontade humana precisa ser submetida à direção do
Espírito Santo para produzir frutos espirituais e escolhas abençoadas.
3. CONCLUSÃO
DA LIÇÃO
A)
Aplicação:
Ao final desta lição, cabe a seguinte indagação: “Tenho escolhido
agradar a Deus ou satisfazer a mim mesmo?”. Aqui, temos a oportunidade de orar
com a classe a fim de que a nossa vontade seja moldada pela Palavra e guiada
pelo Espírito Santo.
4. SUBSÍDIO
AO PROFESSOR
A) Revista
Ensinador Cristão.
Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens,
artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição
103, p.40, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios
Especiais:
Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na
preparação de sua aula:
1) O texto “Os Componentes Básicos dos Seres Humanos”,
localizado depois do primeiro tópico, aprofunda o assunto “Vontade: Motivação e
Ação”;
2) O texto “A Imagem de Deus nos Seres Humanos”, ao final do segundo
tópico, aprofunda o assunto “Desejos: Da Escravidão à Redenção”.
INTRODUÇÃO
Palavra-Chave: VONTADE
I. VONTADE:
MOTIVAÇÃO E AÇÃO
Volição ou vontade é a capacidade humana de desejar, querer,
almejar, escolher e agir. Pode ser entendida também como motivação. Sem desejo
ou vontade não há motivação e, via de consequência, ação. Nesse conceito amplo,
há manifestação da vontade mesmo quando o que fazemos não era originariamente
nossa vontade, mas de outrem, se a ela aderimos voluntariamente (Sl 143.10; Lc
22.42). A conversão é um exemplo de mudança na vontade humana por meio do
arrependimento (At 3.19). Todo verdadeiro cristão é alguém que, impulsionado
pela graça de Deus, renunciou sua própria vontade para fazer a vontade de
Cristo (Mt 16.24). É o livre-arbítrio funcionando (Hb 2.3; 3.7-13; Ap 22.17).
2. Do
pensamento à ação.
Um pensamento pode ser apenas um pensamento, sem relação
alguma com um sentimento ou um desejo. Por exemplo: podemos pensar em uma
viagem que fizemos sem que isso nos traga qualquer emoção. Mas também podemos
recordar com nostalgia e desejar viajar novamente. E esse desejo pode nos
motivar a comprar a passagem e repetir a experiência. Em um caso assim ocorre
um fenômeno completo: pensamento, sentimento, desejo e ação. Aconteceu com Eva
no Éden. Em sua conversa com a serpente, a mulher refletiu sobre o significado
do fruto da árvore da ciência do bem e do mal até ser enganada (1Tm 2.14). Ao
acreditar na falsa elevação que obteria (“sereis como Deus”, Gn 3.5) certamente
sentiu alguma emoção. O próximo passo foi a manifestação do desejo, que gerou a
ação: tomou do fruto e comeu (Gn 3.6).
3. Fraqueza
de vontade.
Adão pecou sem ser enganado. Isso significa que seu entendimento da
proibição e consequências relativas ao fruto da árvore do conhecimento do bem e
do mal não foi alterado. O problema de Adão se deu na esfera da vontade. Em vez
de permanecer firme em seu propósito de obedecer a Deus, decidiu pecar aderindo
à vontade de Eva, que lhe deu o fruto (Gn 3.6; Rm 5.12). Quantas decisões
erradas tomamos plenamente conscientes de suas consequências! Da violação de
uma restrição alimentar a condutas mais graves, muitas vezes o desejo fala mais
alto que a razão. A busca do prazer pelo prazer é uma característica da cultura
hedonista. Vícios e compulsões arrastam multidões, mesmo que elas conheçam seus
destrutivos efeitos. Assim, só Jesus pode libertar o ser humano de prisões
espirituais (Jo 8.36; Rm 1.16).
O Novo
Testamento menciona ainda a ‘mente’ (nous, dianoia) e a ‘vontade’ (thelema,
boulema, boulêsis). A ‘mente’ denota a faculdade da percepção intelectual, bem
como a capacidade de fazer julgamentos morais. Em certas ocorrências no
pensamento grego parece formar um paralelo com o pensamento do Antigo
Testamento. Em outros termos, parece que os gregos distinguiam os dois (ver Mc
12.30). Ao considerar a ‘vontade ou volição’ humana pode ser representada, por
um lado, como um ato da mente que se dirige a uma escolha livre. Mas, por outro
lado, pode ser motivada por um desejo que provém pressuroso do inconsciente.
Posto que os escritores sagrados usavam esses termos de várias maneiras (assim
como fazemos na linguagem cotidiana), é difícil determinar com precisão, pelas
Escrituras, onde termina a ‘mente’ e começa a ‘vontade.’” (HORTON, Stanley
(Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. 1ª Edição. Rio de
Janeiro: CPAD, 2024, pp.245,246).
SINOPSE I
A vontade é
a capacidade humana de desejar e agir, sendo influenciada por pensamentos,
sentimentos e decisões espirituais.
AUXÍLIO DE
TEOLÓGICO
“OS
COMPONENTES BÁSICOS DOS SERES HUMANOS"
II. DESEJOS:
DA ESCRAVIDÃO À REDENÇÃO
1. A
experiência do deserto.
O povo de Israel tornou-se escravo dos seus desejos
durante a peregrinação pelo deserto: “deixaram-se levar da cobiça, no deserto,
e tentaram a Deus na solidão. E ele satisfez-lhes o desejo, mas fez definhar a
alma” (Sl 106.14,15). Apesar das grandes maravilhas operadas por Deus, os
hebreus, tomados de ingratidão, lembravam-se das comidas do Egito e se deixavam
dominar por seus desejos (Nm 11.5,6). Pensavam, sentiam e desejavam o que lhes
era servido na casa da escravidão, de onde haviam sido libertos com mão forte
(Êx 20.2; Dt 26.8). O culto aos desejos lhes trouxe terríveis consequências:
perecimento e morte (Sl 78.29-33; Nm 11.33,34; 14.29). Como nos adverte Paulo,
tudo isso foi escrito para aviso nosso. Não nos deixemos levar por nossos
próprios desejos (1Co 10.1-13).
2. Os
desejos na era cristã.
O drama dos desejos continua na era cristã, com uma
diferença fundamental: Cristo venceu o pecado e nos dá poder para também
vencê-lo (Rm 6.3-6,11-14). Contudo, enquanto estivermos neste corpo mortal
enfrentaremos um conflito espiritual constante. Todo o cristão precisa decidir
diariamente entre sua vontade carnal e a vontade do Espírito: “Porque a carne
cobiça contra o Espírito, e o Espírito contra a carne; e estes opõem-se um ao
outro; para que não façais o que quereis” (Gl 5.17). A carne (sarx, natureza
pecaminosa) tem seus próprios desejos, que são contrários ao Espírito. Vê-se,
então, em nosso interior, uma luta travada. Cabe-nos decidir entre satisfazer
os desejos da carne, que são pecaminosos, ou atender a voz do Espírito e viver
segundo sua direção (Gl 5.18).
3. A decisão
do homem redimido.
A obra da salvação realizada por Cristo nos liberta do poder
do pecado. Diante dos desejos da carne e da vontade do Espírito, o homem
redimido inclina-se “para as coisas do Espírito” (Rm 8.5). Isso é resultado de
sua nova natureza (Ef 4.24; 2Co 5.17). Significa que não podemos nos conformar
com os desejos do velho homem, mas, pelo poder do Espírito, nos dedicar ao
processo de mortificação de nossa carne, a velha natureza (Rm 8.11-13; Cl 3.5).
Nossos desejos pecaminosos não deixam de existir, mas em Cristo triunfamos
sobre eles; vivendo, andando e frutificando no Espírito (Gl 5.22-25; 1Jo 3.6).
A respeito
da imagem moral de Deus nos seres humanos, ‘Deus fez ao homem reto’ (Ec 7.29).
Até mesmo os pagãos, que não possuem conhecimento da Lei escrita de Deus,
conservam uma Lei moral escrita por Ele em seus corações (Rm 2.14,15). Em
outras palavras, somente os seres humanos possuem a capacidade de sentir o que
é certo e errado, bem como o intelecto e a vontade necessários para escolher
entre eles. Por esta razão, os seres humanos são chamados livres agentes
morais. Diz-se também que possuem autodeterminação. Efésios 4.22-24 parece
indicar que a imagem moral de Deus, embora não completamente erradicada na
Queda, foi afetada negativamente até certo ponto. Para ter restaurada a imagem
moral ‘em verdadeira justiça e santidade’, o pecador precisa aceitar a Cristo e
se tornar uma nova criação.” (HORTON, Stanley (Ed.). Teologia Sistemática: Uma
Perspectiva Pentecostal. 1ª Edição. Rio de Janeiro: CPAD, 2024, p.260).
1. Atração e
engano.
SINOPSE II
Os desejos
podem escravizar o ser humano, mas em Cristo há poder para vencê-los e viver
segundo o Espírito.
AUXÍLIO DE
TEOLÓGICO
“A IMAGEM DE
DEUS NOS SERES HUMANOS"
III. O
ENSINO SOBRE OS DESEJOS, EM TIAGO
Tiago 1.14,15 trata dos desejos carnais e suas consequências.
Empregando o conhecido termo “concupiscência” (epithumia) com o sentido de
“maus desejos”, o apóstolo refere-se ao processo de tentação e pecado: “Mas
cada um é tentado, quando atraído e engodado por sua própria concupiscência”
(Tg 1.14). A faculdade da vontade é retratada neste texto como um elemento de
comunicação interna que tem a capacidade de atrair e enganar. Assim sendo, o
mau desejo é capaz de afetar a própria razão, levando-a a acreditar que o
pecado não produz consequências ruins, mas boas. Nesse processo, a mente é
entorpecida depois do desejo ter sido aguçado.
2. Abortando
o processo.
Na lição 7 estudamos sobre a importância de interromper maus
pensamentos para evitar a prática de pecados. Pelo texto de Tiago observamos
que é preciso, também, abortar os maus desejos. Aliás, eles são ainda mais
perigosos, pois podem influenciar diretamente nossas decisões. Quando encontra
seu objeto ou alvo, o desejo se torna intenso. Se não for rejeitado, não
descansa até convencer, derrubando as barreiras da consciência: “Depois,
havendo a concupiscência concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, sendo
consumado, gera a morte” (Tg 1.15). Que o Senhor nos livre de toda a tentação (Mt
6.13). Não nos esqueçamos, contudo, de fazer a nossa parte: viver em constante
vigilância e oração (Mt 26.41).
Apesar de
nossa tendência pecaminosa, não podemos encarar os desejos apenas de forma
negativa. A vontade humana é uma faculdade essencial para a nossa existência.
Quando guiada por Deus é uma grande bênção, responsável por nos mover para pequenas
e grandes realizações. Como é bom amanhecer motivado todos os dias! O ânimo e o
entusiasmo fazem parte de uma vontade sadia e ativa. São dados por Deus e
servem para nos impulsionar para as tarefas cotidianas, independentemente da
fase da vida (Sl 92.12-14; Jl 2.28; Tg 4.15).
1. Qual o
conceito de vontade?
Volição ou
vontade é a capacidade humana de desejar, querer, almejar, escolher e agir.
Pode ser entendida também como motivação.
2. Como se
dá um fenômeno completo, envolvendo vontade e ação?
Em um caso
assim ocorre um fenômeno completo: pensamento, sentimento, desejo e ação.
3. Como se
dá o conflito entre vontade e razão?
Da violação
de uma restrição alimentar a condutas mais graves, muitas vezes o desejo fala
mais alto que a razão. A busca do prazer pelo prazer é uma característica da
cultura hedonista
SINOPSE III
Tiago revela
como os maus desejos geram o pecado, alertando sobre a necessidade de
vigilância e domínio espiritual.
CONCLUSÃO
REVISANDO O
CONTEÚDO
ARQUIVOS:
PDF DO ESBOÇO DA LIÇÃO
VIDEO DO ESBOÇO DA LIÇÃO
REVISTA ENSINADOR CRISTÃO
VONTADE — O
QUE MOVE O SER HUMANO
As
Escrituras são contundentes em mostrar que a vontade divina, muitas vezes,
contraria os anseios da natureza humana sem Deus. Grande parte dos desejos
humanos é influenciada diretamente pela ganância do possuir o que não lhe
pertence, do ser na intenção de satisfazer ao ego e do poder para ostentação e
status (1Jo 2.16, 17). O grande desafio da vida cristã é viver neste mundo de
tal forma que os desejos da natureza humana não comprometam as decisões ou
mesmo a conduta cristã. Nesse sentido, os anseios da natureza humana devem ser
disciplinados pelo ensino da Palavra de Deus. O apóstolo Paulo ressalta que “a
carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne; e estes opõem-se
um ao outro; para que não façais o que quereis” (Gl 5.17).
De acordo
com o estudo doutrinário da Bíblia de Estudo Pentecostal — Edição Global (CPAD),
“’A natureza pecaminosa’, ou a ‘carne’ (gr. ‘sarx’), indica a natureza humana
com os seus desejos corruptos e a sua tendência de desafiar a Deus e seguir o
seu próprio caminho. Isto tem acontecido desde que o primeiro homem e a
primeira mulher desobedeceram a Deus e permitiram que o pecado entrasse no
mundo e infectasse a existência humana (Gn 3; Rm 5.12-21). A natureza
pecaminosa permanece nos cristãos, mesmo depois que eles decidem aceitar e
seguir a Cristo; ela continua a ser o seu inimigo mortal, que batalha contra o
seu espírito (Rm 8.6-8,13; Gl 5.17,21). Os que seguem as tendências e os
comportamentos da natureza pecaminosa não podem fazer parte do Reino de Deus
(Gl 5.21). Por este motivo, é preciso resistir a esta natureza pecaminosa e
matá-la, espiritualmente, por meio de uma contínua batalha espiritual que os
cristãos devem travar e vencer, pelo poder do Espírito Santo (Rm 8.4-14)”
(2022, p.2126). Por essa razão, o crente deve ter sua mente ocupada
continuamente com coisas espirituais (Cl 3.2-7), buscando a sabedoria que vem
do Alto (Tg 3.13-18), a fim de que o exercício diário resulte em uma vida que
mortifique a carne e cultive o Fruto do Espírito (Gl 5.19-22).
Pb. Rogério Faustino Neweb

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